Evitemos as duplicações e roubos
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24/03/2019
Idai: Sociedade civil de Moçambique diz que ciclone é argumento para perdoar dívida
As organizações não governamentais (ONG) representativas da sociedade civil de Moçambique argumentam que o impacto do ciclone idai é mais um argumento para o Governo não ter de pagar a dívida oculta, que consideram ilegal.
"Está na altura de as autoridades moçambicanas serem transparentes relativamente à dívida odiosa e deviam genuinamente investir todos os seus recursos na salvaguarda das vidas do povo de Moçambique e na integridade da nossa nação", disse Denise Namburete, uma ativista do Fórum de Monitoria do Orçamento, em Maputo.
Para esta dirigente do organismo que acompanha a evolução do orçamento, "não há hipótese de o país conseguir recuperar da magnitude do impacto do ciclone idai sem vencer a cultura de corrupção, que suga os recursos essenciais da infraestrutura pública que pode salvar vidas e potenciar o desenvolvimento".
O escândalo de corrupção ao mais alto nível no anterior Governo de Moçambique ficou conhecido como o caso das dívidas ocultas, e representa dois empréstimos contraídos por empresas públicas (MAM e ProIndicus) sem o conhecimento das autoridades nacionais e dos doadores internacionais, com o aval do Estado, e no âmbito do qual estão detidos três antigos banqueiros do Credit Suisse, o antigo ministro das Finanças Manuel Chang e o filho e a secretária pessoal do antigo Presidente da República Armando Guebuza.
"A devastação causada pelo ciclone Idai é mais uma razão para o povo moçambicano não ter de pagar um centavo dessas dívidas", defendeu o economista-chefe do Comité para o Jubileu da Dívida, uma ONG britânica.
"A economia moçambicana já foi suficientemente atingida por uma crise da dívida desencadeada por empréstimos secretos de 2 mil milhões dados por bancos britânicos", disse à Lusa Tim Jones, acrescentando que "há pelo menos 700 milhões de dólares desaparecidos, e uma investigação norte-americana alega que pelo menos 200 milhões foram gastos em subornos a banqueiros e políticos envolvidos nas transações".
Para este economista, o facto de, três anos depois dos empréstimos terem sido divulgados, "a injusta situação da dívida não ter ainda sido resolvida é uma acusação maldita para a comunidade internacional em geral e para o Governo britânico em particular", até porque "o falhanço na resolução da crise da dívida nos últimos três anos pode prejudicar os esforços de reconstrução" dos estragos causados pelo ciclone Idai, que já matou cerca de 300 pessoas só em Moçambique, a que se juntam outras 300 no Zimbabué e Malaui, afetando quase 3 milhões de pessoas, no total.
"Está na altura de as autoridades moçambicanas serem transparentes relativamente à dívida odiosa e deviam genuinamente investir todos os seus recursos na salvaguarda das vidas do povo de Moçambique e na integridade da nossa nação", disse Denise Namburete, uma ativista do Fórum de Monitoria do Orçamento, em Maputo.
Para esta dirigente do organismo que acompanha a evolução do orçamento, "não há hipótese de o país conseguir recuperar da magnitude do impacto do ciclone idai sem vencer a cultura de corrupção, que suga os recursos essenciais da infraestrutura pública que pode salvar vidas e potenciar o desenvolvimento".
O escândalo de corrupção ao mais alto nível no anterior Governo de Moçambique ficou conhecido como o caso das dívidas ocultas, e representa dois empréstimos contraídos por empresas públicas (MAM e ProIndicus) sem o conhecimento das autoridades nacionais e dos doadores internacionais, com o aval do Estado, e no âmbito do qual estão detidos três antigos banqueiros do Credit Suisse, o antigo ministro das Finanças Manuel Chang e o filho e a secretária pessoal do antigo Presidente da República Armando Guebuza.
"A devastação causada pelo ciclone Idai é mais uma razão para o povo moçambicano não ter de pagar um centavo dessas dívidas", defendeu o economista-chefe do Comité para o Jubileu da Dívida, uma ONG britânica.
"A economia moçambicana já foi suficientemente atingida por uma crise da dívida desencadeada por empréstimos secretos de 2 mil milhões dados por bancos britânicos", disse à Lusa Tim Jones, acrescentando que "há pelo menos 700 milhões de dólares desaparecidos, e uma investigação norte-americana alega que pelo menos 200 milhões foram gastos em subornos a banqueiros e políticos envolvidos nas transações".
Para este economista, o facto de, três anos depois dos empréstimos terem sido divulgados, "a injusta situação da dívida não ter ainda sido resolvida é uma acusação maldita para a comunidade internacional em geral e para o Governo britânico em particular", até porque "o falhanço na resolução da crise da dívida nos últimos três anos pode prejudicar os esforços de reconstrução" dos estragos causados pelo ciclone Idai, que já matou cerca de 300 pessoas só em Moçambique, a que se juntam outras 300 no Zimbabué e Malaui, afetando quase 3 milhões de pessoas, no total.
STV-Pontos de Vista 24.03.2019(video)
Ciclone IDAI. Não editado pela STV-SOICO
Posted at 21:56 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
STV-Jornal da Noite 24.03.2019(video)
Ciclone IDAI. Prestem atenção ao que se explica ao minuto 22. Reparem que também só hoje começaram a ser distribuídos em comprimidos ou em solução, o hipoclorito de sódio para tratamento das águas. Não editado pela STV-SOICO
Posted at 20:21 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, RADIO - TV, Saúde, Sociedade | Permalink | Comments (0)
Insurgentes voltam a semear terror em Cabo Delgado
Insurgentes em Cabo Delgado voltaram a espalhar terror em alguns distritos daquela província. Só de sexta-feira (22) para domingo (24) foram decapitadas cinco pessoas, e outras tantas, cujo número não foi possível apurar, ficaram feridas, para além de casas incendiadas (também em número não especificado) durante os ataques protagonizados pelos insurgentes nos distritos de Macomia, Ancuabe e Meluco.
