quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Rebeldes sírios formam brigada contra palestinos

 

31/10/2012 14:03, Por Redação, com Reuters - de Beirute 0
Rebeldes disseram que eles e a nova brigada vão atacar combatentes Yarmouk leais a Ahmed Jibril
Rebeldes sírios disseram nesta quarta-feira que formaram uma brigada de palestinos aliados em um bairro de Damasco para lutar contra palestinos armados alinhados com o presidente Bashar al-Assad.
Cerca de 150.000 refugiados palestinos vivem no acampamento Yarmouk na capital síria, uma vasta área de blocos de apartamentos de concreto, onde alguns moradores apoiam o levante de 19 meses contra Assad e outros lutam ao lado de soldados sírios.
- Estamos armando palestinos que estão dispostos a lutar. Nós formamos a Liwa al-Asifah (Brigada de Assalto), que é composta apenas de combatentes palestinos – disse um comandante rebelde da brigada Suqour al-Golan (Falcões de Golã) à agência inglesa de notícias Reuters. “Sua tarefa é estar no comando do campo de Yarmouk. Nós todos a apoiamos e protegemos”, acrescentou.
Rebeldes disseram que eles e a nova brigada vão atacar combatentes Yarmouk leais a Ahmed Jibril, chefe da Frente Popular pela Libertação Palestina — Comando Geral (FPLP-CG), patrocinado pela Síria, acusando os homens de Jibril de assediar moradores do acampamento e atacar combatentes do Exército Livre da Síria (FSA).
Alguns combatentes da FPLP-CG tinham entregado suas armas para os rebeldes, disse o comandante, convocando outros a seguir o exemplo e ameaçando assassinar figuras pró-Assad.
Uma bomba explodiu nesta quarta-feira embaixo do carro de um coronel do Exército sírio em Yarmouk, mas ele não estava no veículo e não houve vítimas, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que monitora o conflito. Não ficou claro se o incidente estava relacionado com a tensão entre rebeldes sírios e facções palestinas em Yarmouk.
Mais de 180 pessoas foram mortas na Síria na terça-feira, muitos em ataques aéreos do governo, afirmou o Observatório, que estima que pelo menos 32 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando protestos pacíficos contra o regime de Assad eclodiram.

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