Friday, February 15, 2013
Dhlakama convida Guebuza e Chissano a darem explicações públicas
“Eu não quero tirar dividendos com isto, mas a verdade é que não podemos ser dirigidos por um traficante de drogas” – Afonso Dhlakama, presidente da Renamo
“Isto é grave. Numa situação destas ao se confirmar em qualquer país do mundo, Guebuza é imediatamente demitido, nem é preciso fazer pressão porque já não tem cara. Isto é diferente de roubar votos e proclamar-se presidente e governar à força, porque o problema é da imagem, em todo o mundo, do povo moçambicano” – presidente da Renamo
O líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, disse em entrevista ao Canalmoz que o Presidente da República, Armando Guebuza, e o seu antecessor, Joaquim Chissano, devem vir publicamente explicar ao povo moçambicano as informações confidenciais internas que a respeito de ambos, foram enviadas pelos serviços da embaixada americana em Maputo para o governo de Washintgon, e tornadas públicas pelo site da Wikileaks. Nesses telegramas o actual chefe de Estado, que é simultaneamente presidente do Partido Frelimo, quer o seu antecessor, Joaquim Chissano, presidente honorário do mesmo partido que está no poder desde a Independência, são referidos como quem dá cobertura às operações que, segundo os mesmos “telegramas diplomáticos” fazem de Moçambique a segunda placa giratória de narcotráfico no continente africano.
Dhlakama entende que as informações da Embaixada dos EUA em Maputo, tornadas públicas pelo site Wikileaks, são “credíveis porque não são informações de um político ou de um membro de um partido”, mas sim de um serviço especializado em busca de informação.
Gubeuza ainda não fez qualquer declaração pública. Joaquim Chissano já disse que se trata de uma mentira grosseira pois nunca viu tais drogas excepto suruma (cannabis sativa) que até quando era presidente da República lhe pediram que legalizasse por se tratar de uma droga fraca, mas discordou disso.
Não é uma questão de propaganda
Para o presidente da Renamo, a informação da embaixada americana em Maputo, em nada tem que ver com a propaganda contra a Frelimo ou quem quer que seja. “Isto não é uma questão de propaganda para manchar a imagem de Guebuza ou de Chissano. São coisas concretas”, referiu e acrescentou: “Eu como líder, como político, conheço estas coisas. Apenas convido ao ex-chefe de Estado, Joaquim Chissano, e o actual presidente, a virem ao público dizer ao povo o que sabem a cerca disso”.
Guebuza devia renunciar o cargo
Para Dhlakama, depois de tornada pública esta informação, o chefe de Estado devia renunciar o cargo. “Isto é grave. Numa situação destas ao se confirmar em qualquer país do mundo, Guebuza é imediatamente demitido, nem é preciso fazer pressão porque já não tem cara. Isto é diferente de roubar votos e proclamar-se presidente e governar à força, porque o problema é da imagem, em todo o mundo, do povo moçambicano”, disse Dhlakama.
Dizendo-se preocupado com a situação, Dhlakama questionou: “Moçambique é governado por um traficante de drogas? A droga destrói vidas humanas, quando jovens se injectam de drogas. Isto é a guerra combatida em todo o mundo. A droga é mais do que o terrorismo. Vender droga é o mesmo que vender veneno. O combate à droga é uma guerra de carácter internacional”, disse a Dhlakama a terminar. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 14.12.2010
2 comments:
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Nunca trabalhei para nenhuns serviços secretos de qualquer pais que seja. Trabalhei para a BBC por sete anos. A BBC que mantem a sua independencia mesmo do governo britanico evitaria ligar-se com as operaçoes dos serviços secretos britanicos. Se alguem for perguntar na BBC encontrara todos os dados sobre mim ali. Nao ha segredos sobre mim la.
Nos serviços secretos britanicos? Nao se pode trabalhar para serviços secretos dum pais como a Inglaterra sem ser treinado como espiao e militarmente. Nunca fui treinado como espiao e nao sei mesmo como manobrar uma arma e nem disparar. Nao fui treinado nem por portugueses, nem pela Frelimo nem pela Renamo. Graças a Deus.
Nunca escondo aquilo que fui. É por isso que escrevo aqui com o meu nome e nao com um nome falso. Nao sou mentiroso. Nao uso nomes falsos visto que nunca me meti em jogos sujos como este Paulo Oliveira.
Quanto a este Joao Cuambe, ou Cabrita, eu nunca iria lhe tirar o chapeu. Puxou-me para alem da minha tolerancia quando eu ja tinha dito que eu conhecia o verdadeiro nome de quem escrevia como Joao Cuambe. Ele nao viu a escrita na parede e continuou. Poupei-lhe de facto. Tenho ainda muito que possa dizer acerca dele e tudo negativo. Mas agora considero esta pagina de Cabrita fechada e nao queiro mais falar dele. Que ele nao fale de mim.
Este jornal esta para analises historicas tais como os feitos sujos de Paulo Oliveira. E Muito obrigado Chanjunje II pelo segredo e estarei em estado de alerta mais serrado.
Como sempre o senhor apresenta as suas ideias duma maneira clara e tenho sempre prazer em le-lo. Queria deixar bem claro que o senhor se sinta livre em apoiar a Renamo e Afonso Dhlakama. Nao estou numa cruzada contra as pessoas apoiarem este ou aquele partido. Tal uma atitudade da minha parte, se a exibisse, contrariria a minha fé na liberdade individual das pessoas e nos principios democraticos que tanto aprecio e adoro.
Penso que as nossas discussoes aqui estao mais viradas para aquilo que nos trouxe tanta miséria, principalmente as politicas totalitarias da Frelimo que nos trouxeram a fome, a miséria, a morte, a guerra civil.
A Renamo é uma oposiçao. O que nos causa calafrios é que a Renamo nao esteja aprender rapidamente dos erros da Frelimo para que ela evite o que a Frelimo cometeu e o que nos mergulhou nesta grande miséria.
Portanto nao tenho problema com ninguem que pertença a Frelimo ou a Renamo. Afinal de contas, eu fui membro da Frelimo por juramento, fui um simpatisante da Renamo para a qual nao prestei juramento algum. Se ja estou distante de cada um destes movimentos, de nenhum modo quer isto dizer que nao gramo que outras pessoas apoiem e pertençam a Frelimo ou a Renamo. Sinta-se livre o senhor e nao precisa de me explicar porque o senhor apoia a Renamo e Dhlakama. Estes sao os seus direitos inalienaveis e democraticos.
Estaria eu a violar os seus direitos se estivesse a combater o senhor para nao apoiar a Renamo. Estaria contra qualquer outra pessoa que gosta de estar na Frelimo. O que eu exigiria é que a Frelimo e a Renamo respeitem os direitos dos moçambicanos para que a nossa patria esteja feliz.
Obrigado pela suas simpáticas palavras. Mas devo uma explicação o porquê do meu apoio à Renamo e ao seu presidente, Afonso Dhlakama. Devo precisar que trata-se duma escolha pensada e não emocional. Nada tenho contra a Frelimo, nunca sofri nada pessoalmente que me fizesse guardar rancor e até poderia apoiar este partido no seu esforço de governar bem o País. Na verdade a minha escolha em apoiar a Renamo apoia-se numa mecânica simples:
- Moçambique precisa duma reabilitação total, económica, social, cultural e ambiental.
- Do ponto de vista económico, Moçambique quase não tem tecido empresarial - o que quer dizer, está descapitalizado. Os maiores negócios ocorrem à margem dos mercados formais, ora por meio de mega-projectos de capital estrangeiro a 100% (o capital moçambicano é o terreno que o governo empresta ao projecto e as concessões em impostos e licenças de importação); ora por meio de mercados informais, onde a maioria da população desenvolve actividades com um mínimo de remuneração.
A Frelimo faz uma leitura errada desta situação e investe em infra-estruturas sociais, ao mesmo tempo que persegue a extremamente frágil camada empresarial para obter desta as rendas de impostos pesados e asfixiantes. É assim o socialismo ( a Frelimo diz ser socialista). É para evitar o crescimento do capitalismo e a exploração do homem pelo homem.
- Do ponto de vista social a situação é igualmente terrível, apesar do esforço do governo para melhorar a infra-estrutura social (escolas e centros médicos). A população vive na extrema miséria num dos territórios mais ricos do mundo em termos de recursos naturais e geo-posicionais. A população está a morrer de fome na terra banhada pelos rios Zambeze (dos maiores do mundo), Pungué, Save, Limpopo, Rovuma, Buzi, Maputo, Lúrio ...; ao longo duma costa repleta de recursos pesqueiros; com um subsolo que tem em abundância os elementos da tabela de Mendeleev; com florestas que têm a a mesma potencialidade ambiental das florestas de Singapura, Austrália, Rússia, Canada, USA, Gabão e Brasil. O que falta a este País é uma boa governação!
- No meu entender boa governação em Moçambique, nesta fase da sua história, seria a potenciação das empresas nacionais através de políticas de mercado orientadas para a promoção do capital interno, o que se consegue fazendo a ligação entre o empresariado e as comunidades, tanto das zonas rurais como das zonas suburbanas. Esta ligação deve ser feita mediante acordos de colaboração (quem produz, o que se produz, onde colocar, questões de transporte dos produtos, etc) entre os operadores formais (empresários) e os informais (comunidades). Quem deve mediar, trazer os operadores à mesa das conversações, é o governo, tanto central como autárquico.
- É aqui que tenho objecções à Frelimo. Não acredita na promoção do capital e mercados capitalistas, porque é contra a doutrina socialista. Acredita que a solução é investir nas infra-estruturas sociais, para rapidamente dignificar o homem. Além do mais os dirigentes da Frelimo não cumprem com as regras da democracia, trapaceando sempre os pleitos eleitorais e outras sondagens públicas.
- Na minha opinião o homem não pode ir à escola com fome e nu, nem pode gozar de boa saúde se não se alimentar, apesar de viver perto dum posto de saúde.
- É por esta razão que aposto na governação de centro direita, que é o que Moçambique precisa agora. Se houvesse em Moçambique uma crise de empresas a mais com capital a mais e que não pudessem competir no mercado porque este não tinha capital, porque o capital estava nas mãos dos capitalistas, como é o que estava a acontecer nos USA na era Bush, eu não teria dúvidas em apoiar a Frelimo, um partido orientado para limitar o lucro das grandes empresas e redistribuir o capital de tal modo a fazer funcionar de novo os mercados, apostando nas infra-estruturas sociais em primeiro lugar.
Reitero que o que Moçambique precisa agora é ser governado pela Renamo, um partido orientado para a criação dum tecido empresarial que faça aumentar a produção e active a actividade económica via mercados, usando incentivos próprios como por exemplo taxas e impostos baixos.
Agora pode-se ver porque é que apoio Dhlakama. Não estou preocupado com actos errados no seu passado. Para mim basta que é o líder do partido, partido que escolhi. Então devo adoptar também os símbolos deste partido, a bandeira, o hino, etc.
Se eu tivesse visto em Dhlakama algo que pudesse impedir a concretização do projecto da Renamo, estaria calado, ou na expectativa ou na resistência passiva. De facto muitos membros da Renamo passaram a apoiar Daviz Simango por se terem apercebido do erro crasso de Dhlakama ao indicar Manuel Pereira como candidato a edil da Beira nas eleições de 2008 em vez de manter Daviz Simango. Mas eu, e muitos outros, fizemos uma leitura diferente. A experiência com Daviz não foi feliz, porque nos apercebemos que ele é de tendência socialista, dentro dum partido capitalista! Lobo com pele de ovelha. Eu fui dos que logo encorajei Daviz a seguir a via de independente - com o tempo ele iria escangalhar mais a Renamo do que já tinha feito. Duma certa maneira foi um alívio Daviz ter saído da Renamo.
Eis, Dr Moisés, o resumo da situação que me leva a mim e a muitas outras pessoas a apoiarem a Renamo e Dhlakama: para o bem do povo, que precisa de trabalhar, comer, vestir e abrigar-se.
Um abraço
Olha senhor Jose Carlos Cruz, estou maningi a gostar de si, do seu caracter, da sua tolerancia do meu senso esquesito de humor. Uma das capacidades que tive foi de reter a lingua portuguesa e de ser capaz ainda de me exprimir nela enquanto muitos outros que estiveram comigo a fazer estudos liceais em Moçambique perderam esta bela lingua. Retenho a lingua, mas as vicissitudes da minha vida fizeram com que ja nao tenha o senso de humor portugues. Penso que nao seja muito diferente do da lingua inglesa ou da lingua francesa, duas linguas em que estou mergulhado em actividades diarias da minha vida. Agora mais com o frances.
Incidentalmente, o frances e o ingles sao as duas linguas oficiais do Canada. Mas retenho tambem a minha lingua sena. Como é que nao podia. O génio dos primeiros institutos fica gravado na memoria. Como é que podia fazer rezas aos espiritos dos meus antepassados que nao entendem o portugues e outras linguas europeas? E porque tambem os espiritos dos meus antepassados nao estariam satifeitos se eu lhes dirigisse as minhas rezas na lingua de Molière ou na lingua de Shakespeare ou na lingua de Camoes -- linguas estas que nao podem realmente exprimir os conceitos aboriginais da lingua sena. O Swahili que falo tambem esta mas perto do Sena por ser uma lingua africana. As vezes utliso o swahili nestas rezas.
Depois de colocar o meu comtenario sobre a pena de morte onde o senhor tinha citado a informaçao errada do Dhlakama, senti-me inquietado. E muito inquietado mesmo visto que o comentario vinha colorido com um humor britanico tal como o senhor e Dhlakama correrem o risco de nao apanharem vistos para Inglaterra por terem espalhado o boato de que o Reino Unido da Gra-Bretanha -- Grau-Bretanha de acordo com Samora Machel falando com o Lord Soames, o ultimo governador colonial no Zimbabwe que supervisou o processo da Independencia -- praticava a pena de morte. Pensava eu que o senhor acharia ofensa nisto. A frase era calculada a faze-lo rir a si e aos outros leitores.
Estou feliz por ver que o senhor esta ainda de bom humor. Posso assegurar-lhe que estamos in business e podemos falar como amigos ou como adversarios sem trocarmos pancadas.
Conheci o senhor Afonso Dhlakama de perto. So que ele tem um grande defeito de querer se fazer escutar e de nao deixar os outros falarem. Se voce esta com ele por duas horas, asseguro-lhe que voce nao tera o tempo de falar, mas so de escuta-lo. Um homem deste tipo nao vai aprender coisas, embora ele estivesse anxioso de aprender.
E porque pediu-me se eu podia ajudar-lhe a se matricular numa escola no exterior para fazer estudos por correspondencia.
