terça-feira, 5 de abril de 2016

Além dos 850 milhões de dólares da EMATUM outra estatal, a Proindicus, endividou Moçambique em mais 622 milhões


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Escrito por Adérito Caldeira  em 05 Abril 2016
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Com o agravamento da crise económica e financeira em Moçambique o Governo de Filipe Nyusi não se cansa de repetir que a culpa é da seca, da chuva, da guerra, dos mercados internacionais... porém em nenhum momento refere-se as dívidas ilegalmente contraídas pelo Executivo anterior. É que para além dos 850 milhões de dólares da dívida da EMATUM, ilegalmente avalizados pelo Estado, existem mais 622 milhões de dólares que foram contraídos em empréstimos, secretamente, por uma outra empresa estatal denominada Proindicus, SA. O pior é que deste 1,47 bilião nem um só dólar entrou no erário e por isso os moçambicanos vão pagar empréstimos que não se destinam à agricultura, educação, saúde ou água potável mas sim foi gasto em negócios que envolvem armas para a guerra.
“(...)Nenhuma economia pode viver e sustentar-se de empréstimos”, afirmou na passada sexta-feira(01) Carlos Agostinho do Rosário, o primeiro-ministro de Moçambique, num encontro onde tentou acalmar os empresários filiados na Confederação das Associações Económicas (CTA), sem no entanto revelar que quem tem endividado o país é o próprio Executivo, ou melhor foram os sucessivos Governos de Armando Emílio Guebuza.
Os moçambicanos que já eram devedores de 850 milhões de dólares norte-americanos, aos bancos Credit Suisse e Vnesh Torg Bank, através de empréstimos contraídos pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) - uma empresa que tem como accionistas o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), a Empresa Moçambicana de Pesca ( Emopesca) e também a sociedade Gestão de Investimentos, Participações e Serviços, Limitada, uma entidade unicamente participada pelos Serviços Sociais do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) -, e avalizados ilegalmente pelo Executivo de Guebuza, são agora confrontados com mais dois empréstimos, concedidos pelos mesmos bancos suíço e russo, no valor global de 622 milhões de dólares norte-americanos.
De acordo com o The Wall Street Journal os empréstimos foram concedidos no ano de 2013 à empresa Proindicus SA, para a compra de navios para a marinha e radares para a protecção contra a pirataria marítima.
A Proindicus é uma Sociedade Anónima (SA), constituída a 21 de Dezembro de 2012, e que tem por objecto a “concepção, financiamento, implementação e gestão de sistemas integrados de segurança aérea, espacial, marítima, lacustre, fluvial e terrestre; Consultoria, Procurement e fornecimento de equipamentos e acessórios; Prestação de serviços na área de segurança de infra-estruturas; e prestação de serviços na área de navegação aérea, espacial, marítima, lacustre, fluvial e terrestre”, de acordo com o Boletim da República da III série, número 2 de 8 de Janeiro de 2013.
Embora os accionistas da Proindicus sejam anónimos o @Verdade apurou que 50% desta empresa são detidos por uma outra Sociedade Anónima, a Monte Binga, que se identifica no seu sítio na internet como sendo “uma holding detida 100% pelo Estado Moçambicano”. O Estado é o único accionista da Monte Binga desde 2009, através do IGEPE.
O @Verdade apurou ainda que outro accionista anónimo da Proindicus é Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).
Não são conhecidos os contornos destes empréstimos contraídos pela empresa estatal Proindicus SA porém, segundo o The Wall Street Journal, deverão ser pagos na totalidade até 2021.
EMATUM + Proindicus representam o triplo do orçamento da Saúde e quatro vezes mais da Agricultura
Em meados de Março a agência notação financeira Standard & Poor's a baixou o rating de crédito soberano de longo e curto prazo em moeda estrangeira atribuído à Moçambique para o nível de quase incumprimento após considerar que as perspectivas económicas do nosso país são “negativas”.
Essa decisão foi tomada numa altura em não se sabia da existência destas dívidas contraídas pela Proindicus. Nem mesmo os bancos Credit Suisse e Vnesh Torg Bank revelaram a sua existência aos seus clientes que, tudo indica, aceitaram renegociar os títulos de dívida corporate com garantia soberana do Estado e emitidos pela EMATUM Finance B.V.(uma empresa com sede na Holanda) por obrigações do tesouro moçambicano emitidas em dólares norte-americanos e com taxa fixa de juros com maturidade em 2023.
Embora o Estado assuma a dívida da EMATUM nenhum dos 850 milhões de dólares norte-americanos entrou nos cofres do tesouro moçambicano, além disso os barcos de pesca, e também de combate anti-pirataria, que o estaleiro francês Construções Mecânicas da Normandia vendeu custaram apenas cerca de 350 milhões de dólares norte-americanos o que levanta a dúvidas sobre a quem beneficiou, ou para que fim foram usados, os cerca de 500 milhões de dólares norte-americanos restantes.
