Por Gustavo Mavie
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‘’É possível encontrar um criminoso numa Igreja e um Santo numa Prisão’’, Anónimo
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‘’Os homens só irão melhorar se os fazermos ver o que são ’’, Anton Chekhov
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Na Igreja católica moçambicana, tem sido recorrente emitir-se encíclicas que são contra os interesses mais nobres dos moçambicanos e da sua Nação, como o atesta agora a sua última Carta Pastoral intitulada ‘’Coragem da Paz’’, em que meramente assume com sua também, a infundada impugnação da RENAMO e alguns poucos concidadãos dos resultados das eleições gerais realizadas em Outubro último, com a alegação de que foram ganhas pela FRELIMO e Nyusi porque recorreram à fraude.
Na verdade, esta cópia à impugnação da RENAMO que se rebaptizou de Carta Pastoral, reflecte que há nesta Igreja uma parte dos seus dirigentes ou fiéis, sejam eles Bispos ou Padres ou assistentes, que têm estado a se impor e, obviamente, a impor as suas ideias sobre os restantes membros da proa que não se identificam com esta Carta Pastoral. É uma Carta Pastoral de um grupo, aliás, de um grupinho que se apoderou das rédeas desta secção da Igreja Católica Romana em Moçambique, e que fazem reflectir as suas posições políticas pessoais que são contra as dos seus colegas e muito menos da maioria dos moçambicanos.
Pessoalmente, já consegui identificar alguns dos que envergam a vestes de religiosos ou crentes, mas que são lobos ou diabólicos. Há também os que são responsáveis pela Redacção das envenenadas Encíclicas que as assinam em nome desta seita religiosa, mas que são suas posições pessoais. É nelas que revelam o seu anti-FRELIMISMO e o seu anti-patriotismo. Um deles, que para mim é o mais anti de entre os que não se escondem, julgando pelas suas posições que me tem enviado, é Benedito Marime.
Marime reage maldosa e violentamente a tudo que tenha um odor à FRELIMO ou que tenha sido feito ou escrito por alguém que ele acha que é da FRELIMO ou que defende este Partido. Para não ser tido como quem está contra o Marime sem justa causa, passo a documentar porque o acuso de ser um anti-FRELIMO por tendência, melhor, por doença congénita. Uma das vezes que ele se revelou por sua conta e risco que é contra a FRELIMO, fê-lo quando da ultima visita do Sumo Pontífice no começo de Setembro último a Moçambique. Durante a visita, eu escrevi um artigo em que elogiava e destacava a sua Homilia no Estádio do Zimpeto. Dizia que tinha sido coincidente com a filosofia política sobre a paz defendida em Moçambique pelo Presidente Nyusi.
Para não falar sem dar provas, fazia questão de comparar entre o que o Papa disse e o que o Nyusi tem dito sobre como podemos manter a paz em Moçambique. Uma vez que entre os que me lêem neste meu artigo podem haver quem não leu esse que escrevi durante a visita do Papa, aqui transcrevo alguns excertos: À medida que fui escutando a Homilia que o Papa Francisco o pronunciou no passado dia 6 no Estádio Nacional de Zimpeto em Maputo, fui tendo a percepção de que era como se ele estivesse a validar tudo o que o Presidente Filipe Nyusi tem dito nos seus discursos e feito desde que assumiu a chefia do Estado moçambicano a 15 de Janeiro de 2015.
Uma das passagens que me induziu a ter essa percepção de que era uma validação foi quando o Papa proclamou a épica frase ‘’Amai os vossos inimigos’’, pronunciada há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, e que consta no Novo Testamento. Jesus não só apregoou este postulado, como o praticou mesmo no momento em que os seus inimigos o estavam crucificando, tendo pedido ao seu Pai-Deus que os devia perdoar porque ‘’não sabiam o que estavam fazendo’’.
Quando ouvi o Papa pronunciar esta frase, vieram-me à memória várias provas que mostram que Nyusi tem aplicado na prática este e outros ensinamentos de Cristo. Uma das provas é que quando foi informado que o então Presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, estava gravemente doente lá em Gorongosa onde vivia e dirigia os seus guerrilheiros que neste caso combatiam o seu Governo, Nyusi fez questão de enviar imediatamente um helicóptero para o ir evacuar para um hospital onde poderia ter um tratamento adequado que o pudesse salvar.