Com certeza, sei que os frelimistas leem muito este blog, para nao falarmos dos serviços secretos da Frelimo que sao os primeiros a lerem qualquer coisa que aqui se coloca. A minha pesquisa neste blogue demonstrou que em tempos idos antes do grande Satanas Nota aparecer por aqui até o senhor Sérgio Vieira escrevia e colocava coisas aqui.
Digo-lhe que a "Sua Excelencia" Armando Guebuza le este blogue principalmente tudo aquilo que o Nota escreve. Uma fonte que me chegou do proprio seio de Guebuza muitos anos antes dele ser presidente, disse-me:"Guebuza le tudo o que voce escreve." Olha eu nunca enviava coisas escritas por mim a Guebuza. Nao havia canal de comuniçao como nao ha entre Desus e o Satanas. A inimizade entre nos era total.
Vim depois a comprender que naquele tempo antes do Internet dominar o cyberespaço, qualquer coisa que escrevesse,imprimisse e enviasse ao mundo ja era res publica -- a coisa publica. Os amigos e agentes da Frelimo na Europa fotocopiavam tais escritos e os enviavam para Maputo e davam-se copias a Guebuza entre outrs grandes da Frelimo. Descobri depois que embora a Frelimo nao tomasse tudo que eu dizia, ela roubou certas das ideias minhas para fazer as suas transformaçoes e até elaborar uma estratégia para derrotar a Renamo politicamente.
Nao achei no Dhlakama como uma pessoa que tenha gosto pela leitura. Que alguem lhe alerte sobre a existencia deste blogue, se ele nao esta ao par. Que ele e os remainistas leiam este blogue para nao continuarem a ser brutos. Se forem espertos poderam aprender muita coisa critica contra eles que ca aparece. A critica nao é necessariamente negativa. Muitas pessoas amelhoram as suas vidas depois de analisarem a critica contra eles.
Que o senhor Cruz esteja assegurado: nao ha briga entre nos. E ninguem devia ou deve comportar-se duma maneira que abata outros através de insinuaçoes e caracterisoes de abuso por nao concordar com o que outras pessoas dizem. No meu comentario de ontem so pedi que o senhor moderasse o seu elogio do Dhlakama. Na verdade ele tem de bom e de mau, mas pode-se ajudar-lhe para evitar o mau.
Estimados companheiros deste blog
Não creio que haja briga entre nós, creio estarmos simplesmente a aprofundar as nossas experiências. O objectivo comum é claramente encontrarmos ideias que nos levem a compreender melhor os fenómenos políticos que ocorrem em Moçambique.
A compreensão destes fenómenos poderá ajudar-nos a desenvolvermos soluções para alguns problemas que os políticos enfrentam no terreno.
Para o caso da Renamo, o principal problema agora é que a Frelimo usou e usa Daviz Simango para neutralizar o efeito Beira no âmbito da sua política de destruição da Oposição.
Para a Frelimo a Beira não pode jamais voltar para a Renamo. Por outro lado, para a Renamo, a Beira não pode jamais ser tomada pela Frelimo. Temos Daviz no meio, o qual odeia a Frelimo mas que pratica a governação socialista. Por enquanto o status quo é que Daviz recebe críticas dos dois partidos mas que no entanto lhe vão dando apoio, a Renamo mais solidamente do que a Frelimo.
A Renamo admite que cometeu um erro grave ao colocar Daviz no poder, um homem que não era da Renamo, mas que por ser filho de Uria Simango poderia conquistar a Beira para a Oposição. A estratégia global da Renamo era substituir os seus militares por civis com nome na sociedade. Neste caso o tiro saiu pela culatra! Daviz afinal não acredita no capitalismo e nas políticas de governação da direita. Despreza a importância dos mercados, não dialoga com os empresários, pratica taxas altas, etc. O divórcio entre Daviz e a Renamo era inevitável.
Daviz fez muito bem em deixar a Renamo e criar um partido, usando o prestígio que adquiriu na Renamo. Agora é independente, mas está metido numa luta entre dois gigantes. A sua influência presentemente circunscreve-se à Beira e um pouco em Maputo.
A Beira está a ser palco da batalha política mais importante desde que começou o projecto de autarcização do país. A população local não confia na Renamo porque demonstrou fraqueza em 2008, o que poderia ter dado à Frelimo a conquista do poder autárquico. Por outro lado começa a ficar desiludida com Daviz, o qual aparece como corrupto e igualmente incapaz de suster a Frelimo. A devolução das sedes dos bairros está a ser interpretado como um sinal de traição à população, que tinha estado a defendê-las por suas próprias mãos.
As situações económicas de Moçambique e do Zimbabwe afectam negativamente a Beira, a vida da população a ficar cada vez pior. A população não vê por parte de Daviz nenhuma acção para minorar o seu sofrimento. Afinal ele não é capaz de operar milagres!
Para a população a corrupção não é o mais importante, desde que não dê demasiado nas vistas. Os dirigentes da Frelimo estão nitidamente, aos olhos da população, mergulhadas na lama da corrupção. Mas pode-se dizer o mesmo de Daviz e de Dhlakama?
Daviz pode ser que sim. Está a construir uma mansão para a sua esposa que custa para cima de um milhão de dólares.
E Dhlakama? Não há nenhuma indicação de corrupção. Mesmo a Frelimo não consegue inventar uma acusação de envolvimento seu em actos ilícitos e de corrupção.
E entretanto só Dhlakama consegue acusar a Frelimo de corrupção, em tom alto e decidido. Daviz e MDM não se atrevem. Porquê?
Qual será o futuro político de Dhlakama e de Daviz? Será que se vão juntar para derrubar a Frelimo?
Os adeptos de Daviz dizem abertamente que se a Renamo pegar em armas contra a Frelimo todos se lhe vão juntar. Mas as personalidades de um e de outro chocam. Daviz é um homem simples e trata toda a gente por tu, como da malta, mas é autoritário, déspota e pouco dado a reflexões profundas sobre política, estratégia, economia ... É imensamente esperto, mas pouco inteligente, com visão curta. Não tem escrúpulos, pisa os adversários. É movido a ódio contra a Frelimo. Mas protege os amigos e família até à última gota de sangue.
Dhlakama, já se falou aqui o suficiente, tem de muito bom e de muito mau. Mas é homem de visão larga.
Potanto são estes os dois generais que temos contra a Frelimo mas que também estão um contra o outro.
Meus senhores, o que fazer?
Porque é que a Frelimo não se coligou com qualquer partido menor-desde 1990 até HOJE?PORQUÊ?
Porque é que JChissano "NUNCA" viajou no mesmo avião com o CIDADÃO MOÇAMBICANO AFONSO DHLAKHAMA?
Porquê?
Porque não se põe no mesmo avião "JAVALIS" como chamava Machel.AQUI ESTÁ O CERNE DO PROBLEMA MOÇAMBICANO.INIMIZADE PROFUNDA.VISCERAL, DE ÓDIO , DE GUERRA!
O exemplo deve vir de CIMA!
E isto põe em risco a PAZ DURADOURA, porque ela é TREMIDA!
E os historiadores moçambicanos ou melhor -PENSADORES LIVRES-como muito bem diz o Dr Francisco Nota, pura e simplesmente, TAMBÉM NÃO DEVEM ENVEREDAR PELA MESMA LINGUAGEM UTILIZADA EM MOÇAMBIIUQE EM TODOS DEBATES POLÍTICOS, baseado em linguagem TRAMBIQUEIRA.
Sejamos coerentes porque há muitos que merecem respeito, e que LÊEM este blog, e gostariam que ela espelhasse uma linguagem mais consentânea para progredir a evolução política dos "contendores" que marcarão a "futura geração viragem" de governantes moçambicanos!Senão estaremos a "iniciar a sementeira" de mais "Gdagbos" para Moçambique!
Se o exemplo não partir de "pensadores livres" , donde é que partirá?
Gostaria que o COMANDANTE da Renamo-a viver algures em Moçambique, empresário??reservista?-foto de apresentação dum progama americano (1986)- filme da Renamo apresentado neste blog recentemente, que "segurou e acompanhou" o repórter americano Scott Hatch, desse a sua contribuição para a outra história de Moçambique-zonas controladas pela Renamo, e também a sua opinião sobre o Moçambique actual.
A linguagem "sem cinismo" e generosa de Licos Ivar, contrasta com alguns "pensadores livres", este deve ser o LEMA para 2011!
Como muito bem diz o JJLAboret
"E vou ficar aqui, mudando de macaco para um cãozinho pequinês olhando essa "briga de cachorro grande"!!!
Mas uma hora qualquer isso acaba, e vamos TODOS, como irmãos, voltar a "baixar o pau" no lombo da FRELIMO! Ela merece!
Família unida briga unida, pois, pois?"
Vamos opinar construtivamente , "sem frelimizarmos ou renamizarmos", respeitando a pobreza dos moçambicanos, que durante 35 anos viveram e continuam a viver , o castigo de ter
a má sorte de "mudança rápida e escangalhamento" do colonialismo e virado para o comunismo-extremo, e...e... depois para o "cabritismo"-extremo!
Vamos falar como pensadores livres, defendendo os pobres moçambicanos!
Festas Felizes aos bloguistas de "Moçambique para Todos", e que EDUCAR TAMBÉM ENSINA, seja o lema para 2011!
Macaco velho não põe a mão em combuca!
Se puser não tira mais, se tirar não põe mais!
É o meu caso! Não vou entrar nessa confusão toda.
Porém, e como tudo tem um "porém"... uma frase me chamou a atenção, sem que eu entre na relevância ou não dela ter sido colocada no contexto da discussão entre os intervenientes. Vejamos:
..."Lembremos que, como militares, todos encararam, na guerra, o acto de matar outros seres humanos como um mal necessário, e não como objectivo em si."...
A princípio pode parecer lógica na aparência, porém as aparências enganam! Muitos já se traíram pelas aparências.
O ato de matar por matar, seja em guerra seja em outras disputas, NUNCA FOI MAL NECESSÁRIO, MAS SIM CONTINGÊNCIA DO COMBATE. Não se combate simplesmente "para matar" mas sim para derrotar, causar baixas e tomar posições de vitória, peressupondo-se sempre a rendição do adversário (ou inimigo).
Na frase, nota-se a palavra "guerra" como uma atenuante ou justificativa para os fatos por demais conhecidos e relacionados pelas práticas tanto da RENAMO quanto (em maior ocorrência) da FRELIMO. Mas de que guerra estamos a falar?
Comecemos pela RENAMO, que tinha o costume de fuzilar civís que colaborassem, mesmo de forma não militar, com a FRELIMO. Também praticava a eliminação física daqueles que caíssem em desgraça, mesmo dos próprios quadros. Ora pois, quando a RENAMO entrava num povoado onde algumas autoridades populares tivessem colaborado com a FRELIMO, essas eram, maioria das vezes sacrificadas "sem um processo corrido, sem julgamento justo e sem a defesa garantida".
O que falar da FRELIMO?
A FRELIMO cometeu seus crimes de morte, assassinatos, e outros de aberrância igual, da forma mais vil e torpe ANTES, DURANTE E DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA, continuando durante a guerra civil e posteriormente ATÉ OS DIAS ATUAIS!
Mesmo sem leis anteriores que definissem os atos passíveis de uma execução, eram essas penas aplicadas "em larga escala", e ainda que não fossem execuções nos moldes tradicionais, haviam outras que se davam "por deixar morrer", ou por provocação do desfecho de formas disfarçadas.
QUAL OU QUE INSTITUIÇÃO DETINHA O PODER LEGÍTIMO DO PROCESSO, DA CONDENAÇÃO E DA PENALIZAÇÃO?
Ora, sabemos que não havia essa instituição, não havia um Estado em representação do seu povo, portanto LEGITIMADO PARA TAIS ATOS! E quando passou a existir esse Estado, as condenações à morte foram sempre à socapa, urdiladas, nunca obedecendo os necessários rituais processantes, na forma universal do Direito.
Muito se falaria dos crimes e das mortes praticadas, tanto pela Renamo e tanto (em maior escala) pela Frelimo. E é sabido QUE ESSAS NÃO OBEDECERAM OS RITUAIS DE UM PROCESSO DE CONDENAÇÃO, sendo tipificadas portanto como simples assassinatos.
Não venham aqui fazer parâmetros com alguns Estados dos EUA! Ninguém é imbecil para aceitar essa falácia.
Na União Americana,, mesmo assim em alguns dos seus Estados, existe mesmo a SENTENÇA DA PENA DE MORTE, sem que essa signifique a execução ritual! Pode um indivíduo ser "condenado à morte" e nunca sequer imaginá-la em execução, por que tudo depende de um intrincado sistema de avaliação que começa a partir da reclusão do réu, e que envolve todas as possibilidades de que seja cometida execução de um inocente real, de tal forma que essa avaliação obedece um longo período, e no final GARANTE AO GOVERNADOR DO ESTADO O PODER DA COMUTAÇÃO DA PENA, ATÉ O ÚLTIMO INSTANTE DA VIDA DO RÉU CONDENADO!
Nos Estados Unidos da América não se pronuncia a sentença assim "de supetão", como o fizeram, fazem e praticam os tais movimentos guerrilheiros (FRELIMO, RENAMO a que nos reportamos aqui) os tais "libertadores" e aqueles que tomam o poder de forma violenta ou por armas NOTADAMENTE OS DE INSPIRAÇÃO COMUNO-MARXISTA-LENINISTA.
Alí, qualquer crime, tipificado como tal pela lei, submete o acusado a todo um RITUAL PROCESSANTE, que vai desde a denúncia, a colimação de provas documentais ou testemunhais, a perícia comprobatória, o pronunciamento, a defesa ampla, o recurso, a inimputabilidade ou não do réu, as agravantes, as atenuantes, o julgamento em tribunal, o júri popular, o recurso final de anulação do julgamento, a codenação ou absolvição, a dosagem da pena, a reclusão ou a liberdade, O ENCERRAMENTO DEFINITIVO DO ATO.
Portanto, não se cometa aqui heresias como essa de reportar aos EUA as mesmas práticas dos trogloditas da FRELIMO, tomando-as como PARÂMETROS para justificar assassinatos cometidos antes, durante e depois do dito período revolucionário.
PEDE-SE QUE, TAMPOUCO MISTIFIQUEM AQUI COMO "MAL NECESSÁRIO" TODAS AS MORTES OCORRIDAS, AINDA QUE EM PERÍODOS DE EXCESSÃO, porquanto tudo foi feito sem o cumprimento de um ritual processante carecendo do direito de ampla defesa ao acusado ou réu, foi aberração ao princípio internacional do direito. Coisa tribal, simplesmente!
Bom,...acho que como "macaco velho" falei alguma coisa sem meter a minha mão na combuca! Acho até que "tirei o meu da reta" de forma portuguesa (né umBhalane?), tudo muito "lightly", né?
E vou ficar aqui, mudando de macaco para um cãozinho pequinês olhando essa "briga de cachorro grande"!!!