Relativamente aos 622 milhões de dólares norte-americanos emprestados à Proindicus SA o mistério sobre o seu uso é ainda maior.
@VerdadeEntretanto, desde 2013 são visíveis os novos carros blindados alocados às Forças de Defesa e Segurança. Um agente das Forças Especiais moçambicanas relatou recentemente ao @Verdade e SAVANA que armamento novo tem sido recebido citando quantidades não especificadas de canhões ZU23, armas de precisão Dragunov, metralhadoras Pecheneg , metralhadoras AK-47 e respectivas munições.
Por ironia do destino nesta segunda-feira(04) o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades revelou que 1,4 milhões de moçambicanos estão em situação de insegurança alimentar, devido à seca, e que o Governo necessita de 13 milhões de dólares norte-americanos para responder à fome, menos de metade só dos juros pagos pela primeira prestação da dívida da EMATUM, que custou ao erário, em Setembro passado, 105 milhões de dólares norte-americanos (77 milhões de dólares da dívida mais 27 milhões de juros).
A título comparativo a dívida da EMATUM e da Proindicus, que totaliza 1,47 bilião de dólares norte-americanos, é o triplo do Orçamento de Estado previsto para Saúde este ano e cerca de quatro vezes mais o valor destinado à Agricultura e Segurança Alimentar.
Na Assembleia da República, os deputados do partido Frelimo têm impedido a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Empresa Moçambicana do Atum. Entre os deputados do partido que governa Moçambique há mais de 40 anos estão alguns dos responsáveis por estas negociatas ilegais.
O que será que o povo patrão vai fazer? Provavelmente apertar mais o cinto e continuar a deixar que o seu empregado, e camaradas, continuem tranquilamente a delapidar a chamada “pérola do Índico”.
Há esquadrões de morte para abater opositores, revela agente da Polícia da República de Moçambique
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Escrito por Especial Pro@Verdade e SAVANA  em 11 Março 2016 (Actualizado em 13 Março 2016)
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Uma das frentes mais activas do conflito político-militar, que decorre há vários meses em diversas regiões de Moçambique, acontece no distrito de Murrupula, na província de Nampula, norte de Moçambique, onde oficialmente um contingente da Polícia da República de Moçambique(PRM) foi enviado para a localidade de Naphuco para repor a ordem, alegadamente perturbada por homens armados da Renamo, e um agente terá sido raptado. Na verdade, um esquadrão de elite das forças governamentais foi enviado para o local.
“(...)fizemos uma defesa circular, em que todos parámos e concentramos o fogo. Mas sem esperar que aqueles podiam responder, porque nós fomos de madrugada. Quando responderam cada um correu à sua maneira e ele ficou”, relata um agente das forças especiais da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM), que revela ainda ter realizado várias "missões" de eliminação de alvos previamente identificados pelos comandantes, uma das quais a 25 de Setembro de 2015, em Zimpinga (41 quilómetros a leste de Chimoio na Estrada Nacional Número 6, entre Gondola e a Missão de Amatongas ), onde a ordem era eliminar fisicamente Afonso Dhlakama, líder da Renamo. “Aquele velho (Dhlakama) não morre”, disse.
Leia a seguir um relato arrepiante, feito por quem diz ter participado e por isso testemunha. “Estamos cansados. Não ganhamos nada e estamos a sonhar com aquilo”, diz o agente. O referido agente, cuja identidade não revelamos, nasceu na cidade de Maputo em 1985.
“Cumpri a tropa no Centro de Formação de Forças Especiais de Nacala Porto”, diz o agente. “Estava lá como Instrutor Auxiliar de Armamento e Tiro”. Cumprido o serviço militar, e depois de algum tempo em que trabalhou para uma empresa privada de segurança, foi incorporado nas fileiras da PRM. “Entrei para a polícia; fizeram uma seleção. Queriam aqueles que tinham sido militares e que tivessem feito o curso de armamento, para serem da Intervenção Rápida, mas estando na Presidência da República. Trabalhei na RP1 e na RP2”, diz ele. RP é a sigla para Residências Protocolares pertencentes à Presidência da República.
P – Qual é o seu percurso até chegar às Forças Especiais?
Agente – Fui militar das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Comecei a minha formação militar na Catembe, na Escola de Fuzileiros Navais. Depois fiquei dois anos à procura de emprego, até ser incorporado na polícia. Aqueles que foram à tropa não podem ser cinzentinhos; têm que pertencer às forças especiais. Fui fazer outra formação de anti-motim, de controlo de multidões, no caso de greves. Essa formação anti-motim é uma especialidade, Força de Intervenção Rápida é outra. Intervenção Rápida é uma força tipo bombeiro, que aparece para resolver um problema e acabar. Então, porque é que levam os que foram à tropa? É Porque estes sabem disparar vários tipos de armas. Por exemplo, eu sei disparar cerca de 26 tipos de armas. Esses das esquadras só sabem disparar pistola e AKM. Por isso é que aqueles que estiveram na tropa não pode estar numa esquadra; têm de estar num quartel, então nós temos uma dupla função; operamos como militares e como polícias também.
