terça-feira, 5 de abril de 2016
EXCLUSIVO DC: STJ baralha e volta a dar
O Acórdão do STJ deve sair esta tarde mas o DC pode avançar que foi declarada uma inconstitucionalidade orgânica. Isto é, o STJ disse que o órgão que tomou a decisão não é o órgão competente para tal.
Ou seja, que a comissão permanente da ANP não pode decidir da perda dos mandatos dos 15 deputados, mas sim a plenária. Agora a decisão volta de novo para a ANP para ser decidida em plenária, mas sem os 15 deputados, que são o objecto da decisão.
Os 15 deputados expulsos do PAIGC, confirmada pela ANP, não poderão votar dentro da plenária. Isto tudo significa que este problema todo vai atrasar o país mais uns 'míseros' três meses. AAS
"Lutas pelo poder vão continuar" na Guiné-Bissau
Um investigador alemão considerou que a atual crise política na Guiné-Bissau deve manter-se, já que "as lutas pelo poder vão continuar", acrescentando que o Presidente guineense não tem contribuído para a estabilização da situação no país.
"O Presidente parece insatisfeito com o seu papel na política guineense porque ele tem um posto meramente representativo mas quis ter mais influência na política. O Presidente vai continuar a não contribuir para a estabilização da situação porque, no fundo, foi ele que iniciou toda esta crise", referiu Christoph Kohl, especialista em tópicos relativos à Guiné-Bissau.
Em declarações à agência Lusa, o investigador da Fundação alemã de Estudos da Paz e Mediação de Conflitos (Hessische Stiftung Friedens und Konfliktforschung) disse "ser muito difícil ver uma saída deste impasse", mas aplaudiu o contributo da diplomacia internacional para a estabilização da crise na Guiné-Bissau.
"Os fatores de instabilidade estão lá, mas há uma forte pressão de vários lados para escolher uma resolução pacífica e democrática. A comunidade internacional pressionou o Governo guineense e atores políticos para escolherem caminhos pacíficos", referiu.
Delegações do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), da União Africana, da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e da Comunidade Económica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) visitaram Bissau para acompanharem a crise política que se vive no país.
O académico frisou também que a sociedade civil guineense tem tido um papel fundamental na atual conjuntura "porque tem procurado um caminho pacífico para a sua resolução", tal como a população "que não está satisfeita com o modo governativo do Presidente".
"A população é capaz de falar das questões políticas de uma forma aberta, que é algo que não se vê em Angola, por exemplo. Claro que existem muitas falhas nas administrações públicas, polícia, militares, justiça, existe muita corrupção. Contudo, também vemos muitos atores do Estado e fora dele a tentarem encontrar soluções para as falhas do país", acrescentou.
Kohl acrescentou que as marcas do colonialismo ainda estão presentes na Guiné-Bissau e que se podem traduzir em abusos de poder e posturas autoritárias.
"Existem muitas pessoas que ainda revelam uma atitude autocrática, que são reminiscências da época do colonialismo. Mas é importante referir que durante o colonialismo, Portugal vivia numa ditadura. Como podiam os guineenses aprender sobre democracia, se Portugal vivia numa ditadura?", questionou o académico.
A Guiné-Bissau encontra-se numa crise política desde agosto de 2015 quando o Presidente, José Mário Vaz, destituiu o então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, dando início a um confronto político com o PAIGC, partido do Governo, afetando o funcionamento do Parlamento e de outras instituições do país. Lusa
Guiné-Bissau está desconfigurada há 18 anos por causa de uma guerra
A guerra civil de 1998 a 1999 na Guiné-Bissau (também chamada de guerra de 07 de junho, dia em que começou) criou um "precedente de desconfiguração do Estado" de tal forma violento que prevalece até hoje, defende o sociólogo Dautarin da Costa, 34 anos.
Gerou-se uma descrença nas instituições do Estado que ainda não foi ultrapassada e que alimenta a ineficácia das próprias instituições, uma espécie de círculo vicioso, acrescenta.
