quinta-feira, 11 de julho de 2019

A DUMBANENGUIZAÇÃO DA ACADEMIA MOÇAMBICANA

A DUMBANENGUIZAÇÃO DA ACADEMIA MOÇAMBICANA
Estive a ver a secção de comentário político do Jornal da Noite da STV, na edição do dia 3 de Julho do corrente ano, moderado pelo jornalista Boaventura Mucipo e tendo como convidados o político Venâncio Mondlane e o académico Gulamo Taju. “Perspectivas para as Eleições Gerais 2019” foi o tema em debate. Não vou conseguir fazer aqui um resumo do que lá foi discutido, uma vez que já está massivamente a circular pela nossa esfera pública não só o vídeo como também algumas reacções ao debate. Tudo está lá dito. Cristalino. A brilhar naturalmente por si só. Um tentava (e conseguiu, felizmente) tirar o debate do dumba-nengue. O outro, esse, tentava (sem vergonha na barba; aliás, na cara) meter o debate no dumba-nengue. Não conseguiu. Como disse, não conseguiria repetir taxativamente o que lá se testemunhou. Vou apenas levantar algumas achegas de análise que lá vi para ajudar os meus amigos a perceberem um pouco mais sobre duas coisas:
1. Como figuras como o Venâncio Mondlane estão a consolidar uma nova escola na forma de se fazer política oposicionista em Moçambique; e
2. Como funciona a cabeça daqueles que vão até ao inferno para defender mentiras, acobertar batotas, distorcer factos e “inutilizar” evidências sobre a gestão putrificada dos nossos assuntos políticos no país.
Ponto 1: Resistir com factos
Venâncio Mondlane é um fenómeno político. Muito por fora da decadente tradição de se fazer política exclusiva e recorrentemente com chavões do tipo “você é tribalista”, “você é apriorista (?)”, “você é bota-abaixista” e quejandos, ele arrolou eloquentemente factos e deixou que eles fizessem sozinhos o devido barulho na consciência não só do representante das falcatruas no debate como também na do cidadão eleitor que ávida e atentamente os assistia. Por conseguinte, e mesmo diante de um académico que se diz prezado, a sua argumentação foi coloquialmente desproporcional. Não deu para esconder as gargalhadas sempre que o Gulamo Taju repetia ad infinitum, várias vezes até a gaguejar, o argumento do apriorismo (?) para explicar patavina daquilo que era para si bombardeado até pelo jornalista em serviço.
O argumento central trazido por Venâncio Mondlane, no debate supracitado, foi o seguinte:
i. O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) cometeu um ultraje em fixar a previsão da taxa de recenseamento em Gaza em 80% do universo da população da província e, ironica e tragicamente, fixar a projecção média de 45% da população para Zambézia e para Nampula, que têm quase 4 vezes mais a população gazense.
ii. Os dados do STAE e da Comissão Nacional de Eleições (CNE) levam à dedução de que, dos cerca de 1.4 Milhões de habitantes de Gaza, retirando os adultos não recenseados, pouco mais de 200.000 são crianças e adolescentes.
iii. A idade média da população moçambicana vem decrescendo nos últimos censos populacionais (1997, 2007 e 2018), estando actualmente próxima dos 16 anos de idade em toda a extensão territorial do nosso país. Os dados de recenseamento de Gaza, paradoxalmente, mostram um padrão duma província atípica de Moçambique, única sabe-se lá porquê e equiparada, miraculosamente, a uma estrutura demográfica de países desenvolvidos como a Noruega.
iv. Os dados de recenseamento de Gaza mostram que se suplantou uma questão política, atravessando-se para uma questão anticientífica e antiética que desembocou numa questão de natureza criminal. Por conseguinte, e para Venâncio Mondlane, tal e qual os autores das dívidas ocultas estão a contas com a justiça, a Procuradoria Geral da Republica deve infalivelmente aferir a dimensão criminal das instituições de administração eleitoral em Moçambique. Tudo muito simples, claro, objectivo e fundamentado.
