Nampula, o MDM e o Discurso Insultuoso no dia da Paz
A Frelimo, o partido dirigente do Estado moçambicano, a que a minha consciência não hesitou em submeter-se, no perfeito conhecimento tanto das dificuldades que foram encaradas, como dos obstáculos de toda a natureza que certas forças de subversão e de desordem têm tentado pô-la no caminho, foi atacada em seus alicerces. Explico-me adiante! Tenho extrema satisfação em vir reagir a este acto por múltiplos motivos, entre os quais avultam as suspeitas recaídas sobre aqueles que pretendem o poder, no que respeita as verdadeiras intenções e o destino a dar aos libertadores desta pátria.
Por ocasião do 4 de Outubro, o dia da paz, em Nampula, subiu ao pódio um rapaz que, em nome do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), atacou veementemente os libertadores desta pátria e à polícia. Disse, entre tantas coisas contrárias ao espírito do dia, que a polícia de Moçambique não deve servir a «um punhado de indivíduos que se intitulam de libertadores da pátria, mas que na essência são delapidadores dos nossos recursos». O meu vizinho, desfeito da surpresa causada pelo desonroso discurso, e sem dispor do tempo que necessitava para acreditar no que ouvia, pediu a minha apreciação para preparar as palavras requeridas pelas presentes circunstâncias. Não o pude fazer na hora e tive forçosamente de as limitar, o que pelo menos ofereceu o mérito de acompanhar o raciocínio do MDM até ao fim.
E poderia terminar a minha apreciação com o agradecimento sincero e sentido pela presença dispensável do MDM naquele evento, por ter a bondade de dar ao dia este confortante testemunho de solidariedade viva. Mas devo acrescentar mais uma palavra: do conhecimento do que acontecem naquele movimento no tempo de redigir discursos pouco mais tenho que a noção do seu carácter vazio de sentido em aspectos de Unidade e União. Quero muito particularmente evidenciar este aspecto: a abdicação de interesse próprio que os libertadores da pátria revelaram, em correspondência com um desejo intenso de servir, uma consciência esclarecida da sua missão libertadora e uma fé serena e confiante nos destinos sagrados da nação moçambicana, é uma decisão incomensurável. Insulta-los por este acto, no dia da paz, é chamar para si a praga que os afastará cada vez mais da cadeira do poder. Vi o rapaz lendo a mensagem que lhe foi entregue por alguém, claro. Lembrei-me de quando Fernando Mazanga, o porta-voz da Renamo, apercebendo-se do perigo da mensagem que lhe fora entregue para ler, achou por bem que fosse Malagueta a faze-lo; e deu no que deu.
Se para uns o 4 de Outubro simboliza o fim da guerra dos 16 anos, acrescentem-se mais 10 anos aos libertadores desta pátria. Isso faz deles os nossos os melhores filhos desta terra, sejam eles analfabetos ou não. Alguém, neste encontro insinuava serem eles analfabetos! Sim, preferiram o analfabetismo a escravidãocolonial. Mas são esses analfabetos de 25 de Setembro que criaram condições para que os outros moçambicanos, por sinal os insultadores de hoje, como aquele jovem, pudessem estudar até às universidades. Aceitaram as sérias responsabilidades do encargo de dirigir o país, como acto de disciplina, numa atitude, é certo, de reserva e modéstia, mas sem hesitação. Estou certo que da execução do seu trabalho, em tudo quanto ele tinha de apaixonante, e do êxito que para ele sugeriam, tiraram os moçambicanos ampla compensação. Insultá-los, em dia de paz, é incompreensível. Até a governadora, deixou de ler o discurso já feito, para apelar a modéstia na linguagem. E que a viu, sabe-o muito bem.
O MDM perdeu a ocasião para falar da paz e das vias para a sua manutenção. Irritou aos presentes, mesmo vindos de dentro do próprio movimento que curvaram as cabeças em sinal de repúdio, cada vez que o rapaz insultava. O MDM perdeu a única ocasião de usar, a bem da nação, os microfones e as câmaras de TV cuja existência foi graças a essa geração que hoje é insultada. Volto à minha primeira suspeita de que o MDM anda com a lei de talião no sovaco – tal dente qual dente – para atingir propósitos políticos. Denuncia-o o seu discurso, sempre que tem alguma ocasião para falar em público. Isso só revela uma verdade contida numa anedota que se conta em segredo nos berços da vingança. Diz-se que se o partido no poder o deixar, todos os seus simpatizantes e membros devem ser perseguidos, ostracizados e submetidos aos mais cruéis métodos de humilhação. Se a História ensina alguma coisa, ensina que a ilusão face a factos adversos é uma loucura. Só sabe governar quem soube obedecer! E o MDM não obedece às circunstâncias temporais. Vê naqueles que lhes criaram condições de sua existência expressiva «delapidadores de recursos».