P – Em que ramo da corporação está afecto?
Agente – Sou agente da Polícia, da Unidade de Intervenção Rápida. Estive a trabalhar na Presidência da República. Fiz curso de franco atirador. Vocês não sabem o que existe aqui, guerra existe só que nas cidades não há guerra.
P – Onde e desde quando é que há guerra?
Agente – Estava na escolta presidencial, mas fui destacado para Nampula porque precisavam de franco-atiradores lá para operar as armas pesadas que estão lá; canhões novos de fabrico russo ZU 23. Já existiam do mesmo tipo antigas, mas recentemente chegaram novas. Só na posição de Gorongosa, onde estive em 2012 e 2015, existiam pelo menos oito. Éramos uma força conjunta que estávamos lá a realizar tiros com Dragunov, essa é uma arma que usamos para procurar as pessoas indicadas e abater, porque temos tido esse trabalho.
P – Que trabalho é esse, com quem você realiza?
Agente – Somos mais ou menos um pelotão de 20 especiais. Quando começou aquele problema em Gorongosa, em 2011, fizemos uma reciclagem e a primeira missão foi em 2012. Nós vamos lá quando a situação não está nada bem. Primeiro, tem pessoas que avançam para lá e quando a situação não está nada bem chamam os atiradores de armas pesadas para chegar e destruir. Nós é que entramos lá e matamos aquele comandante que diziam que era anti-bala; aquele morreu com canhão em Muxúnguè.
P – Que outras missões em que você esteve envolvido?
Agente – Nós ficamos no quartel, mas eles nos chamam, e dizem vão para a província x. Saímos daqui de avião, e lá apanhamos viaturas dos comandos provinciais. O que me deixa revoltado é que o meu trabalho é combater a criminalidade, manter a ordem e tranquilidade públicas. A polícia não é para matar; é para apanhar a pessoa, isolar e entregar à justiça para ser ouvida e de lá darem seguimento. É o que nós entendemos. Mas aqui neste nosso país alguém pode chegar, dar ordens para entrar no carro, e nós só temos que cumprir ordens. Ninguém vai aparecer a dizer que não quero, porque há consequências. Vinham com a foto e diziam que “está aqui, vão mata-bichar e aí onde vão mata-bichar virá alguém, então aquele que vier, mesmo primeiro isolam o guarda-costas dele porque virá acompanhado”. Dão toda a informação que “este virá acompanhado, o nome não vamos vos dizer mas é esta pessoa na foto e deve ser abatido”.
P – Então, as missões não são só contra os homens armados da Renamo?
Agente – Em Maputo nunca usamos armas contra militares. Conforme eu disse, dão-nos a foto e depois são vão ouvir que um desconhecido foi encontrado morto na zona x, como se tivesse sido um assalto.
P – Quer dizer que também operam nas cidades?
Agente – Na cidade da Beira, mas onde trabalhei mais foi em Nampula. Em Nampula já seguimos um Nissan Navarra branco dupla cabine, com matrícula vermelha. Seguimo-lo desde o hotel, no centro da cidade, fomos via Cipal, um pouco depois da Faina, contornou para a estrada Nampula-Cuamba, e era ali mesmo que o queríamos. Passamos o mercado Waresta, fomos até antes de Namina, tem o distrito de Ribáuè, quando saímos de Rapale tem uma grande distância de mato. O nosso primeiro carro, um Prado preto, ultrapassou e atrás estava outro Prado, ele praticamente ficou no meio. Furámos o pneu de frente, ele perdeu a direcção e foi parar perto da linha férrea. Nós queríamos um que estava atrás, a mexer o telefone, um saiu e queria responder o fogo mas levou na cabeça. O responsável e o motorista também quando iam sair, atiramos mortalmente. Ficaram ali.”
P – Que outras missões de que se recorda?
Agente – Há bocado fomos a Manica, tivemos um trabalho, só que lá fomos à paisana. Recebemos a foto da pessoa que nos disseram que devia ser abatida. Nós não conhecemos bem as pessoas (a serem abatidas). Eles trazem e dizem “vão até à zona x, vai passar alguém”, dão nos a informação toda da pessoa (vestuário, carro), dizem para persegui-la até uma zona onde a polícia não estará lá.
P – Já realizou alguma missão contra Afonso Dhlakama?
Agente – Já, só que aquele também é drogado. Para o líder da Renamo, primeiro lhe tentamos no distrito de Moma, mas o falhamos. Em Manica agora, só que aquele senhor não morre.
P – Quer dizer que o vosso pelotão estava em Manica atrás de Afonso Dhlakama?
Agente – O trabalho ali foi assim; mandaram-nos para lá alguns dias antes. Fomos recebidos por um dirigente (nome omitido). Primeiro eles (o líder da Renamo e a comitiva) estavam num comício, a força da escolta que estava lá dava-nos informações. Quem organizou aquilo, quem nos estava a dar refeições, em que sítio nós dormimos em Manica, o responsável dizia, “que tal hoje não pode falhar nada”.