Infelizmente, quando o helicóptero chegou Dhlakama já havia perdido a vida. Nyusi disse-me dias depois que a morte de Dhlakama o chocou bastante, e lamentou que só o tenham informado que estava doente quando já estava à beira da morte. ‘’Acredito que se me tivessem informado mais cedo, talvez teria ido a tempo de o salvar. Sinto muito a morte dele’’, assim contou-me Nyusi visivelmente consternado.
Outra das provas de que Nyusi amava o seu inimigo Dhlakama não obstante o ter movido uma guerra contra o seu Governo tal como havia movido contra os dos seus antecessores Samora, Chissano e Guebuza, Nyusi sempre o considerava seu irmão mais velho e o tratava até amistosamente. O que provou isto em definitivo que Nyusi amava Dhlakama e não encarava e nem o desejava mal é ter lhe feito um funeral quase de Estado, o que surpreendeu toda a gente de dentro e de fora.
Ora, só quem de facto se guia e age bondosamente ou em função dos ensinamentos de Cristo, pode sentir dor e tristeza pela morte de quem se considerava seu inimigo, poderia accionar uma operação visando salvar aquele que durante anos o considerou como seu inimigo. Esta atitude de Nyusi só é possível e compreendida quando avaliada à luz da seguinte recitação do Papa Francisco durante essa sua Homilia de Zimpeto em Maputo, e que se atesta nesta passagem: ’’Jesus não nos convida a um amor abstracto, etéreo ou teórico, redigido em escrivaninhas para discursos. O caminho que nos propõe é o que Ele percorreu primeiro, o caminho que O fez amar aqueles que O traíram, julgaram injustamente, aqueles que O mataram’’.
O Papa disse no Zimpeto que quando Jesus nos aconselhou a amar os nossos inimigos, não estava a falar de inimigos teóricos mas reais, daqueles que nos querem o mal e que quando podem, eles próprios nos podem fazer esse mal. ‘’Jesus não é um idealista, que ignora a realidade; está a falar do inimigo concreto, do inimigo real, que descrevera na Bem-aventurança anterior (6, 22): aquele que nos odeia, expulsa, insulta e rejeita como infame’’.
Para que se tenha de modo enfático a percepção de que quando Jesus nos diz que devemos amar os nossos inimigos não se refere a nada abstracto mas real, o próprio Papa reconhece que não é nada fácil amar quem nos quer mal ou nos trata com crueldade ou odeio, daí que tenha dito o seguinte nessa sua Homilia de Zimpeto: ‘’É difícil falar de reconciliação, quando ainda estão vivas as feridas causadas durante tantos anos de discórdia, ou convidar a dar um passo de perdão que não signifique ignorar o sofrimento nem pedir que se cancele a memória ou os ideais (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 100). Mesmo assim, Jesus Cristo convida a amar e a fazer o bem. E isto é muito mais do que ignorar a pessoa que nos prejudicou ou esforçar-se por que não se cruzem as nossas vidas: é um mandato que visa uma benevolência activa, desinteressada e extraordinária para com aqueles que nos feriram’’.
Quando ouvi esta asserção do Papa Francisco, recordei-me da vez que perguntei ao Presidente Nyusi como é que ele consegue interagir amistosa e cordialmente com um Editor de um dos semanários mais anti-Nyusi e anti-Frelimo que recorrentemente o tem vilipendiado através de artigos maldizentes e com caricaturas contra ele e que são uma autêntica revelação de alguém mal-educado.
A resposta de Nyusi a esta minha pergunta foi a seguinte: sabe Gustavo, temos que ter um grande poder de perdão sob pena de sermos discípulos de Talião que recomenda a aplacação de pena igual àqueles que nos ofendem ou prejudicam. Temos que nos guiarmos com os ensinamentos de Cristo de que temos de perdoar os nossos inimigos. Já Gandhi dizia que se todos nós aplicássemos a tese de Talião de ‘olho por olho, toda a gente estaria cega. Eu opto pelo ensinamento de Jesus Cristo’’.