Ponto 2: Mentir sem vergonha na cara
A notória insegurança (e surpreendente despreparo) na contra-argumentação de Gulamo Taju é apenas mais um reflexo do efémero prazo de validade que as explanações generalistas, superficiais e simplistas dos “guardas do sistema” têm quando inesperadamente expostas ao crivo do debate competente. Só para elucidar aos que, por qualquer razão, não conseguiram esmiuçar devidamente os argumentos (?) de Gulamo Taju (ou aos que se fingem de distraídos em relação à fragilidade da sua fundamentação, ou aos traficantes da desinformação que atribuíram uma fantasmagórica vitória dele a 5-2), recapitulando:
i. Em relação ao ponto i apresentado por Venâncio Mondlane – e que constitui o cerne da sua tese – Gulamo Taju não conseguiu dizer uma frase sequer que justificasse a máfia nas proporções entre, por exemplo, Gaza e Zambézia nas metas para o recenseamento. Repetiu estupidamente a balela de que existem outras províncias que também atingiram 100% ou mais do previsto, agredindo jocosa e vergonhosamente o princípio elementar da análise proporcional.
ii. O ponto em debate era, objectivamente, a relação entre o universo populacional e a taxa de recenseamento. No entanto, Taju preferia recorrentemente se esgueirar e buscar refúgio em matéria distante e diversa: os dados históricos dos mandatos da Frelimo nas últimas eleições. Uma tentativa de colocar uma cortina de fumo para a sua inépcia argumentativa mas, paradoxalmente, a sua acinesia cerebral ficava cada vez mais descoberta.
iii. Gulamo Taju, desesperadamente, ainda procurou exemplos sem fundamento. Por exemplo, quando defendeu que em Niassa "a população não se foi recensear" e, não obstante ter maior população do que Gaza, acabou por ter menos mandatos. Venâncio Mondlane esfumou tal antítese trazendo à ribalta dados concretos da estratégia de obstrução que foi feita nesta província para uma taxa de recenseamento baixa.
iv. Em essência, ao invés de discutir os factos e a relevância dos argumentos de Venâncio Mondlane, Taju foi exímio propagandista de fífias como o apriorismo, o tribalismo, a "feudalização ideológica" e a clássica teoria da conspiração da "mão externa". Trouxe improvisos infelizes alicerçados desgraçadamente num discurso descontextualizado. Em suma, procurava insistentemente aliviar as dores do chamboco do Venâncio Mondlane, buscando aflictamente dar um tom intelectualmente sociólogico a um KO técnico irreversível. Nesse desiderato, Taju praticamente assemelhava-se a um lutador de MMA (luta livre) que apanhou na luta de pé (Estatística), procurou lutar deitado (Sociologia) e, já com o nariz quebrado, por fim procurou lutar junto às cordas (Política), mas um gancho finalizador de Venâncio Mondlane levou-o a perder os sentidos e a alojar-se natural e desgraçadamente no chão como um caju podre rendido aos ditames incombatíveis da lei da verdade; dizia, da lei da gravidade.
Concluindo…
A postura íntegra, séria, responsável e informada que Venâncio Mondlane emprestou ao debate coloca em aguda crise a legitimidade do discurso dos que defendem, patrocinam, acobertam e reiteradamente fomentam ilegalidades na gestão dos nossos processos políticos. Pior ainda, quando o fazem em nome da academia. Aliás, é preciso começar a olhar com a devida suspeição a reacção atordoada que determinados académicos consagrados deixam emergir quando competentemente questionados. Se, há alguns anos, fazer política em Moçambique limitava-se só a debater o que os donos do país colocavam ao dispor da esfera pública, hoje iconoclastas como Venancio Mondlane trazem também para escrutínio geral aquilo que o sistema vigilantemente escondia dos cidadãos: informação de interesse público, devidamente tratada, processável e massivamente partilhável. Exactamente aquilo que era de conhecimento de uns poucos privilegiados num passado não muito longíquo, secretamente partilhada entre eles e que faziam disso fonte de legitimidade e de credibilidade para os seus títulos de académicos consagrados.
