“Não parece haver nenhum limite para o que esse grupo está pronto a fazer para incutir o medo e intimidar toda a população. Ele não pode ter sucesso. Deve-se pôr fim à insurgência bárbara do Boko Haram”, disse Annan ao participar, em Abuja, capital da Nigéria, de uma conferência sobre as próximas eleições presidenciais do país, previstas para ocorrer no próximo mês.
Atualmente, Annan preside a Comissão Global sobre Eleições, Democracia e Segurança, formada por ex-líderes e especialistas políticos. Convidado por entidades civis que organizaram o evento, Annan disse que a Nigéria abriga metade da população da África Ocidental, é o oitavo maior exportador de petróleo do mundo, um importante produtor de alimentos e tem um dos maiores Produtos Internos Brutos do continente para lembrar que “o que acontece na Nigéria tem enormes consequências não só para o povo nigeriano, mas também para toda a região e para o Continente Africano”.
Os violentos ataques do Boko Haram a cidades, vilas e aldeias do Nordeste da Nigéria já deixaram milhares de mortos, feridos e obrigaram um grande número de nigerianos a abandonarem suas terras e buscarem proteção em um dos 11 acampamentos montados na região para receber os refugiados. Autoridades nigerianas e a imprensa local falam em ao menos dois mil mortos apenas nos ataques à cidade de Baga, no estado de Borno, nos últimos sete dias.
No último sábado, ao menos 20 pessoas morreram e 18 ficaram feridas quando uma bomba presa ao corpo de uma menina de 10 anos explodiu em um mercado de Maiduguri, na Nigéria. A explosão ocorreu quando o mercado estava cheio de pessoas. Além disso, na véspera do Ano-Novo, 40 crianças e adolescentes do sexo masculino foram levados de uma aldeia do estado de Borno.
Sem comentários:
Enviar um comentário