A aldeia de Bangala II, a cerca de 7 km da residência de Nordina Adalberto, administradora do distrito de Macomia, também não escapou. Nordina foi exonerada do cargo mas continua interinamente em funções até que seja empossado um novo administrador, no âmbito das alterações que são operadas constantemente no quadro dos governos distritais de Cabo Delgado.
De acordo com informações veiculadas a partir dos residentes locais onde estes últimos ataques ocorreram, apesar do forte contingente militar estacionado em Macomia, os insurgentes entraram naquele distrito em plena luz do dia. Em Bangala II, os atacantes chegaram entre as 14h00 e 15h00 e começaram a incendiar as casas da população lá residente.
Por volta das 09h00 de sábado (23), os insurgentes incendiaram motorizadas e casas de construção precária no povoado de Mpataula, a 3km da Vila de Macomia. Já quando eram cerca das 16hOO, Bangala II voltou a ser alvo de um novo ataque. Não se conhece ao certo o balanço deste último ataque, sabendo-se no entanto que houve vítimas mortais, cujo número não foi possível apurar, para além de casas incendiadas (também em número nào especificado). Na noite do mesmo dia, a população de Ancuabe foi surpreendida por uma incursão dos insurgentes, onde uma vez mais balearam civis e queimaram várias casas. Até aqui nada se sabe sobre eventuais mortos e feridos.
Às lOhOO deste domingo (24), os insurgentes percorreram 40km de Macomia para Meluco onde atacaram a sede da localidade do Iba, no posto administrativo de Muaguide. Há informações dando conta de ter havido um tiroteio, com algumas pessoas a serem baleadas e várias casas incendiadas. Estes ataques ocorreram em aldeias situadas ao longo do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ).
"Sucesso* das FDS em Palma e Mocímboa da Praia
Entretanto, conforme apurou "Carta", nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia as Forças de Defesa e Segurança (FDS) conseguiram ganhar espaço, tendo liquidado vários membros do grupo dos insurgentes que desde 5 de Outubro de 2017 espalham terror e morte em Cabo Delgado.
O nosso jornal apurou ainda que a província de Morogoro, na Tanzânia, é utilizada para recrutar e treinar adolescentes, jovens e adultos que protagonizam ataques em Cabo Delgado, alguns deles refugiados que desertaram das fileiras dos insurgentes nos distritos que têm sido alvo dos ataques.
Nas últimas semanas, a secreta estatal e as FDS detiveram um professor da disciplina de inglês na Escola Secundária 'Padre Paulo de Macomia', cujo nome completo não foi possível identificar. Mas o professor em causa, denominado Nelson, e que havia alegadamente fugido para o distrito de Nangade, também é
conhecido por 'Rick Ross' (cantor americano de hip hop), devido às características do seu corpo e da barba que ostenta. (Paula Mawar, em Cabo Delgado; Omardine Omar)
conhecido por 'Rick Ross' (cantor americano de hip hop), devido às características do seu corpo e da barba que ostenta. (Paula Mawar, em Cabo Delgado; Omardine Omar)
CARTA – 24.03.2019
Posted at 17:53 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
NÓS POR CÁ, TODOS BEM – 23 de Março de 2019
NÓS POR CÁ, TODOS MAL
De facto, não estamos mesmo nada bem, particularmente as gentes da Beira e as quevivem na região Centro, que apanharam com o ciclone Idai directamente em cima.
Estou em Moçambique há cinquenta e sete anos e não me lembro de nada assim tão
devastador, apesar de ter vivido o ciclone Claude em 1966, o ciclone Domoina em1984, a cheia do Zambeze em 1978, as cheias de 2000 no Limpopo e à volta, as cheias de 2001 e 2007 no Zambeze, a de 2013 no Limpopo, o ciclone Fávio em 2007.
Nunca vi nada como isto, as imagens das televisões, as fotos e pequenos filmes feitos por muitas pessoas, as histórias relatadas pelos que estavam na Beira ou que já lá conseguiram chegar, são aterradoras, lembram-me a passagem do furacão Katrina em Nova Orleães, nos Estados Unidos. Isto é um desastre alucinante, uma tragédia desmesurada.
De facto, não estamos mesmo nada bem, particularmente as gentes da Beira e as quevivem na região Centro, que apanharam com o ciclone Idai directamente em cima.
Estou em Moçambique há cinquenta e sete anos e não me lembro de nada assim tão
devastador, apesar de ter vivido o ciclone Claude em 1966, o ciclone Domoina em1984, a cheia do Zambeze em 1978, as cheias de 2000 no Limpopo e à volta, as cheias de 2001 e 2007 no Zambeze, a de 2013 no Limpopo, o ciclone Fávio em 2007.
Nunca vi nada como isto, as imagens das televisões, as fotos e pequenos filmes feitos por muitas pessoas, as histórias relatadas pelos que estavam na Beira ou que já lá conseguiram chegar, são aterradoras, lembram-me a passagem do furacão Katrina em Nova Orleães, nos Estados Unidos. Isto é um desastre alucinante, uma tragédia desmesurada.
