31/12/2012 12:25
Por Redação, com Vermelho - de Gaza
Por Redação, com Vermelho - de Gaza
Construção de novos colonatos, cativação de receitas e salários, incursões punitivas e provocadoras, detenções em condições extremamente duras e manutenção do bloqueio a Gaza são algumas das medidas aplicadas por Israel em retaliação ao reconhecimento da Palestina como Estado pela Assembleia-geral das Nações Unidas.
A aprovação de um novo empreendimento habitacional com seis mil casas a Oeste da cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada, onde já vivem 310 mil colonos israelitas, foi o último acto da massificação de colonatos imposta nas últimas semanas. Antes, as autoridades sionistas já haviam decidido a construção de mais 2610 habitações em Jerusalém Leste, território anexado pelos sionistas para onde já foram cerca de 200 mil israelitas.
Em contraste, em todo o mundo estima-se que existam cerca de 11 milhões de palestinianos refugiados, metade dos quais dispersos por vários países do Médio Oriente.
A política de expulsão dos palestinianos e edificação de bairros para colonos tem sido empreendida e condenada desde 1967, facto que voltou a repetir-se agora na ONU, com um apelo do Conselho de Segurança para que o governo de Telavive suspenda os projectos que, sublinhou o órgão, violam o direito internacional e inviabilizam a solução pacífica de dois Estados.
Israel não faz caso e prossegue, assim, e de forma agravada, o terrorismo de Estado que vem implementando desde que a ONU sufragou por larga maioria o estatuto de membro-observador ao estado da Palestina.
Entre outras ações de caráter punitivo impostas desde então, estão a confiscação dos salários dos funcionários palestinianos e dos impostos recolhidos à população, num total de quase 93 milhões de euros, justamente quando as Nações Unidas apelaram aos doadores internacionais para que disponibilizem com carácter de urgência fundos para ajudar o povo e a Autoridade palestinianos.
Simultaneamente, continua o férreo bloqueio a Gaza, que desde 2007 empurrou 80 por cento da população para a dependência do auxílio internacional, e destruiu 60 por cento das empresas da Faixa.
Acrescente, por exemplo, a manutenção da destruição de cisternas (44 desde o início de 2011). As infra-estruturas são utilizadas pelas comunidades na agricultura e constituem um elemento histórico da soberania palestiniana sobre o território que, neste contexto, é abandonado por falta de acesso das populações à água.
Sionismo criminoso…
Nas prisões de Israel, neste momento, 18 palestinianos gravemente doentes encontram-se sem a devida assistência médica, e no início deste mês, na Cisjordânia, 20 outros foram feridos durante uma acção de provocação israelita. O exército invadiu Hebrón para capturar um polícia palestiniano, que resistiu à prisão despropositada e foi auxiliado por companheiros locais, o suficiente para desencadear uma batalha que resultou em duas dezenas de vítimas palestinianas em poucas horas.
Nesse mesmo dia 7 de Dezembro, a Human Rights Watch emitia um comunicado no qual acusava Israel de ter violado sistematicamente as leis da guerra na última agressão à Faixa de Gaza, e dois dias antes, a 5 de Dezembro, 174 países votaram nas Nações Unidas um texto que exige a Israel que permita a inspecção internacional do seu programa nuclear. O documento só foi rejeitado pelo Canadá, Micronésia, Palau, Ilhas Marshal, Israel e EUA.
Os norte-americanos foram mesmo mais longe e, em jeito de presente de Natal, anunciaram o enviou para Israel de um novo carregamento de 17 mil bombas de vários tipos. O objectivo é repor o stock gasto no mais recente ataque à Faixa de Gaza, atestando, uma vez mais, o apoio dos EUA em toda a linha aos crimes repetidos dos sionistas.
Pobreza em casa
Israel, cuja população regista uma das mais elevadas taxas de pobreza dos países homólogos. É o que afirma a OCDE, que não esconde, num relatório recentemente publicado, que as carências económicas são a principal preocupação do povo israelita, muito à frente do terrorismo e das agressões externas.
Israel, cuja população regista uma das mais elevadas taxas de pobreza dos países homólogos. É o que afirma a OCDE, que não esconde, num relatório recentemente publicado, que as carências económicas são a principal preocupação do povo israelita, muito à frente do terrorismo e das agressões externas.
O mesmo estudo revela ainda que 75% da população teme o colapso económico e social do país, preocupação fundamentada por uma outra pesquisa, da responsabilidade do Instituto Nacional de Seguros, segundo a qual uma em cada cinco famílias israelitas vive abaixo do limiar da pobreza.
Tudo isto confirma a tese marxista de que “não pode ser livre um povo que oprime outros povos”. E não o são, de facto, os israelitas, amarrados à miséria imposta pelos seus próprios governantes.
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