O QUE DIZEM OS LEITORES - Quem quer respeito, dá-o primeiro!
Segunda, 26 Janeiro 2015 00:14
Segunda, 26 Janeiro 2015 00:14
A LIBERDADE de expressão é um princípio fundamental da nossa vida em comunidade, logo deve ser defendida e mantida longe de qualquer prepotente tentativa de censura ou restrição.
Todavia, não é um “poder absoluto” e sem limites, tem de estar integrado e harmonizado no seio da sociedade de forma e existir sem colidir com todas as outras formas de liberdade igualmente essenciais e indispensáveis na vida em comum.
Todo o cidadão tem direito ao bom nome e reputação, à liberdade de religião e de ser respeitado e aceite desde que, obviamente, não infrinja a lei ou exceda os limites do bom senso que assiste a qualquer pessoa, não obstante o cargo que ocupa, ou o poder que lhe advém em consequência do exercício do mesmo.
Ofender, insultar ou humilhar crenças, povos, raças ou religiões é, no mínimo, uma ultrapassagem dos limites e um atropelo intencional da própria liberdade.
Diz-se que “ a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros “com toda a dignidade que lhes assiste mas, neste caso, eu acrescentaria que a nossa liberdade nos permite fazer tudo o que não prejudique mas beneficie os demais cidadãos que, tal como nós, são pessoas no sentido mais amplo do dever ao respeito que todo o ser humano merece.
Todas as profissões têm o seu código deontológico, o qual baliza o exercício da mesma dentro dos parâmetros éticos indispensáveis para o bom funcionamento da mesma. Naturalmente que a imprensa também o tem, mas acontece que, em nome duma pretensa liberdade de expressão, algumas linhas editorias excedem-se e passam à difamação ou mesmo ao enxovalho, com comportamentos recorrentes e arrogantes, ofendendo de forma sistemática valores e convicções.
Diz o velho ditado que quem quer ser respeitado tem de se fazer respeitar. Ora, após tantos cartoons vindos dum periódico que se auto-intitula de jornal irresponsável, arremessados a uma religião que conta com mais de 1 500 milhões de seguidores ciosos da sua crença, que não têm por base a tolerância nem a compreensão que preside aos valores culturais da Europa e que não conhece o significado da palavra perdoar é francamente brincar com o fogo…
Os cristãos recorrem à reza do terço, fazem peregrinações e vigílias de oração, intercedem junto de Deus e da Virgem pela Paz e acreditam numa intervenção divina, tal como tem acontecido ao longo de muitos séculos.
A igreja é perseguida em todo o mundo, frontalmente com ataques terroristas ou de mansinho com insidias, escárnios, troças e maldizeres, mas é bom que nos lembremos que todos juntos poderemos fazer a diferença…
Há que não ter medo, mas ser prudente, vigiar e orar, mesmo os cristãos que se dizem não praticantes ou que esqueceram a sua fé, são indispensáveis nesta linha de força, não podem ignorar nem devem tolerar algumas atitudes perigosas, porque os ateus, os agnósticos e os não praticantes, graças a Deus, também fazem parte do plano divino.
Ainda em tempo de oração pela unidade dos cristãos, é bom que nos unamos ao Papa e junto dele aprendamos a desencadear atitudes de compreensão, de construir pontes que unam, que conduzam à paz, à fraternidade, ao amor e ao perdão em oposição a uma irresponsável liberdade de alimentar vinganças ou atiçar ódios.
Afogar o mal em abundância de bem, terá de ser a palavra de ordem, não esquecendo que em cada uma das nossas atitudes deve transparecer o empenho e a missão de colaborar na construção da paz ao nosso redor e em todo o Mundo.
Maria Suzana Mexia
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