Leia tudo em Download NPCTB 0323_Carmo Vaz
Idai: Super-homem de Búzi arrisca viagem para alimentar família
Hélder Fazenda, 37 anos, professor de matemática, implora por um espaço para dois sacos de alimentos numa das poucas embarcações artesanais que se arisca contra a maré do rio Búzi.
O ciclone Idai ditou que só lhe restasse uma 't-shirt' com 'S' maiúsculo do Super-Homem para vestir, mas se calhar ajusta-se à missão de hoje: regressar da Beira com mantimentos para a família, presa pelas águas na vila de Búzi.
O que seria banal em outra altura qualquer, conseguir provisões na Beira, tornou-se agora numa aventura.
A pequena embarcação de madeira, alugada por um grupo de pessoas, sai da Praia Nova, quase no centro da cidade da Beira, em direcção à vila, numa viagem "arriscada" devido às condições meteorológicas e quase foi impedida pelas autoridades marítimas locais.
Entra pela foz, vai rio acima e Hélder Fazenda espreita em frente, por cima da água castanha e revolta, para ver se ainda falta muito para chegar junto da esposa e do filho de oito meses.
São quatro horas para lá, contra a maré, o dobro do que lhe tinha levado a descer o rio.
Quando saiu junto deles não sabia bem o que ia encontrar na Beira, o que conseguiria comprar, nem como voltar à vila, mas tudo era melhor do que o mundo virado do avesso que quase os submergiu.
Tal como milhares de pessoas, estiveram sitiados durante dias, esperam por mantimentos.
"Tive de arriscar" ir à Beira. "Tenho de levar esta comida à minha família", refere, acrescentando que além de feijão e arroz, os sacos contêm leite para o seu filho.
"Estive num centro de acomodação [em Búzi], mas ninguém nos está a ajudar. Não há médicos ali. As estradas estão interrompidas e não há comunicações. As pessoas são picadas por cobras e não há como serem assistidas", acrescentou o 'Super-Homem'.
As águas descem, mas quase todo distrito de Búzi continua submerso, uma semana após o ciclone passar.
Perto da margem, os corpos de animais em decomposição, arrastados para cima de árvores, deixam indispostos alguns passageiros.
No destino, dezenas de pessoas já se juntam e esperam, numa pequena ponte cais, prontas a arriscar uma viagem à Beira, deixando o resto da família para trás.
A viagem não é um ato de caridade: quem quiser ir procurar mantimentos tem algumas pequenas embarcações a motor que cobram 300 meticais, queixa-se a população.
Helga Tânia, outra professora, conta à agência Lusa que ficou dois dias no telhado da sua residência à espera de uma ajuda que nunca chegou.
Juntamente com os seus dois irmãos enfrentou a água e percorreu perto de 12 quilómetros até ali, à ponte cais da vila, mas, para sua frustração, as embarcações locais que fazem a viagem até à Beira exigem um pagamento.
"Nós não temos dinheiro", frisou a professora primária, que perdeu tudo e que, mesmo que queira, não consegue ir procurar mantimentos à cidade.
À medida que as águas descem, as pessoas dispersas pelas zonas à tona em Búzi lavam-se e bebem da mesma água do rio.
O ativista moçambicano da Cruz Vermelha Fernando Alberto continua a tentar salvar vidas sozinho, descrevendo a situação como caótica.
"A população de Búzi está mal", desabafa, apontando a purificação da água como prioridade.
O super-homem Hélder Fazenda já reencontrou a família, mas o próximo reforço de mantimentos é uma incógnita, como quase tudo o que o futuro reserva.
LUSA – 24.03.2019
O ciclone Idai ditou que só lhe restasse uma 't-shirt' com 'S' maiúsculo do Super-Homem para vestir, mas se calhar ajusta-se à missão de hoje: regressar da Beira com mantimentos para a família, presa pelas águas na vila de Búzi.
O que seria banal em outra altura qualquer, conseguir provisões na Beira, tornou-se agora numa aventura.
A pequena embarcação de madeira, alugada por um grupo de pessoas, sai da Praia Nova, quase no centro da cidade da Beira, em direcção à vila, numa viagem "arriscada" devido às condições meteorológicas e quase foi impedida pelas autoridades marítimas locais.
Entra pela foz, vai rio acima e Hélder Fazenda espreita em frente, por cima da água castanha e revolta, para ver se ainda falta muito para chegar junto da esposa e do filho de oito meses.
São quatro horas para lá, contra a maré, o dobro do que lhe tinha levado a descer o rio.
Quando saiu junto deles não sabia bem o que ia encontrar na Beira, o que conseguiria comprar, nem como voltar à vila, mas tudo era melhor do que o mundo virado do avesso que quase os submergiu.
Tal como milhares de pessoas, estiveram sitiados durante dias, esperam por mantimentos.
"Tive de arriscar" ir à Beira. "Tenho de levar esta comida à minha família", refere, acrescentando que além de feijão e arroz, os sacos contêm leite para o seu filho.
"Estive num centro de acomodação [em Búzi], mas ninguém nos está a ajudar. Não há médicos ali. As estradas estão interrompidas e não há comunicações. As pessoas são picadas por cobras e não há como serem assistidas", acrescentou o 'Super-Homem'.
As águas descem, mas quase todo distrito de Búzi continua submerso, uma semana após o ciclone passar.
Perto da margem, os corpos de animais em decomposição, arrastados para cima de árvores, deixam indispostos alguns passageiros.
No destino, dezenas de pessoas já se juntam e esperam, numa pequena ponte cais, prontas a arriscar uma viagem à Beira, deixando o resto da família para trás.