Ou seja, com a guerra de há 18 anos houve uma demonstração de como se podem desfazer as instituições de um Estado - da justiça, à política, passando pela defesa e segurança e pelas áreas de ação social -, sem que até hoje tenha havido quem faça uma demonstração do contrário, de que os organismos do Estado podem funcionar de acordo com as regras e haver desenvolvimento.
Antes da guerra não se vivia "num mar de rosas", mas o país "já se tinha dado conta de que havia erros graves cometidos e era necessário desenvolvimento. Havia pressão interna e externa".
Mas o conflito foi uma regressão: fazendo uma analogia com uma criança, para Dautarin a Guiné "estava a gatinhar". "Foi como se tivéssemos dado um tiro naquela criança que tinha começado a gatinhar com o pretexto de que nunca mais andava". "Deixou de haver criança, morreu, e ficou um vazio", até hoje.
Como consequência, "ninguém acredita nas instituições. Todas as pessoas que querem resolver coisas procuram caminhos alternativos para as resolver, à margem das instituições".
Ao mesmo tempo, depois da guerra civil surgem "novos protagonistas que interpretaram o poder como uma forma de sobreviver dentro de um sistema" -- o que, conjugado com a descrença [nas instituições], faz com que toda a disputa [pelo poder] também seja feita à margem das instituições.
"O que é preciso agora é criar um precedente de configuração do Estado e suas instituições. Mas há atores instalados e retirar estas pessoas dessa zona de conforto é comprar uma guerra", porque são "pessoas que acumularam poder".
E colocar essa "guerra" onde deve estar, num plano "do debate de ideias, sem violência, é ainda mais complicado", acrescenta. "Prevejo muitas dificuldades para alterar isto" e as pessoas que liderarem a mudança "serão incompreendidas e só reconhecidas num período posterior".
Hoje, Dautarin dedica parte do seu tempo de investigação a debruçar-se sobre a Guerra de 07 de Junho, mas na altura em que o conflito estalou, com 16 anos, mal sabia que ia viver emoções extremas que o iam marcar para sempre. "Eu na verdade nunca tinha sentido medo até àquela altura. Tudo o que au achava que era medo era mentira".
"A ideia de que estão a ser disparadas bombas de um sítio e que podem cair onde eu estou e que eu posso morrer ou, pior, ver alguém da minha família morrer... eu experienciei. É medo de verdade", contou à Lusa.
Naquela época percebia-se a cada passo "a fragilidade que é a vida, a nossa existência. Como de um momento para o outro as coisas mudam e nos ficamos sem nada. Ficamos rodeados pelo medo".
Era difícil ser de outra maneira, porque não havia assunto que pudesse suplantar o tema da guerra e dos mortos -- mais de dois mil, num número ainda hoje incerto.
"Foi muito duro. Todos os dias tínhamos histórias de mortes de pessoas que conhecíamos ou situações humanitárias precárias no Hospital Simão Mendes", o principal do país, na capital. "Nunca esperei que a morte estivesse tão presente na minha vida, naquela idade".
A guerra fez com que Dautarin vivesse como um refugiado dentro do seu próprio país, entre a capital e Prábis, localidade a algumas dezenas de quilómetros onde o pai encontrou abrigo para os filhos.
"Sabemos bem o que é ser refugiado: é bem mais forte e dramático do que se possa imaginar. A ideia de teres que fugir sem os recursos que te permitam sobreviver no dia-a-dia, porque queres preservar o teu bem maior que é a vida".
Uma espécie de desespero que ainda se vive na Guiné-Bissau ao se constatar que não se consegue livrar dos atores políticos ou militares que a sujeitam a crises crónicas, com recursos para uma elite e a população quase toda na pobreza.
Hoje, a Guiné-Bissau precisa de "lideranças clarividentes, conscientes e corajosas. Não é fácil. É comprar uma guerra", não bélica, mas difícil de posicionar.