P – Mas falharam...
Agente – Não falhamos. Muitos morreram, mas aquele velho (Dhlakama) não morre, desapareceu. Ali tem montanhas, nós ficamos na parte alta, não podiam ir outros colegas lá em baixo porque senão podia haver fogo cruzado, naquilo de que o carro que passasse havia de levar, porque não estávamos com armas ligeiras; usamos armas próprias para estragar carros. Pusemos ali a mira, sabíamos que Dhlakama vinha, porque estavam no comício e de lá ligavam para o nosso comandante a avisar que daí a pouco tempo Dhlakama havia de passar, que já partiu, alimentem as armas, e posicionamo-nos com as metralhadoras, mas não sei como é que é possível um carro passar a poucos metros e não ser atingido. Vários morreram ali mas Dhlakama conseguiu sair. Ainda perseguimos mas eles responderam.
P – Quem é que deu as ordens para essas missões em que você participou?
Agente – Sabe, aqui em Moçambique tem pessoas que nunca são mencionadas, de quem nunca se fala. Quando há problemas, sempre fala a polícia, os militares, mas há uns que sempre ficam por detrás disso: SISE(Serviços de Informaçao e Segurança do Estado). São grandes, têm informação de tudo isto aqui.
P – Só actuaram em Nampula, Manica e Sofala?
Agente – Realizamos missões de porta-à-porta na província de Sofala, nos distritos de Caia, Marromeu e Gorongosa. Chegávamos, batíamos à porta, e aqueles que saiam eram mortos. Obtemos informação dos líderes comunitários; são eles que nos informam sobre a presença de homens da Renamo numa determinada região.
P – Onde é que foi a missão mais recente?
Agente – Eu fui chamado para Murrupula, em Nampula, em Janeiro de 2016. Porque conforme já disse, os líderes comunitários conseguem observar os movimentos nas aldeias, e verificar a chegada de pessoas ou grupos estranhos. Então, chamaram-nos para lá. Não permanecemos lá; ficamos num hotel, como civis, à espera de indicações para irmos trabalhar”.
P – Que tipo de trabalho foi esse?
Agente – Há uma base da Renamo numa aldeia, é uma coisa de 42 quilómetros depois da Estrada Nacional. Deixamos os carros para não provocar ruído. É uma zona onde não entram frequentemente carros; os únicos carros que vão para lá vão à procura de carvão e lenha. Nós fomos a pé. Mesmo agora que estou a falar tem lá forças pertencentes à 6ª Unidade da Intervenção Rápida, tentando resgatar um homem que desapareceu com a sua arma.
P – Está a falar de um vosso colega que desapareceu? Como é que desapareceu?
Agente – Nós fomos lá e identificamos uma base da Renamo. Fizemos uma defesa circular, em que todos paramos e concentramos o fogo, mas sem esperar que eles pudessem responder, já que era de madrugada. Quando responderam fogo cada um correu à sua maneira e ele ficou, tinha uma metralhadora PK de 475 munições (é uma metralhadora Kalashnikov russa vulgarmente conhecida por PK), tinha dois carregadores. Depois o Comandante ligou e disse que queria o esse elemento vivo ou morto, e com a sua arma.
P – Como é que vocês comunicam com os líderes comunitários?
Agente – Todos os líderes comunitários, nas províncias, trabalham com as forças governamentais; eles dão informação. Têm a missão de vigiar na aldeia, e informar sobre a presença de elementos da Renamo; quem são os responsáveis, quem são os delegados, etc. Então nós chegamos, batemos a porta e levamos a pessoa.
P – Então, está a dizer que os homens armados da Renamo vivem no meio das populações?
Agente – Eles (os homens armados da Renamo) vivem muito bem com a população, e a população não denuncia.
P – Esses homens armados da Renamo são jovens?
Agente – Dos que já capturamos nunca vi jovens. Aqueles jovens que aparecem a entregar-se como membros da Renamo são informadores. Muitos daqueles que se entregam estão a ser chantageados e agora estão a ter problemas para regularizar os documentos. Muitos nem são guerrilheiros.

“Em Tete é que foi mais vergonhoso porque o comandante que estava lá em frente disse queimam lá”

P – Quantos homens armados da Renamo estavam em Murrupula?
Agente – Não sabemos quanto são, porque muitos não andam fardados, eles vivem com a população. Eles nunca foram a uma aldeia e começarem a disparar. A Força de Intervenção Rápida é que queima escolas, se não sabiam. Nós quando íamos atacar, quando entrávamos numa aldeia, começávamos a disparar de um lado para o outro, e todos fugiam. O comandante ligava e dizia que “os homens da Renamo fizeram isto aqui”, e logo vinham ordens superiores a dizer “destruam isso aí”.
P – Então, quando as populações fogem porque dizem estarem a ser atacadas pelas Forças Governamentais não estão mentir?
