Reajuste do preço do transporte surge três anos depois do último aumento
Em
Agosto último a Associação Provincial dos Transportadores de Manica
(ATPM) teria anunciado a subida da tarifa do “chapa 100” nas rotas
interdistritais na ordem de 25%, mas a medida não procedeu porque o
Governo embargou, alegando que a decisão não tinha seu aval.
Na
altura, os transportadores alegavam como motivo a depreciação do
metical face ao dólar, uma vez que estes adquirem suas viaturas e
acessórios fora do país, recorrendo por isso ao uso da moeda estrageira.
Semana
passada, depois do reajuste dos preços dos combustíveis, a Direcção
Provincial dos Transportes e Comunicações de Manica cedeu à pressão dos
transportadores, autorizando o aumento da tarifa.
Em
contacto com “O País” o presidente da ATPM confirmou o agravamento da
tarifa. “Vamos aplicar o preço harmonizado apartir de 1 de Novembro,
para todas as rotas interdistritais, isto significa que é uma tarifa que
devia vigorar desde 2013”, avançou Alfredo Canhenze.
Para os passageiros, a tarifa que hoje entra em vigor vem agravar o actual custo de vida que já consideram insuportável.
“Vai
complicar um pouco para aqueles passageiros que fazem ida e volta, o
custo de vida aliado a subida do dólar, é mesmo um problema”, lamentou
Adamujo Orlando que reside em Gondola e frequenta o ensino superior na
cidade de Chimoio e que apartir de hoje deverá desembolsar 50 meticais
contra 40 naquela rota numa viagem de ida e volta.
Elisa
Simate, outra passageira que vive na cidade de Chimoio e viaja com
frequência para a fronteira de Machipanda considera exagerada a tabela
que hoje vigora, pois na sua óptica, o conveniente seria manter os
anteriores 80 meticais e não 100 meticais.
O reajuste do preço do transporte em Manica surge três anos depois da última actualização.
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