A viagem não é um ato de caridade: quem quiser ir procurar mantimentos tem algumas pequenas embarcações a motor que cobram 300 meticais, queixa-se a população.
Helga Tânia, outra professora, conta à agência Lusa que ficou dois dias no telhado da sua residência à espera de uma ajuda que nunca chegou.
Juntamente com os seus dois irmãos enfrentou a água e percorreu perto de 12 quilómetros até ali, à ponte cais da vila, mas, para sua frustração, as embarcações locais que fazem a viagem até à Beira exigem um pagamento.
"Nós não temos dinheiro", frisou a professora primária, que perdeu tudo e que, mesmo que queira, não consegue ir procurar mantimentos à cidade.
À medida que as águas descem, as pessoas dispersas pelas zonas à tona em Búzi lavam-se e bebem da mesma água do rio.
O ativista moçambicano da Cruz Vermelha Fernando Alberto continua a tentar salvar vidas sozinho, descrevendo a situação como caótica.
"A população de Búzi está mal", desabafa, apontando a purificação da água como prioridade.
O super-homem Hélder Fazenda já reencontrou a família, mas o próximo reforço de mantimentos é uma incógnita, como quase tudo o que o futuro reserva.
LUSA – 24.03.2019
Idai: Número de mortos contabilizados por Moçambique sobe para 446
O número de vítimas mortais do ciclone Idai e das cheias que se seguiram no centro subiu para 446, anunciaram hoje as autoridades.
A informação foi prestada no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da cidade da Beira e representa um acréscimo de 29 mortos em relação a sábado.
Celso Correia, ministro da Terra e do Ambiente, referiu que os números refletem a recolha de informação a partir de várias áreas antes isoladas.
O número de pessoas afetadas subiu para 531.000.
Este total de pessoas afetadas "não significa que estejam em risco de vida. São pessoas que perderam as casas" ou que estão "em zonas isoladas e que precisam de assistência", explicou.
Por seu lado, o número de salvamentos faz com que os centros de acolhimento continuem a encher e registem já 109.000 entradas, das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis - por exemplo, idosos e grávidas que recebem assistência particular.
Celso Correia referiu também que há 90.756 alunos que, por várias razões, não vão à escola e que o sistema de educação está comprometido devido ao rasto de destruição.
"Já temos mais unidades organizadas" e a "conquistar mais território", realçou o ministro.
Com a descida das águas, muitas pessoas alcançadas por equipas de socorro preferem receber alimentos e outros tipos de assistência (médica, por exemplo) nos sítios onde estão e assim recomeçar as suas vidas, nas suas terras.
"Muitas pessoas preferem ficar onde já têm condições" e até pedem sementes para voltar a cultivar as suas 'machambas' (hortas) para garantir alimentação, disse Celso Correia.
Em outros locais são entregues tendas para substituir casas danificadas, mas onde se verifica que há risco, é feita a retirada compulsiva da população, acrescentou.
A vila de Buzi, no distrito mais alagado com as cheias, já há médicos, alimentos e tendas, destacou o ministro moçambicano, pelo que "é normal que as famílias comecem a regressar" para as suas áreas, deixando centros de acolhimento temporário sobrelotados e onde a comida escasseia.
Ainda assim, esta presença de apoios em Buzi verifica-se nas zonas mais altas, pois grande parte do distrito continua submerso.
LUSA – 24.03.2019
A informação foi prestada no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da cidade da Beira e representa um acréscimo de 29 mortos em relação a sábado.
Celso Correia, ministro da Terra e do Ambiente, referiu que os números refletem a recolha de informação a partir de várias áreas antes isoladas.
O número de pessoas afetadas subiu para 531.000.
Este total de pessoas afetadas "não significa que estejam em risco de vida. São pessoas que perderam as casas" ou que estão "em zonas isoladas e que precisam de assistência", explicou.
Por seu lado, o número de salvamentos faz com que os centros de acolhimento continuem a encher e registem já 109.000 entradas, das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis - por exemplo, idosos e grávidas que recebem assistência particular.
Celso Correia referiu também que há 90.756 alunos que, por várias razões, não vão à escola e que o sistema de educação está comprometido devido ao rasto de destruição.
"Já temos mais unidades organizadas" e a "conquistar mais território", realçou o ministro.
Com a descida das águas, muitas pessoas alcançadas por equipas de socorro preferem receber alimentos e outros tipos de assistência (médica, por exemplo) nos sítios onde estão e assim recomeçar as suas vidas, nas suas terras.
"Muitas pessoas preferem ficar onde já têm condições" e até pedem sementes para voltar a cultivar as suas 'machambas' (hortas) para garantir alimentação, disse Celso Correia.
Em outros locais são entregues tendas para substituir casas danificadas, mas onde se verifica que há risco, é feita a retirada compulsiva da população, acrescentou.
A vila de Buzi, no distrito mais alagado com as cheias, já há médicos, alimentos e tendas, destacou o ministro moçambicano, pelo que "é normal que as famílias comecem a regressar" para as suas áreas, deixando centros de acolhimento temporário sobrelotados e onde a comida escasseia.
Ainda assim, esta presença de apoios em Buzi verifica-se nas zonas mais altas, pois grande parte do distrito continua submerso.
LUSA – 24.03.2019
Idai: Reaberta estrada para a cidade da Beira após uma semana de isolamento
A estrada de acesso à cidade da Beira foi reaberta no sábado ao final do dia, após uma semana de isolamento provocado pelo ciclone Idai, anunciou hoje o ministro da Terra e Ambiente, Celso Correia.
"A grande vitória de ontem foi colocar a EN6 [Estrada Nacional número seis] a funcionar", referiu hoje em conferência de imprensa no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da Beira.