BENEDITO MARIME DA CATEDRAL EM MAPUTO
É UM LOBO VESTIDO DE PELE DE CORDEIRO
É UM LOBO VESTIDO DE PELE DE CORDEIRO
Ao longo dos dias que se seguiram após a sua publicação no Jornal NOTÍCIAS, fui recebendo elogios atrás de elogios, não só dos católicos mas dos moçambicanos em geral. Surpreendentemente, recebi uma reacção hostil e maldosa do mesmo Benedito Marime. Para ele, esta minha comparação entre a Homilia do Papa e o que Nyusi tem feito em prol da Paz foi um insulto ao Sumo Pontífice, como o atesta este seu Post que me enviou via Watsaap que faço questão de transcrever na íntegra: Como legítimo interessado e como um dos integrantes da Comissão de Preparação da Visita Apostólica do Papa Francisco a Moçambique, em face dos seus escritos publicados no jornal Notícias visando colocar os pronunciamentos ao serviço de determinada candidatura eleitoral, venho dizer-lhe que me sinto pessoal e grosseiramente ofendido com o teor desses pronunciamentos, através dos quais o Mavie insulta o Papa e os Católicos de Moçambique e todos aqueles que, sem olhar a crenças, receberam o Papa com respeito, estima e consideração ao seu papel de arauto da Paz universal e autoridade de referência moral. Sei, por ser público, que Gustavo Mavie precisa, aqui e além, de se prestar a esse "dirty work", que lhe encomendam como moeda de troca para lhe não destaparem os roubos e desmandos da sua gestão ali na AIM, mas haja limites. Termino citando um provérbio castrense português que eu, sargento miliciano no início da década 70, por lá aprendi e me esclarece certas baixarias a que venho assistindo na vida: " a alguém, quanto mais se abaixa, mais se lhe vê o cu"! Mavie, ganhe juízo. Até lá, se quiser, processe-me, que nisso terei muito gosto, enquanto vítima do G-40, de que o Mavie é incontestável corifeu. Benedito Marime. (FIM da transcrição).
Ora, a menos que eu tenha perdido a capacidade de entender o que é um insulto não vejo nenhum insulto no artigo com que identifiquei afirmações e posições coincidentes ou simbióticas entre o que o Papa disse durante a sua Homilia no Estádio de Zimpeto e o que o Presidente Nyusi tem estado a apregoar em prol da paz no nosso País. Mas como o caro leito apercebeu-se do Post de Marime, eu insultei o Papa Francisco!
Depois de reflectir sobre esta má interpretação do meu artigo pelo Marime, decidi responde-lo da seguinte maneira: Caro Benedito Marime, a sua colérica reacção ao meu artigo (sobre a Homilia) não podia ser nunca doce porque nunca gostou nada que seja da minha lavra. A sua ira por mim não é porque não gostas do que escrevo. Sei que no fundo gostas mas o único problema é que às vezes eu escrevo a favor da FRELIMO e dos seus governos que neste caso você odeia mais do que ao Diabo ou mesmo à RENAMO (quer mata deliberadamente inocentes). Mas esta sua atitude é muito errada, porque não podes esperar que os seus inimigos sejam também meus inimigos. Isso não pode ser sempre possível. Não posso obrigar a gostar do que eu gosto nem a odiar o que eu odeio. Seja bom cristão. Pela maneira como me insultas vejo que fazes parte dos tais criminosos que pululam nas igrejas, mas que deviam estar nas cadeias. Você é certamente um lobo vestido de pele de cordeiro. Esse meu artigo está sendo aplaudido por cristãos e não cristãos, e você é o único que o não gostou. É prova de que só não gostou porque quem o escreveu é da FRELIMO. Tenho muita pena de si porque não te fica bem como quem se diz cristão. Eu nunca roubei nada na minha vida e muito menos na AIM. Nunca há de me ver julgado porque eram acusações falsas de ladroes que queriam o meu afastamento para poderem retomar os desvios de fundos que eu impedia. Enquanto sofres de raiva de mim eu estou numa boa...Gustavo Mavie ‘’.
