Governo e Renamo sentam-se

Governo e Renamo sentam-se à mesa de conversações

Segunda, 03 Dezembro 2012 00:00 Sérgio Banze

Na sua 1ª ronda negocial hoje em Maputo.

Os dois grupos deverão procurar consensos nas alegadas questões sobre o Acordo Geral de Paz que, segundo a Renamo, estão a ser violadas. As conversações giram em volta da FIR, partidarização do Estado, legislação eleitoral e o estágio da democracia no geral.

A Renamo e o Governo de Moçambique reúnem-se, hoje, numa das estâncias hoteleiras da cidade de Maputo, no que constitui a primeira ronda negocial no âmbito das conversações solicitadas pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama.

O encontro é agendado uma semana depois da constituição da comissão do Governo, na terceira sessão extraordinária do Conselho de Ministros, na capital do país.

Na lista dos pontos hoje a serem debatidos, está a suposta violação dos protocolos do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado a 4 de Outubro de 1992, em Roma, que pôs termo à guerra dos 16 anos. Desde então, segundo a Renamo, este acordo está a ser sistematicamente atropelado pelo Governo, daí as ameaças constantes de manifestações por parte do partido de Afonso Dhlakama.

Pontos em debate

Concretamente, a Renamo é contra a criação da Força de Intervenção Rápida (FIR), que, segundo alega, não está prevista no Acordo Geral de Paz. Contesta ainda a partidarização das instituições do Estado; a reforma compulsiva dos seus soldados por parte do Governo e aposentação nas forças armadas; a alegada viciação dos resultados eleitorais em todos os anos; o que levou, por fim, à recente irritação de Afonso Dhlakama e abandono do luxo da sua vivenda, em Nampula, para se refugiar na serra de Gorongosa, em Sofala, como forma de pressionar o Executivo para a solução das suas reivindicações.

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