A estrada tinha sido cortada no sábado, dia 16, quando as cheias provocaram correntes que arrastaram pontes, terrenos que sustentam a via e asfalto em diferentes troços - além de viaturas com várias pessoas, algumas das quais entre as vítimas mortais provocadas pelo ciclone.
A Estrada Nacional 6 é a espinha dorsal da região centro de Moçambique: atravessa as província de Sofala e Manica, ligando a Beira ao Zimbábue.
É uma via que foi renovada no últimos anos e muito movimentada por veículos pesados, dado que o porto da Beira serve os países do interior da África Austral.
A reabertura conseguida uma semana depois da destruição provocada pelas cheias foi alcançada com a criação de caminhos alternativos em terra batida e outros materiais que permitem contornar os obstáculos criados pelo ciclone.
A EN6 "permite uma assistência maior ao território", realçou hoje Celso Correia.
Permite mudar a estratégia da assistência, uma vez que o transporte por terra tem maior capacidade que a assistência prestada por via aérea, até agora.
Por outro lado, a ligação "já permitiu uma redução de preços na cidade da Beira", como seja, relativamente ao pão e outros produtos, acrescentou.
Há também áreas da cidade que já têm energia, que deverá gradualmente ser restabelecida, e a banca também já está a retomar o funcionamento normal.
A cidade da Beira foi a que sofreu com o primeiro e mais forte impacto do ciclone, mas "há outros distritos afetados e que ainda precisam de normalizar as suas vidas", apontou o governante.
O mais recente balanço do ciclone Idai feito pelas autoridades moçambicanas, apresentando hoje, aponta para 446 vítimas mortais.
LUSA – 24.03.2019
"A grande vitória de ontem foi colocar a EN6 [Estrada Nacional número seis] a funcionar", referiu hoje em conferência de imprensa no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da Beira.
A estrada tinha sido cortada no sábado, dia 16, quando as cheias provocaram correntes que arrastaram pontes, terrenos que sustentam a via e asfalto em diferentes troços - além de viaturas com várias pessoas, algumas das quais entre as vítimas mortais provocadas pelo ciclone.
A Estrada Nacional 6 é a espinha dorsal da região centro de Moçambique: atravessa as província de Sofala e Manica, ligando a Beira ao Zimbábue.
É uma via que foi renovada no últimos anos e muito movimentada por veículos pesados, dado que o porto da Beira serve os países do interior da África Austral.
A reabertura conseguida uma semana depois da destruição provocada pelas cheias foi alcançada com a criação de caminhos alternativos em terra batida e outros materiais que permitem contornar os obstáculos criados pelo ciclone.
A EN6 "permite uma assistência maior ao território", realçou hoje Celso Correia.
Permite mudar a estratégia da assistência, uma vez que o transporte por terra tem maior capacidade que a assistência prestada por via aérea, até agora.
Por outro lado, a ligação "já permitiu uma redução de preços na cidade da Beira", como seja, relativamente ao pão e outros produtos, acrescentou.
Há também áreas da cidade que já têm energia, que deverá gradualmente ser restabelecida, e a banca também já está a retomar o funcionamento normal.
A cidade da Beira foi a que sofreu com o primeiro e mais forte impacto do ciclone, mas "há outros distritos afetados e que ainda precisam de normalizar as suas vidas", apontou o governante.
O mais recente balanço do ciclone Idai feito pelas autoridades moçambicanas, apresentando hoje, aponta para 446 vítimas mortais.
LUSA – 24.03.2019
MOÇAMBIQUE: "PERDI A REPORTAGEM DA MINHA VIDA"
(Casa dos Leões nas cheias de 2008 e agora em 2019)
Hoje, Domingo, dia 24 de Março de 2019, quando vou ao Facebook dou com a comunicação do amigo Vasco Galante, com duas fotografias da Casa dos Leões inundadas, uma obtida em 2008 e outra das presentes inundações, provocadas pelo ciclone Idai que assolou a área de Manica e Sofala onde pereceram centenas de pessoas, animais, destruiu casas, cortes de estradas e pontes e derrube de árvores.
Enfim os caprichos da natureza que não podem ser evitados e demais quando a cobiça do “bicho” homem destroi o mundo onde vive.
Conhecedor de Moçambique, pelo seu todo, a trabalhar, viajei desde a Ponta do Ouro ao Rovuma desde os anos 1962 a 1971, entrei em contacto com o amigo Vasco Galante, Director de Comunicações e Turismo do Parque Nacional da Gorongosa, para me informar o estado em que ficou a joia de Moçambique. Como resposta breves palavras: "uma tragédia".
Não respondi, a Vasco Galante, porque entendi que não era altura para o fazer dado que pouco ainda se sabia das reais consequências do mal que o ciclone Idai que viria a saber pelas reportagens, em directo pela RTP.
Entretanto desde logo me chegou à mente ter perdido,por agora, a reportagem de minha vida e praticamente já alinhavada com partida da cidade de Banguecoque e ir ao encontro do amigo Vasco Galante a um aeroporto, algures em África e seguirmos, depois, juntos para a Gorongosa.
Seria no mês de Maio que a reportagem de minha vida (ambição de qualquer fotojornalista executar um trabalho junto da natureza com animais selvagens) cuja esta seria, em exclusivo para a “Macao Magazine”, de Macau, publicada em língua inglesa e pertencente ao grupo “Macaulink” do qual o amigo, de longo data, Gonçalo César de Sá é o director.