Mas uma hora qualquer isso acaba, e vamos TODOS, como irmãos, voltar a "baixar o pau" no lombo da FRELIMO! Ela merece!
Família unida briga unida, pois, pois?
O senhor diz que Afonso Dhlakama critica os Estados Unidos e o Reino Unido por praticar a pena de morte. E o senhor comete as palavras do Dhlakama para os leitores que precisam de serem informados sobre a verdadeira situaçao. O senhor e Afonso Dhlakama poderao nao receber vistos de visita para o Reno Unido por expalhar o boato contra a Inglaterra.
Os ingleses podem tambem chatear-se, apesar de se considerarem com individuos com cabeças bem niveladas e comportamento bem controlado (cool).
Segundo Google que esta mais informado do que o senhor Afonso Dhlakama, 37 estados dos Estados Unidos praticam a pena da morte e 13 estados nao a praticam. Voce e Afonso Dhlakama evitem por todos os estados americanos na mesma sacola.
O grande sacrilegio que voces cometeram diz respeito a pena de morte no Reino Unido. O que o senhor diz, citando Dhlakama, brada o céu. Ca esta uma informaçao simples da Wikipedia: "Capital punishment in the United Kingdom was abolished in the 20th century. The last executions in the United Kingdom, by hanging, took place in 1964, prior to capital punishment being abolished for murder (in 1969 in Great Britain and in 1973 in Northern Ireland). Although not applied since, the death penalty remained on the statute book for certain other offences until 1998.[1]"
Traduçao do texto em Ingles a cima dado: "A pena da morte no Reino Unido foi abolida no século 20. As ultimas execuçoes no Reino Unido, por enforcamento, tiveram lugar em 1964 antes da aboliçao da pena da morte para homicio voluntario (em 1969 na Gra-Bretanha e em 1973 na Irlanda do Norte). Embora nao aplicada, a pena de morte permanececeu no estato legal para outras ofenças até em 1973.(1)."
O senhor tem que ter cautela visto que o senhor Dhlakama tem tendencias de falar as atoas e de dizer o que lhe vem na cabeça.
E a sua apreciaçao da a imagem de Afonso Dhlakama parece muito exagerada. Obtenha mais informaçoes sobre ele e seja critico. Nao gostaria que voce aparecesse como um propagandista do Dhlakama. Nao perca o respeito dos leitores.
A
Ora os critérios para tal operação podem ser vários, que vão desde a popularidade indicada em eleições; a capacidade intelectual indicada nas entrevistas nos órgãos da comunicação social; o grau de aceitação nos organismos internacionais; as posições que toma face a questões nacionais; o seu currículo, a sua história, o que dizem os amigos e os inimigos ...
Peço que observemos, em primeiro lugar, que a Renamo é uma organização que passou de movimento armado para partido político. Neste contexto, Dhlakama, assim como todos os membros ex-militares, também devem ser considerados como entidades em transição, ou seja, transformados de militares em civis.
Se todos estivermos de acordo sobre estes preliminares, a que conclusão poderemos chegar ao aplicarmos os critérios atrás escolhidos para avaliarmos Dhlakama, ou de facto qualquer outra personalidade vinda da Renamo?
Lembremos que, como militares, todos encararam, na guerra, o acto de matar outros seres humanos como um mal necessário, e não como objectivo em si.
Agora em tempo de paz, qual é a atitude destes antigos soldados?
No caso de Dhlakama, pode-se afirmar que:
- Repudia o assassinato e a pena de morte e critica a Frelimo por praticar ainda o assassínio como método para se impor aos seus adversários internos. Critica também os Estados Unidos e o Reino Unido por praticarem a pena de morte;
- A sua capacidade intelectual não é visível na comunicação social, mas porque os órgãos desta área o submetem a blackout ou a difamação, a mando da Frelimo. Mas em palestras e seminários que dirige, nota-se logo que é pessoa culta e inteligente, com formação superior. Com efeito, formou-se em ciências políticas na UNISA, a maior universidade sul-africana. A estas palestras atendem doutores, que o questionam sem piedade. Dhlakama sempre responde com simplicidade e humildade, mas também com habilidade e demonstrando conhecer as suas fontes. Nunca me apercebi de qualquer complexo de inferioridade ou arrogância. Mesmo que não concordemos com ele em tudo, em alguma parte da sua argumentação lhe poderemos dar razão. Não esqueçamos que Dhlakama está no seu segundo mandato como vice-presidente da organização internacional dos partidos de centro-direita. Não pode ser por paternalismo, não um segundo mandato. Deve haver nisto uma boa dose de mérito por competência, acho eu.
- Nas grandes questões nacionais, já conhecemos algumas das suas posições: a razão da miséria em que o povo vive é porque a Frelimo governa por meio de políticas erradas, que nada têm a haver com a economia de mercado e o desenvolvimento sutentável. Critica a falta dos mercados agrários, o abate das florestas, a partidirização do Estado e das autarquias, etc. Defende as políticas dos partidos de centro-direita, nomeadamente impostos baixos, priorização dos programas de melhoria de funcionamento dos mercados e não interferência do Estado, promete um intenso apoio às empresas, vistas como células básicas da economia, e aposta na auscultação pública realizada por~órganizações independentes.
Talvez possamos encontrar objecções a que Dhlakama seja dirigente do País por causa de algo terrível que tenha feito no passado, no período da guerra. Aqueles que combateram ao lado dele, e mesmo contra ele, são os que melhor podem ilustrar a sua personalidade de então. Mas atenção, a transformação que se operaram nas personalidades (a diferença entre o que era antes e o que é agora) assumem maiores valores quanto mais negativas foram as atitudes no passado e mais positivas as atitudes no presente. Isto é, se o homem era assassino antes e agora é santo, a transformação tem mais valor.
Espero que com esta minha proposta tenha contribuído para se compreender melhor o objecto de toda esta discussão: Quem está em condições de governar Moçambique. No caso específico de Dhlakama, serve para dirigir o País? Encontrar a melhor resposta, é o convite que dirijo a vossas excelências.
todos eles se comprtavam (sic)da mesma maneira. nota moises.
É possivel encontrar o culpado nos confrontos militares. A Renamo fez ... e a FRELIMO FEZ, FAZ e FARÁ. o passado historico tem sempre relevância e isso ta criando Problemas estruturais para o moçambique de hoje.
na verdade, para a nova geração de moçambicanos o passado historico ainda é um "passado presente": e uma continuidade de um passado no presente.
viver um passado sangrento no presente é realmente a MAIOR DESGRAÇA DE SEMPRE: MUSEOLOGISMO PERENIAL.
e DHLAKAMA: culapado é e será porque era um lider de um movimento the LIBERTAÇAO contra os facistas da frelimo. num processo de guerra onde a iliteracia era, sem duvida, o virus desses dois movimentos opostos: FRELIMO E RENAMO: o respeito pelos direitos humanos quase nao existiu a opção de sbrevivencia era a neutralidade.
Neutralidade significava tambem ser REACIONARIO: o que é que o povo devia ser: activos particiapantes or participantes passivos.
todos somos culpados
mutantesleo(greia)
Nao vou comentar sobre todo o conteudo do seu comentario. Penso que o senhor é muito razoavel, intelectualisado e tudo quanto mais. Posso dialogar e ter discussoes e conversa consigo. Bom que reconheceu que incidentes feios acontecem durante uma guerra, como aqueles que descrivi aqui. Isto ja é um passo. Consigo posso escrever a historia de Moçambique.
Tenho que especificar que ha sempre um perigo em generalisaçoes tais como quando falamos da Frelimo ou da Renamo quando em geral queremos falar em termos dos lideres da Frelimo e da Renamo. Estou em crer que ainda existem boa gente na Frelimo que nao concorda com o que a sua liderança fez e tem feito. Assim tambem na Renamo. Mas acusa-se a Frelimo ou a Renamo quando queremos nos referir as suas lideranças. Mas lideranças nao actuam sozinhas, utilisam pessoas nos seus designios nefastos, o que levam as pessoas em falar geralmente da Frelimo ou da Renamo. Ve o senhor que podemos tentar separar a liderança e partido e depois desaguamos no partido uma vez mais.
Para ser muito especifico, nao tive problemas com a Frelimo. Tive problemas com a liderança de Eduardo Mondlane, que me fez sair da Frelimo em 1968. Mas sempre continuei a simpatisar com a Frelimo e com a luta dos combatentes da Frelimo embora nao gramasse Eduardo Mondlane ou Samora Machel e os seus sequazes e as sevicias que eles infligiam a muita gente. Aqueles que formaram outros partidos nao o fizeram porque estavam contra a Frelimo como tal, mas o fizeram visto que nao podiam operar dentro do totalitarismo da liderança da Frelimo.
Foi o mesmo com O MDM onde os formadores daquele partido viram-se forçados a agirem diferentemente visto que nao viam a possibilidade de agirem livremente por causa da maneira de actuaçao do lider da Renamo. Ja que o senhor reconhece que ha problemas com a actuaçao do Dhlakama, estamos in business, como se diz em ingles. Podemos conversar.
O problema é com a liderança da Renamo e nao com a Renamo como tal. Este é o problema. E é um problema grave. Tentei neste blogue louvar o bom comportamento que vi nos guerrilheiros da Renamo com os quais viajei dentro de Moçambique embora nao vivesse em Moçambique. Sai de Moçambique em 1967 e nunca mais regressei para viver la por nao estar convencido que por enquanto Moçambique seja é um lugar apropriado onde eu possa viver por nao estar adequadamente livre. Para alem, ja integrado onde vivo e vi ca para viver...
Nas colunas de Moçambique para todos, ja descrevi os guerrilheiros da Renamo como "forças gloriosas" sabendo que alguns nao concordarao comigo. Segundo uma mensagem do senhor Joao Cabrita, que por aqui se assina com Joao Cuambe, que me enviou quando estivemos em boas relaçoes, ele proprio ficou chocado em tomar conhecimento das sevicias que eram praticadas dentro da Renamo. Naquela mensagem ele nao detalhou as sevicias que podiam incluir matanças, maltratos,e torturas como depois me foram detalhadas por outras fontes.
Em falar bem da Renamo, estou ao par da zanga que possa provocar noutras pessoas que sofreram raptos, recrutamento forçado, violencias e outras sevicias da Renamo durante a guerra. É porque quando eu um dia disse a alguem, moçambicano diasporico, que vi um bom comportamento na parte dos guerrilheiros da Renamo, a pessoa disse: "estes querrilheiros com que voce estava tinham sido instruidos por Dhlakama para assumirem uma boa disciplina para que uma vez que voce voltasse para o estrangeiro falasse bem da Renamo. Aquele comportamento era teatro, nao era verdadeiro." As minhas palavras nao eram nenhuma graça para aquele homem que alegava que o seu pai, velhote, tinha sido raptado pela Renamo e forçado a viver numa base onde era forçado a trabalhar.
Alguns meses atras, falando com um sobrinho meu em Moçambique pelo telefone, o que disse sobre a Renamo durante a guerra nao era gracioso. Falou de como o pai e a mae dele foram acordados durante um ataque da Renamo e batidos, fugiram deixando a sua criança na palhota. Quando lhe perguntei se ele estava certo que era a Renamo e nao a Frelimo ou os zimbabweanos, ele disse: "todos eles se comprtavam da mesma maneira."
Penso que é muito dificil falar da Renamo ou da Frelimo sem causar calafrios algures nas pessoas.
Joao Cabrita estava na fundaçao da Renamo na Rodesia onde se tinha deslocado para viver antes da Frelimo tomar o poder. Cabrita tinha vindo a Nairobi para promover a Renamo, mas quando la chegou eu estive na Inglaterra. Tinha ele vindo a Nairobi enviado por Orlando Cristina e pelo governo sul africano a ver se podia conseguir a simpatia dos exilados moçambicanos em Nairobi, Quenia. Joao Cabrita fugiu para a Africa do Sul antes da independencia do Zimbabwe quando os rodesianos passaram a Renamo a Africa do Sul.
Joao Cabrita, alias Joao Cuambe,foi um activista e promotor da Renamo desde a sua fundaçao e nas suas actividades na Rodesia. Desentendeu-se com Orlando Cristina visto que este nao o convidou a dita reuniao de Maio de 1982 e nao o recomendou para um cargo perante Afonso Dhlakama.
Ele entao teve o emprego na Suazilandia onde estive com ele a trabalhar para o governo americano na esfera da informaçao. Durante esta epoca Joao Cabrita foi sempre um apoiante fervoroso da Renamo contra a Frelimo, como eu tambem fui simpatisante.
Podia dizer mais aqui sobre ele, mas basta. O meu interesse nao ele, mas o de dar aos leitores um pouco da minha historia. Infelizmente, nao posso dar todos os detalhes aqui. Sao estou minimamente interessado em dialogar ou entrar em discussoes com Joao Cabrita, apesar de tudo aquilo que possa vomitar contra mom. Pode ele escrever o que quizer aqui, mas eu nao vou trocar palavras com ele visto que a experiencia me ensinou que quando este individuo se vem sem argumentos, passa a invençoes, mentiras e insultos descarados.
Tive muito disto com ele no passado até que estou mais do farto, se nao fartissimo. Eu e o meu malogrado amigo Boaventura Lemane ficamos fartos dele. Um dia Joao Cabrita ameaçou o meu amigo qui ia acusa-lo a Yahoo.com na America visto que o Lemane, americanisado como era, referiu a Joao Cabrita como "asshole"(cu).
Dai, Lemane e eu combinamos que nao deviamos entreter aquele senhor devido as suas tendencias totalitarias.
Sai da suazilandia por razoes de segurança para mim e para a minha familia. La vivi sempre com receio da Frelimo se ela viesse saber que eu estive na Suazilandia visto que eu era um dos mais procurados desde que me desmembrei daquela organisaçao em 1968.
Mas depois da paz em Moçambique, Cabrita, que detinha, e provavelmente ainda detem, um passaporte portugues para sua propria conveniencia para recuar para Portugal quando a situaçao fosse ameaçadora na Africa, continuo e continua como defensor e dinamisador da Renamo enquanto aproveitando-se daquilo que ele pode obter no Moçambique guebuzista.
Estando mais longe de Moçambique, no Quenia, entao comecei seriamente a escrever a favor da Renamo. Quando foi pela primeira vez nas zonas da Renamo com um grupo de americanos, encontrei-me Dhlakama que ficou muito satisfeito com aquilo que eu fazia visto que até entao ninguem defendia a Renamo intelectualmente.
Informaram da BBC que pela primeira vez, nos seus noticiarios a BBC referencia-se a Renamo como "rebeldes" e nao "bandidos" que era o termo da Frelimo a Renamo. Foi entao que um Dhlakama emocionado diz-me: "passas a ser o nosso secretario de Informaçao." Aceitei, mas fui um secretario sem fundos. O trabalho que fazia, fazia-o com o apoio financeiro do malogrado milionario Jim Blanchet, um americano que eu tinha arranjado como amigo para a Renamo e que Renamo nao conseguiu aproveitar.
