Sunday, March 22, 2015

O ESQUECIDO ASSASSINATO DO SECRETÁRIO DE ESTADO RENATO CARDOSO.

Carlos Fortes Lopes partilhou a sua publicação.

1 artigo por mês, até Julho...Parte 2
Porque os tempos atuais assim exigem passamos a apresentar a cronologia de uma parte dos eventos da noite de 29 de Setembro de 1989.
A anteceder esse dia negro para a história de Cabo Verde, Quebra Canela já era visitado todas as noites por agentes de segurança do partido, e foi na sequência disto que o casal S-A foram surpreendidos algund dias antes da morte do Secretário de Estado.
A partir desse momento, o cenário ficou construído.
O Secretário de Estado já havia sido advertido por um amigo de que a sua vida corria perigo por causa de intrigas tecidas contra ele ao mais alto nível e foi aí que decidiu ir falar com o Presidente da República, quem, de imediato, lhe replicou de que não tinha conhecimento de nada.
Entretanto, mal o Secretario de Estado saiu do gabinete o Presidente entra em contacto com a Estância Superior, para os informar de que o Secretario já sabia de alguma coisa, e que por essa razão o plano teria que ser abreviado.
Na noite do crime, mais de oito elementos da segurança foram estacionados nas proximidades do local, todos munidos de armas (pistolas de pequeno calibre) e de aparelhos de comunicação.
Contudo, não obstante as instruções vindas da Estância Superior, o chefe de operações designou a pessoa errada para a execução da tarefa, pois o agente de serviço era um dos que possuía a estatura mais robusta, forte e alto, precisamente para estar garantido o seu domínio fisico sobre o franzino Secretário, ele ao surpreender a vítima encontrou resistência, e com medo de ser descoberto ou reconhecido, descontrolou-se e disparou uma bala no ponto vital. (Aliás ele era um profissional em armas).
Baleado o Secretario, o assassíno procurou repetir a mesma encenação que havia executado dias antes aquando da encenação com o casal constituído pela mesma mulher e um outro macho também residente na capital.
E, como tudo já havia sido ensaiado com antecedência, a testemunha é transportada para um local próximo, primeiro para dar tempo para que o Secretário morresse, pois o assassino estava desconfiado de ter sido reconhecido por este, segundo para a companheira ser ameaçada minuciosamente durante quase uma hora de «horrível tratamento» se ela abrisse a boca.
Em continuação...

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