O desejo de Dautarin é que esse confronto aconteça no plano das ideias, nos espaços das intenções, para que se crie um novo precedente de desenvolvimento. Lusa
Olimpíadas 2016: Augusto Midana qualifica-se para o Rio
O guineense Augusto Midana, atleta de luta livre, apurou-se para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, na sequência dos bons resultados alcançados nos Jogos Africanos, competição que decorreu no passado fim-de-semana, na Argélia, onde alcançou uma medalha de ouro na categoria de 74 quilos.
Com a vitória em Argel, Midana conquistou a quarta medalha de ouro, sendo o atual líder africano da referida categoria. Em declarações à Radio Nacional da Guiné-Bissau, Augusto Midana agradeceu o apoio «de todos os guineenses» e prometeu tudo fazer para conquistar a primeira medalha do país em Jogos Olímpicos. Augusto Midana vai, deste modo, participar nas segundas Olimpíadas consecutivas, depois de ter estado em Londres-2012.
China/CPLP: Guiné-Bissau pronto para receber encontro
A Guiné-Bissau vai receber 150 delegações oficiais e empresariais para o encontro de Bissau de empresários da China e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou recentemente o coordenador do secretariado técnico da reunião.
Ao efectuar o ponto de situação dos preparativos do encontro, o coordenador Bruno Jauad garantiu “tudo está a postos” para acolher em Bissau tanto as delegações oficiais como as de empresários ao longo de três dias, 9, 10 e 11 de Abril corrente.
O encontro vai decorrer sob o lema “Guiné-Bissau: Plataforma para Internacionalização empresarial na África Ocidental” e visa juntar a comunidade empresarial da China e dos países de língua portuguesa para discutir aspectos relacionados com a cooperação económica e comercial.
O encontro é organizado pelo governo da Guiné-Bissau em parceria com o Conselho para a Promoção do Investimento Internacional da China e o Instituto de Promoção de Comércio e de Investimento de Macau (IPIM), contando ainda com a participação do Secretariado Permanente do Fórum Macau.
Esta é a primeira vez, desde a criação do Fórum de Macau, que a Guiné-Bissau vai acolher um encontro empresarial da China com os países de língua portuguesa, devendo o encontro de Bissau contar com delegações oficiais e de empresários de Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, também designado por Fórum Macau, foi criado em 2003 e tem sede em Macau.
Venezuela e Guiné-Bissau assinam novos acordos de cooperação bilateral
Representantes dos Governos da Venezuela e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um novo acordo de cooperação bilateral nas áreas da agricultura, comunicação, defesa, energia e saúde.
O acordo foi assinado em Caracas, à margem de um encontro entre a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodrigues, o seu homólogo da Guiné Bissau, Artur Silva, e os ministros guineenses da Defesa e da Comunicação Social, Adiatu Djalo Nandigna e Agnelo Regala, respetivamente.
"Hoje vamos redimensionar a cooperação em distintos âmbitos, o agrícola, saúde, comunicação, educação, energia, segurança e defesa, enquadrados na Agenda Económica Bolivariana", disse a ministra venezuelana aos jornalistas. Lusa
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Cuidar da imagem dos nossos dirigentes
Disse um director de gabinete de imagem de um grande partido político, que é muito difícil disciplinar os nossos dirigentes. Os grandes partidos criaram gabinetes de imagem e aconselhamento da comunicação social, mas não funciona porque nenhum dirigente aceita ser aconselhado como vestir e como falar para a televisão.
Não existe coordenação, cada um fala e quando é para televisão nem tem cuidado de saber como estão vestidos. E este director disse: É por isso que aparecem altos dirigentes a falar para a televisão como foi agora o caso de um deputado, que por uma questão de higiene dentária devia resguardar-se e não brindar os guineenses com aquela imagem dentária toda podre.
E disse mais. Disse, será que estes dirigentes, que viajam ao mundo inteiro, não param uma hora para fazer a limpeza dentária e reconstruírem os dentes e como é o caso desse deputado? Para acabar disse, como é que querem com esta imagem descuidada cativar a nova geração? É por isso que esta nova geração de guineenses adora o DSP.
