Governante revela que os distúrbios estavam a ser cometidos por 10 homens da Renamo
O Ministro da Defesa Nacional diz que a situação no posto administrativo de Chiramba, distrito de Chemba, província de Sofala, está controlada.
O governante relata que os distúrbios estavam a ser cometidos por um número não superior a 10 homens da Renamo, por isso não foi preciso uma intervenção aérea.
“Ali já não há nada. Eram cinco, 10 elementos da Renamo e a situação já foi controlada. Não precisamos de força aérea para resolver a situação porque se tratava de meia dúzia de pessoas. O que resta lá são só as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a fazer o seu trabalho normal”, garantiu Atanásio Ntumuke.
Ntumuke fez saber ainda, que a preocupação actual é o condicionamento de algumas vias.
“O que incomoda agora é que estão a proibir a circulação de carros, mas vai-se tomar medidas”.
Ntumuke falava hoje, à margem da cerimónia de tomada de posse do Secretário Permanente do ministério que dirige, no Gabinete do Primeiro Ministro.
De acordo com a edição de 27 de Abril de 2016 do Jornal Notícias, as Forças de Defesa e Segurança repeliram os homens armados da Renamo, durante a madrugada de ontem.
Passavam 24 horas depois destes terem atacado e ocupado um posto da Polícia da República de Moçambique (PRM) daquela localidade, no centro do país.
O comandante provincial da PRM, Alfredo Mussa, citado pelo “Notícias”, especificou que a operação foi desencadeada cerca das 2:30 horas, descrevendo que os assaltantes foram expulsos daquelas instalações sem derramamento de sangue em ambos os lados.
A fonte sustentou que a sua corporação preferiu agir na recuperação do posto policial de Chiramba pela madrugada para não criar pânico no seio da comunidade e evitar eventuais casos de mortes e feridos de cidadãos indefesos.
Não obstante, aquele oficial superior da corporação denunciou que durante a ocupação os guerrilheiros da Renamo arrombaram um depósito de medicamentos da respectiva unidade sanitária e roubaram todos os fármacos ali existentes.
Os habitantes da zona, que se deslocaram para locais mais seguros, permaneciam nas ilhas. Alfredo Mussa apelou para que regressem às suas residências e denunciem qualquer movimentação estranha.
Por seu turno, o administrador de Chemba, João Patrício, indicou que o Governo estava, ainda ontem, envolvido no restabelecimento do funcionamento das instituições públicas e privadas, que ficaram encerradas na sequência do assalto àquela vila-sede pelos homens armados da Renamo.
O dirigente precisou que com o medo resultante da situação muitos funcionários públicos em exercício no posto administrativo de Chiramba, provenientes da cidade da Beira, fugiram para as suas casas, deixando sem funcionar todos os sectores.
O posto administrativo de Chiramba localiza-se nas margens do rio Zambeze, há cerca de 50km da vila de Chemba. Conta com 2650 habitantes, assistidos por 18 funcionários públicos, entre professores, enfermeiros e o pessoal da representação local do sector da Administração Estatal e Função Pública.
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