Agente – Não estão a mentir. Em Tete é que foi mais vergonhoso porque o comandante que estava lá em frente disse queimam lá essas palhotas, matem os cabritos, bois e outros animais.
P – Quem foi esse comandante?
Agente – O comandante é (nome omitido). Ele teve problemas de tráfico de drogas. Foi condenado mas não cumpriu a pena, foram lhe tirar quando começaram essas confusões e foi colocado como comandante em Nampula. Quando começou a instabilidade em Nampula foi-se instalar a Intervenção Rápida na rua dos Sem Medo, e foi aí que tudo começou. Aquele Dhlakama tem medo dele, e do (nome omitido), mais conhecido por Adolfo, foi comandante dos comandos, um desertor da Renamo. Quem anima cumprir missões com ele é o comandante (nome omitido), porque nas missões que ele comanda não morre ninguém. Agora, ir com o comandante (nome omitido) morre o próximo dele, porque aquele no mato não tira a mão do bolso e não é atingido pelas balas. O comandante (nome omitido) foi comandar em Nampula, então aqueles (Afonso Dhlakama e os seus homens) fugiram para a Gorongosa, ele foi atrás deles como comandante do batalhão independente de Gorongosa, até agora.
P – Então o comandante (nome omitido) está em Sofala ou em Tete?
Agente – Esse (nome omitido) está em Gorongosa, mas é chamado em todo o sítio onde há confusão, por isso mandaram-lhe para Tete. Fomos juntos para lá, entre Maio e Setembro.
P – Além do vosso pelotão existem outros que realizam essas missões?
Agente – Não é o único. Outros estão espalhados pelas províncias.
P – E existe armamento?
Agente – Têm carros blindados novos com canhões. Chegaram novos carros na brigada montada, foram buscar ao porto de madrugada já estão aí homens a serem formados. Há canhões ZU23, armas de precisão Dragunov, e metralhadoras Pecheneg , todas de fabrico russo.

“No dia em que fomos roubar votos em Nampula, em 2014”

P – Porque é que decidiu revelar-nos tudo o que tem feito?
Agente – Tenho filhos por criar, e aquele trabalho me está a criar perturbações mentais. Desde que esta confusão da Renamo começou as pessoas estão a morrer. Fui fazer outra formação anti-motim, de controlo de multidões, no caso de greves. Não é para isto que nós juramos. É por isso que alguns já foram expulsos, por se recusarem a cumprir certas missões. Por exemplo, somos chamados para uma formatura, e daqui para a aqui, nos dizem, “senhores, entram no carro, levem bazucas”. Bazucas não são para o controlo anti-motim. Para debelar um motim precisa-se de pressão de ar e gás lacrimogéneo. Agora, quando te dizem para levar roquetes isso é guerra, e para mim não faz sentido.
P – Também já participou em manifestações? Porque é que levam armas com balas verdadeiras?
Agente – Quando se vai a um sítio para se manter a ordem contra um motim só tinha que ser com gás lacrimogéneo e pressão de ar, mas leva-se Makarov, leva-se AKM para com o gás lacrimogéneo afugentar a multidão e fazer demonstração. Em todas as manifestações tem que se fazer demonstração, tem que cair pessoas para aquilo parar, é como temos feito. Para as pessoas saberem que a próxima bala pode ser para mim, é aquilo que nós chamamos de demonstração.
P – Quer dizer que há entre vós um sentimento generalizado de revolta?
Agente – Uma das razões é que estamos a fazer um trabalho que não corresponde com aquilo porque nós juramos e também porque não nos pagam horas extras, porque nós somos solicitados a altas horas da noite ou de madrugada. Estamos a fazer coisas que não são aquilo que a lei manda. Até aí os nossos chefes ... nós pensamos que eles recebem mas não nos dão.
P – Qual foi a sua primeira operação?
Agente – A minha primeira operação foi em Nampula, na Rua dos Sem Medo, naquele ataque à residência de Afonso Dhlakama, na Rua das Flores. Íamos lá com ordens do Comandante (nome omitido); ele era o Comandante Provincial. Ele agora foi substituído pelo (nome omitido).
P – Quantos são vocês no vosso grupo?
Agente – Estou num grupo separado porque tem um grupo normal da Intervenção Rápida, e tem o grupo de acções especiais, que é o meu grupo. No meu grupo somos cerca de 50.
P – E o vosso alvo são os homens armados da Renamo?
Agente – É o que pensávamos, mas mais tarde fomos ver que não só eram eles porque há certos dias que vinham com fotos para fazermos certos trabalhos, mas só que aqueles já não aparentavam ser homens da Renamo.
P – Em Nampula?
Agente – Nampula é o sítio onde havia mais problemas. Porque para acabar aquilo ali em Nampula teve que se fazer o trabalho de porta a porta. Porque os líderes comunitários tinham o seu papel de identificar as pessoas; quem é o líder, quem é o delegado da Renamo. Então a gente ia lá... sem o líder, o líder só dizia aos homens do reconhecimento e o reconhecimento não abate quem abate somos nós das operações especiais.