Para mim seria o retorno a minhas memórias conhecer partes de Moçambique, onde se incluía a Gorongosa que visitei por duas vezes. A última, ano 1963, quase me perdia na picada 7 dos elefantes, onde isolado, vivia, o velho e conhecido elefante John que lhe faltava uma ponta de marfim certamente a perdeu em luta quando a manada o colocou fora dela.
Espero que a reportagem da minha vida venha a ocorrer de pronto e o maravilhoso Parque Nacional da Gorongosa ressurja, mais uma vez vez, da estaca zero que graças ao empenho do filantropo Greg Carr e seus colaboradores o parque voltou depois de uma cruel guerra civil que devastou animais da Jóia de Moçambique.
José Martins
In https://aquitailandia.blogspot.com/2019/03/mocambique-perdi-reportagem-da-minha.html
NOTA: São pelo menos mais 2 metros de altura de água. Além das pessoas que terá acontecido aos animais do parque?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Hoje, Domingo, dia 24 de Março de 2019, quando vou ao Facebook dou com a comunicação do amigo Vasco Galante, com duas fotografias da Casa dos Leões inundadas, uma obtida em 2008 e outra das presentes inundações, provocadas pelo ciclone Idai que assolou a área de Manica e Sofala onde pereceram centenas de pessoas, animais, destruiu casas, cortes de estradas e pontes e derrube de árvores.
Enfim os caprichos da natureza que não podem ser evitados e demais quando a cobiça do “bicho” homem destroi o mundo onde vive.
Conhecedor de Moçambique, pelo seu todo, a trabalhar, viajei desde a Ponta do Ouro ao Rovuma desde os anos 1962 a 1971, entrei em contacto com o amigo Vasco Galante, Director de Comunicações e Turismo do Parque Nacional da Gorongosa, para me informar o estado em que ficou a joia de Moçambique. Como resposta breves palavras: "uma tragédia".
Não respondi, a Vasco Galante, porque entendi que não era altura para o fazer dado que pouco ainda se sabia das reais consequências do mal que o ciclone Idai que viria a saber pelas reportagens, em directo pela RTP.
Entretanto desde logo me chegou à mente ter perdido,por agora, a reportagem de minha vida e praticamente já alinhavada com partida da cidade de Banguecoque e ir ao encontro do amigo Vasco Galante a um aeroporto, algures em África e seguirmos, depois, juntos para a Gorongosa.
Seria no mês de Maio que a reportagem de minha vida (ambição de qualquer fotojornalista executar um trabalho junto da natureza com animais selvagens) cuja esta seria, em exclusivo para a “Macao Magazine”, de Macau, publicada em língua inglesa e pertencente ao grupo “Macaulink” do qual o amigo, de longo data, Gonçalo César de Sá é o director.
Para mim seria o retorno a minhas memórias conhecer partes de Moçambique, onde se incluía a Gorongosa que visitei por duas vezes. A última, ano 1963, quase me perdia na picada 7 dos elefantes, onde isolado, vivia, o velho e conhecido elefante John que lhe faltava uma ponta de marfim certamente a perdeu em luta quando a manada o colocou fora dela.
Espero que a reportagem da minha vida venha a ocorrer de pronto e o maravilhoso Parque Nacional da Gorongosa ressurja, mais uma vez vez, da estaca zero que graças ao empenho do filantropo Greg Carr e seus colaboradores o parque voltou depois de uma cruel guerra civil que devastou animais da Jóia de Moçambique.
José Martins
In https://aquitailandia.blogspot.com/2019/03/mocambique-perdi-reportagem-da-minha.html
NOTA: São pelo menos mais 2 metros de altura de água. Além das pessoas que terá acontecido aos animais do parque?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 12:53 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
Obrigado Sr. Embaixador Chinês, mais um carregamento de arroz Chinês
Moçambique está a sofrer uma tragédia tremenda na Beira, centenas ou talvez milhares de pessoas já morreram, vocês na China tiveram o mesmo problema com os ciclones e resolveram-no, estão a plantar a maior área de floresta no mundo, acabaram com a queima e derruba, acabaram com o consumo de carvão nas cidades para cozinhar.
Em Moçambique aproveitaram-se dos politicos corruptos e foi cortar floresta até mais não poder, felizmente essa sangria já estancou, daqui a 30 anos, Moçambique vai voltar a ter árvores para cortar.
Agora veem com a oferta do vosso arroz, arroz da renovação dos stocks, ao fim de 7 anos a reserva estratégica de arroz dos vossos armazéns tem que ser renovada, esse arroz deveria ir para consumo animal, não para fazer ''caridadezinha'' em Moçambique.
Moçambique precisa e de donativo de fertilizante, para passar a produzir 3000 kgs de arroz por hectare, em vez dos 1000 kgs actualmente produzidos por hectar, criando milhares de postos de trabalho, criando negócio e acabando com a fome.
O arroz Chinês que vai chegar, vai cair nas mãos dos funcionarios e politicos corruptos sendo depois vendido nas lojas dos ''monhes'', desregulando completamente os preços de mercado e dificultando a venda do arroz da machamba produzido em Moçambique.
Nem vergonha tem de o vender nos sacos onde foi embalado ''donated by someone''.
Obrigado Sr. Embaixador Chinês, pelos 160 pesqueiros que enviou para Mocambique, em troca de arroz, estão a limpar a costa Moçambicana, nem um peixe é desembarcado nos portos Moçambicanos, tudo se passa em alto mar, o peixe de boa qualidade, vai diretamente para a China.
Moçambique que compre carapau congelado da Namibia, vendido a 138 meticais o kg, os pescadores tradicionais cada vez tem mais dificuldade em encher a barriga com peixe, o peixe na costa Mocambicana começa a escassear.
