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As Nações Unidas deploram os ataques do grupo extremista Boko Haram contra civis na cidade nigeriana de Baga e exortam as autoridades do país a restaurar a ordem e a investigar os recentes assassinatos em massa, segundo declarou a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos nesta terça-feira, 13.
A Anistia Internacional estima que cerca de duas mil pessoas foram mortas em Baga no último sábado, 10. O governo nigeriano, por sua vez, afirma que o número de vítimas foi de cerca de 150.
A porta-voz da ONU disse ainda que os assassinatos ocorridos em Maidugiri, também no Estado de Borno, e em Potiskum, no estado de Yobe, são particularmente chocantes devido aos relatos de que meninas, algumas com 10 anos de idade, tenham sido forçadas a realizar o ataque. Segundo as Nações Unidas, “o uso de crianças para detonar uma bomba não é apenas moralmente repugnante, mas constitui uma forma flagrante de exploração infantil sob a lei internacional”.
A porta-voz pediu que as autoridades nigerianas restaurem urgentemente a lei e a ordem no país e "redobrem os seus esforços a fim de criar condições para uma investigação eficaz sobre os incidentes, com vista a estabelecer os fatos que cercam os assassinatos e responsabilizar os que os perpetraram".
O Boko Haram tem realizado nas últimas semanas vários ataques brutais em regiões do nordeste da Nigéria, forçando milhares de pessoas a fugir de suas casas. O grupo, cujo nome significa "educação ocidental é proibida", procura estabelecer um estado islâmico e impor a rigorosa lei da Sharia na região.
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