Leitor identificado
domingo, 3 de abril de 2016
Homenagem: CIRO DA COSTA, expoente máximo do futebol da Guiné-Bissau
"Guiné Bissau é dos países africanos de língua portuguesa, o mais próximo do Brasil futebolisticamente."
Prof. Jean POULL, ex-coordenador técnico do Sporting Clube de Portugal
"Para mim, o CIRO está na mesma galeria dos mortos e vivos dos expoentes máximos de futebol mundial. Vi jogar o Maradona, Van Basten, Baggio, Zidane, Romario, Ronaldinho, Figo, Ronaldo Fenómeno, Cristiano Ronaldo, Messi, etc.
Nenhum desses monstros sagrados me apaixonou tanto como o CIRO me apaixonou como jogador da bola. Nos pelados secos e tórridos da Guiné e no mítico estádio Lino Correia vi e assisti os momentos mais belos e artísticos que um ser humano alguma vez fez.
Quando CIRO chegou ao Sporting de Bissau, fiz parte, ainda muito jovem, das comitivas dos dirigentes do Sporting de Bissau nas reuniões com familiares do CIRO para o convencer a jogar no Sporting (eu era menino do Demba Sanó, que fazia questão de eu estar nessas andanças).
CIRO veio de Bolama e houve uma disputa tremenda para aquisição do CIRO, o nosso concorrente era a UDIB. A disputa foi renhida e no final ganhamos e o CIRO assinou pelo Sporting (com a ajuda de gente influente de bairro de chão de papel, Cipriano Dias e Papa Chias e mais pessoas).
O CIRO vinha já rotulado de craque, começa a pre-época no Sporting sob o comando do mister Demba Sanó. Confesso que os primeiros meses não foram nada fáceis para o CIRO e o Mister Demba Sanó. Personalidades diferentes, Demba não abdicava por nada desse mundo da sua autoridade e CIRO não aceitava algumas coisas e a prepotência do treinador. Em alguns momentos nos treinos o ambiente era tão intenso que todos receavam uma rotura iminente entre ambos.
O Mister Demba Sanó era já um homem avançado no tempo, inteligente e perspicaz e sabia muito bem o que estava a fazer. No seio do grupo tratava o CIRO como qualquer jogador ignorando o seu estatuto. No dia seguinte o Mister Demba Sanó pegava na sua bicicleta Kombi e fazia-se à estrada entre o bairro Chão de papel a casa do CIRO. Foi nestas visitas que o Mister Demba convenceu o CIRO da bondade dos seus ensinamentos que quer que CIRO aceite e abrace para o bem do Sporting.
Passado esse período o CIRO humildemente compreendeu e aceitou submeter-se ao feitio difícil do treinador e o casamento começou a compor e para felicidade da toda a estrutura técnica do Sporting (a minha função era ajudante particular do Demba Sanó e seu confidente).
Demba Sanó preparou a equipa em função do CIRO, ele (mister) era da opinião que tínhamos que tirar o máximo do CIRO em todas as vertentes desportivas. O leque das opções oferecidas por CIRO eram variados. Com a colobracao e compromisso do CIRO com o projeto do Sporting, deu dimensão e poder futebolístico que o Sporting exibiu apatir do 1981. Foi nessa altura que começou a queda do famoso Benfica do Niná, Lebre e toda aquela geração fantástica.
Hoje, quando vejo o Cristiano Ronaldo a fazer trocas de pé e marcar livres de 60m, Quaresma a fazer trivela e fazer golos de diagonais, Iniesta a fazer passes de rotura e Messi a fintar 1, 2, 3 e sentar defesas no chão, digo para mim e para os próximos que já vi este filme há 25, 30 anos. Alguém já me chamou de maluco e de inventar.
No Brasil estão fazer a reconstituição das algumas jogadas mais brilhantes do Pelé que não estão registados. Se a Guiné-Bissau também o fizer para mostrar ao mundo que tivemos um jogador genial que fazia coisas mais incríveis com a bola, seria óptimo.