Sr. Embaixador Chins, voceês teem grandes responsabilidades naquilo que se está a passar na Beira, são assassinos, sabem que os politicos e funcionários publicos Moçambicanos são corruptos, estão a aproveitar-se da situação, deixaram importar toda aquela madeira vinda de Moçambique.
Agora esto a aproveitar-se com o peixe, naão fica bem uma civilização milenar estar assim a aproveitar-se dos politicos corruptos Moçambicanos.
Tanto é ladrão o que vai à vinha, como o que fica à espreita.
Chinesinho limpo po, se efectivamente queres ajudar o povo Moçambicano não mandes arroz, manda fertilizante, manda os teus 160 barcos de pesca regressar à China, não deixes desembarcar madeira Moçambicana nos Portos Chineses.
Shame on You
(Recebido por email)
Em Moçambique aproveitaram-se dos politicos corruptos e foi cortar floresta até mais não poder, felizmente essa sangria já estancou, daqui a 30 anos, Moçambique vai voltar a ter árvores para cortar.
Agora veem com a oferta do vosso arroz, arroz da renovação dos stocks, ao fim de 7 anos a reserva estratégica de arroz dos vossos armazéns tem que ser renovada, esse arroz deveria ir para consumo animal, não para fazer ''caridadezinha'' em Moçambique.
Moçambique precisa e de donativo de fertilizante, para passar a produzir 3000 kgs de arroz por hectare, em vez dos 1000 kgs actualmente produzidos por hectar, criando milhares de postos de trabalho, criando negócio e acabando com a fome.
O arroz Chinês que vai chegar, vai cair nas mãos dos funcionarios e politicos corruptos sendo depois vendido nas lojas dos ''monhes'', desregulando completamente os preços de mercado e dificultando a venda do arroz da machamba produzido em Moçambique.
Nem vergonha tem de o vender nos sacos onde foi embalado ''donated by someone''.
Obrigado Sr. Embaixador Chinês, pelos 160 pesqueiros que enviou para Mocambique, em troca de arroz, estão a limpar a costa Moçambicana, nem um peixe é desembarcado nos portos Moçambicanos, tudo se passa em alto mar, o peixe de boa qualidade, vai diretamente para a China.
Moçambique que compre carapau congelado da Namibia, vendido a 138 meticais o kg, os pescadores tradicionais cada vez tem mais dificuldade em encher a barriga com peixe, o peixe na costa Mocambicana começa a escassear.
Sr. Embaixador Chins, voceês teem grandes responsabilidades naquilo que se está a passar na Beira, são assassinos, sabem que os politicos e funcionários publicos Moçambicanos são corruptos, estão a aproveitar-se da situação, deixaram importar toda aquela madeira vinda de Moçambique.
Agora esto a aproveitar-se com o peixe, naão fica bem uma civilização milenar estar assim a aproveitar-se dos politicos corruptos Moçambicanos.
Tanto é ladrão o que vai à vinha, como o que fica à espreita.
Chinesinho limpo po, se efectivamente queres ajudar o povo Moçambicano não mandes arroz, manda fertilizante, manda os teus 160 barcos de pesca regressar à China, não deixes desembarcar madeira Moçambicana nos Portos Chineses.
Shame on You
(Recebido por email)
Com a credibilidade do Estado no lixo, a sociedade civil tem uma oportunidade para ser mais útil
Se houvesse um ranking global para medir a credibilidade de um Estado, Moçambique seria avaliado negativamente. Imagine um ranking de 0 a 10, onde 0 é menos credível e 10 o mais fiável em termos de moralidade e integridade. Nosso país estaria abaixo do zero. Fazendo um paralelo com o critério de notação da dívida pública, estaríamos abaixo do lixo, que é o lugar onde nos colocaram todas as agências de notação financeira.
Por causa do calote da dívida pública, nosso Estado é olhado com desconfiança nos mercados financeiros internacionais. Os credores são aconselhados a não emprestar porque nosso Estado não tem estrutura financeira para honrar compromissos, como se revelou com o "default" relativamente à dívida da Ematum e, subsequente, das restantes MAM e Prolndicus.
Mas agora veio o IDAI, que nos mergulhou numa tragédia donde só podemos sair com o apoio da caridade internacional. A disponibilidade para apoiar é grande mas ela esbarra no medo: o medo de que esse dinheiro vai ser desviado para os bolsos de uma meia dúzia de pessoas que mandam no Estado e no Governo.
O derradeiro significado simbólico desses temores é um: o Estado moçambicano não tem estrutura moral para receber donativos em dinheiro (e até em espécie). Por isso, quase toda a ajuda anunciada é complementada com o aviso de que seu uso será policiado. Vamos ajudar, mas queremos auditorias, diz a caridade internacional.
Veja só onde chegamos!
Onde o calote e todo o teatro subsequente à volta das "dívidas ocultas" nos levou. Um enredo de saque ao Estado, de captura ignóbil do bem público, salpicado de golpadas e mentiras expeditas na Assembleia da República por um partido, a Frelimo, que hesita em reconhecer que seu pior erro, depois da roubalheira ter sido destapada e para proteger o desvario guebuzista com o beneplácito de Filipe Nyusi, foi assumir aquelas "dívidas ocultas" como sendo do Estado, quando elas foram orquestradas por empresas de direito privado (a Prolndicus, a MAN e a Ematum), as quais corruptamente obtiveram garantias soberanas para o malicioso endividamento. (Hoje, os credores estariam apenas a lidar com empresas privadas locais e o Estado não estaria no banco dos réus, como parece estar, cada vez que Manuel Chang emerge das masmorras de Moderbee para ouvir de sua sina no tribunal de Kempton Park em Joanesburgo)
Os golpes de teatro da Frelimo têm-nos saído tão caro. O Estado é caloteiro, seus dirigentes estão envolvidos na corrupção até ao tutano e sua sociedade apanha por tabela? Não, isto é injusto! Abominável! Os doadores não podem atrasar a ajuda porque não confiam no Estado.
