Vídeo mostra suposta cabeça de japonês sequestrado pelo Estado Islâmico
O governo japonês está tentando verificar a autenticidade da foto e do áudio, segundo a rede de TV japonesa NHK. Assim como em vídeos de execuções divulgados anteriormente pelo Estado Islâmico, a declaração de Goto atribui ao governo japonês a responsabilidade pela morte de Yukawa.
A administração do Primeiro-Ministro Shinzo Abe apoia financeiramente a campanha liderada pelos Estados Unidos para conter o avanço do EI na Síria e no Iraque. No entanto, a mensagem divulgada neste sábado é diferente dos outros vídeos: traz apenas imagens estáticas e não mostra militantes mascarados e armados com facas em um ambiente desértico ameaçando governos ocidentais.
O novo vídeo também é único pela mudança de exigências. Inicialmente, o Estado Islâmico pediu ao governo japonês US$ 200 milhões pela libertação dos dois reféns. Porém, na gravação, Goto pede que um enviado japonês em visita à Jordânia pressione o governo local pela libertação de Sajida al-Rishawi, uma terrorista que tem ligações com a Al-Qaeda. A extremista pode ser executada por enforcamento por ter participado de atentados que mataram 60 pessoas na Jordânia em 2005.
A exigência gerou suspeitas porque a Al-Qaeda é um grupo rival do Estado Islâmico. A Petra, agência estatal de notícias da Jordânia, disse que o Rei Abullah II e Shinzo Abe conversaram por telefone neste sábado, mas não informou qual foi o assunto discutido.
Em Tóquio, o premier japonês disse que a divulgação da nova mensagem é "um ato revoltante e imperdoável".
Um militante do Estado Islâmico disse que a mensagem divulgada neste sábado é falsa, enquanto outro disse que o vídeo deveria ter sido enviado apenas à família do jornalista. Um terceiro militante observou que o vídeo não foi divulgado pela al-Furqan, que é um dos braços de mídia do Estados Islâmico e já divulgou vídeos mostrando reféns e decapitações. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.
Fonte: Estadão Conteúdo
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_24/V-deo-mostra-suposta-cabe-a-de-japon-s-sequestrado-pelo-Estado-Isl-mico-2574/Estado Islâmico anuncia decapitação de japonês e pede troca de outro por bombista
LPC
| Hoje às 14:44, atualizado às 18:49
Haruna Yukawa, um dos dois reféns japoneses do Estado Islâmico, terá sido decapitado pelos extremistas, enquanto Kenji Goto surge numa nova publicação com uma foto do colega morto e onde altera, numa mensagem áudio, as exigências do grupo para a sua libertação. O Japão diz que "não se verga ao terrorismo" e a mãe do jornalista japonês reconhece, através da voz, que o filho está "nervoso".
DR
Mensagem de áudio lida pelo segundo refém foi divulgada no Youtube
Numa mensagem com 2.52 minutos, Goto revela que o grupo já não quer dinheiro para o libertar, mas exige que Sajida al-Rishawi, uma bombista envolvida em atentados na Jordânia, em 2005, seja libertada. No ataque que matou 38 pessoas, numa festa de casamento, em Amman, o cinto de explosivos de Sajida não detonou. "É simples. Vocês dão-lhes Sajida e eu serei libertado", ouve-se Goto a dizer.
O vídeo publicado no Youtube, em que se vê a imagem de Goto com a foto do amigo assassinado, foi entretanto bloqueado. A mensagem dos extremistas foi divulgada através das redes sociais ligadas ao movimento.
O refém, que fala em inglês, dirige também uma mensagem à sua mulher e pede que Abe, o primeiro-ministro japonês, não deixe que tenha o mesmo destino de Yukawa. O vídeo termina com a frase:"não deixem que Abe me mate", revela o SITE, uma organização privada de monitorização do terrorismo.
A veracidade do vídeo não foi confirmada oficialmente, mas o Japão e os EUA estão a trabalhar para confirmar a origem da mensagem.
A morte de Yukawa será o sexto homicídio violento e altamente mediatizado do Estado Islâmico. Anteriormente, foram mortos três cidadãos americanos e dois britânicos, para além das dezenas de sírios e iraquianos abatidos de forma diária pelo grupo terrorista, sem que a sua morte seja destacada com vídeo individuais.
Japão resiste ao terrorismo
O título do vídeo indica que a mensagem se dirige à família de Kenji Goto e ao Governo do Japão, que já condenou o vídeo. "Não tenho palavras nem imagino a dor da família. Trata-se de um ato terrorista indesculpável e uma barbaridade imperdoável. Estou indignado e condeno-o energicamente", disse o primeiro-ministro japonês, depois de uma reunião de emergência do executivo sobre o tema.
O Japão está a fazer todos os esforços necessários para solucionar a situação do jornalista japonês, refém do Estado Islâmico, pedindo para que não lhe façam mal e para que seja libertado de imediato.
Após a difusão das notícias sobre a gravação, a mãe de Goto, Junko Ishido disse que no registo áudio nota que o filho está "nervoso"perante a proximidade da execução acrescentando que "não pode estar otimista" sobre a situação.
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foto DR
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Haruna Yukawa, um dos dois reféns japoneses do Estado Islâmico, terá sido decapitado pelos extremistas, enquanto Kenji Goto surge numa nova publicação com uma foto do colega morto e onde altera, numa mensagem áudio, as exigências do grupo para a sua libertação. O Japão diz que "não se verga ao terrorismo" e a mãe do jornalista japonês reconhece, através da voz, que o filho está "nervoso".
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