SÃO PAULO, 28 Out (Reuters) - O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), fez um enfático agradecimento ao seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no discurso da vitória, após derrotar neste domingo o tucano José Serra no segundo turno da eleição municipal da maior cidade do país.
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Cercado de ministros do governo da presidente Dilma Rousseff e de aliados, Haddad também prometeu uma "nova São Paulo" e disse que derrubará o "muro da vergonha entre a cidade rica e a cidade pobre".Veja também:
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"Quero agradecer do fundo do meu coração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Haddad, provocando um coro da plateia que gritou o nome do ex-presidente. "Viva o presidente Lula!"
O petista, que também agradeceu a Dilma, a quem chamou de "outra grande liderança nacional", fez um discurso em tom otimista, focado principalmente em promessas de redução de desigualdades sociais na cidade.
"Se São Paulo não consegue resolver seus problemas, que cidade no Brasil e no mundo consegue fazê-lo?", questionou.
O prefeito eleito também agradeceu a seus adversários na disputa municipal "que me obrigaram a dar o melhor de mim para vencê-los numa disputa limpa e democrática".
Haddad foi eleito com 55,57 por cento dos votos válidos, contra 44,43 por cento de Serra, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Haddad prometeu ainda buscar parcerias tanto com o governo federal quanto para com o estadual, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin.
A vitória de Haddad, que disputou uma eleição pela primeira vez e foi escolhido pessoalmente por Lula para concorrer à prefeitura paulistana, é apontada como estratégica para o PT por analistas.
Além de comandar a maior cidade e o terceiro maior orçamento do país, a vitória petista na capital paulistana foi sobre o arquirrival em âmbito nacional, o PSDB, e sobre o tucano José Serra, figura histórica do tucanato que já enfrentou Lula e Dilma em disputas presidenciais.
Pelo lado tucano, a derrota gera incertezas sobre o futuro político de Serra, que comandou a cidade entre 2005 e 2006 e foi governador do Estado entre 2007 e 2010.
(Por Eduardo Simões)
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