Então, com a credibilidade do Estado no lixo, a sociedade civil mais honesta e desamarrada da política deve fazer qualquer coisa para garantir que a ajuda chegue às vítimas e aos pobres. Para que a ajuda chegue às empresas sem envolver mecanismos quasi-estatais, como a CTA. É preciso garantir que o dinheiro chegue às mãos dos afectados. O desafio é enorme mas a oportunidade deve ser agarrada.
CARTA – 24.03.2019
23/03/2019
Os responsáveis pelas mortes do ciclone Idai, para além dos políticos é o povo Moçambicano
Tem nome, são os Chineses, o Banco Mundial e a União Europeia.
O vento e as chuvas por mais fortes que sejam não matam ninguém, o que esta a matar na Beira, são as torrentes de lama e as derrocadas, como consequência do desflorestamento.
As torrentes de lama, são devidas a desflorestação, corte de madeira, promovidas pela exportação de madeiras para os países Asiáticos.
O que os Moçambicanos ganharam com essa desflorestação??
Cheias provocadas pelo ciclone Idai, centenas de mortos, estradas destruídas com a circulação dos camiões e pouco mais.
Os ganhos obtidos com essa desflorestação que se iniciou em 1992, depois da guerra civil, não pagam agora os estragos de milhões de usd, causados pelo Idai.
Helicópteros sul-africanos resgatam pessoas na zona do Buzi(video)
Helicópteros sul-africanos resgatam pessoas na zona do Buzi
Búzi, Púngoè e Save estão a baixar, alerta no Zambeze
A redução da chuva em Moçambique nos últimos dias está a contribuir para o baixar das águas nas bacias do Búzi, Púngoè e Save. Em alerta está o Zambeza, em Caia e Marromeu, devido a água que corre dos países vizinhos.
Nas últimas 24 horas a Direcção Nacional de Gestão de Recursos hídricos registou pouca chuva na rede nacional de observação hidroclimatológica, destacando-se as bacias do Maputo em Madubula (11.2mm); Umbelúzi Movene (12.3mm); Save na Vila Franca do Save (16.5mm); Zambeze em Mitengo (22.0mm); Messalo em Meangalewa (24.5mm) e Nairoto (12.6mm), e Rovuma em Congerenge (40.3mm).
Na região Centro de Moçambique, "as bacias hidrográficas do Búzi e Púngoè registam redução dos níveis hidrométricos e Zambeze em Mutarara regista oscilação dos níveis com tendência a subir, mantendo-se acima do alerta. A bacia do Save na Vila Franca do Save regista descida gradual dos níveis, tendo saído do alerta".
As bacias do Incomáti em Magude; Licungo em Gúruè e Mocuba; Meluli em Nametil e Namaita; Lúrio em Muite; Megaruma em Megaruma; Messalo em Nairoto e Rovuma em Congerenge registam oscilação dos níveis com ligeira tendência a subir, mantendo-se abaixo do alerta.
@VERDADE - 23.03.2019
MOÇAMBIQUE: "S.O..S. ao resto do Mundo"...
As cegas investidas do ciclone “IDAI” na República de Moçambique trouxeram uma vivência de tragédia humana sem precedentes, devido a impiedosa inundação das bacias que proporcionaram a ousadia aos rios para invadirem áreas Populacionais, o que obrigou milhares de Cidadãos a dissiparem-se, fazendo com que os seus parcos haveres fossem engolidos pelas águas sujas, as suas preciosas culturas destruídas, seus valorosos bens enlameados e, os animais de nutritiva subsistência transformados em cadáveres inanimados.
Por outro lado, os enfurecidos bramidos de trovoadas emergiram chuvas intensas, repercussoras de fortes ventos capacitadas a arrancar copas das árvores, causando estragos em habitações cujos tectos, foram arrastados e violentamente jogados para longe.
As diversificadas infraestruturas da urbe Beirense foram danificadas em 90%, como só acontece em ambientes de guerras fraticidas, testemunhadas em filmes premiados com óscares.
A sofrer este quadro de angústia soou a hora, de todo o Povo Moçambicano se unir espontâneamente, porque a sincera solidariedade humana irradia do coração do Povo.
Por outro lado, os enfurecidos bramidos de trovoadas emergiram chuvas intensas, repercussoras de fortes ventos capacitadas a arrancar copas das árvores, causando estragos em habitações cujos tectos, foram arrastados e violentamente jogados para longe.
As diversificadas infraestruturas da urbe Beirense foram danificadas em 90%, como só acontece em ambientes de guerras fraticidas, testemunhadas em filmes premiados com óscares.
A sofrer este quadro de angústia soou a hora, de todo o Povo Moçambicano se unir espontâneamente, porque a sincera solidariedade humana irradia do coração do Povo.
Número de mortos contabilizados por Moçambique sobe para 417
O número de mortos contabilizados por Moçambique, devido ao ciclone Idai, subiu hoje para 417, anunciaram hoje as autoridades.
A atualização de números foi feita hoje em conferência de imprensa no centro de operações de socorro, no aeroporto da cidade da Beira.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
LUSA – 23.03.2019
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