Deixo ficar reiterados parabéns ao Venâncio Mondlane por reforçar a percepção de que o jogo político em Moçambique também pode ser exercido de forma didáctica, com efeito positivo na forma de ver e de pensar o nosso debate político de modo objectivo também para o cidadão comum (como os tantos que estavam a acompanhar o programa e ficaram profundamente agradecidos pelo seu inusual serviço público). Se não fosse por ele (e por académicos a sério como o Prof. António Francisco, que fez uma estrondosa denúncia do escândalo), ninguém estaria a debater hoje a vergonha dos mandatos-fantasma da província de Gaza. Se fosse da vontade burguesa do Gulamo Taju, estaríamos hoje ainda submersos no imenso mar da ignorância que permite que só indivíduos como ele sejam consagrados académicos: o monopólio da informação e a instrumentalização organizada da desinformação para o prejuízo da consciência crítica das massas. Dá-lhes tremendo gozo, a estes tipos de consagrados académicos, ver os seus compatriotas em estado de permanente ignorância para que continuem exclusivamente sonantes e proeminentes, imagine-se…
Expondo os podres do nosso sistema de administração eleitoral com a descomunal contundência informativa que o fez, Venâncio Mondlane estava a debater sozinho, na STV. O outro estava a vender o peixe podre que tem despudoradamente infestado o dumba-nengue em que se tem estado a transformar, infelizmente, a academia moçambicana contemporânea.
Comentários
  • Frank Mwanaluc edgar . eu nel li o segundo grande paragrafo do teu texto mas parei onde falas do venancio. veio me a memoria os anos 80 quando nasci. desde as geracoes passadas ate meia parte da de 80 havia uma massa critica academica correcta e incorrompivel. onde nossos avos, pais, irmaos e n'os mesmo a comer na mao do partidao conseguiamos e conseguimos nos impor e criticar, sabendo diferenciar o certo do errado e separando estado e partido. mas infelizmente foi mesmo na epoca de 80 e poucos q tudo mudou. eles criararam uma mentalidade diferente nos nossos irmaos de 80 e esses de 80 infectaram tanto os de 80...90...2000 como tambem os de 70....60. sim. conseguiram mesmo. como? formula simples e a mais abundante na terra: enriquece um grupo de poucos e a sociedade vai se curvar. fim da hostoira
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  • Carmelo Pontes MMA não é luta livre
    É Mixed Martial Arts
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    • Luis Baptista Você pahhh... de tudo que foi escrito só foi ver isso hahaahha
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    • Soshangane Waka Waka Machele É luta livre, nessa especialidade
    • Carmelo Pontes Luta livre designa-se por wrestling. MMA é outra coisa. Assim como judo é judo e tai kwo do é tai kwo do.
      A analise do visado é excelente. Esclarece muito do debate entre as figuras supracitadas que só correu tinta nas redes sociais o seguimento a posterior sobre o tema e as soluções avançadas pelos visados certamente caira no esquecimento
    • Carmelo Pontes MMA não é luta livre MMA engloba varias artes marciais visando derrota do oponente. Luta livre tem teatralidade cada combate é roteirizado, ja tem vencedor escolhido antes do confronto
    • Venancio Mondlane Carmelo Pontes Estimado amigo Pontes! Como ex-practicante de artes marciais japonesas - Shukokay, gostaria de dar pequena e modesta contribuição. O termo luta livre tecnicamente falando está mais próximo das várias modalidades de lutas que envolvem o chamado grappling, onde a mais mundialmente conhecida, em termos desportivos, é a luta greco-romana que há muito se tornou modalidade olímpica. São tantas variantes deste estilo que acabaram por todas elas ser enquadradas no termo genérico de "luta livre" na tradução portuguesa. no Brasil por exemplo o termo usado é "Vale tudo" tentando mostrar que não há limites no "agarrar", "submeter", os brasileiros são o País de Língua portuguesa que mais desenvolveu estas modalidades, criaram inclusivamente uma variante que muitos praticantes de MMA gostam, o chamado "Brazilian Jiu Jitsu", os russos tem o famosos Sambo, donde provém um dos mais midiáticos campeões actuais de MMA, khabibi, o único que derrotoubde forma convincente a quase "lenda" irlandesa, Connor McGregor. Em suma o termo luta