Sonangol associa-se a empresa que vai assumir reativação de campos petrolíferos no Iraque
A estratégia de recuperação dos investimentos no Iraque, avançou o responsável, assenta na associação a uma empresa, que deverá assumir maior parte dos custos de reativação das operações petrolíferas
A Sonangol, petrolífera estatal angolana, associou-se à empresa Vertex que deverá assumir a maior parte dos custos de reativação das operações petrolíferas em dois campos de produção em Mossul, no Iraque. O anúncio foi esta quarta-feira avançado pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, durante uma conferência de imprensa, realizada no âmbito dos 42 anos de existência do grupo.
A petrolífera angolana anunciou, no início deste mês, que reassumiu a posse dos dois campos, localizados em Najmah e Qayarah, sul de Mossul, com reservas de mil milhões de barris de petróleo, após um longo período sob controlo do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), um investimento de quase 300 milhões de euros.
Segundo Carlos Saturnino, as duas concessões ficaram sob influência da guerra e depois foram mesmo ocupadas pelo Estado Islâmico, que “ironicamente pôs em produção os dois campos da Sonangol”, acusou Carlos Saturnino. “E esteve a produzir 10 mil barris por dia, vendendo, fazendo dinheiro, até que a guerra diminuiu e os colegas voltaram ao trabalho, conseguiram ir ao Iraque, negociaram com empresas e voltaram à situação atual”, explicou o presidente da Sonangol.
A estratégia de recuperação dos investimentos no Iraque, avançou o responsável, assenta na associação a uma empresa, que deverá assumir maior parte dos custos de reativação das operações petrolíferas nos dois campos.
“A Sonangol é a detentora dos direitos, enquanto operadora e continuará a ter os seus rendimentos. Estamos a falar de campos que têm ramas pesadas, essencialmente, e ácidas que tem reservas de cerca de um bilião de barris, de maneira que isso é investimento para um longo prazo, desde que se produza a garantia de investimento ao longo de vários anos”, frisou.
É convicção da Sonangol que esta definição estratégica permitirá minimizar o investimento direto, isto é, o fluxo financeiro da petrolífera estatal, já que o parceiro em troca da associação garante o investimento para o desenvolvimento e produção dos dois campos
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