Estive - há alguns minutos - à fala com um amigo americano, que no seu jeito brincalhão me pergunta: ò Alexandre, vocês vão deixar que aquela brincadeira de revisão avance assim, sem referendo? A Frelimo vai deixar isso? Aquela Comissão Política de excelentes e maduros quadros vai permitir isso?”
Em resposta - no meu inglês à maneira - disse-o: “companheiro, com ou sem referendo e com ou sem eleição directa dos Governadores e Edis, aquele projeto vai avançar e vai ser aprovado sem apelo nem agravo.”
E eu me explico:
1. Imperfeito ou não, brincadeira ou não, o projeto vai avançar porque nesta altura não há membro da Comissão Política, Deputado ou membro do Comitê Central da Frelimo, por mais iluminado e convincente que seja, que quererá aparecer como peace spoiler (entenda-se, inimigo da paz);
2. Qualquer exercício acadêmico ou político tendente a discutir o mérito da proposta, a obrigatoriedade ou não de um referendo, neste momento é inútil, porque será visto como estando em contramão com os esforços da paz.
Entretanto, afora isso, entendo que este acordo - como os anteriores - tem um enorme potencial para ser causador de conflitos futuros. E porquê?
1. Como em Roma ou na Julius Nyerere 2000, ao estabelecer esta plataforma de acordo, a Renamo está convencida de que vai ganhar as eleições. Aliás, de Dhlakama ouvimos sempre que ele e o seu partido foram “roubados.”
2. Se a Renamo ganhar isso vai trazer fricções dentro da Frelimo e o Presidente Nyuzi pode ser visto como o novo Gorbachev.
3. Perdendo a Renamo, seremos mimoseados, de novo, com a narrativa da fraude e se Dhlakama tiver ainda a “sua segurança pessoal”, nada garante que não se assista a mais um Muxungue.
Para tanto, me parece ser avisado debater, em simultâneo, na Assembleia da República, os pacotes de descentralização (há mais desconcentração que descentralização ali) e o das questões militares, sob pena de o cenário acima ter mais do que carácter de potencialidade
Tatenda maningui.
PS: afinal o sonho da cancela política no Save não está tão longe assim, a avaliar pelo descomunal optimismo nas hostes da Perdiz.
MITADER vs LIXEIRA DE HULENE
Cda Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, a quantas anda este projecto lançado com pompa e circunstância em 2015?
Veja que este ano, depois do show da assinatura do memorando, tipo Gala Vibratoques, 3 anos depois morreram 17 compatriotas.
Quando digo que há quem gosta de empurrar o Presidente Nyuzi ao mato achan que estou a exagerar
Viabilizada construção do aterro de Matlhemele.
Thursday, 13/08/2015 | 09:10O PROJECTO de construção do aterro sanitário das cidades de Maputo e Matola poderá arrancar brevemente. Para o efeito, foi assinado ontem um contrato de consultoria para o desenho do projecto do respectivo projecto entre o Governo e a empresa sul-coreana Korea Engineering Consultants Corporation, no valor de 68 milhões de dólares e 25 mil dólares americanos.
O contrato de consultoria foi rubricado pela presidente do Fundo Nacional do Ambiente (FUNAB), Ágata Tadeu, e o vice-presidente da Korea Engineering Consultants Corporation, Moon Hyung Lee, numa cerimónia testemunhada pelo Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), Celso Correia, e que decorreu no local onde será erguido o aterro, no Bairro de Matlhemele, município da Matola.
Com efeito, da verba destinada para o futuro aterro sanitário, o Governo vai alocar 12 milhões e 204 mil dólares e os restantes 48 milhões e 621 mil dólares será canalizados pela Coreia do Sul, através do Korea Exim Bank.
O aterro sanitário será implantado numa área de 100 hectares em Matlhemele, nas imediações da Estrada Circular de Maputo. Após a construção, este aterro terá um tempo de vida útil mínimo de 20 anos, com uma capacidade de receber 1400 toneladas diárias de resíduos.
O projecto inclui ainda a construção de uma unidade de reciclagem de resíduos, com capacidade para 200 toneladas diárias, estação de tratamento de lixiviados e sistema para a produção de energia a partir do biogás, entre outras componentes que proporcionam a esta infra-estrutura um padrão internacional.
A firma coreana é responsavel pelo desenho do projecto, fiscalização da empreitada e treinamento de técnicos moçambicanos para operação e manutenção do empreendimento.
A assinatura deste contrato consubstancia os esforços do Governo na mobilização de recursos para a construção de infra-estruturas de saneamento nos centros urbanos, com vista ao encerramento das actuais lixeiras a céu aberto e para dar uma resposta adequada aos desafios ambientais inerentes à gestão integrada de resíduos sólidos urbanos.
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Caros Conselheiros de Comunicação do
Governador do Banco de Moçambique.
Governador do Banco de Moçambique.
Vós muito bem sabeis que o vosso governador é um excelente tecnocrata e a dezenas de anos viveu fora deste maravilhoso país e naturalmente pode ter perdido sentido político e sensibilidade que o povo tem com algumas palavras. Dizer hoje que estamos a sair da CRISE ao povo Moçambicano é GRAVE. Isso é daquelas "verdades" que não podem ser ditas com os seus próprios nomes.
Os indicadores que o BM apresenta até são bons e demonstram o bom desempenho das políticas monetária e cambial do país e isso pode induzir a um outro comportamento da economia e lentamente sairmos da crise mas para isso se reflectir no bolso do cidadão ainda vai levar muito tempo.
Eu até entendo de que crise o GBM se refere. É o conforto na provisão de divisas para importação, a baixa das taxas de juro de referência, a inflação a baixar e outros indicadores macroeconómicos.
Mas se ainda nao existe espectativa de retoma do apoio da comunidade internacional ao orçamento do Estado, as pessoas continuam no Txopela, o preço do chapa vai subir esta semana, o combustível vai subir, os bolseiros funcionários e agentes do Estado foram cancelados, o Estado continua a não pagar os fornecimentos das empresas e muitas outras desgraças o que reflecte-se directamente na economia da família e significa CRISE a aumentar, fica contraproducente com as declarações do senhor Zandamela.
Por favor senhores do Gabinete de comunicação do BM cuidem da retórica do chefe de forma a garantir a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara, objectiva e conseguir transmitir a mensagem com convicção.
Senhor povo, Saímos da crise? Não.
Os indicadores que o BM apresenta até são bons e demonstram o bom desempenho das políticas monetária e cambial do país e isso pode induzir a um outro comportamento da economia e lentamente sairmos da crise mas para isso se reflectir no bolso do cidadão ainda vai levar muito tempo.
Eu até entendo de que crise o GBM se refere. É o conforto na provisão de divisas para importação, a baixa das taxas de juro de referência, a inflação a baixar e outros indicadores macroeconómicos.
Mas se ainda nao existe espectativa de retoma do apoio da comunidade internacional ao orçamento do Estado, as pessoas continuam no Txopela, o preço do chapa vai subir esta semana, o combustível vai subir, os bolseiros funcionários e agentes do Estado foram cancelados, o Estado continua a não pagar os fornecimentos das empresas e muitas outras desgraças o que reflecte-se directamente na economia da família e significa CRISE a aumentar, fica contraproducente com as declarações do senhor Zandamela.
Por favor senhores do Gabinete de comunicação do BM cuidem da retórica do chefe de forma a garantir a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara, objectiva e conseguir transmitir a mensagem com convicção.
Senhor povo, Saímos da crise? Não.
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