Logo que a paz veio, Chissano arranjou amizade com Blanchet cortando assim as ligaçoes do Blanchet com a Renamo. Depois de chegar no Canada, reconsiderei toda a coisa da Renamo e vi que nao me avançava na vida e decidi dedicar-me a minha vida -- uma mudança que me trouxe dividendos enormissimos na vida.
Vou com sempre contribuir neste blog e em dialogos com outras pessoas, menos com Joao Cabrita que aqui passa por nome de Joao Cuambe.
Se chegou à beira duma vitória total militar sobre a Frelimo foi graças ao apoio intensivo e incondicional das populações.
Estas viviam no terror e na miséria que a Frelimo desencadeou ao tomar o poder em 75, e a guerra da Renamo foi entendida pelo Povo como a guerra da libertação do homem (a Frelimo tinha libertado a terra do jugo do colonialismo, mas não libertou os homens, que viviam na escravatura).
A popularidade da Renamo espalhou-se por todo o País. De facto a Frelimo já não tinha mais o apoio do Povo, e por sua própria culpa, devido aos seus métodos cruéis e atitudes arrogantes para com as populações. A Frelimo queimou centenas de milhares de habitações das populações rurais como forma de castigo pelo apoio que davam à Renamo.
Ora a Renamo entrou nos corações das populações, sobretudo rurais, porque as suas forças e dirigentes as defendiam contra o terror da Frelimo e, muito importante, pelo respeito que sempre mostraram para com a pessoa humana; o reconhecimento que dão às estruturas tradicionais (régulos e cultura tradicional); assim como pela associação íntima com as religiões.
Ainda hoje na Renamo se observam as mesmas atitudes: numa reunião de quadros ou em comício com a população, primeiro reza-se, a pedir a Deus ajuda para que a reunião seja um sucesso. Qualquer pessoa pode fazer a oração para o público, seja de que religião for. Depois, no fim da reunião, outro orador, de preferência duma outra religião, agradece a Deus a oportunidade que deu para que a reunião se realizasse e pede ainda que acompanhe as pessoas até casa.
Na estrutura da Renamo há lugar para os religiosos, régulos, jovens e mulheres (Secção dos Religiosos, Secção do Poder Tradicional, Liga dos Jovens, Liga das Mulheres).
A luta da Renamo é pela democracia, o que implica que a estrutura executiva do partido, ou da Administração Pública, Estado ou Autarquia, deve sempre agir com transparência, o que por sua vez implica fiscalização independente.
De facto na Renamo existe o Conselho Político, órgão que fiscaliza as actividades da estrutura executiva do Partido e que é composto por membros que não estão integrados na estrutura executiva. Estes membros são eleitos nas bases. Então a Renamo é uma organização que se assemelha ao Estado, sendo constituído por órgãos de execução, compostos por delegados políticos, chefes de secções, presidentes das ligas, etc., e por órgãos de fiscalização compostos por membros eleitos, e que funcionam como assembleias ou parlamentos.
Disto tudo resulta que a Renamo é uma organização séria, bem estabelecida em todo o território nacional, e sem nada que a identifique com o crime organizado e assassínios.
Dhlakama preside a toda esta organização. Nada existe na Renamo que seja sinistro e que ameace a vida de alguém. As regras são fáceis de seguir para qualquer pessoa, o Partido exigindo apenas que os seus membros paguem as quotas mensais e tenham um comportamento de respeito para com as outras pessoas, outras tradições e outras religiões. Para quem conhece a Renamo na vida quotidiana, as acusações de assassinatos e crueldade são infundadas e impróprias. São obra de pessoas que querem mal à Renamo e ao seu líder para impedirem que cheguem ao poder político.
Não defendo que não tenha havido tais incidentes, como os descritos neste blog. Sabemos o que a guerra faz às mentes humanas. Mas dificilmente vão convencer a população que a Renamo é uma organização assassina liderada por um assassino analfabeto. E qualquer pessoa vai achar ridículo que se aja contra a Renamo e Dhlakama por crimes de assassinato. Mas ninguém tem dúvidas que a Frelimo matou, mata e matará, para se manter no poder. A Renamo não tem nenhum plano para tomar o poder recorrendo à morte de pessoas humanas, a não ser que mandatada pela população, e somente após uma longa consulta pública.
“Se fosse na Inglaterra, ou ca no Canada, este homem teria sido investigado, provavelmente inculpado num tribunal de justiça e podia estar hoje na prisao seja por participaçao no acto vil ou por cumplicidade na morte de Evo Fernandes. E a vida dele estaria lixada, mesmo depois de solto da prisao.”
Francisco Nota Moisés devia dar o exemplo e entregar-se à justiça canadiana dado que depois da ascensão de Evo Fernandes ao cargo de secretário-geral da Renamo, por morte de Cristina em Abril de 1983, ele, Francisco Nota Moisés, considerou a hipótese de organizar o assassinato de Evo Fernandes.
Já antes, o mesmo Francisco Nota Moisés havia sugerido a ideia de se eliminar Orlando Cristina.
Hoje, Francisco Nota Moisés não é tido como homicida pela mera casualidade do regime da Frelimo se ter antecipado (no caso de Evo Fernandes) e pelo facto de círculos sul-africanos, aproveitando-se de colonos portugueses em Joanesburgo, terem feito o mesmo em relação a Orlando Cristina.
Embora a Frelimo tornou-se fantoche da Uniao soviética, o seu sistema de justiça inspira-se nos métodos maoistas. Vi isto um pouco em Nachingwea, campo de treino de guerrilha da Frelimo na Tanzania, onde fiquei uma semana. Durante o "rassemblement", reuniao dos guerrilheiros, as vezes apresentava-se alguns camaradas "reacionarios" acusados de terem roubado pao ou carne, ou roupa.
Os "criminosos" eram ditos para irem ao centro do rassemblement para confessarem os seus crimes. Este é o sistema maoista. Acusa-se uma pessoa de ter feito isto ou aquilo e força-se a pessoa para confessar os seus crimes. Depois a pessoa é executada ou enviada para um campo de re-educaçâo.
Este foi o sistema em que Uria Simango, Paulo Gumane, Lazaro Nkavandame e outros foram "julgados" em Nachingwea sem o direito de se defenderem e sem advogado de defesa. Na fase bem popular da republica popular de Moçambique isto era a pratica normal.
Mas na fase mais assassina e repressiva da revoluçao frelimista, Sérgio Vieira e outros decidiam matar indiviuos sem nenhuma palhaçada de justiça popular.
Parece ser este sistema de Sérgio Vieira que Dhlakama e dos seus cipaios adoptaram visto que nao se ouve nada de justiça popular.
Voce tem muita razao. A Frelimo matou, mata e matara. Assim tambem a Renamo matou, mata e matara. Imagine-se alguem hoje numa zona onde a Renamo tem controlo absoluto como la nas matas de Maringue e Dhlakama nao goatar desta pessoa. A pessoa torna-se carne de canhao -- se nao de métodos mais selvagens.
A Frelimo disse que julgara em Nachingwea Uria Simango, Paulo Gumane e muitos outros entre 1976-77 e estes foram executados em 1977. O tal julgamento presidido por Sérgio Vieira foi judicial ou extra judicial? Como é se pode julgar alguem sem lei? Nesta linha de razao, a Frelimo tinha ja uma lei, se bem que nao divulgada e selvatica?
Orlando Cristina, secretario geral da Renamo foi assassinado, se nao me engano em 1983. Depois a Renamo, esta Renamo que se batia com armas na mao contra a pena da morte? -- que triste piada -- entao assassina barbaramente Adelino Bomba e o seu irmao Boaventura Bomba. E isto sem julgamento. De que Renamo se trata aqui: desta que tinha alegamente dito que nao praticaria a pena da morte ou duma outra Renamo? Existe aqui uma contradiçao ou uma triste piada louca desta alegada promessa da Renamo de nao praticar a pena da morte, mas que mata? Um pelotao dispara com as suas ak-47 contra Adelino Bomba.
Nesta linha de ideias porque é que a Renamo nao podia legalisar as suas matanças? Podem os renamistas nos explicar isto. Vou repitir aqui que a frase que se colou naquele boletim era potente e certeiramente justa para e contra a Renamo que matava sem legalisar as suas matanças. De maneira que ha nao que regretar nada aqui por aquilo. Talvez se teria regretado se a Renamo nao estivesse a matar oponentes dentro dela. Aquela frase constituiu um acto de suprema justiça para as chacinas do hipocritico Afonso Dhlakama, embora naquele tempo nao soubessemos que o facinora matava pessoas.
Pobres de nos que viviamos fora como simpatisantes. Nao sabiamos que Afonso Dhlakma fazia aquilo. A Renamo nao nos dizia. Idealisavamos a liderança da Renamo como sendo diferente da liderança da Frelimo.
Lembro-me ter argumentando com Orlando Cristina em Nairobi em 1982 que dizia quando apanharmos os lideres da Frelimo vamos lhes pagar com a mesma moeda como fizeram contra Simango, Gwenjere e outros. Vamos fuzila-los. Eu disse lhe que nao se devia fazer aquilo visto que uma vez conquistado o poder e fazendo aquilo, tudo o mundo iria considerar a Renamo como Idi Amin ou Bokassa e Moçambique estaria isolado pelo resto do mundo. Nao podia abala-lo da sua posiçao.
Se eu tivesse sabido que Dhlakama matava oponentes durante a guerra civil,teria me insurgido contra ele como fi-lo contra a Frelimo. Mas nunca é jamais tarde para condenar o caracter assassino de Afonso Dhlakama. Ja o fiz a certos niveis internacionais como o fiz contra os assassinos da Frelimo.
Se quizermos humanisar Moçambique é importante condenarmos todos os criminosos de massa em Moçambique incluindo Afonso Dhlakama. E dizer a este Dhlakama que talvez legalise as suas matanças. Com legalisaçao ou sem legalisaçao, Dhlakama matou e matara.
A referência a Março de 1979 foi apenas para assinalar que as execuções ocorridas antes dessa data não tinham, no contexto moçambicano, enquadramento jurídico que as pudesse, porventura, justificar. Por isso, são extrajudiciais, feitas à revelia dos tribunais. E mesmo as execuções ao abrigo da referida Lei são passíveis de acção judicial movida pelas partes nisso interessadas. Mas sugiro que se aconselhe com um jurista para uma opinião mais abalizada.
O ano de 1979 apresentava-se, nesta breve troca de pontos de vista, como relevante face a uma ambiguidade por demais óbvia: um movimento que se batia de armas na mão contra o regime da Frelimo, acabava, pela mão de um secretário de informação seu, de dar o dito por não dito ao defender uma mesma política, isto é, a pena de morte.
Aproveito para informá-lo de que não sou hábil no jogo da bola – nem dado a interpretações apressadas.
E passe bem.
Agradeço-lhe a resposta parcial às minhas questões.
Mas, o Sr., por motivos óbvios, procura datar, erigir um marco, para os crimes contra a humanidade executados pela frelimo.
Assim, o Sr. procura balizar 1979 como o fim de crimes arbitrários, extrajuduciais, da frelimo, escrevendo:
"2. As execuções ocorridas antes dessa data terão forçosamente de se enquadrar no âmbito das execuções extrajudiciais, como foi o caso dos presos políticos mortos em M'telela, entre outros."
Ora é do conhecimento geral que os crimes premeditados. e metodicamente executados pela frelimo, contra militantes e simpatizantes da oposição, nomeadamente os mortos por asfixia nas prisões de Montepuez a 10/09/2000, MAIS DE UMA CENTENA de pessoas, e posteriormente em Mongincual em Março de 2009, mais de 12 pessoas, e isto números oficiais!!!
Falamos de crimes de 2000 e 2009 largamente noticiados nos órgãos de informação, mesmo Moçambicanos.
Para não falar de inúmeros crimes que vão sendo praticados a conta-gotas, impunemente, e sob um plano meticulosamente delineado.
E depois temos os disparos a sangue frio contra populares de Maputo, que se sublevaram contra a impossibilidade de viverem com a subida de preços dos bens essenciais, em Fevereiro de 2010.
Esta mesma gente, o Povo, foi insultado, apodado, com os mais desqualificantes insultos, pelas altas hierarquias do regime totalitário que oprime, subjuga Moçambique – a frelimo
Finalmente, enquanto que TODOS os comentadores referem, apontam, denunciam, os crimes da frelimo, da RENAMO, de Afonso Dhlakama,
o Sr. Faz o contrário, e procura passar a bola para a RENAMO, e ignora, estanca no tempo (1979), as práticas criminosas da frelimo, como se isso fosse possível – a frelimo continua, e continuará, a matar, assassinar impunemente.
Maugrado os escritos dos seus militantes/simpatizantes, apenas porque é da sua própria natureza, da sua génese.
Afinal não se pode esperar que as hienas comam erva.
Segue que a Frelimo nunca vai respeitar as regras da democracia e dar oportunidade aos opositores políticos de se desenvolverem. Não se investe em política com dinheiro da droga para depois perder as eleições e entregar o poder aos opositores.
Portanto o que está em jogo é demasiado caro à Frelimo, tão caro que tudo fará para se manter no poder infinitamente. E a Frelimo defende religiosamente a sua posição.
Uma das consequências para a Oposição e principalmente para Dhlakama, é o ofuscamento por parte da comunicação social. Não só o ofuscamento, mas também a deturpação da imagem.
O que sabemos de Dhlakama é o que os jornais, a Rádio e a Televisão propagam: nada, ou então ... palhaçadas, ou ameaças de incêndio, etc.
Tenho falado dos comícios que Dhlakama tem dado ultimamente. Porque é que o Canalmoz, principal fonte de informação deste blog, nunca os mencionou, nem ao de leve? E o jornal Savana, outro jornal muitas vezes aqui citado, porque não diz nada?
A resposta, meus senhores, é inquietante: trata-se duma conspiração contra o Oposição moçambicana, em particular contra Dhlakama. Uma conspiração que se materializa, nesta fase, na negação da informação sobre a sua pessoa. A TVM mostrou imagens impressionantes de comícios de Dhlakama em Angoche, Nacala e Nampula. Divulgou principalmente um pedaço duma afirmação do líder, em que diz estar arrependido de ter feito a guerra, porque depois de tanto sofrimento geral, tudo voltou à mesma! Claro que a mensagem integral era bem diferente ...
Dhlakama encontra-se em digressão pelo País para consultar publicamente as populações. Quer explicar ao Povo quais são as questões que os emissários da Renamo foram apresentar à Frelimo, sobre:
- as violações do Acordo Geral de Paz (os soldados da Renamo não foram integrados em todas as forças do Estado, nomeadamente o exército e os diferentes ramos da polícia);
- a infiltração da Frelimo em todos os níveis dos órgãos eleitorais, impedindo a realização de eleições livres, justas e transparentes;
- a incapacidade da Frelimo de criar um Estado de direito;
- a incapacidade da Frelimo de criar uma economia de mercado.
