Sexta, 27 Março 2015 00:00
O GOVERNADOR de Manica, Alberto Mondlane, defendeu ser necessário agudizar a vigilância popular e multiplicarem-se as cautelosas “face aos discursos separatistas do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que a todo o custo procura regionalizar o país, através da autonomização das províncias onde teve maioria nas últimas eleições presidenciais, legislativas e provinciais.
Para o governador de Manica, este posicionamento atenta contra a unidade nacional, incentiva a violência e procura dividir o país, a qualquer preço, volvidos 20 anos de paz, com o povo moçambicano a demonstrar que é capaz de crescer e desenvolver-se quando a paz prevalece.
“Este país, que custou enormes sacrifícios e livrámo-lo da colonização, deve continuar uno e indivisível e a registar avanços. Ninguém deve dividi-lo, seja qual for o pretexto. Por isso, não há razão que nos possa levar à divisão, seja qual forem as motivações dos apologistas deste projecto”, declarou o governante.
Falando no bairro 16 de Junho, arredores da capital provincial de Manica, Chimoio, Alberto Mondlane asseverou que o actual cenário político, polarizado pelas regiões autónomas, com o anti-projecto já depositado pela Renamo, na Assembleia da República, deve levar as populações à reflexão, sobre quais são as reais intenções da Renamo e do seu líder.
Para o governador de Manica, a população não se deve deixar levar pelos discursos demagógicos do líder da Renamo, porque com este mecanismo, a “perdiz” pretende encontrar uma fórmula através da qual possa acomodar os seus interesses inconfessáveis.
Sublinhou que as eleições de 15 de Outubro findo foram a escala nacional, tendo sido convincentemente ganhas pela Frelimo e seu candidato presidencial, que já constituiu o seu governo, que neste momento conduz os destinos do país. Por isso, segundo Mondlane, a Renamo deve conformar-se com os resultados eleitorais, aceitar a derrota e prosseguir com o jogo político no quadro dos preceitos da democracia.
“Há quem pense estar agora mesmo, neste lugar onde estou (de governador), recorrendo a este mecanismo atentatório à Constituição da República de Moçambique. São pensamentos irrealizáveis esses, sobre os quais devemos nos manter inabaláveis, desencorajando a população a não “dar ouvido” ao líder da Renamo, “que por meios inconstitucionais, procura constituir o seu governo nas províncias onde teve maioria nas últimas eleições”.
Num palco a céu aberto, ao largo do mercado Zagarto, o governador de Manica declarou que falar das conquistas da paz e do perigo que representa a divisão do país, está acima de qualquer agenda, pelo que vincou a necessidade da rejeição da intenção da Renamo, que já depositou na Assembleia da República, um ante-projecto de lei sobre supostos municípios provinciais.
Sublinhou que Afonso Dhlakama ameaça retornar à guerra, caso as suas ideias, expressas no aludido ante-projecto não sejam aprovadas pelo parlamento.
“Não se deixem levar por pessoas com este tipo de pensamento, porque a nossa liberdade e a paz custaram sangue. Não embarquemos nestas ideias separatistas” – advertiu o governador de Manica no seu discurso, durante o comício.
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