A carreira do CIRO na Europa não teve a expressão que a dimensão futebolística dele exigia. Os tempos eram outros e não havia a gestão profissional e critérios de avaliação cuidada. No Benfica (Portugal), o CIRO não mereceu da parte da estrutura de então a devida atenção que o enorme talento do atleta mereciam. Dizem os antigos colegas do Benfica que o técnico sueco Erickson ficava encantado cada vez que o CIRO pegava na bola e acontece que na época o Benfica tinha jogadores de top na posição do CIRO, Chalana, Diamantino, Carlos Manuel e Nené.
CIRO, para mim, foste aquele que melhor interpretou em beleza e estética algumas jogadas mais bonitas que alguma vez vi um jogador a fazer. Tenho imensas dúvidas que o Messi e Cristiano Ronaldo eram capazes de fazer o que tu fizeste num campo pelado. Vi-te a deambular e evitar buracos/baletas e poças de água e lama com bola colada nos pés sem sujar os calções.
Ainda hoje retenho o requinte do Malvadez que fizeste o defesa mais temido na época o famoso Zé Preto, a finta que vale a pena fazer a reconstituição para mostrar o mundo. CIRO, confesso se tu existisses hoje no mercado de futebol, serias jogador para valer 100 milhões de euros.
A minha justa homenagem para aquele que foi melhor jogador alguma vez vi no mundo de futebol. Foste maior e melhor intérprete da essência do futebol.
Catio Baldé
Empresário de futebol
sábado, 2 de abril de 2016
OPINIÃO: Anedótico e Patético
Aly, boa tarde
Foi assim que um alto dirigente político guineense classificou a acto promovido pelo ex-deputado do PAIGC Braima Camará, com a sua ida à Procuradoria-Geral da República, munido com dossiers previamente seleccionados e com um PGR submisso ao seu chefe na presidência:
"Só assim se justifica que o PGR tenha recebido o Braima Camará na porta como se ele merecesse tal deferência. A banalidade desta instituição desde a chegada desse Procurador, deixa qualquer magistrado com vergonha. O Porquê desse acto do Braima por antecipação?
Ou com esta atitude do Braima o procurador sente-se assim aliviado e com caminho aberto na sua caça às bruxas? A verdade sobre o FUNPI não é aquele dossier entregue, é verdade que sucessivos governos usaram aquele imposto (sim, o FUNPI é um imposto e não uma 'contribuição') e isto ninguém nega e está documentado e cada um no momento próprio vai justificar o uso desse dinheiro.
Espera-se que o PGR tenha a coragem de chamar os golpistas/militares/civis do governo da 'transição' e a presidência do Serifo Nhamadjo. Há uma auditoria em marcha e quase concluída e toda a verdade virá ao de cima."
E este dirigente finaliza assim:
"Só nos falta o PR JOMAV, no início da próxima semana, aparecer na PGR também com o seu dossier - e acompanhado do ABDU MANÉ... - com o título: A minha verdade sobre os USD 12.000,000 de Angola.
Associação dos Emigrantes e Amigos da Guiné-Bissau
São convidados todos os "MIGRANTES" guineenses e estrangeiros para estarem presentes na tomada de posse da direção e inauguração da sede da Associação dos Emigrantes e Amigos da Guiné-Bissau dia 9 de Abril deste ano, pela sua Ex.ª Sr.ª Secretária de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa na companhia dos Deputados da diáspora - Iafai Sani e Leopoldo da Silva, além do corpo diplomático bem como de muitas personalidades da Guiné-Bissau e não só.
9h00-chegada dos convidados no edifício das Comunidades (Praça de Império);
9h30min.............até 11h - tomada de posse e discursos;
11h...............até 12h - Cortejo até ao Bairro Militar, junto da Rádio Capital FM;
12h......até 12h30min - inauguração da sede e discursos;
12h30 min.......até 14h - cocktail, convívio e música.
LIVRO: Cabral, Cabral lanta di koba pa nô barssau
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Um dos meus poemas preferidos
"As mãos de outros
São as mãos de outros que cultivam a comida que comemos
Que cosem as roupas que vestimos,
Que constroem as casas que habitamos.