Não se trata de acções clandestinas. São comícios com a população, tanto rural como urbana. Nacala Porto e Nampula cidade são dos maiores centros urbanos do País, e albergaram os tais comícios.
Nestes comícios Dhlakama pergunta à população se está disposta a apoiar a Renamo nestas suas exigências à Frelimo. E indica o que vai fazer caso a Frelimo negue negociar com a Renamo: as vias de comunicação principal do País vão ser ocupadas pela população para impedir os camiões de circular. Até a Frelimo capitular. A população apoia?
Tanto quanto sei, a população está a encorajar a Renamo a prosseguir neste programa.
Obviamente tal programa nunca será divulgado por nenhum órgão de comunicação social. É demasiado revolucionário e põe em perigo a hegemonia da Frelimo.
Portanto, ilustres companheiros deste blog, não fiquemos admirados com a nossa ignorância sobre o paradeiro de Dhlakama. Não é nossa culpa. Somente a população que o vê e ouve ao vivo é que fica a saber o que a Oposição está a preparar para libertar Moçambique. Pela Frelimo e pela comunicação social, que é fortemente controlada, nunca o saberemos.
Quanto ao que o senhor diz sobre Portugal e Paulo Oliveira e a falta duma acçao judicial contra este individuo que fez declaraçoes mesmo por escrito que o comprometem no assassinato de Evo Fernandes, eu ja tinha escrito sobre isto num e-mail que tinha distribuido ao meu circulo de amigos. E isto fi-lo muito antes de eu comparecer nas colunas do "Moçambique para todos." No artigo, indagava-me porque é que nao havia acçao pela parte da policia portuguesa e subsequentemente num tribunal de justiça contra Paulo Oliveira.
Pensei mesmo como o senhor pensa. Se fosse na Inglaterra, ou ca no Canada, este homem teria sido investigado, provavelmente inculpado num tribunal de justiça e podia estar hoje na prisao seja por participaçao no acto vil ou por cumplicidade na morte de Evo Fernandes. E a vida dele estaria lixada, mesmo depois de solto da prisao.
Deveriam-se investigar as matanças de individuos moçambicanos -- de todos os individuos -- incluindo aqueles que o senhor mencionou e dos assassinatos barbaros e a sangue frio dos irmaos Adriano Bomba e Boaventura Bomba e de tantos outros na Renamo por ordens de Afonso Dhlakama. Nao podemos aceitar que a Renamo dissesse que nao teria a pena da morte enquanto o seu lider pessoalmente fuzilava pessoas de acordo com certa informaçao que me foi confidenciada por uma fonte dentro da Renamo ou mandasse matar pessoas.
Enquanto Sérgio Vieira é um dos piores anjos da morte da Frelimo, confidenciaram-me as fontes na Renamo que o tal General Mateus Ngonhamo era o anjo da morte de Afonso Dhlakama. Este individuo, disseram-me, era quem torturava, fuzilava ou enterrava pessoas vivas.
A grande pena é que esta informaçao so me chegou depois do acordo de Roma. Se tivesse sabido destas praticas de Afonso Dhlakama antes de 1982 quando sucumbi a pressao de certos refugiados em Nairobi que devia tentar apoiar a revolta contra o regime da Frelimo e a pressao do meu proprio odio da Frelimo, nao teria metido o meu nome com a Renamo. Sinto-me moralmente humilhado por isto. Quando dizia isto ao meu malogrado amigo Boaventura Lemane, que faleceu nos Estados Unidos em 2009, ele dizia-me para eu nao entreter este sentimento de culpabilidade moral visto que a ligaçao com a Renamo tinha nos permetid a conhecer o que a Renamo é na verdade -- falo da sua liderança. Agora aprecio as belas palavras do meu amigo.
Nao posso deixar de prestar homenagem aos nossos bons humanistas no Moçambique para todos -- umBhalane, MutantesLeo, Beirense da Manga, e o nosso grande amigo brasileiro JJLaboret cuja historia da sua vida com uma moçambicana comoveu-me imensamente. Somente, para dizer a Laboret que a sua malograda esposa tomou uma boa decisao de nao ter regressado a Frelimo quando foi dito para regressar. A historia na Frelimo era simples: quando uma pessoa era convocada a regressar era para ser morta.
Presto tambem homenagem ao nosso amigo Viriato Dias que sabe por a sua inteligencia em defesa do povo contra "la dictature gorille" como se diz em frances. Saudaçoes a muitos outros nao nomeados aqui. Temos feito um bom trabalho como pensadores livres.
O Evo Fernandes, Mateus Lopes, Ataide eram todos eles bons moçambicanos, e se nas futuras eleiçoes presidenciais o elemento da Oposiçao ganhar farei todo o possivel de abrir às investigaçoes em relaçao às mortes destes individuos.E quem lá sabe sobre a morte do Francisco Mascarenhas.....O Paulo escreveu um livro cheio de meias verdades, mas o Paulo esqueceu-se que ha moçambicanos que acompaharam de perto a vida dele. Repito ao Paulo Oliveira de não pensar que pode enganar à todos moçmabicanos.
Abraço.
Licos
1. O programa original da Renamo defendia a abolição da pena de morte, que havia passado a vigorar no quadro jurídico moçambicano a partir de Março de 1979 (Lei No. 2/79 de 1 de Março, vulgo “Lei dos Crimes contra a Segurança do Povo e do Estado Popular”).
2. As execuções ocorridas antes dessa data terão forçosamente de se enquadrar no âmbito das execuções extrajudiciais, como foi o caso dos presos políticos mortos em M'telela, entre outros.
3. Posteriormente, o então secretário da Renamo para a informação decidiu elaborar um programa político para este movimento. Um dos pontos desse projecto de programa falava da introdução da pena de morte em Moçambique. Tratava-se, pois, de uma iniciativa da Renamo, em que este movimento passaria a ter um ponto comum com o regime no poder: o recurso à pena de morte consagrado na legislação nacional; para além de contrariar uma posição firmemente assumida antes pela Renamo.
4. Reitero: o que foi elaborado pelo secretário da Renamo para a informação era um projecto de programa e não uma simples peça informativa de qualquer boletim.
Como JJLaboret demonstrou sem deixar duvidas quaisquer, Dhlakama nao devia meter-se em actividades secretas de conquista do poder e por a conquista do poder como a coisa primordial da sua actividade.
Olhemos, o povo esta ficando sem direçao na luta principal de combate ao inimigo encrustado -- a Frelimo. Ha estas pequenas noticias como o artigo do Canal de Moçambique que comentamos aqui que nao satisfaz aos mais curiosos com uma mentalidade jornalistica. O artigo nao deu informaçao crucial englobando aspects de quando, como, onde Dhlakama teria dado a sua entrevista.
Alguns dias atras lamentei-me neste blogue da falta de informaçao sobre Afonso Dhlakama, sublinhando que a propria Renamo nao diz nada sobre o paradeiro do seu lider. Os seus parlamentares nao batem latas e tambores como fizeram no parlamento moçambicano alguns anos atras contra cinco parlamentares que tinham sido seja expulsos da Renamo ou que se tinham resignado -- uma demonstraçao que era mesmo uma nodoa a imagem da Renamo que sempre alegou lutar pela democracia.
No mesmo comentario, disse tambem que Raul Domingos e Daviz Simango tentassem por de lado as suas diferenças com Dhlakama e fossem falar com Armando Guebuza para que, se o governo da Frelimo realmente esta a mante-lo em prisao domiciliaria como foi reportado ja pela imprensa, o deixasse livre e solto.
Obviamente nao tenho nenhuma admiraçao e muito menos gosto do lider da Renamo Afonso Dhlakama, mas penso que ele, como chefe da oposiçao, devia ser respeitado pelo governo da Frelimo. Ele tem direitos que devem ser respeitados, mesmo se ele nao respeita os direitos dos outros.
Ficaremos num mistério na medida em que ele nao aparecer algures em Nampula, Beira ou Maputo para se mostrar que esta ainda vivo. Esta TVM de que o senhor Jose Carlos Cruz fala nao constitue prova suficiente de que Dhlakama esta sao e salvo. Respeito o senhor Jose Carlos Cruz pela sua capacidade intelectual e o poderio da sua escrita, mas precisamos de mais informaçao do que meras palavras. Pode muito bem ser uma manobra da Frelimo, mostrando filmes antigos para tapar os olhos de pessoas sobre a verdadeira situaçao de Afonso Dhlakama.
Na verdade por onde passa Afonso Dhlakama? Pode o senhor Dhlakama mostrar-se abertamente?
De minha parte, nada move-me contra Dhalakama. Apenas discordo da sua maneira atual de "trabalhar na moita", dando lugar a interpretações as quais Vossa Senhoria diz serem errôneas da parte dos intervenientes aqui no blog. Tivéssemos mais transparência de como se projeta a sua luta, do que faz, como se pronuncia, essas dúvidas seriam mínimas ou estariam dirimidas por completo.
Isolar-se num aprograma secreto de tomada do poder, não tem justificativa à luz da razão. Explico:
Dhalakama é o líder de um partido legalizado e em atividade consoante com a Constituição da República. Suas atividades políticas DEVERIAM SER do conhecimento de todos os eleitores e simpatizantes, quando não dizer de todos os moçambicanos, e para essa finalidade são constituidos os tais partidos. O povo necessita como nunca de um "norte" nesse mar de desmandos, e quer ouvir o que têm a dizer aqueles que pretendem ser ou apontar os caminhos seguros no seu percurso! Uma espécie de ENCORAJAMENTO e de fé no futuro, pois é sabido que o povo vive de esperança e muitas vezes de ilusões. Infelizmente é verdade que também necessita de ilusões! Agir secretamente, como em comandita, não é atitude de um político. Mesmo os adversários, a par de toda a população, devem ter conhecicmento do que propõe em programa de governança e acompanhar-le os passos políticos, para na hora certa submetê-lo ao julgamento com conhecimento do que disse, fêz, prometeu!
Dhalakama está mal orientado, ou então não está recebendo nenhuma orientação seja por não ter gente à altura ou seja por não querer recebê-la por auto-suficiência ou até mesmo "turrice"
Não estão errados aqueles que aqui elucubram, divagam, tiram cocnclusões, que na falta de esclarecimentos maiores assumem contornos de verdades, presumindo-se como tal.
Nenhum homem é de todo bom e tampouco de todo mau! Imagens se projetam de atos públicos, quer sejam belas, quer sejam feias. Ouso até mesmo conjecturar que "o diabo não é tão feio como é pintado"!
Aqui temos apenas o cavalheiresco amigo a defender ferrenhamente o Dhalakama! Mas, que não me tome a mal, o amigo acha mesmo certo que ele não está dando margem a tudo isso? Para ser mais claro, dou a minha oopinião: Dhalakama não precisaria dessa sua defesa, fosse mais inteligente e menos turro! Fosse claro no entender que há muito deixou de ser uma ilha de si mesmo para tornar-se um cidadão da sua pátria e quiçá do mundo! aAinda que de verdade não esteja "matando" as esperanças nele depositadas, tem que dar sinais de que ainda luta, ainda tem ideais.
Não bastam comícios secretos e de sopetão. Tem medo de que?
Dhalakama deve IMEDIATAMENTE nomear uma comissão de divulgação, com capacidade de contatar TODOS os órgãos de notícias, desde a imprensa escrita, falada, televisada e internet! Sacodir o país de ações legais de norte a sul, tais como comícios, pronunciamentos, simpósios, palestras e ainda CHAMAR PARA SÍ TODAS AS VOZES QUE NÃO COMPACTUAM COM A MALFADADA FRELIMO, onde estejam essas vozes, até mesmo dentro do partidão. Afinal, um partido político pode a todo tempo pregar o seu programa, criticar, acusar, SEM QUE ISSO SE CONGFIGURE PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA! Ações programáticas não se confundem com a propaganda do candidato pelo voto em campanha, essa que só deve ser feita ao tempo exato, segundo a lei eleitoral.
Admiro sua pertinácia, sua convicção sólida, e acima de tudo a sua elegância na exposição do seu pensamento, que creio deva estar bem embasado! Disso não posso duvidar.
MAS RECONHEÇAMOS QUE DHALAKAMA PECA! Convenceu-se disso agora?
Destarte, estamos todos do mesmo lado! Oxalá, Dhalakama passasse vista no que aqui escrevemos. E tivesse o discernimento de separar dos seus inimigos, os que aqui apenas querem o melhor para Moçambique, mesmo em certas ocasiões o defenestrando pelos próprios motivos que involuntáriamente tem dado. Reconhecesse que já não pode mais ser um "turra" ensimesmado, e que dele se espera pelo menos as mãos lançadas à frente de sí, para o aperto de outras, e outras, e outras, daqueles que caminham na mesma direção onde está encastelado o inimigo comum. Para a batalha final (força de expressão figurativa minha).
Por que tanta determinação de querer ser "o" presidente?
Pergunta válida tanto para Dhalakama, tanto para Daviz Simango!
Por que não reajustar, ambos, as condutas para o bem de Moçambique?
Por que não andar dentro um objetivo unificado em um primeiro momento, de forma a enfraquecer o poderio do inimigo, e depois, quando tudo mais fácil, EM UMA COLIGAÇÃO, submeter a escolha em plebiscito prévio de qual será o preferido para dirigir o seu destino? E o vencido, não considerado como perdedor, acomodar-se dentro do mesmo objetivo de, conjuntamente, mudar o país para sempre, extirpando o cancro que o corroeu por tanto tempo?
ESTOU FICANDO LOUCO!!!! Já o disse Viriato Dias!
Eu concordei, desde que também me considerasse como tal!
E agora acho que "pirei" mesmo!
E como loucos riem sem parar, confesso que neste momento estou rindo e rolando pelo chão, e vez por outra dando com os dedos nalgumas teclas que teimam em consertar o que quero dizer! Mas creio que até ficou um pouco claro, pois não?
Dhlakama, quer queiram quer não, é o único homem que está a enfrentar a Frelimo. E não está comprometido com drogas nem corrupção nem com a própria Frelimo.
Tudo o que se está aqui a falar é extremamente interessante para se compreender o que se passa actualmente em Moçambique, e encorajo os participantes a prosseguirem com as suas intervenções.
Mas não se esqueçam de olhar para os noticiários da actualidade. Vejam por exemplo o site da TVM.
Estas informações podem alterar completamente certas convicções que temos sobre a realidade. O que se diz dum modo geral sobre o carácter de Dhlakama é um exemplo de contradição com a realidade. Afinal este senhor não está nem um bocadinho derrotado, nem desterrado. Está cada vez mais forte e ameaça escangalhar a Frelimo e tomar o poder em Moçambique.