Hoje em dia, vejo-me forçado a reagir e a advertir que há momentos em que como frelimistas somos levados, para a nossa própria protecção, a participar de reacções emotivas contra a nossa vontade. Não ficaremos a bocejar enquanto aqueles que consideramos de libertadores forem atacados. Não assobiaremos de lado enquanto o respeito aos símbolos da nação estiver em causa. Lutaremos, até ao último combate cuja vitória estará, como o foi, do nosso lado. O MDM quis matar dois coelho numa única cajadada, atacando a Polícia e à geração 25 de Setembro. Esqueceu-se de falar da paz, mas saibam os seus adeptos. Registe-se; desde que os sinos da paz repicaram, não houve mais mãos livres para tocar os tambores da guerra e as poucas que ainda teimam em existir são travadas com o trabalho abnegado da Frelimo. O povo reescreve a história do seu desenvolvimento outrora interrompido.
As escolas, os hospitais e as pontes são construídos, as estradas alcatroadas, a energia expandida. Os professores e enfermeiros são formados. A paz não é um jogo apelativo para defender caprichos ou esconder certas verdades. Na sua essência, a paz é um combate terrível contra todos os caprichos e ambições grupais. Homens de paz não se devem dar por derrotados. Palavras soltas e desmedidas podem fomentar a subversão e o conflito, promover o seu bárbaro assalto ao espírito dos incautos. E um dos factos simples mas incontestáveis dos nossos tempos é o seguinte: somos aquilo que somos hoje graças a entrega abnegada dos libertadores desta pátria. Se não fossem eles, nem a Renamo poderia ter existido e, ipsu factum, o 4 de Outubro seria inexistente
A Frelimo, o partido dirigente do Estado moçambicano, a que a minha consciência não hesitou em submeter-se, no perfeito conhecimento tanto das dificuldades que foram encaradas, como dos obstáculos de toda a natureza que certas forças de subversão e de desordem têm tentado pô-la no caminho, foi atacada em seus alicerces. Explico-me adiante! Tenho extrema satisfação em vir reagir a este acto por múltiplos motivos, entre os quais avultam as suspeitas recaídas sobre aqueles que pretendem o poder, no que respeita as verdadeiras intenções e o destino a dar aos libertadores desta pátria.
Por ocasião do 4 de Outubro, o dia da paz, em Nampula, subiu ao pódio um rapaz que, em nome do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), atacou veementemente os libertadores desta pátria e à polícia. Disse, entre tantas coisas contrárias ao espírito do dia, que a polícia de Moçambique não deve servir a «um punhado de indivíduos que se intitulam de libertadores da pátria, mas que na essência são delapidadores dos nossos recursos». O meu vizinho, desfeito da surpresa causada pelo desonroso discurso, e sem dispor do tempo que necessitava para acreditar no que ouvia, pediu a minha apreciação para preparar as palavras requeridas pelas presentes circunstâncias. Não o pude fazer na hora e tive forçosamente de as limitar, o que pelo menos ofereceu o mérito de acompanhar o raciocínio do MDM até ao fim.
E poderia terminar a minha apreciação com o agradecimento sincero e sentido pela presença dispensável do MDM naquele evento, por ter a bondade de dar ao dia este confortante testemunho de solidariedade viva. Mas devo acrescentar mais uma palavra: do conhecimento do que acontecem naquele movimento no tempo de redigir discursos pouco mais tenho que a noção do seu carácter vazio de sentido em aspectos de Unidade e União. Quero muito particularmente evidenciar este aspecto: a abdicação de interesse próprio que os libertadores da pátria revelaram, em correspondência com um desejo intenso de servir, uma consciência esclarecida da sua missão libertadora e uma fé serena e confiante nos destinos sagrados da nação moçambicana, é uma decisão incomensurável. Insulta-los por este acto, no dia da paz, é chamar para si a praga que os afastará cada vez mais da cadeira do poder. Vi o rapaz lendo a mensagem que lhe foi entregue por alguém, claro. Lembrei-me de quando Fernando Mazanga, o porta-voz da Renamo, apercebendo-se do perigo da mensagem que lhe fora entregue para ler, achou por bem que fosse Malagueta a faze-lo; e deu no que deu.