São as mãos de outros que nos cuidam quando estamos doentes
E que nos erguem quando caímos;
São as mãos dos outros que nos levantam do berço
E finalmente nos descem para o túmulo."
James Stockinger
SURTO OLÍMPICO: Parada das Nações - Guiné-Bissau
Sigla: GBS
Medalhas na história:
medalhas de ouro 0 | medalhas de prata 0 | medalhas de bronze 0 |Total: 0
Em Londres:
medalhas de ouro 0 | medalhas de prata 0 | medalhas de bronze 0 | Total: 0
Guiné-Bissau estreou nos Jogos Olímpicos em Atlanta 1996 e participou de todas as edições seguintes. O país não conquistou nenhuma medalha olímpica e atingiu em Londres a maior delegação desde estreou nos Jogos, com quatro atletas.
Desporto forte
Luta: Guiné-Bissau vai na contra-mão dos países africanos e tem como modalidade mais forte a luta. O país já mandou atletas nas três últimas Olimpíadas e vai levar dois atletas ao Rio de Janeiro. Um, inclusive, é a esperança de medalha do país.
Miada (de Azul) é a esperança de uma medalha inédita para a Guiné-Bissau
Augusto Midana (Luta): Midana é a grande esperança da Guiné-Bissau para conquistar uma medalha. Ele vai para a sua terceira Olimpíada e vem credenciado por uma boa atuação em Londres, onde ficou em sétimo na categoria até 74 Kg. Tricampeão africano na categoria, ele espera, no Rio de Janeiro, superar seu desempenho em Londres, naquela que pode ser a despedida olímpica do atleta.
Fundos dos serviços secretos sob investigação
Na Guiné-Bissau, a Procuradoria-Geral da República está a levar a cabo uma investigação no Ministério da Administração Interna sobre o destino dos fundos ligados aos serviços secretos e operacionais daquela instituição responsável pela segurança interna do país.
O caso está a levantar alguma crispação entre estas duas instituições, em virtude das informações consideradas sensíveis que poderão vir a lume nas investigações. O tesoureiro-geral do Ministério da Administração Interna encontra-se detido, desde o passado dia 23 a mando da Procuradoria-geral da República.
Uma decisão seguida de ordem de busca e apreensão de todos os documentos junto ao serviço das finanças do Ministério da Administração Interna, procedimento que ocorreu ainda esta semana e que indignou o secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral.
O caso, primeiro na história da Guiné-Bissau, já é do conhecimento do primeiro-ministro, Carlos Correia, que se encontra ausente do país, enquanto que a defesa do tesoureiro-geral interpôs ontem um requerimento junto da Comissão dos magistrados da Procuradoria-geral da República, encarregue do processo, invocando a ilegalidade da detenção do seu constituinte.
Fontes da VOA dizem que os responsáveis do Ministério da Administração Internacional ponderam posições reactivas à investida da Procuradoria-geral da República, que passaria pela retirada dos agentes de segurança ao Procurador-geral, António Sedja Man, considerando que a “investigação” em curso nesta instituição do Estado representa uma afronta à segurança nacional.
Gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República diz desconhecer o caso. A Comissão do Ministério Público encarregue do processo está a ser presidida pelo magistrado Cipriano Naguelin e é integrada por mais três magistrados do Ministério Público. VOA
quinta-feira, 31 de março de 2016
OPINIÃO: Futebol da Guiné-Bissau em festa
"O futebol é o ópio do povo"
Estudioso do fenómeno desportivo Argentino
Por esses dias o povo mártir da Guiné-Bissau esquece os problemas da situação política do país. O futebol tem dessas coisas. As duas excelentes vitórias em Bissau e Nairobi/Quénia foram uma injeção de moral e orgulho para a Guiné-Bissau.
Estamos perante um facto inédito a possibilidade sérias de nós apurámos para o CAN, coisa impensável para a maioria dos amantes do desporto na Guiné-Bissau. Esta realidade existe e devemos acreditar e apostar fortemente que é possível concretizar esse sonho. Apesar de todas as contingências e a nossa crónica falta de organização, devemos nesta altura juntar os esforços colectivos para cada um ajudar no concretizar desse sonho.