E no que se refere à sua capacidade intelectual, devemos tomar em consideração que Dhlakama aproveitou o seu tempo livre e formou-se em Ciências Políticas na UNISA, Universidade da África do Sul.
Eu próprio já dialoguei com Dhlakama sobre a história da Renamo e de Moçambique, assim como sobre as melhores políticas de governação, incluindo questões como Estado de Direito, auscultação pública, meio ambiente e economia de mercado, incluindo o espinhoso problema de posse de terra. Encontrei nele uma extraordinária capacidade de argumentar a sua tese, que consiste essencialmente na implementação das políticas tipicamente de centro direita (permitam-me que me apresente melhor, sou master em Administração Territorial e Desenvolvimento pela Universidade de Madrid). Embora tenhamos divergências, reconheço que gostaria de ver Dhlakama a governar pelo menos por um mandato. Creio que seria benéfico para as populações desesperadamente miseráveis de Moçambique e para o tecido empresarial nacional.
Foi uma frase que apareceu num daqueles boletins. Nao era um programa. Um programa quereria dizer todo um sistema de deter, julgar e executar pessoas ou criminosos do homicidio voluntario como acontece nos Estados Unidos da America e em Mocambique de Guebuza onde ainda se praticam as matancas sem julgamentos.
Discuti com Thomas Chagundah e disse lhe que a frase nao estava bem, mas ele disse que nao havia nada de mal visto que era so uma ideia. De maneira que nao ha nada a regretar sobre uma mera ideia, que pode parecer infeliz. Naquele tempo tinhamos na mente uma certa vinganca contra estes matadores da Frelimo. Nem Changundah nem eu cometemos crimes contra qualquer lei ou pessoas.
O direito comum ingles diz que nao ha crime num mero pensamento, se este nao e concretisado em accao. Houve uma ou frases sim que falavam disto, mas nao um programa.
Esta coisa de pena de morte e muito controsersa. Ca no Canada, a pena da morte foi abolida ha muito tempo, mas em muitos estados no nosso poderso vizinho,nos Estados Unidos, a pena da morte pratica-se para os crimes de homicido voluntario. Foi curioso ler num jornal americano que dizia que muitos americanos apoiam a pena da morte.
Houve tentativa no Parlamento canadiano alguns anos atras de re-introduzir a pena da morte, mas esta mocao foi derrotada. Como as pessoas vem, este e um assunto controverso. Um dos meus amigos diz me que se alguem matar uma das suas filhas, ele vai tambem matar esta pessoa.
Quanto a mim, a pena da morte mete-me calafrios.
Como se introduz uma coisa que já está introduzida, já está dentro?
Então a morte gratuita, o assassinato endémico, não estiveram/estão em Moçambique da frelimo,
e bem antes nas "áreas libertadas" do sul da Tanzânia???
Não se assassinou gente de quaisquer jeitos e maneiras, desgraçados que caíram nas garras da frelimo - "toda" a oposição queimada viva enquanto se dançava e entoavam cânticos de louvor à corja de assassinos associados em grupo, que tem por nome registado - frelimo;
Não se assassinaram dezenas de milhares de cidadãos nos campos de concentração, vulgo "rreducação";
Não se assassinaram centenas de militantes da oposição em cadeias superlotadas em várias prisões;
Não foi a intransigência da frelimo responsável pela guerra civil, a responsável por cerca de 1,5 a 2 milhões de mortos, 3 a 4 milhões de deslocados/refugiados, e destruição do País;
Não se assassinou a sangue frio nos últimos acontecimentos em Maputo, cerca de 13 cidadãos (números oficiais), em que um frelimo disparava metodicamente e friamente sobre mulheres, crianças e outros;
...???
"Na frelimo É NORMAL matar" - Mariano Matsinhe
NÃO SE CANTA TODOS OS ANOS NAS CELEBRAÇÕES DE GWAZA MUTINI, assim:
...“Sya hamba syo gwaza mathonga
Simabulale sibanga umhlaba
Sibuse.”
Vamos matar os Varhonga,
Matá-los e apoderar-nos das suas terras
“Va yiphi a mabantu valazizweni
Ave ko a baze si vabulala.”
Onde estão os donos desta terra?
Não estão?! Que venham para serem mortos"...
Assassinar, matar, raziar, torturar, roubar, exterminar, NÃO TRABALHAR, parcerias, cabritismo, corrupção, traficar, parasitar,...
Cansei!
Faz parte do ADN, é matriz cultural dos que fugiram de Shaka Zulu, e invadiram Moçambique, trucidando, aniquilando os Povos pacíficos que lá habitavam - A MORTE.
Não se pode introduzir o que já está introduzido, dentro deles mesmo, e largamente praticado pela frelimo.
Trocando assim de nick?
Lança uma acusação com um "nikname" e provoca resposta com outro?
Não somos sábios, advinhos, magos...porém estamos londe de asnos!
Mais tarde, na decada de 1980, o governo de Moi mudou o sistema deixado pelos ingleses e para um sistema com mais foco nas ciencias. Foi todavia uma mudanca evolucionaria e nao revolucionaria.
"Sky father help us !!! How much folly!!!"
Mas não me considero gringo!
Parabéns Licos Ivar, Francisco Moisés, Noé Nhamtumbo, umBhalane, José Carlos Cruz, Beirense da Manga, e, mesmo o Sr. João Cuambe, dentro daquilo em que se expressa o caro Beirense da Manga:
..."Entretanto gostei de ambos pontos de vista, do Sr Francisco Moisés-crítico positivo contra qualquer tipo de ditadura. e sr Cuambe-"finge criticar a Renamo beneficiando a Frelimo"-que divergem-, mas é nesta discussão salutar e livre, que os historiadores poderão criar uma história sobre Moçambique, nas várias vertentes."...
É isso que conta!
No mais, Dhlakama está "capado" na voz e voto, restando-lhe tão só encenar um grito de autoridade para aplauso de uma platéia de ingleses. Talvez esteja incorporando um conveniente personagem fictício, como pode também estar num autêntico personagem real! Quem há de saber?
E verdade que a Renamo foi infiltrada pela Frelimo, fortemente infiltrada de Lisboa. Vi Paulo Oliveira em casa de Evo Fernandes em 1982, quando dei uma saltada de menos de sete dias a Portugal vindo da Inglaterra com custos de viagem para e estadia em Portugal pagos pelo meu antigo empregador, a BBC. Foi o Evo que o convidou sem me fazer saber de ante-mao. Isto aconteceu quando fui simpatisante da Renamo -- foi o que fui durante toda a minha relacao com a Renamo. Nao prestei nenhum juramento de membro como foi o caso quando me ajuntei a Frelimo em 1967.
Afonso Dhlakama escutava muito estes homens de Lisboa que em geral nao iam para as zonas da Renamo.
Quanto a educaacao de mocambicanos no Quenia, uma coisa deve estar bem clara. Houve mocambicanos que viveram no Quenia como refugiados da Frelimo de Eduardo Mondlane e de Samora Machel que chegaram la da Tanzania na decada de 1960 e de 1970. Estes foram educados educados por duas fontes: bolsas de Nacoes unidas como foi o meu caso e bolsas e duma organisacao sueca chamada EXCHANGE FUND.
Depois de estabelecimento de contactos entre o governo do Quenia e a Renamo a pedido de Joaquim Chissano que disse a ex-presidente Moi que queira negociar com a Renamo, o governo do Quenia disse a Dhlakama que enviasse individuos para serem educados naquele pais a custa do governo do Quenia. Afonso Dhlakama nao enviou nenhum individuo para la. Tenho que precisar que trabalhei muito para o estabelicmento de comunicacao entre a Renamo e o governo do Quenia.
O goveno do Quenia teve que me buscar do Canada. Tendo estado ao par da influencia da Frelimo no Malawi,o governo do Quenia pediu ao Malawi que eu fosse protegido durante os meus movimentos no Malawi
Depois do estabelecimento de contactos entre, fiquei muito chocado mais tarde quando me apercebi que Paulo Oliveira era um infiltrado da Frelimo e quando me apercebido que Lisboa estado infestado pelo SNASP.
O Sr. Joao Cuambe diz que o Evo Fernandes estava contra à formação de quadros...Infelizmente o Evo não está connosco mas sr. Joao deixe-me dizer algo: Eu passei horas e horas em conversas com o Evo em Lisboa. O Evo sabia o valor de ter quadros formados na Renamo. Quanto ao Quenia, não sei mas quantos individuos da Renamo foram formados em Quenia ? Eu não estou aqui a querer defender o sr. Francisco Nota, mas penso que o Sr. Nota dedicou-se à Renamo para que esta fosse democratica e transparente. O caracter autoritario do sr. Afonso era contrário aos objectivos da luta da Renamo. Acho que este foi uns dos pontos principais de divergencias entre o sr.Afonso e o sr.Nota. Não nos esqueçamos que o sr. Afonso era ( e é ainda hoje) um analfabeto e que o sr. Nota Moises é um intelectual. Mas quero abordar um outro assunto:
Como é que esta Renamo de um movimento militar tão forte transformou-se num Fraco Partido Politico?
-Como é que a Frelimo conseguiu enfraquecer o partido politico -Renamo ?
A Frelimo foi muito inteligente nos anos 90.Penetrou à Renamo. Enquanto militarmente, a Renamo tinha sucessos, a ala politica da Renamo que vivia no estrangeiro ( especialmente em Lisboa) foi penetrada pela Frelimo, mas o sr Afonso sendo um individuo fraco mentalmente não se apercebeu deste jogo.Não quero convecer alguem mas peço que cada um e tire suas conclusoes. Vou apresentar os factos:
Uma Renamo fraca politicamente seria imposssivel governar o País- esta fraqueza da Renamo tem suas origens ( em parte) no caracter do sr. Afonso.
Não nos esqueçamos que os serviços secretos Moçambicanos ( na altura a SNASP)eram treinados nos paises de Leste e Cuba. Países estes famosos em infiltraçoes.Moçambique manda pra Portugal O Jose Francisco Mascarenhas...que era director das finanças da SNASP. Uns dirão como é que eu posso provar que o Francisco era um Infiltrado. Posso prova-lo afirmando que foi o Francisco que organizou o regresso de Paulo Oliveira pra Moçambique-operaçao esta elaborada por Francisco e o Neves, Neves este que diplomaticamente era consul mas na realidade era membro da SNASP no departamento de contra-espionagem.Foi o Mascarenhas que organizou o regresso de Joao Chivaca à Moçambique e preparou a tal conferencia de imprensa que o Chivaca deu. Foi o Mascarenhas que organizou o regresso de Inacio Chondze à Moçambique -via Malawi. Este trio: Mascarenhas, Neves e Paulo Oliveira teve muita influencia na queda da Renamo como Partido Politico. Alguns dirão que estou a inventar- aos tais aconselho-lhes a entrar em contacto com o Paulo ou com o Chivaca...ambos são amantes de bebidas- com um ou dois copos de cerveja ha possibilidades de ter certas informçoes. e qual é o papel do Paulo?
-O Paulo era o unico ou um dos poucos que sabia os detalhes dos movimentos do Mateus Lopes( conheci este homem apresentado pelo Paulo)e do Ataide no Malawi. Que o Paulo saiba ou esteja implicado na mortes de Mateus Lopes e do Ataide, não ha duvidas!Mas quem lhes matou e porque?...Lembrem-se do plano de enfraquecimento da Frelimo que abordei no inicio. Menos um Ataide e um Mateus, a Renamo fica politicamente fraca....para não falar da morte estranha do Evo em Lisboa!!.. Conscientemente ou inconscietemente o sr. Afonso participou neste jogo porque:
-o sr. Afonso tinha boas relaçoes de amizade com Tiny Rowland-CEO de Lonrho. Mas quem era Tiny em relaçao aos membros da Frelimo e governo de Moçambique?
Tiny,era grande amigo de altos dirigentes da Frelimo ( incluindo o Guebuza)e não só o Tiny fornecia bolsas de estudos aos filhos de altos dirigentes da Frelimo como tambem partilhava nas analises politicas do País com altos diregentes da Frelimo e com o sr. Afonso. Este trio: Frelimo, Tiny e sr.Afonso destruiu a Renamo...mas o sr.Afonso não teve capacidade mental de ver este jogo. Recordem-se que durante as conversaçoes de paz em Roma o sr.Afonso PEDIU à delegaçao da Renamo que não abordassem a questao Da SNASP....que a SNASP era intocavel!!! Porque?...(Há meeses o Raul Domingos confirmou esta versao)....No meio de tudo isto aparece a morte estranha e violenta do Jose Francisco Mascarenhas na Beira. Eu não tenho duvidas que ha elemntos da Renamo e da Frelimo (SNASP)que sabem as causas e os autores.Posso imaginar as causas da morte do Mascarenhas, mas não vou descrever aqui porque, especularia e não tenho intençoes de especular mas estou certo que o homem foi bem usado pelos dois partidos: Frelimo e a Renamo. Ao senhor Paulo Oliveira se tiver oportunidade de ler este artigo não pense que nós moçambicanos somos todos uns parvos, estupidos...também nós acompanhámos os tristes eventos deste País. Haverá alguns que não acreditarão que o Mascarenhas era um infiLtrado. A esses digo, que o Mascarenhas teve coragem de me propor que eu voltasse à Moçambique...proposta esta que recusei, eveditentemente.Onde está o futuro de Moçambique?
-Não está na Renamo e nem no MDM, mas sim caros moçambicanos Infelizmente na propria Frelimo. Sim, na propria Frelimo.Nas futuras geraçoes de lideres da Frelimo que talvez consiguirao limpar esta Frelimo e serem patrioticos. Na minha curta estadia em Lisboa falei com Massinga ( falecido), Maximo Dias,Reis ,Evo, Chivaca, Inacio Chondze Manuel Frank e outros....Fiz o maximo de compreender e conhecer que tipo de politicos tínhamos....hoje oiço que o
Maximo Dias como Advogado está a defender um dos beneficiadores e amigo da Frelimo. Que politicos são estes?
Alguem será capaz de me informar sobre o destino de Manuel Frank e Artur da Fonseca por favor?
Posted by: licos ivar | 17/12/2010 at 12:19 """"
PS O Licos Ivar tem conhecimento de causa.Só que gravou no local errado.
Os factos que relata não estão longe da realidade.
O Sérgio Vieira (para tapar buracos e distrair sobre "jogadas")diz no livro que o Fernando Honwana tinha infiltrado na Renamo um indivíduo que só o Machel e Chissano sabiam quem era, e que o mesmo tinha fornecido documentos que provavam o apoio de Banda na abertura da frente de Zambézia, razão e a causa da última visita de Machel ao Malawi.
Talvez o Wikileaks venha a desvendar esta situação.
O Fonseca vive no mesmo País europeu, enquanto que o Dr M Frank está em Maputo, quadro superior da Renamo- membro da CNE em 2009.