Se para uns o 4 de Outubro simboliza o fim da guerra dos 16 anos, acrescentem-se mais 10 anos aos libertadores desta pátria. Isso faz deles os nossos os melhores filhos desta terra, sejam eles analfabetos ou não. Alguém, neste encontro insinuava serem eles analfabetos! Sim, preferiram o analfabetismo a escravidãocolonial. Mas são esses analfabetos de 25 de Setembro que criaram condições para que os outros moçambicanos, por sinal os insultadores de hoje, como aquele jovem, pudessem estudar até às universidades. Aceitaram as sérias responsabilidades do encargo de dirigir o país, como acto de disciplina, numa atitude, é certo, de reserva e modéstia, mas sem hesitação. Estou certo que da execução do seu trabalho, em tudo quanto ele tinha de apaixonante, e do êxito que para ele sugeriam, tiraram os moçambicanos ampla compensação. Insultá-los, em dia de paz, é incompreensível. Até a governadora, deixou de ler o discurso já feito, para apelar a modéstia na linguagem. E que a viu, sabe-o muito bem.
O MDM perdeu a ocasião para falar da paz e das vias para a sua manutenção. Irritou aos presentes, mesmo vindos de dentro do próprio movimento que curvaram as cabeças em sinal de repúdio, cada vez que o rapaz insultava. O MDM perdeu a única ocasião de usar, a bem da nação, os microfones e as câmaras de TV cuja existência foi graças a essa geração que hoje é insultada. Volto à minha primeira suspeita de que o MDM anda com a lei de talião no sovaco – tal dente qual dente – para atingir propósitos políticos. Denuncia-o o seu discurso, sempre que tem alguma ocasião para falar em público. Isso só revela uma verdade contida numa anedota que se conta em segredo nos berços da vingança. Diz-se que se o partido no poder o deixar, todos os seus simpatizantes e membros devem ser perseguidos, ostracizados e submetidos aos mais cruéis métodos de humilhação. Se a História ensina alguma coisa, ensina que a ilusão face a factos adversos é uma loucura. Só sabe governar quem soube obedecer! E o MDM não obedece às circunstâncias temporais. Vê naqueles que lhes criaram condições de sua existência expressiva «delapidadores de recursos».
Hoje em dia, vejo-me forçado a reagir e a advertir que há momentos em que como frelimistas somos levados, para a nossa própria protecção, a participar de reacções emotivas contra a nossa vontade. Não ficaremos a bocejar enquanto aqueles que consideramos de libertadores forem atacados. Não assobiaremos de lado enquanto o respeito aos símbolos da nação estiver em causa. Lutaremos, até ao último combate cuja vitória estará, como o foi, do nosso lado. O MDM quis matar dois coelho numa única cajadada, atacando a Polícia e à geração 25 de Setembro. Esqueceu-se de falar da paz, mas saibam os seus adeptos. Registe-se; desde que os sinos da paz repicaram, não houve mais mãos livres para tocar os tambores da guerra e as poucas que ainda teimam em existir são travadas com o trabalho abnegado da Frelimo. O povo reescreve a história do seu desenvolvimento outrora interrompido.
As escolas, os hospitais e as pontes são construídos, as estradas alcatroadas, a energia expandida. Os professores e enfermeiros são formados. A paz não é um jogo apelativo para defender caprichos ou esconder certas verdades. Na sua essência, a paz é um combate terrível contra todos os caprichos e ambições grupais. Homens de paz não se devem dar por derrotados. Palavras soltas e desmedidas podem fomentar a subversão e o conflito, promover o seu bárbaro assalto ao espírito dos incautos. E um dos factos simples mas incontestáveis dos nossos tempos é o seguinte: somos aquilo que somos hoje graças a entrega abnegada dos libertadores desta pátria. Se não fossem eles, nem a Renamo poderia ter existido e, ipsu factum, o 4 de Outubro seria inexistente
1 comentário:
Uma vez, quando estava na rua com uma senhora a qual merece o meu respeito, chamou a minha atenção ao referir que há jornalistas que por si so fazem e desfazem com as informações que possuem. A minha avo mais velha, pediu para que pudesse ler este artigo para ela... Deus, não entendeu nada... por favor se for a refazer, pensa nela.
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