Segunda, 19 Janeiro 2015 00:00 |
NÃO restam dúvidas que Moçambique caminha a passos largos rumo ao desenvolvimento e bem-estar do seu povo.
Trata-se de um caminhar iniciado por Eduardo Mondlane, com o seu projecto de unidade nacional, seguido por Samora Machel, com o amor à pátria, e de Joaquim Chissano, com a paz e reconciliação nacional, e mais recentemente levado a cabo por Armando Guebuza, com o desenvolvimento.
Quando Armando Guebuza chegou ao poder tinha como projecto acabar com a pobreza absoluta. Dez anos depois Guebuza chega ao final do seu mandato. É verdade que não seria em dez anos que a pobreza acabaria. Mas também verdade seja dita: a pobreza recuou. O que resta são apenas alguns remanescentes dessa mesma pobreza. E cabe ao novo Governo acabar com esse remanescente.
E quais são esses remanescentes? A água e a energia eléctrica existem. Mas não chegam para todos. A população lá do interior não se beneficia da água potável e não tem energia para gerar desenvolvimento. As estradas lá do interior apresentam-se em péssimas condições. Idem as pontes. E a população precisa de circular livremente. A população precisa de transportar os seus bens.
Falta o emprego e a habitação, sobretudo para a camada juvenil. Há muita criminalidade. Pessoas são sequestradas de qualquer maneira. Há muito tráfico de seres humanos. Na rua as pessoas caminham inseguras porque o crime anda à solta. Os alimentos não chegam para todos. Exige-se melhorias nos sectores da Saúde e Educação. Os transportes públicos não são os mais desejáveis, ou por outra, quase que não existem. Isto é uma lástima.
Este remanescente da pobreza exigirá do actual Chefe do Estado e do seu elenco, um elenco acabado de constituir, um redobrar de esforços para a sua eliminação. Exigirá também a entrega de cada moçambicano, através do seu sonho que é a construção de uma nação próspera.
Os moçambicanos querem, afinal, mais emprego, mais estradas e pontes, barragens. Querem mais investimentos que contribuam para o melhoramento dos sistemas de transportes rodoviários, “ferro-portuários”, aéreos, marítimos e fluviais para garantir que cada um viagem em condições seguras de um canto para o outro, promovendo o desenvolvimento.
É este o remanescente da pobreza a que me refiro.
E neste projecto ninguém se deve excluir ou sentir-se excluído em razão da sua etnia, região, tribo, raça, religião, género, condição familiar ou social, filiação política, partidária ou outra natureza.
Mukwachi Ossulu
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