livre, por ser em Português - padrão (De Portugal) onde não se desenvolveu genuinamente estas modalidades, acabam sendo aceitável para a comunicação geral, apesar de tecnicamente não ser a melhor tradução, por exemplo Wrestling para dizer a verdade é a modalidade que mais está distante de "luta livre", pois, é encenação e não é modalidade desportiva. Na Europa procura-se resgatar alguns estilos antigos de luta livre como Pankration que tem uma história quase milenar. Em suma a luta livre estaria mais próxima das modalidades especializadas onde se envolve a "submissão" e "grappling" e MMA envolve uma "mistura de artes marciais" desde as que tem predominacia na luta do solo (ground) como judo, jiu jitsu, Sambo, grappling propriamente dito... etc...etc... e as que tem predominacia na luta de pé (Standing) como o boxe, kick boxing, as várias e inúmeras especialidades de karatê, capoeira, Tae Kwon Do....sendo que uma das organizações internacionais mais conhecidas na atualidade que promovem estes milionários eventos chama-se UFC - Ultimate Fighting Championship - onde se destacaram figuras lendárias como o brasileiro Anderson Silva (Spider man). Concluindo: para comunicação geral e não técnica não é de todo errado simplicar MMA em luta livre, assim como todas as lutas onde se permite os golpes quase livres com braços e pés, com continuidade no combate no solo. Forte abraço.
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  • Felix Uamba Grande Edgar..,.
  • Ruben Matsinhe Há necessidade de se defender o patrão, senão o pão pode escassear lá em casa.
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    • Onésimo Singa Ruben Matsinhe Seu argumento ignora os factos e é tendencioso! Devemos defender o patrão mesmo que este esteja errado?
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    • Ruben Matsinhe Evidente que não mas é o que tem acontecido. Pessoas mesmo notando que o ramo em que se apoiam poe mais seco que esteja, não ousam em soltar enquanto o "patrão" estiver olhando. O Dr. Taju estava nessa situação mas que no fundo sabia que seus argumentos não eram convincentes.
    • Murose Mussana Ruben Matsinhe é o que algumas pessoas tem nos mostrado vender dignidade intelectual por um prato de comida
      Aliado a isso está a ganância.
  • Onésimo Singa Meu caro Edgar Barroso, amei o seu post pela imparcialidade, verdade e veracidade, mas sobretudo pela abstração parabéns meu caro académico! 

    Venâncio Mondlane me inspira pela postura, perspicácia e ciência!
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  • Crm Crm Esses venderam a consciencia e ciencia aos politicos, quando vão a debates televisivos espalham a ignorancia
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  • Zé Martins Tufa...na mouche !!!
  • Anacleto Machava Meu caro tio Egidio Vaz anda aqui por favor. Puxa cadeira, senta e vamos conversar. Kkkkkkk
    Ocultar 18 respostas
  • Neidy Tinga Luis Luis Garate veja este texto....
    E longo mais super interessante
  • Dino Dulá As contas do academico sociologo: 12+3+2=14! Hehehe👆👆👆

    Cc: Massing Jaq
    -0:23
  • Gui Cool Down Ser académico não quer dizer que a pessoa sabe tudo e pode se sair bem em todos discursos. O que as vezes falha é reconhecer que não está devidamente credenciado para se pronunciar em certos fóruns e sobre algumas matérias. Falta de humildade e honestidade consigo mesmo é um problema sério. Mas eu penso que os debates são um processo de construção e desconstrução permanente. Há indivíduos também que podem colocar VM mal parado... Aliás já aconteceu isso na STV nos remotos tempos. Não podemos reduzir as pessoas a uma circunstância. Contudo não estou dizendo que VM não merece todos os aplausos possíveis pela sua coerência argumentativa e investigação.
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  • Cléo Mafu Eish....este post deve estar a deixar os kiwista a pensar. Devem estar a perguntar:- que horas sao la na tal Turquia para escrever este jornal? 😂😂😂😂
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  • Bone Waka KO tecnico irreversivel...gostava de ver com que cara ele olha os alunos agora kkkkk.
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  • Felix Vicente "Procurava insistentemente aliviar as dores do chamboco que o VM lhe infligia."