Como quem não quer se corrigir, porque o faz eivado de maldades diabólicas, Marime voltou à carga com o seguinte Post: ‘’Pelo menos teve uma reacção civilizada. Quanto à minha camuflagem de lobo em pele de cordeiro, esse é mais um desafio para a conversão. Agradeço por isso. Sobre as minhas simpatias ou aversões políticas, o Gustavo não tem matéria para me conotar, pois, pela minha frontalidade, tenho tido a honra de ser crucificado, tanto por gregos, quanto por troianos. Até uma próxima vez, com maior serenidade e na exploração de sinergias visando construir, cada vez mais firme e consensual, o edifício da Nação MOÇAMBIQUE’’.
BENEDITO MARIME É APONTADO COMO CO-AUTOR DAS ENCÍCLICAS ANTI-FRELIMO E CONTRA O GOVERNO
O que me levou mesmo a fazer esta denúncia agora hoje dia 19 de Outubro de 2019, é que constou-me que Marime tem sido quem mais influencia os conteúdos das Encíclicas e das Cartas Pastorais, pior ainda, asseveraram que ele é um dos seus principais redactores, daí que são sempre venenosos para o Partido FRELIMO e todos os que gravitam à volta desta formação partidária. Marime era um dos que estava contra a vinda do Papa em Setembro último, porque via nisso como uma bênção à vitória de Nyusi e FRELIMO. Outro dos que estavam contra o Bispo de Pemba, Dom Luiz Fernando. Os dois e outros poucos Bispos e Padres como fiéis são dos que fazem mais política que pregar o Evangelho. Não é a Igreja Católica e muito menos os milhões de fiéis. Não sou eu que o digo – são os seus próprios pronunciamentos públicos. Foi contra estes que o Papa instou-os durante a sua visita ao nosso País, a não fazer politica mas a pregar o Evangelho de Cristo.
As minhas fontes asseveraram mesmo que a maioria dos Bispos, Padres e outros fiéis não se revelam nessas encíclicas e outras posições que têm sido esgrimidos pela cartilha anti-patriótica integrada ou influenciada por Marime. Seja como for, Marime é para mim um criminoso que está numa Igreja e faz parte dos tais lobos que se vestem com peles de cordeiro como bem nos avisou Jesus Cristo. Doutra forma não faz sentido que ele insulte inocentes como eu só e tão-somente porque na sua interpretação tendenciosa, fiz uma comparação que para ele iria ajudar Nyusi a ser o mais preferido pelos eleitores moçambicanos. Faço esta denuncia porque acredito na tese de Anton Chekhov de que ’’os homens só irão melhorar se os fazermos ver o que são’’.
Marime tem uma terrível obsessão e ódio pela FRELIMO, o que é espantoso porque tem uma idade avançada que devia saber que é este Partido que o libertou do colonialismo e criou condições para que a própria Igreja Católica passasse a nomear negros como ele para Bispos e Cardeais como o D. Chimoio e outros que nunca teriam chegado a sê-lo só porque serem da raça negra.
Mas tudo isto não é nada para Marime, indo a ponto de dizer num outro Post que me enviou depois das eleições de 15 de Outubro último, que a FRELIMO fez fraude e enchimentos, e que mesmo que se apresentem provas de nada valerá levar aos tribunais, ‘’dado que o Estado está capturado por esse Partido (FRELIMO) ‘‘. Não admira, pois, que haja tanto veneno contra a FRELIMO em tudo que este homem e seus comparsas publicam em nome da Igreja, numa flagrante negação à ordem dada pelo Papa Francisco durante a sua visita a Moçambique, de que a única missão da Igreja Católica é Evangelizar e não fazer politica. Marime faz parte da corja de pessoas que fazem uma interpretação tendenciosa dos resultados das eleições e diabolizam os outros parceiros. É provável que Marime seja um dos que ficou envenenado pelo colonialismo, porque Samora alertou que ‘’há moçambicanos que são colonizados mentais’’. Geovani Papini disse muito antes de Samora nascer, que todos os homens nascem sãos mas que são depois envenenados neste Mundo (X
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