Ele abandonou a Renamo por razoes suas de egoismo pessoal e agora parece estar bem aconchegado no sistema que a Frelimo cria em Mocambique.
Desculpo-me aqui se estou a quebrar a minha decisao tomada cinco anos atras de nao jamais entreter este senhor de que eu e o malogrado Boaventura Lemane nos fartamos no passado em discussoes inuteis. Tive mais do que foi necessario com as atitudes intelectualmente totalitarias deste senhor cujo verdadeiro nome e um outro. Ele nao e o mesmo que entrava em discussoes comigo para distrair as pessoas da verdadeira historia de Mocambique.
Juro nunca mais reagir a este senhor de atitudes altamete totalitarias. Estarei aberto a dialogar com qualquer outro individuo menos o dito senhor Joao Cuambe, a aprender doutros se estou errado --o que nao e possivel com este ser Jaoao Cuambe. Quando se trata de falarmos do que se passa hoje, este dito senhor Cuambe nao aparece por aqui, nao se faz ouvir, visto que esta se aproveitando do sistema guebuzista.
Pelo amor de Deus, Sr João Cuambe!É provável, mas pouco real!
Não crie confusões, se o sr conhece as versões históricas de Moçambique, não vá por aí, no fundo defendendo e beneficiando, sub-repticiamente a Frelimo.
Não confunda racismo encapotado (quando refere ao Dr nota), com pura moçambicanidade.
O Sr Francisco Moisés conta a história, nua e crua (tenho dúvidas que tenha tido relevo específico na elaboração das estratégias do programa e políticas da Renamo).
O Sr.F. Moisés talvez não saiba, o Gen.Afonso foi "pressionado", pelo Comandante V. e John M. a fuzilar o Francisco e depois Adriano Bomba, por suspeição de que estes estiveram envolvidos no assassinato do secretário Geral-Orlando Cristina.
Neste aspecto a Frelimo de Samora e a Renamo de Dhlakama, têm a mesma linguagem-BENEFICIO AOS GUERRILHEIROS em detrimento dos intelectuais.O Mondlane quando viu competidores, também tomou providências-TRIBAIS.O Samora eliminou estes competidores intelectuais, trocando-os por yes-man, com literacia assim-assim..e comandantes.
O Dhlakama alterou a sua postura, após perder as eleições de 1999, "aumentando" primazia aos comandantes que o "bajulam" e o "pressionam" constantemente.
Prova disso é a ruptura com o engº Daviz Simango, e posteriormente com alguma elite académica da Renamo.
Entretanto gostei de ambos pontos de vista, do Sr Francisco Moisés-crítico positivo contra qualquer tipo de ditadura. e sr Cuambe-"finge criticar a Renamo beneficiando a Frelimo"-que divergem-, mas é nesta discussão salutar e livre, que os historiadores poderão criar uma história sobre Moçambique, nas várias vertentes.
E o comentário do Sr Cuambe, sobre o Dr.Evo Fernandes em parte pode ser verdade, no contexto de 80´s, porque a visão que ele tinha era coerente, devido a guerra-fria, e esta filosofia já era prática do SG anterior-Orlando Cristina ( que constantemente advertia aos comandantes para desconfiarem os intelectuais moçambicanos, porque a maioria deles eram "infiltrados pela Frelimo", Fumos ex-Gumos Frecomo, Fresamo etc.-mas repito, foi a maior perda política que a Renamo teve-(após a sua viagem ao interior de Moçambique em 1987?).
Começo pelo primeiro, quando afirma: “Devo deixar a coisa muito clara: nao aceito matanças de pesssoas inocentes mesmo com julgamento”.
É sabido que o Sr. Moisés, enquanto quadro superior da Renamo, elaborou um programa político para este movimento em que claramente advogava a introdução da pena de morte num futuro quadro jurídico nacional. Isto, numa altura em que a Renamo se batia – orgulhosamente, convém acrescentar – contra a introdução da pena de morte pelo regime da Frelimo em 1979, e não obstante o facto do programa original da Renamo, que o Sr. Moisés mais a sua lapiseira atropelaram com toda a ligeireza de um intelectual feito à pressão, advogar o fim dessa horrenda prática uma vez estabelecido um sistema democrático em Moçambique.
Porventura, com a sua ida para o Canadá, o Sr. Moisés civilizou-se. Parabéns, Dr. Nota!
O segundo aspecto, prende-se com a alegação de que a Frelimo de Mondlane “devastou uma juventude que tinha sido bem educada nas escolas missionarias do centro de Moçambique”.
O Sr. Moisés peca por descontextualizar a crise do Instituto Moçambique que abalou a Frelimo em 1967-1968. Que fique claro que Mondlane apostou na elevação do nível intelectual dos moçambicanos. Independentemente do Instituto Moçambicano ter sido financiado pelos americanos, o facto é que isso reflecte uma política educacional em prol dos moçambicanos e não o seu embrutecimento, como nos sugere o Sr. Moisés.
Os factos são por demais conhecidos: Mondlane, no período que antecede a criação da Frelimo e a sua ascensão à chefia deste movimento, apostava na educação dos moçambicanos e são vários os esforços por ele feitos para encaminhar jovens da nossa terra para estabelecimentos de ensino secundário e superior nos Estados Unidos, realidade que coincidia – para felicidade de Mondlane – com a política dos americanos, especialmente da era Kennedy, em atrair o maior numero possível de estudantes das colónias e da Casa do Império em Lisboa. Todos os contactos estabelecidos por Mondlane junto dos americanos na fase posterior à criação da Frelimo centram-se num tema a destacar: a formação de quadros. E foi nessa base que a administração Kennedy fundamentou o pedido de fundos para canalizar para a Frelimo, embora, claro está, os Estados Unidos fossem movidos por interesses estratégicos no contexto da afirmação de posições na era pós-colonial do continente africano face ao avanço de outros interesses, mormente soviéticos e chineses.
A crise do Instituto Moçambicano tem outras raízes que não se prendem com alegadas aversões de Mondlane a pessoas instruídas, contrariamente ao que o Sr. Moisés continuaa afirmar neste local.
E o mesmo se deve dizer em relação a Dhlakama. O Sr. Moisés sabe perfeitamente bem que ele apostou na formação de quadros, inclusivamente no Quénia, durante o período da guerra civil. Também aqui não se deve descontextualizar: um dos que se opuseram, ou pelo menos não viram com bons olhos essa política de Dhlakama, foi um senhor chamado Evo Fernandes que argumentava não estar preocupado com a falta de quadros moçambicanos pois enquanto na Europa ocidental existisse um exército de desempregados de 6 milhões, o problema de Moçambique no capítulo do preenchimento de postos de trabalho especializados estava resolvido.
O surgimento da chamada Junta de Salvação Nacional da Renamo, que o Sr. Moisés até aplaudiu e apoiou – cegamente, acrescente-se, pois era ele movido fundamentalmente por questões tribais, como aliás deixa transparecer em tudo quanto aqui deixa escrito; o racismo encapotado é outra faceta sua – prende-se com o facto de a seguir ao Acordo de Roma de 1992, Dhlakama ter apostado no recrutamento de moçambicanos instruídos para estruturar o movimento na fase essencialmente política criada com o cessar-fogo, pondo de lado antigos combatentes que se sentiram menosprezados pela direcção da Renamo.
Estas sao as virtudes minhas que o Canada se aproveita devidamente. Nao so que o Canada se aproveita, mas o Canada forneceu-me bolsas e financiamento para adquerir a mais alta educaçâo. E este pais continua a faze-lo. Basta eu querer estudar isto ou aquilo, estao sempre prontos para financiar as minhas actividades. Este é um pais civilisado -- altamente civilisado e apreciador das boas qualidades e qualificaçoes dos seus residentes ou cidadaos.
Na minha cabeça parece simples responder a questao do Ivar sobre a Frelimo e a Renamo, mas a resposta torna-se muito complexa visto que as razoes sao varias e sao as mesmas tambem quanto a Renamo como descobri desde 1967 quando me liguei a Frelimo. Qualquer pessoa que é esperta, inteligente e doada de amplo intelecto de analise, discriminao raciocinal e previsao -- esta pessoa é um grande perigo e indesejavel para a Frelimo ou a Renamo de Afonso Dhlakama.
Foi assim que a Frelimo de Mondlane e principalmente sob Samora Machel devastou uma juventude que tinha sido bem educada nas escolas missionarias do centro de Moçambique. Isto fizeram para fazer entender que o sul é que governaria Moçambique apesar de nao apresentar educados dignos de nome na Frelimo. E na verdade muitos colegas do sul nao eram educados, nomeadamente Samora Machel, Armando Guebuza e uns falhados que tinham ido a Portugal como agentes da PIDE tais como Joaquim Chissano, Mariano Matsinhe embora este parece ter nascido em Tete, Pascoal Mocumbi que passou anos e anos a fazer a medicina sem na verdade apurar bons resultados, embora os gazenses reclamarao muita e tanta coisa sobre ele o que nao é verdade.
A liderança tribalista e regionalista da Frelimo tomou conta disto e assegurou-se disto no dito processo dos julgamentos dos ditos "traidores" por Samora Machel, Sérgio Vieira e Marcelino dos Santos em Nachingwea. Assim foram dizimadas as melhores cabeças e os melhores educados entre aqueles que compareceram e que foram humilhados em Nachingwea no meio de guerrilheiros amplamente semi-analfabetos e analfabetos.
Para alem do tribalismo, estes senhores que lideram a Frelimo a força sofriam e sofrem dum complexo de inferioridade incuravel. Um educado e intelectual nao sobrevivia na Frelimo. O que aconteceu entao, foi que esta liderança da Frelimo acumulou brutamontes e boçais doutras provincias tais como Joaquim Chipande de Cabo Delgado alegamente com 4a classe colonial(parece me ser uma mentira!), Bonifacio Gruveta da Zambezia enquanto que muitos educados da Zambezia saidos do historico, nao defunto seminario de Zobue, foram eliminados. O seminario de Zobue educava estudantes da Zambezia, Tete, Manica e Sofala. E era possivelmente o melhor seminario menor-liceu de Moçambique.
Depois da independencia, se alguem diasporico fizesse o erro de regressar a Moçambique, este alguem estava a arranjar o seu proprio caixao como aconteceu com Luis Quembo que foi aldrabado a regressar da India por Joaquim Chissano e foi fuzilado algumas horas depois da sua chegada a Maputo. Ninguem foi benvido e utilisado onde a naçao tinha a necessidade de utilisa-los. A Frelimo nao dava valor algum a estes designados reacionarios e inimigos do povo.
Como Licos Ivar observou algures, Afonso Dhlakama tinha o mesmo comportamento como o de Samora Machel. Pois foi da Frelimo e foi a Frelimo. Haja quem me assegurou que ele estivesse envolvido nas chacinas de pessoas, a razao que explica que Dhlakama, ao meu conhecimento, nunca condenou abertamente as matanças de Uria Simango, um ndau como ele; do padre Gwenjere, Gumane, Kambeu, Joao Unhai e de muitos outros.
Altamente brutamonte como Samora Machel, Afonso Dhlakama é um complexado anti-intelectual para alem da sua tendencia de nao jamais conseguir formar estruturas e mante-las. E este individuo quer governar Moçambique. Que desgraça assola o nosso!
Depois de ter descoberto o caracter destes vagabundos da Frelimo e da Renamo e o facto de que eles podem representar um atraso na vida de pessoas que possam ter algo a contribuir, decidi que estes senhores nao sao individuos para alguem ter a beira da sua porta.
Sao complexados, analfabetos, odiadores anti-intelectuais e criminosos. Conhecendo os crimes destes homens, torna-me dificil de aceita-los e estar com eles. Dao-me calafrios.
Dai que mandei passear Joaquim Chissano que em 1993 mandou-me uma mensagem convidando-me para ir ter com ele em Maputo. A intençao daquele crimonoso era de ter o meu nome ligado a Frelimo para efeitos de propaganda. Na verdade a sua mensagem foi muito espefica: "O Nota pode regressar a Frelimo e se nao quizer a Frelimo pode vir formar o seu proprio partido."
Eu nao podia contemplar o horror de aparecer na Ponta Vermelha a ser recebido por Chissano, um dos maiores assassinos da Frelimo -- um individuo cheio do sangue dos moçambicanos nas suas maos. Para nao se falar de me assentar e jantar com ele!
Quanto a Dhlakama, yak! Depois de conhece-lo de perto e em detalhe fiquei farto daquilo que sei sobre ele. Um limpo Dhlakama ou Dhlakama limpo? O detalhe do chacina do Adriano Bomba -- o piloto da Frelimo que fugiu num Mig-17 para a Africa do Sul e que viria a ser executado nas matas de Moçambiqu por um comando da Renamo por alegadamente ter-se envolvido na morte de Orlando Cristina na Africa do sul -- deixa me com vertigens e enjoado contra Afonso Dhlakama. O Bomba nao foi julgado e nao entendo como é que a Africa do Sul deixou o homem cair ou o entregou a Dhlakama -- a este selvagem sem cara, nem piedade, nem alma.
Devo deixar a coisa muito clara: nao aceito matanças de pesssoas inocentes mesmo com julgamento. Este episodio sujou a imagem do Dhlakama na minha consideraçâo. Para mim ele é tao inaceitavel e criminoso como estes outros bandidos: Chipande, S.Vieira, Gruveta, Matsinhe, Machel, Guebuza e tantos outros assassinos. So a mesma coisa.
O sr. tem direito de dizer o que pensa- a liberdade de expressão é vital nesta Publicaçao de Moçambique para todos mas eu como não um Ocidental mas com nacionalidade Ocidental gostaria de pedir ao sr.umBhalane que seja realista.Moçambique é Moçambique. O colonialismo portugues foi uma epoca triste para os moçambicanos sejam eles brancos, pretos, mulatos, indianos etc.Nunca concordei com o colonialismo portugues como tambem nunca concordei com o regime da Frelimo. Que o sr, note que não havia nenhuma diferença entre o fascismo portugues e o comunsmo da frelimo. Este é um facto.As actividades da PIDE eram identicas as de SNSP. O governo fascista portugues não permitia o multipartidismo e nem o diretio à liberdade de expressão...tal situaçao tínhamos com o regime da Frelimo.....caro sr. O que conta não é fazer comparaçoes entre o Ocidente e a Africa, o que é importante é que todos seres humanos sejam eles do ocidente ou da Africa vivam em liberdade com dignidade.
