A
Renamo foi criada como um instrumento de terrorismo contra os
mocambicanos, partido Frelimo governo e o estado mocambicano.O objectivo
era tornar Mocambique ingovernavel de forma a que o antigo regime se
precipita-se para o barranco e isso permitir ao regime colonial de Ian
Smith e o regime do apartheid se tornarem invenciveis na regiao.
Se
a obstinacao era filosofia ideologica contra o regime nacionalista,
entao liderado por Samora Machel, o desaparecimento deste funcionaria
como a panaceia de todas as enfermidades, contudo Dlakhama e os seus
continuaram a via terrorista, enquanto Samora como Agostinho Neto e Sam
Jouma ou Nelson Mandela respondiam com o seu patriotismo aos anseios
mais profundos dos povos oprimidos da regiao..Era esse nacionalismo
africano a mistura com o marxismo, a bandeira filosofica erguida dos
condenados da terra, ao recusar pactuar com o colonialismo e racismo,
algo que a Renamo contrariava com a sua postura servil de testa de
ferro, como vestimenta filosofica da sua existencia.Mas foi
precisamente esse braco de ferro ideologico a permitir a consolidacao da
independencia de paises da Africa austral contra os designios mais
profundos reacionarios, que galvanizavam os intereses da direita e
extrema direita sul-africana, portuguesa com apoio ocidental.
Se
a ideologia marxista foi derrotada, e como testemunho as quedas do
bloco em cadeia do leste socialista face a economia de mercado, a
verdade e que paises como Mocambique ,Angola, Namibia, Zimbawe fizeram a
transicao pacifica do centralismo democratico, a subsequente
liberalismo economico. A Frelimo , MPLA, ZANU e SWAPO venceram a toda
linha contribuindo para a derrocada do apartheid que financiava a Unita
como a Renamo.
A
ruptura com o marxismo da parte da Frelimo e de outros partidos
nacionalistas da regiao como a ZANU, MPLA, SWAPO era um dado aquirido,
pelo facto de a ideologia ate certo ponto ter servido de muleta
indispensavel a consolidacao da independenca. A transicao e a insercao
ao pluralismo democractico foi natural, assim como o do seu eleitorado a
social democracia , sendo membros da internacional socialista; ja
movimentos como a Unita e principalmente a Renamo sentiram-se orfaos do
regime do apartheid
O
que se pasa actualtmente em Mocambique no dialogo governo e Frelimo, a
pedido da Renamo foi quase um tiro no pe dos governantes mocambicanos.Os
financiadores e assessores da Renamo, de entre eles alguns portugueses
tem a nocao exacta que a actual conjuntura politico democratica de
Mocambique, tendo como activo politico a Renamo ate o momento nao tem
obtido os dividendos economicos e financeiros desejados. Efectivamente o
problema principal da Renamo e financeiro.Foi batendo as portas ao
antigos patroes que estes em funcao da actual conjuntura economica
adoptaram uma nova estrategia com vista a desestabilizar a sociedade e
governo , tentando criar uma aparente crise politica.
A
prentensao da Renamo em introduzir facilitadores estrangeiros no
dialogo com o governo levanta o veu sinistro sobre a sua intrigante
agenda.Ate parece que os mocambicanos nao sao autosuficiente para
resolver os diferendos que possam existir..
Quem
fala de bipolarizao politica em Mocambique ofende os mocambicanos,e
deve mesmo viver alucinado.Na susencia de programas politico economicos
em alternativa ao governo, com uma motivacao ideologica conduzida de
factores externos a causa de Mocambique, o esvaziamento da Renamo
eleicao pos eleicao mostra que a organizacao foi perdendo contacto com o
seu eleitorado mais tradicional.E quanto ao eleitorado mais instruido
nunca esteve do lado da Renamo tirando um ou outro aproveitado para
aprimorar o discurso.
Dado
a sua natureza de testa de ferro, a Renamo tem imensas dificuldades em
gerir a sua agenda politica, num espaco que sendo virgem, tem vindo a
alargar o espaco de debate politico com inclusao de todos quadrantes
politicos.A insercao politica nao se esgota entre Frelimo e Renamo, como
a Renamo quer dar a entender.Nenhum mocambicano pertencente a partido
com assento parlamentar ou extraparlamentar ou sociedade civil esta
excluido do dialogo.
Os
mocambicanos nao permitirao que a Carta Magna via a reboque de
interesses estangeiros,..mas a Renamo julga e pensa de outra maneira..
nem que a vida dos mocambicanos possa servir de tubo de ensaio politico
para pressionar e chantagear o governo.O executivo de Mocambique
respeita todas as regras e instrumentos democraticos a merce doa
partidos politicos, e a sua postura mostra que esta sempre predesponivel
a qualquer debate parlamentr ou extraparlamentar.
Na
impossibilidade de retirar militarmente a Frelimo do poder mesmo
aquando do regime marxista, para a Renamo o vigor da democracia
tornou-se num impecilho ainda maior.E por tudo isto que a Renamo
despende as energias desafiando inutilmente as leis.
A
Renamo nunca quis estrategicamente participar em eleicoes autarquicas,
pelo simples facto de sentir que nao estaria capacitada de
vence-las.Essa perspecitva humilhante da Renamo quando o pais anda na
ribalta da midia com descobertas de mais recursos naturais, pos de
cabeca perdida a direcao do movimento.A requisitada paridade no CNE e STAE nao passam de manobras delatorias para inviabilizar o processo eleitoral.
Pessoas
como Afonso Dlhakama ou o tal Manuel Bissopo ha muito deviam estar
atras das grades, fechados a sete chaves.Sao um impecilho desnecessario a
uma democracia que vem demostrando ser capaz de viver na ausencia
desses anticorpos legados do passado.
A
lideranca autocratica e ausencia democracia interna permite que o
rastejar de situacoes inusitadas dignas de um cacique tribal a ponto de
as bases desconhecerem a mensagem ou que se passa na politica e negocios
da organizacao. A sua natureza destrutiva vem falando mais alto,com
recurso a boicotes, a eleicoes e divisoes do pais,....nada de que o pais
nao estivesse a espera ou que os mocambicanos nao tivessemos
experimentado na carne. Dlhakama e o seu bando pelos seus actos foram-
se tornando adversarios do governo e da democracia.Felizmente para
Mocambique e os mocambicanos o governo conhece a natureza da Renamo.O
executivo de Armando Guebuza sabe que a Renamo e um grupo terrorista a
soldo de interesses de grupos sinistros e que hoje pretendem a divisao
de Mocambique.
A pressao militar contra a Renamo nao deve abrandar, pelo contrário, deve ser intensificada ate ao seu total desarmamento.
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