    😂😂😂😂😂😂😂😂😂
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  • Dinis Chembene Agora foi despoletado o caso de Gaza, cujos números são de bradar os céus, agravando com a situação de ser uma zona em que a oposição não tem expressão nenhuma. Mas houve outras situações no processo de recenseamento. Por exemplo é incompreensível que não se tenha alargado o período de recenseamento para as zonas afectadas pelo ciclone IDAI, há muita gente que não foi recensear uma fez que sua prioridade naquele momento era proteger sua família, bens, etc. Há postos que funcionaram nos centros de acomodação e no final as pessoas estão a ser movimentadas para os bairros de reassentamento e estarão, no final das contas, impossibilitadas de votar. E nessas zonas há uma disputa, um tanto quanto igualada entre os principais partidos. PS: da forma como estão os números acabam nos criando duvidas do processo de recenseamento da população.
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  • Alfredo Mulungo 🤣🤣🤣🤣🤣
  • Massing Jaq Mas sabe, neste pais ja esta a se assassinar em nome da academia! Hehehehehe! Como eh que um academico se furta em tomar os dados do INE e das organizacoes internacionais que estudam os padroes demograficos e suas tendencias como base para analizar numeros que tem a ver com a populacao? Os meus parabens ao Eng, Venancio que tem sido um jovem que de facto usa a ciencia para fundamentar os seus posicionametos e tem inspirado jovens que estao em academias que infelizmente tem alguns professores que estao a afundar a propria academia. Heheheheh! Mas sabe, ate o academico insinuou mao externa na interpretacao de numeros do INE? Kakakakakakakakaka
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  • Izard Iacamurima Pai Teófilo Iacamurima veja esta análise do Jornal da Noite da STV sobre o processo eleitoral.
  • Ariel Sonto O teu verbo está cada vez mais afinado, bro. Estás de parabéns pelo texto.
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    • Joaquim Gove Gitandra Valoyi, recuso-me a tomar parte de um (pseudo-)debate que logo no início carrega preconceito e apelação ao faritismo de figuras e diabolização de outros. Isso não constrói nenhum debate. Posso, isso sim, comentar que se fala-se tanto de escovas e lambe-dores, a publicação a que me convidas a debater é disso uma ilustração clara e nítida.
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    • Gitandra Valoyi
      🤔😀
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    • Joaquim Gove Gitandra Valoyi, menti, meu mwane?! É preciso ir ao texto para demonstrar o que disse?! Acho que não. Sei que és capaz de ver...
    • Gitandra Valoyi Caro Joaquim Gove,
      Cada um lê de acordo com os óculos de que dispõe. Infelizmente, absolutizamos os nossos óculos, como se fossem os únicos com que todos possam ver melhor.
  • Camilo da Silva Se ser nomeado para cargos pela Frelimo é alienar minha forma de estar e pensar, prefiro continuar a apanhar garrafas vazias e ir pesar na praia
  • Murose Mussana Meu caro Edgar Barroso obrigado pela dissertação, 
    Naquela troca de "apriorística" o intelectual e académico parecia o VM e não propriamente o dito académico. Aquilo foi pura vergonha.
    quiçá tivéssemos que colocar aspas no termo "dumbanengue da academia moçambicana"

    Visto que ainda existem em nossas escolas académicos que ainda falam ciência mesmo vestindo a camisola dos partidos X ou Z
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  • Zarito Mutana Bom texto, parabéns Edgar Barroso.
  • Amilton Munduze Quero lembrar que Gulamo Taju é Professor na Universidade Eduardo Mondlane. Esta instituição foi recentemente classificada estrondosamente em baixa no ranking das melhores universidades. Como é que podemos reivindicar um lugar melhor com professores como ele, que faz parte da elite académica daquela universidade?! Queremos ser melhores com Gulamos?!
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  • Noy Chicuate Inevitável descalabro de GT. 
    Parabéns pela dissertação EB.
  • Eusebio Jose Ya esse niga escreve, obrigado pelo lindo texto.
  • Dercio Arlindo Manhica Acadêmico com estômago maior que o cérebro !!