P – Os teus colegas também estão descontentes?
Agente – Lá há muito descontentamento. Só que ali não se pode fazer o que... no meio de muitos estar a murmurar porque ali há muita gente que quer subir na base do outro. Pode ir dar informação.. uma informação dali dentro vale muito. Então ali há muito risco. O dinheiro é pouco, mas o risco é grande. Nós temos todas as provas que podem implicar muitos comandantes, porque são eles que dão as ordens.
P – Não teme represálias?
Agente – Para eu tomar a decisão de falar sobre isto é porque eu acabava de cumprir uma missão. Acabava de fazer um trabalho que todos nós saímos a murmurar; saímos mesmo mal, lesados, fomos atirar nas pessoas e nós saímos lesados. Fomos atirar mesmo nas pessoas.
P – Que operação foi?
Agente – Tivemos um trabalho... primeiro fomos a Tete. Então vinha um D4D, nós estávamos num sítio ali. Saímos com uns carros Prados fomos até a um sítio numa sombra onde tomamos refrescos e sumos. Apareceu um agente do SISE e disse a foto é esta aqui; uma foto bem grande. Este aqui quando aparecer vocês hã de ver; o movimento só hão de ver. De facto, ninguém nos disse. Vimos ele a vir primeiro já guarda costas ele estava no meio, e notou-se que este estava protegido. Saímos com ele, seguimos. O nosso carro avançou primeiro, ficou um outro Prado porque eram quatro Prados; ficou um Prado atrás um outro adiantou. Quando ele vinha foi bloqueado. Primeiro atiramos contra o ADC. O ADC deu um tiro para o ar mas ele foi atingido mortalmente. Logo que ele fez aquilo o carro foi bater num arbusto, e ele (o alvo) quando tentou sair foi mesmo à queima roupa. Daí saímos e apanhamos o voo e voltamos para Maputo.
Outro dia já fomos a Nampula fardados. Nós não fazemos isto porque gostamos de guerra. Não ganhamos nada. Vale a pena eles, ganham porque quando a gente mata, eles rebocam gado nos camiões; por exemplo, o meu comandante, o carro que está a andar com ele, é por causa daquele gado que se levou lá em Gorongosa. Nós não levamos nada. E um comandante lá também foi bem chantageado porque o dia que fomos queimar, tivemos ordens de queimar motorizadas, aquelas todas motorizadas da Renamo, nós a incendiar ele levou isolou aquela mota foi andar com ela, até hoje está a andar com aquela mota, Badjadja, uma mota vermelha, sem matrícula até... Comandante (nome omitido).
P – Esta Unidade de Intervenção Rápida onde você está já participou em manifestações? Porque levam armas com balas de verdade?
Agente – Quando se vai num sítio para se manter a ordem de motim só tinha que ser com gás lacrimogéneo e pressão de ar, mas leva-se makarov, leva-se AKM para com o gás lacrimogéneo afugentar e fazer demonstração. Todas manifestações tem que se fazer demonstração, tem que cair pessoas para aquilo parar, é como temos feito. Para as pessoas saberem que a próxima bala pode ser para ti, é aquilo que nós chamamos de demonstração.
P – Pode revelar-nos uma situação de motim onde usaram balas reais?
Agente – No dia em que fomos roubar votos em Nampula, em 2014. Ali na escola de Belenenses, escola secundária 12 de Outubro, escola secundária de Nampula, fomos de voo com homens do SISE, homens encasacados. Tem reconhecimento que ficam de tranças, tipo marginais, foram atribuídos tarefas vocês vão para lá fazer confusão por que os da Renamo têm influência. Para nós conseguirmos sacudir aqueles primeiro tiveram que ir lá colegas à paisana, que tinham tranças e roupas rasgadas, foram formar bicha e instigar, «a Frelimo aqui tem que perder » diziam e quando outro queria responder então armava-se confusão, é muito fácil de agitar macua. Depois ligaram-nos e disseram venham lá. Aí foi a Intervenção Rápida numa de que é legítima defesa e está a ir manter a ordem. Gás lacrimogéneo e fumaça, aquilo ficava escuro, levávamos as urnas nos blindados e íamos entregar homens do SISE que preenchiam Frelimo, Frelimo... Enquanto lá na escola continuávamos a disparar. Depois os carros saiam e entravam no meio da confusão enquanto eles estavam ali a preencher. OMM aquelas senhoras são malandras, estavam lá no quartel da Intervenção Rápida em Nampula cheias a preencher Frelimo, Frelimo... houveram pessoas que se fizeram de corajosos e aí o comandante disse agora batem quatro para eles verem que a coisa é séria.
P – Ao longo deste período o Governo tem dito que não quer guerra e até quer dialogar com o partido Renamo para se alcançar a paz, acha que vão entender-se?
