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Uma nova filosofia da libertação! Peter Edward Nthawira Balamanja
nasceu no Zomba, Nyasaland, (para onde o pai se refugiara de Moçambique 9
anos antes do seu nascimento) em 8 de Junho de 1934. Foi educado até 8ª
classe. Em 1956 alistou-se na polícia da Rodésia do Norte (Zâmbia) e lá
se casou com Marry, futura mãe de seus três filhos. Em Julho de 1960
deixou a Polícia, regressou à terra natal para entrar no Nyasaland
District Council onde serviu até 1962, ano em que escreveu uma carta
para autoridades da Rodésia do Sul (Zimbabwe) para onde seguiu em
Outubro de 1962 a fim de fundar, com John Zuza, o Kilimani Freedom Party
(KFP) de tendência federativa, com outros nacionalistas: John Zuze,
Peter Zuhay Geofrey, Richard Danken Yotamu, Eduardo António Mulira,
Kazipute Jeke, António Charlie, Daniel Kenneth, Jaime Basikold, Afiki
Gwenje e António Chagundika. Com cerca de 28 anos de idade, inicia a sua
filosofia da libertação «unidade para a libertação». Segundo ele,
existiam muitos grupos, associações e organizações que uma vez unidos
poderiam, no mais curto espaço de tempo, libertar o país. Afirmando que
«o véu que cobria a vergonha do meu povo se rasgou em Moçambique» fez um
apelo «Salazar must go, Balamanja must rule». Com Mineje Jack
Ntundumula Banda, Sutalani Laima, Fernando Kalichi e Bernardo Chumba,
decidem mudar o nome do partido para Mozambique African National
Congress (MANC).
O poder das suas palavras e a sua mensagem de
«Unir para Libertar» congregaram em seu redor um número cada vez maior
de seguidores. O facto de os seus discursos denunciarem frequentemente
as injustiças sociais e cumplicidade dos regimes da época para esmagar
as liberdades individuais, tornou-o alvo de uma hostilidade crescente
tanto do regime colonial português como do regime rodesiano que
arquitectaram uma Lei que permitisse a sua prisão e deportação.
Acompanhado por uma multidão de seguidores, Balamanja prometeu libertar
os moçambicanos do jugo colonial português, causando grande agitação nas
hostes políticas. Preso juntamente com o seu vice, Mineje Jack
Ntundumula Banda, à luz de uma lei que ainda não tinha sido debatida no
Parlamento (ACT 1963) por ordem das autoridades rodesianas, a 26 de Maio
de 1963, dois dias depois foi entregue à Portugal, força ocupante
daquela época. Foi julgado e condenado a 7 anos de prisão. Os
sobreviventes da prisão levaram o MANC a juntar-se a outras quatro
forças políticas para dar origem ao COREMO, sob liderança de Paulo
Gumane. Da prisão seguiu para Zâmbia, onde continuou com as actividades
políticas.
Na sua «Carta da Liberdade» defendia que a «a
liberdade e o desenvolvimento caminham juntos de tal forma que quanto
maior for a liberdade maiores será o estágio do desenvolvimento»- Nesta
ordem de ideia, concluía que o subdesenvolvimento era consequência da
ausência da liberdade. Defendia a necessidade de formar o homem
académica e militarmente e pedia ajuda para o efeito. Desejava que os
líderes fossem humildes a humildades no seu trato para com o povo e
nunca tivessem vergonha de pedir conselhos aos líderes já maduros.
Permitia a venda de bebidas alcoólicas nos seus comícios porque isto era
parte da liberdade. A independência tinha que ser conseguida num curto
espaço de tempo para evitar deixar o povo no sofrimento permanente. Além
do homem, defendia o uso de animais para actos de sabotagem, por
exemplo, atear com o fogo ao gato molhado na gasolina e introduzi-lo
numa fábrica. A longo prazo, uma vez alcançada a independência previa a
eliminação das barreiras fronteiriças entre Niassalandia, as duas
Rodésias e Moçambique formando uma grande federação,
Domus Oikos Grande pesquisa, sim senhor há muito que rescrever a história de Moçambique.
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Quase
que nunca teria ouvido falar deste mocambicano Tetranacional. Alias,
nenhum historiador teria dito que coremo, foi resultante da fusao de
tantos partidos incluindo o tal MANC. Aqui esta o Poder de um verdadeiro
historiador.
Francisco Wache Wache Quanto maior for a liberdade maior será o estágio de desenvolvimento. Tem mensagem aí para nos
Gabriel Muthisse Parabéns, Eusébio Eusébio A. P. Gwembe. Nunca tinha ouvido falar deste Movimento.
Houve
também em Lourenço Marques um ANC, liderado por um senhor de apelido
Chembene, lá para a década 30 do século XX. Tratou-se de um movimento
que congregava personalidades que,
depois, acabaram concentrando a sua militância ou no Centro Associativo,
ou na Associação Africana, organizações cívicas que eram permitidas
pelo regime colonial.
Eddy Waku Lombëla Parabems irmão, se a pá te permitir cave mais fundo e nos traga mais história verdadeira d moçambique e da região....
Patricio Bernabé Nguema "Permitia
a venda de bebidas alcoólicas nos seus comícios porque isto era parte
da liberdade".Gostei do trecho....Parabens Dr por mais um elemento da
nossa historia.
Fernando Narcisio Narcisio É
mais uma pagina pra nossa hostoria.. Visto que nunca si abordou este
assunto em muitos artigo do interce nacional... Parabens Dr. Eusébio A. P. Gwembe.. Pela saudavel pesquisa
Gabriel Muthisse Talvez, Eusebio Eusébio A. P. Gwembe,
fosse importante esclarecer que trazer novos factos da história de um
país é uma actividade normal e óbvia dos historiadores. Não se trata de
desvalorizar o que outros historiadores fizeram no passado. Nem se trata
de negar todas as páginas da nossa história já conhecida. Com o labor
do Eusébio Gwembe e outros historiadores, o nosso conhecimento de
história será ampliado. E, mesmo aquilo que julgamos conhecer poderá ser
visto a partir de ângulos e perspectivas novas. Isso se faz em todos os
países do mundo. É por isso mesmo que se formam historiadores nas
universidades
Antonio A. S. Kawaria Ainda vamos ler sobre a história de Moçambique.
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