  • Dalilo Iaca Excelente ponto de vista
  • Naine Mondlane Antes de Tudo Somos Moçambicanos e Isto Está Acima de Qualquer Cor Partidária. 
    Política é Arte da Boa Governação, No Seu Mais Simples Conceito. Temos Muito Por Fazer e Muito Por Aprender e a Ciência Não Se Faz Com o Coração Endurecido. 
    Bom Dia Ma Nigga Edgar.
  • Ryaz Mentor Se for para ter um docente como Gulamo Taju, prefiro ficar em casa e aprender com os meus próprios erros. Um "estomagocrata" da pior espécie.
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  • Abel Last Angel Nandza Roberto Lamba vem aqui
  • Acacio Chacate Viva Edgar Barroso! Olha nao consigo ler seu texto todo mas do pouco que vi/li e do que tenho tambem acompanhado sobre este pequeno debate ha uma coisa que me parece estar a faltar e me pareceu tambem ter faltado no proprio debate na TV: Gulamo Taju eh professor universitario (reconhecido pelo Estado), e se a memoria nao me trai eh um dos professores seniores que o pais tem, e deve ser tratado como tal...a partir dai podemos conversar...
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    • Edgar Francisco Cumaio Concordo consigo ilustre Chacate. Mas o Dr/Prof Tajú, ficou, para mim, irreconhecível.
      Se aquilo fosse uma dissertação, mesmo presidida por ele, acredito que mandaria o apresentador da dissertação a repetí-lo.
      Simplesmente ele esteve mal.
    • Moniz S. Walunga Acacio Chacate, se o Gulamo Taju e’ tudo isso que descreves, então cabe a ele próprio se respeitar a si próprio e fazer-se respeitar e defender seu titulo! Se não se respeita a si próprio, então esses titulos e graus acadêmicos são apenas para deitar na fossa! E e’ isso que esta’ a acontecer neste momento! Ele tem que deixar de ser professor Gavião e ser professor de verdade. Ai o respeito vem por mérito próprio!
  • Edgar Francisco Cumaio Por acaso, ao ver Gulamo Tajú, falto de contra-argumentos face á prosa do Venâncio Mondlane, lembrei-me da dúvida metódica.
    Era realmente o académico Gulamo Tajú? Será que ainda terá autoridade perante os seus estudantes?
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  • Savage Lion Spartacus Glock Esse país está mal com lambibotas.
  • Marcelo Machava ressucitaram Hiltler
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  • Bruno Sousa Excellent
  • Arsenio Constantino António Manhiça sirva-se! 😎😂
  • Calton Cadeado A idade média nacional é nacional. Mas, cada província tem as suas dinâmicas. Acho que seria bom trazer esses dados. Acho que qualquer um deveria ir aos censos populacionais para ver a população por faxas etárias, em cada província...Se não fizermos esse exercício, estaremos aqui, pura e simplesmente, a fazer hosanas ao Venancio Mondlene e diabolizacao o Prof. Taju sem nenhuma base. 
    Existe um mérito do assunto levantado pelo VM? Sim. Existe algum mérito nos pontos do Prof. Taju. Sim! Existe algum demérito nos dois. Sim!
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    • Francisco Moiane Dr Calton Cadeado , ao invés de nos dar Tpc pirque nao nos elucida com os dados? Eh que esses factos tornariam a sua classificação meritória ao debate algo fundamentado. Tal parece o mérito genericamente dado a Venancio Mondlane: trouxe factos e queria discuti - los e a contraparte tinha uma mao cheia de chavões para esgrimir. Então os fundamentalistas do positivismo enforcaram o Professa a gritar: mostre- nos o método, mostre - nos o método! E o ilustre professor assobiando para o lado: façam o que digo e não o que faco. Dr Cadeado trago_ nos os dados para debate e não fraseado!
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    • Moniz S. Walunga Calton Cadeado, outro “sodotori” a socorrer seu comparsa nos tempos de G40!!