Agente – Sabe qual é o problema é que lá no Norte é onde há riqueza, Dhlakama foi roubado nos votos mas ganhou. Eu não entendo a política só cumpro missões, mas eles não vão deixar Dhlakama governar.
Hilario Colombo · 
Esse gajo porque so fala hoje? nessa altura ele era filho de casa so agora que nao conseque leite é revela tudo? podem omitir o nome vai ser reconhecido.
Wilson Jose Dove · 
Acredito que nao deverias estar aqui seu.....
GostoResponder11 de Março de 2016 19:32
Sextino Antonio Nhambessa
Mano Hilario, o que perguntas não é importante agora... estou assustado!
GostoResponder12 de Março de 2016 10:58
Paula Andre Cau · 
Works at Young Money
Sextino Antonio Nhambessa muito cuidado a media nao presta , ninguem e formado pra revelar informacoes vitais, sigilo profissional
GostoResponder113 de Março de 2016 8:13
Frank Daniel Chitlango · 
Mano diculpa por tendo vendo muita malandrisa e enssulto ao mesmo tempo.Eu ja vinha a saber aos que os militares teem muito trabalho mas o governo nao quer lhes pagar.A politica nao é boa...
José de Matos
Se é verdade, Tribunal Penal Internacional com eles, sao crimes cometidos em nome do Estado!
Moises Mahumane Mahumane · 
TUDO BEM SR.JOSE DE MATOS ,SO QUEM NAO FOI A TROPA NAO PERCEBE DESTAS COISAS ,ISTO ACONTECEU AQUI MESMO EM MOCAMBIQUE COM A EXERCITO COLONIAL PORTUGUES,COM OS COMANDOS GE,GPE, QUEIMAVAM PALHOTAS ,MASSACRAVAM PESSOAS, NO VIETMANE ,OS AMERICANOS FIZERAM O MESMO, MEU CARO JOSE DE ESTEVES NO TEATRO DE GUERRA ACONTECE DE TUDO ,TODAS AS ESTRATEGIAS SERVEM QUANDO O CLIMA E ENTRE A VIDA E A MORTE E POR ISSO E PRUDENTE PEDIR AS POPULACOES QUE RETIREM SE DAS ZONAS DE GUERRA,MAS NORMALMENTE A PRESENCA DA POPULACAO NAS ZONAS DE GUERRA INTERESSA A GUERRILHA ,COMO FONTE DE INFORMACAO,ALIMENTO,ABRIGO E CAMUF...Ver mais
GostoResponder411 de Março de 2016 18:16
Jerry Fulau · 
a mim da me entender que os 2 senhores brancos que escreveram aqui nao pensaram antes de comentar, o tal homem da FIR e uma ficcao, este jornal cadece de jornalistas bem formados, isto aqui ate um menino de 8 anos nao se deixa levar.... obrigado Moises Mahumane pela sabia analise, abr. da Alemanha
GostoResponder15 de Março de 2016 2:08
José de Matos
Jerry Fulau , nao ha homem branco, ha sim moçambicano! Abaixo o racismo!
Repito: a ser verdade o que foi narrado, TPI com os bandidos que matam em nome do Estado!
GostoResponder215 de Março de 2016 6:16Editado
José Monteiro · 
Works at Governo
Isso cheira um conto de fadas....se for verdade o agente já era....traiu sigilo profissional...
Paula Andre Cau · 
Works at Young Money
exactamente JOSE MONTEIRO
GostoResponder13 de Março de 2016 8:16
José Monteiro · 
Works at Governo
Seria melhor que este jornal nao usasse "double standards" e isso engana muita gente...e divide pessoas! Meu apelo é que partilhem artigos que ajudem a construir e unir o povo em vez de preocupados e ocupados com fofocas e contos divisionistas.
Nerio Rui Mandlate · 
meu caro os jornais foram feitos para manter a si como fofoqueiro informado...e deixe eles venderem, porque pediram licencas para isso...
GostoResponder112 de Março de 2016 3:35
Sextino Antonio Nhambessa
A unica maneira de fazer esses episodios tristes pararem de acontecer, é torná-los públicos! E aí os moçambicanos poderão posicionar-se. Ainda acredito que o POVO manda!
GostoResponder212 de Março de 2016 11:05
David Henriques · 
Meu caro José Monteiro, voce só pode pertencer a ala dos lambe botas e bajuladores da frelimo. Desculpa pela expressão mas essa é a verdade.
GostoResponder12 de Março de 2016 16:45
Alfredo João Busse · 
Isso é. Abominacao completa que nos expõe a frelimo é sério alguém deve fazer algo pra parar isso! Eu tenho absoluta certeza de que Deus vai pelejar por nos nisso
Paulo Soares · 
Então quantos a Frelimo manda matar há décadas?
Não é novidade, é um bando de criminosos que domina o poder de estado, policial e judiciário!
Roubar, sabem!
Tsovito Simon · 
Network Admin na empresa Admin
no comment
Criador veja o mundo.
