NOVOS preços do cimento de construção entram hoje em vigor em quase todo o país, no quadro de um reajuste anunciado pela empresa Cimentos de Moçambique.
O director-geral da Cimentos de Moçambique, Jorge Manuel Reis, disse ontem ao “Notícias” que o reajuste visa fazer face aos custos acrescidos a que a empresa incorre com a desvalorização da moeda nacional, o metical, face ao dólar norte-americano.
A fonte indicou que muitas das matérias-primas com que a companhia labora são importadas, daí que o seu pagamento é efectuado em dólares.
“Com a excepção da Matola, todas as nossas fábricas continuam a importar o clinquer. Mas mesmo aqui importamos o gesso, o saco de papel, motores para a nossa maquinaria, entre outros equipamentos”, sustentou Reis.
A fonte exemplificou que de Setembro de 2015 a Setembro de 2016, o metical sofreu uma desvalorização face ao dólar norte-americano de mais de 70 por cento, com impacto no custo das matérias-primas usadas pela empresa.
Segundo a nossa fonte, com o reajuste que vigora a partir de hoje, o saco de cimento 32,5 passa a ser adquirido nas duas fábricas da Matola a 347 meticais, em Dondo a 289 meticais e em Nacala a 390 meticais.
O saco de cimento 42,5 passa a custar 361 meticais na Matola, 304 meticais em Dondo e 408 meticais em Nacala.
Para os carregamentos a granel, o cimento 32,5 passa a custar 7019 meticais na Matola, 6180 meticais no Dondo e 7851 meticais em Nacala.
Já o cimento 42,5 a granel passa a custar 7341 meticais na Matola, 6180 meticais no Dondo e 7851 em Nacala.
Segundo a Cimentos de Moçambique, estes preços são válidos apenas por período de um mês e não incluem o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Entretanto, muito antes deste reajuste já se verificam agravamentos dos preços praticados ao consumidor final, em muitos pontos do país, desta matéria-prima essencial para a indústria de construção civil.
O director-geral da CM disse estar a acompanhar os casos, contudo, refere que a sua empresa não tem nenhuma responsabilidade no assunto.
NOTÍCIAS – 01.10.2016
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