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    • Moniz S. Walunga Francisco Moiane, cool down! Esse Calton Cadeado não tem dado nenhum, esta’ aqui para tentar “diluir” o prejuízo do comparsa G40 e confundir a opinião geral sobre este debate! So’ que estes são outros tempos.., kkkkkkkk
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    • Edgar Francisco Cumaio Dr Cadeado, tenho visto os seu comentários em alguns debates nas TV's. Confesso que tenho gostado. Não me faça mudar de opinião a seu respeito. O seu colega da cátedra, esteve mal. Tem dificuldade em reconhecer isso? A bem da academia, não defenda o ridículo.
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    • Calton Cadeado Edgar Francisco Cumaio! Eu vi mérito e demérito, quer no Venancio Mondlene, quer no Prof. Taju!
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    • Moniz S. Walunga Calton Cadeado, estas eternamente ERRADO!!!
    • Edgar Francisco Cumaio Calton Cadeado Perfeito. Mas mais demerit no Prof Taju.
    • Edgar Francisco Cumaio Calton Cadeado O Prof. Taju deve repensar as suas intervencoes nos debates televisivos. confundir 12+3+2=14? Isto e um erro crasso
    • Nairinho Mabote Isso é o mesmo que achar razoável que uma cidade como por exemplo nampula ter um IDH de país pobre que somos, e uma outra cidade do mesmo país ter um IDH comparável a países como Suíça ou Noruega. Cada local tem sim as suas dinâmicas, mas não nos façam de parvos.
  • Fernando Augusto Januario Com Académicos como Gulamo Tajú, justifica-se a decadência da UEM. 
    Parabéns Barroso pelo texto e Venâncio Mondlane pelas aulas dadas ao Dr. GULAMO TAJÚ.
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    • Moniz S. Walunga Fernando Augusto Januario, mas depois do teu comentário ainda te atreves a escrever “...DR. GULAMO TAJU.”?!? Não sei, ele deitou na fossa esse titulo e tu queres forcar que ele continue com ele..., kkkkkkkk
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  • Abreu Vicente Grande texto, objectivo, conciso e com verticalidade. Parabens Edgar e parabens ao eng. VM pela grande aula que deu. Eu vi o programa.
  • Bruno Morais Bato continência!
  • Moniz S. Walunga Tsalala boy, wakaratha hiku tuva wene, 👏🏾👏🏾👏🏾👍🏾👍🏾👍🏾!
  • Ruffa's Infante Que baita textão🤝🤝🤝
  • Orlando Chirrinze Pessoalmente, sempre reconheci o talento incomparável do Eng. Venâncio Mondlane, desde os tempos de "Pontos de Vista". Só não acho que ele tenha feito a melhor escolha, do ponto de vista político, mas isso não vem ao caso, neste debate.

    Para mim, o pr
    oblema não está apenas na projecção do recenseamento porque, em consequência das falhas do STAE, Gaza devia ter se ficado em 40-50% das metas e Zambézia 180%! A questão é: a) de onde, então, vieram as pessoas que compõem 80% da população de Gaza, em idade eleitoral activa? Como é que a previsão do STAE mais do que se concretizou? b) onde foram os potenciais eleitores da Zambézia "excluídos" pelas projecções do STAE? Ficaram todos sem se recensear, simplesmente porque não estavam previstos? Alguém mandou-lhes voltar? OK, houve falhas dos mobiles e painéis solares, mas tal não deve(ria) abranger cerca de 50% dos potenciais eleitores! Façamos, então, um inquérito para apurarmos a taxa de "abstenção" (por motivos vários) no processo de recenseamento eleitoral.

    A mim, me parece que o problema é bem mais grave.
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  • Jota Tamele Obrigado por partilhar. Na verdade já tinha visto o debate mas aqui pude ter todo que lá foi dito. Eish!!
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  • Arnaldo Williams Phelembe Muito elucidativo 👏👏👏👏👏👏👏!
  • Domingos Gundana Gaza é aquela que na sua maioria de habitantes de sexo masculino, quando atinge uma maior de idade imigra para RSA.
  • Yasuke-Shakur Natooshi A actuacao do Sr. Gulamo Taju foi infeliz. E VM escancarou a verdade e trouxe para a mesa da sua contraparte um raciocinio simples e logico, longe de buscar pontos.
    E Gulamo Taju com seus "apriorismos" envergonhou a academia

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