Nelson Mimbir · 
Acho que tanto quem mata, manda matar ou quem sofre, ambos estão num problema grande. E as instituições da justiça um dia chegam la, muito de nós tem pouco a dar nisto, eu vou orar por todos, eu disse todos.
Sextino Antonio Nhambessa
A Justiça nunca chegar lá porque simplesmente há quem a manipule em seu favor! Removam os $anipuladores primeiro!!
GostoResponder12 de Março de 2016 15:44
Taibo Vagoine Vagoine · 
se isso constituir a verdade entao estamos mal.
David Parente · 
É muito triste o que se está a passar em Moçambique. Se esta confissão é verdadeira querem mesmo acabar com as oposições.
Lucas Filimon Mahumane · 
FT na empresa Transauto
Lamentável mas fazer o que?
Kheni Macovela · 
Jornal "A Verdade" ou "A Instigacao da Mantira"?
Albino Forquilha · 
Quem de facto entende dessas coisas militares associado ao ambiente de tensao existente, percebe que a entrevista acima é uma autentica forja, nao pode ser verdade, é de oportunistas do momento. Esse fulano nunca existiu, nunca esteve em incursoes algumas, trata-se duma entrevista forjada, eu poderia argumentar mais...
Fernandes Moisés · 
Auntêntico escandâlo, certamente este jornal irá sofrer represálias até entregar o "atrevido" agente.
Jerry Fulau · 
Jose de M. se vce e mocambicano entao condena a renamo que esta matando todos dias, nao nos acha de cegos ouviu?
Gilberto Muzemane Nhabete · 
Works at Mozal
Que pena termos um país com este tipo de comportamento. A ser verdade, estamos completamente perdidos e mais, excalerece se de imediato as mortes do Silica, Cistac, Sibasiba, Dangerman, Paulo Machava, etc, etc. Tem que haver coragem pelos menos no seio das altas patentes de recusar este tipo de missões.
Reino H. Reino Reino · 
Aqueles que estão no poder adoram ver esta crise porque tiram proveito nele. Assim facilita as suas manobras porque enquanto a crise durar ninguem tera tempo de ver quem roubou e quanto roubou. Estas entrgues ao diabo
Hortencilio Rimua · 
Manenger na empresa Afrox Pty Ltd
SINTO PENA DOS QUE ACREDITAM NOS DEUSES DA TERRA.
Hortencilio Rimua · 
Manenger na empresa Afrox Pty Ltd
PARA QUEM JA FOI MILITAR SABE QUE ISSO E VERDADE.
Idencio Henriques Razao · 
Se essas revelacoes sao verdadeiras a democracia que tanto se fala no parlamento mocambicano e podre, falso,espinhoso e demagogo(QUANDO 2 ELEFANTES LUTAM QUEM SOFRE E O CAPIM. O capim e o Ze sem ninguem .POVO). Os politicos mocambicanos tem que se entenderem. todos nos.Pretos, brancos mulatos, indianos ALBINOS temos direito de viver
em paz com harmonia , confraternizacao, amizade construindo esse MOCAMBIQUE k tanto amamos
Hachime Gildo Hachime · 
A missão da imprensa consiste em difundir os acontecimentos de modo a converter a opinião pública em convicção. Ora, a convicção resulta de se chegar a conclusões por via racional. E, ao contrário de muitas formas imperfeitas de opinião, possui uma clara dimensão intelectual – apoia-se no conhecimento coerente de dados objectivos, ao passo que o sensacionalismo aposta no irracional. Ao fazer-se apelo ao instinto, dificulta-se a formação de convicções.

É como se o jornalista visse no ouvinte, telespetador ou leitor um indivíduo sujeito a reflexos condicionados. Neste contexto, a exploração do ângulo humano de um acontecimento não nos dispensa de fornecer ao consumidor final da informacao, a par dos elementos que provocam emoção, dados com base nos quais ele possa reflectir. Se isto for verdade que se diga, pois a missão mais nobre do homem É defender a verdade.
Nelson Chincumbua
Sera que é verdade?
GostoResponder17 h
Gerson Ananias Azafe · 
AI ESTA.
VERDADE SEMPRE PERMANECE VERDADE.
verdade igual a luz que raia no escuro e, a escuridao desaparece.
que o sangue inocente dos Mocambicanos fale mais alto !
algo novo ta aparecer. ja o amanhecer ta raiar. muito breve Deus se vingara daqueles que tiram a vida aos inocentes...
COMO O SANGUE DE ABEL QUE ESTA FALANDO ATE HOJE JA HA 6000 ANOS QUE FOI DERRAMADO !
consulte a biblia sagrada Genesis capitulo 4.
DEUS SALVARA MOCAMBIQUE DA DESTRUICAO.
GostoResponder6 h

ESTE ARTIGO FOI ESCRITO NO ÂMBITO DO PROJECTO DE MEDIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÁFRICA DA VITA/Afronline( de Itália) E O JORNAL @VERDADE.

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