...Quero lhe agradecer imenso por ter-me informado da morte do Inacio Chondze. Quando é que ele morreu e como? Independemente de ele ter tido um caracter um bocado fragil - ele era um patriota e goastava de Moçambique. Quanto ao bebado de Paulo Oliveira, vejam-la só um facto:
-Quase todos individuos que estiveram ou tiveram um contacto com este bebado (Paulo Oliveira)tiveram mortes estrannhas: o caso do Evo, Mascarenhas.... Recordo-me quando no passado este bebado monstrou-me uma foto de um carro amachucado pelo um acidente....e ele afirmou que se tratava do carro de Mateus Lopes e Ataide no Malawi...E este bebado dizem-me hoje que é o IT da Embaixada Moçambicana em Lisboa...Que coincidencias??. Conheci este bebado na Universidade Eduardo Mondlane, vim-me a encontrar outra vez com ele em Lisboa...mas eu já suspeitava imensamente dele e o considerei sempre como um "tampax man". Quanto ao Chivaca? Pobrezinho dele. Sempre a mendigar ( a pedir dinheiro).Aidna ele está em Maputo? Continua a ter o bar dele( essa foi a informaçao que me deram no passado. Chivaca, um homem sem nenhuma personalidade. Eu passei horas e horas com esta gente: Evo, Mascarenhas, Inacio, Chivaca Manuel Frank... e outros. Ouvi muita coisa mas tambem pensei muito.O que é se passa com Manuel Frank?...
Ambos denegridos no livro de Paulo Oliveira.
E este, o Paulo, denegrido no livro de Sérgio Vieira e nomeado como agente do BOSS-NIS..
Nunca se esqueçam da táctica de Mao-Tse-Tung, seja, "dando a entender que um dos inimigos convictos, nomeá-lo como "da casa" e amigo, criando o descrédito, despersonalizar a pessoa, confundindo".JOGADA!
Esta táctica foi muito utilizada (e continua) pela Frelimo/SNASP/SI.
Aprenderam com o Leste Europeu.
Não me parece, QUE DOS NOMEADOS-EXCEPTUANDO O BANDIDO DO ASSASSINIO DO CHIVACA-este é que enganou o saudoso dr. Evo (a maior derrota que a Renamo teve-a sua morte) , tenham sido "toupeiras"!
O Paulo fugiu para Moçambique, e conta no seu livro peripécias, para se "safar"! Até chegou de nomear o Engº Alfredo Lopes (Mateus ) de infiltrado??!Este morreu de acidente de viação, juntamente com o Joao Ataide em Malawi, em circunstâncias ainda por esclarecer.
O Mateus cresceu junto com o André Matsangaice em Manica, e era amigo íntimo do comandante John M.
O Paulo talvez tenha traído muitos moçambicanos que estavam na cidade ligados a Renamo-pouquíssimos-porque ele da mata, DESCONHECIA POR COMPLETO!
Por memória daquilo que fizeram-os falecidos-, contribuiram para que Moçambique tivesse multipartidarismo e PAZ!CIRCULARAM PELA MATA, como yambém alguns que comentam neste site, no tempos da guerra pela democracia.
Agora o que o Licos, recorda, era bom detalhar, para conhecermos as várias faces da história do nosso Moçambique!
Mas há um coisa que devemos sempre respeitar!
O Gen. Afonso, FOI repito FOI o farol da instalação da democracia em Moçambique."PAI" e como africano devemos respeitá-lo pelo que fez!
Não pelo que faz actualmente!
Para o "arrumar" a velha classe da Frelimo estão constantemente a falar da biografia do Afonso de 73/76, para criar confusão e arrumá-lo nas boxes.
Talvez seja erro do Afonso, não ter deixado avançar as tropas em Agosto/Setembro de 92, para Maputo, Beira,Tete. Inhambane e Quelimane!
Morreriam muitas pessoas-cidadãos inocentes?É provável!Só Deus é que sabe!A Frelimo já se esqueceu disso!
A paz foi deita semanas depois.É por causa disso, foi fácil comunicar a paz as tropas da Renamo em 36/72 horas.
Gen Afonso tinha a Frelimo encostada a parede, tinha uma catana e uma luva!
Utilizou a luva!
AGORA O POVO MOÇAMBICANO DESPREZAM-NO PORQUE DEFENDEU ESSE MESMO POVO!Ainda não deu o BENEFICIO DA DUVIDA, elegendo-o!
Será que um dia não voltará a utilizar a catana?
Moçambique precisa novamente de vários comandantes iguais ao Afonso, só com uma diferença- inteligentes a 30% e cínicos políticamente a 70%, para acabar com esta palhaçada horrorosa de País-narco, e por tudo nos carris.
O Jose Carlos Cruz ironiza, mas no fundo sabe que Gen.Afonso - ainda resta algum "fogacho", e que Moçambique deve agradecer, a situação de paz que o País se encontra (em 94/99 poderia ter regressado a mata).
No fundo o Jose C. Cruz "ironiza" e compreende-se- mais valia um "burro Dhlakama" a governar do que um traficante.
Quanto ao Umbhalane, queira acreditar ou não o OCIDENTE (onde alguns oportunistas sem moral e com pouca ética-maioritáriamente controlando o sistema financeiro e político mundial-daí arrebentaram a economia mundial) é culpado.
Só tinham "tomates" quando a URSS existia.
Deram sempre "luz verde" a Frelimo. Wisner, Crocker, Cohen, etc, credibilizaram o ditador Machel e depois Carter ao Chissano.
NUNCA ACREDITARAM NO GEN.AFONSO!
Nada fazem contra a droga e os traficantes.PARECE ATÉ QUE COLABORAM!
As embaixadas existem e existiram sempre em Moçambique.Assistem o quotidiano do povo moçambicano, mas nada fazem-E TAMBÉM COM RAZÃO-porque quem vota "amigos de narcotraficantes" é o mesmo povo que morre a fome há 35 anos.
É mesmo "tudo farinha do mesmo saco".DEIXA ANDAR!
O meu INIMIGO é a frelimo, o único verdadeiro e definido INIMIGO.
Nunca escondi, antes pelo contrário.
Esse é o alvo, o foco, o INIMIGO definido, concreto, objectivo.
O regime totalitário, opressor, corrupto, traficante, sanguinário,...da frelimo.
Mas é bom arrumar a casa, educar as massas, organizar a luta, com respeito pelos "outros".
Substituir a frelimo, por outra "frelimo", não dá.
Ainda que mal pense!
Dhlakama compreendeu que tinha vencido, mas em vez de intensificar a sua luta, de-escalou as operaçoes esperando que a Frelimo viria de joelhos para aceitar as suas condiçoes. Obviamente, Dhlakama é muito junior a esperteza de Chissano e de Guebuza. No fim e ao cabo, foi ele que terminou por receber condiçoes. A tragédia de tragédias.
Obviamente, Chissano, usando aqueles que tinham dinheiro como Tiny Rowlands da companhia britanica Lonrho, acabou por ter Dhlakama "subornado." Mesmo antes da paz, Dhlakama viajou para Europa num aviao pessoal do Tiny Rowlands. Enquanto Dhlakama nao se interessava em ouvir as opinioes dos moçambicanos, ele escutava servilmente as ideias dos bueros e de muitos ocidentais que tinham interesses a promover com a Frelimo e nao com ele. Homens que nao eram sinceros com ele.
Quanto ao ponto de umBhlane, entendo que o termo Ocidente é uma generalisaçao que adquirimos da Frelimo que dantes falava de imperialismo para se referir ao Ocidente. Os proprios ocidentais tambem acarretam a culpa visto que sempre se referem como o Ocidente, the West ou L'Occident. E nos depois repetimos esta linguagem, enquanto na verdade trata-se de certos individuos no Ocidente.
Depois de render a sua vitoria a Frelimo, Dhlakama empreende-se na destruçao da propria Renamo, destroçando a torto e a direito até qe por hoje a Renamo se torna numa memoria com vozes desarticuladas de Chimoio a falar de dinamisar o grupo em Manica, vozes na Beira acusar a Frelimo por provocar a fome e outras miserias e o proprio Dhlakama do seu encravamento nao se sabe onde a dizer coisas que a Frelimo nao escutara. Para a Frelimo, ele nao conta mais. Para muitos moçambicanos realistas, Dhlakama nao conta mais. Contava quando lutava nas matas.
A culpabilização do Ocidente, o "ódio" ao Ocidente, às democracias ocidentais - aí estabelecem o maior denominador comum.
Sou Ocidental, e como milhões de Ocidentais, leões indomáveis, racistas, colonialistas, imperialistas, neocolonialistas, enfim, esses mimos todos a que já acostumei, dizia, apoiamos a luta dos Povos Moçambicanos corporizados na RENAMO, sob muitas e diversas formas...
Para mim, que já nasci com os olhos abertos, não é surpresa nenhuma.
Atenção incautos, já AQUI escrevi milhentas vezes, avisando.
Aí está.
Se chove demais é culpa do Ocidente, se pelo contrário há seca, a culpa só pode ser do Ocidente.
Com os ciclones, as cheias, o tráfico de órgãos, mulheres e crianças.
O assassínio de velhos por feiticismo.
O colar com pneus a arder.
As eleições da Costa do Marfim.
A ocupação da RASD por Marrocos.
O genocídio de Darfur, no Sudão.
A permanência do regime assassino totalitário de Mugabe.
O número de mulheres extras de Zuma, para além das Nª oficiais,...
Depois se admiram.
Fazer o quê?
Por aqui nao tenho exprimido sentimentos contra a Renamo cujos combatentes ja descrevi como gloriosos contra os macambuzios da Frelimo. Mas onde esta vitoria destes gloriosos? Foi entregue a Frelimo por Dhlakama. Nao sera Dhlakama um agente da Frelimo que impediu que a Renamo desse um impurro para totalmente ganhar a guerra que ja estava ganha e que depois veiu a desgracar a Renamo? Se nao e agente, entao este senhor e um bocal que nao devia estar na lideranca da Renamo. Mas consideracoes seguirao mais tarde.
Posted by: Francisco Moises |
- A Renamo lutou praticamente sem ajuda externa contra a Frelimo, tendo-se chegado ao extremo do Acordo de Nkomati. As ajudinhas que a Renamo teve no início a partir da então Rodésia e depois RAS, não passaram de gotas no oceano quando comparadas com as ajudas que a Frelimo e outros movimentos de libertação, entre os bem sucedidos, tiveram dos países vizinhos. Portanto a Renamo foi bem sucedida contra a Frelimo devido ao apoio interno, da população, e não devido ao apoio dos países vizinhos.
- O Acordo Geral de Paz, que levou a Renamo como movimento militar contra o partido no poder, a Frelimo, a depor as suas armas e passar a ser partido político, foi fruto do esforço da comunidade mundial. Os grandes líderes da época asseguraram a Dhlakama que podia sair da mata, sem armas, porque a democracia já estava instalada em Moçambique, e que o que faltava fazer era só organizar as eleições. A ONUMOZ foi mesmo criada para concretizar esta promessa.
- Logicamente isto não passava dum truque para enganar o burrinho do Dhlakama e os burrinhos moçambicanos. Como se sabe a Renamo e Dhlakama ganharam as eleições mas a ONUMOZ declarou que as mesmas foram ganhas pela Frelimo e Chissano. Também se sabe muito bem que Aldo Aelo, o chefe da ONUMOZ, confidenciou publicamente que na verdade Dhlakama tinha ganho. Não custou enganar este povinho pobre e analfabeto, cheio de fome e seminu, metade do qual espalhado pelos países vizinhos como refugiados da guerra.
- É isto o que devemos condenar em Dhlakama. Como teve ele tamanha estupidez em acreditar na comunidade internacional, pretensamente cheios de valores universais, mas claramente, como agora acabamos de saber, comprometida com o narcotráfico?
- Não me interessa se Dhlakama acreditou nos governos ocidentais por bons motivos. Se eu acreditei e todos nós acreditamos, é negócio nosso, mas Dhlakama não devia ter acreditado. Como não viu ele logo logo que estes ocidentais são mentirosos? Que nunca, nunca mesmo, se deve acreditar nas ditas democracias ocidentais?
- Portanto Dhlakama deve sofrer pedradas, porque cometeu a grande burrice de ter acreditado nas democracias ocidentais e ter tido o sonho mais parvo do mundo de ter desejado para os moçambicanos uma democracia igual a dos Estados Unidos, Canada, Gra-Bretanha, França ...
- Em Moçambique só há lugar para a Frelimo, porque sabe melhor que todo o mundo, ou quase, como negociar drogas. Não há aqui lugar para idiotas que querem Estado de direito, economia de mercado, e outras parvoíces impossíveis para os moçambicanos.
Dhlakama ganhou as eleições, mas como não lhe deram a Ponta Vermelha, deve ser enviado para um circo, como palhaço, para fazer rir os mais ajuizados, os que melhor percebem de política, como nós. Porque assim fica claro que tudo não passa duma palhaçada da ONUMOZ e da comunidade internacional para entreter o povo de moçambicano, enquanto ele vai morrendo de fome e sofrendo de injustiças pela Frelimo.
Quanto ao poder, que se dê a alguém mais experimentado nestas coisas de política, especialmente nos especialistas em negócios de droga. Guebuza e Chissano são experimentados,sim, mas deve haver mais deles. É só esperar para ver.
Outra coisa e ser visceralmente contra alguem e outra coisa bem diferente e aceitar as opinioes dos outros ou que os outros tem direito a opiniao. Parece-se absolutamente injusto enveredar pelo caminho da difamacao de figuras quando esse nao e o caso. Se existe qualquer historico de divergencias e inimizades fundadas ou infundadas entre eu e alguem isso nao deve ser motivo para que eu arremesse pedras para tudo o que esse alguem diz. Vamos dar a Cesar o que ele pertence e a Deus o que e de Deus.
Entao eu e o meu malogrado amigo Boaventura Lemane nos Estados Unidos ja falavamos disto em conversacoes telefonicas e ja falavamos de escrever ao governo americano para este agir contra a tal actividade narcotraficante e a possivel presenca dos al-qaidas em esconderijo em Mocambique. Portanto Dhlakama nao pode alegar que nao sabia. Sabia muito bem, mas parece que na medida em que aquele negocio lhe beneficiava em milhares de meticais do governo da Frelimo, ele nao via nenhuma coisa de anormal. Ja que os americanos denunciaram o regime da Frelimo, agora ele quer tirar dividendos.
Algures no blogue, Chissano e reportado como tivesse desmentido o seu envolvimento no narcotrafico. Pois nao se esperava que ele havia de aceitar a acusacao. Mas uma grande questao ainda fica por ele responder: vai ele tambem deixar entender que nao sabia do que se passava -- do negocio narcotrafico -- quando ele era presidente? Porque e que ele e o seu regime nao agiram para acabar com a ofenca?
Cuitadinhos dos cuitadinhos.
Se Dhlakama fosses serio, o respeitariamos, mas mui infelizmente, ele nao e serio. Ele e estes bandidos da Frelimo nao sao diferentes.
Ele e a Frelimo estao na mesma panela.
Vais fazer o quê, Afonso Dhlakama???
Ainda que mal pergunte!