Eleições na FFGB
Brevemente vai haver eleições para presidente da FFGB, as movimentações já começaram e os candidatos estão na rua. O cargo para presidente da FFGB tem suscitado grande interesse nos últimos anos comparável só ao posto de presidente da República. Esse é o período de todas as movimentações, intrigas, conspirações, parcerias, traições e bajulação.
Há candidatos por iniciativa própria e candidatos escolhidos por algumas figuras que se movimentam com alguma influências no meio. Normalmente, os candidatos por iniciativa própria estão condenados ao fracasso. Os candidatos escolhidos por estes lobistas é que ganham - foi assim sempre nesses últimos anos.
O futebol na Guiné-Bissau já viveu o seu melhor período, no pôs independência ofereceu do melhor no que toca a dirigentes, praticantes, jogadores.
Esta corrida desenfreada para o cargo de presidente da FFGB tem candidatos para todos os gostos, inquieta-me o surgimento ou a continuação de algumas figuras nesta teimosia quase doentia de ser presidente. Gente sem nenhuma qualidade e sem qualquer preparo para desempenhar cargo da tamanha envergadura. Alguns porque jogaram futebol e sem expressão nenhuma e outros se intitulam como homens do desporto e dirigentes desportivos.
Muito sinceramente estou deveras preocupado com o cenário com que provavelmente vamos ser brindados brevemente. Os critérios para ser candidato a presidente da FFGB é limitativo, é ilegal. Só pode candidatar quem é dirigente ou foi dirigente desportivo. Fecha-se a porta a qualquer intruso que queira concorrer a um posto da utilidade pública. Isto é inconstitucional. Alguém que queira concorrer a um posto de utilidade pública não pode estar limitado.
Apesar da renúncia de muitos cidadãos honrados e válidos na luta ou servir coisa pública, gente com conhecimento que muito poderiam emprestar ao desporto nacional. Os seus conhecimentos para melhoria substancial do nosso futebol, seria de todo saudável essa abertura dando assim possibilidades a candidaturas independentes.
A indústria do futebol hoje requer conhecimentos em várias áreas, o principal é ser um bom gestor e com competências. O futebol gere milhões, para conseguir estes milhões tem que ser um gestor competente, ter estratégia, relações internacionais e visionário.
O presidente tem que ser aquele que vai elaborar planos estratégicos de desenvolvimento de futebol nacional, criar projetos desportivos, fazer parcerias com o governo central e governos regionais, fazer lobby junto do governo na construção das estruturas desportivas em todo o país. Fazer parcerias com escolas e incentivar a prática desportiva nos jovens. Ter um bom relacionamento internacional para influenciar a FIFA e outros órgãos do desporto internacional para o apoio financeiro para melhoria dos nossos parques desportivos.
Guiné-Bissau dispõe hoje de uma oportunidade única de ombrear com grandes potências desportivas do continente africano, dispomos hoje de geração de jogadores que foram formados desde os seus 13 anos na Europa. A maioria cumpriu toda as trajetórias nas seleções de Portugal, e a maioria deles sabendo da pouca possibilidade de atingirem seleção principal portuguesa, e estes jogadores todos estão disponíveis para representarem o seu país de origem.
No final do mundial da Colômbia há 5 anos, nos sub-20 de Portugal, jogaram a final 5 jogadores originários da Guiné-Bissau. No mundial da Turquia, também nos sub-20, alinharam 5 jogadores oriundos da Guiné Bissau.
Com organização e gente competente, a Guiné-Bissau tem matéria prima para os próximos anos. Todos esses jovens estão na casa de 20, 21 e 23 anos. Acontece que estes jovens foram educados nas melhores academias de futebol de Portugal, Espanha, Holanda e Inglaterra. Por isso, com dirigentes amadores e sem visão e organização, dificilmente estes jovens vão aceitar emprestar e servir a Guiné Bissau.
Ainda não pronunciei sobre nenhum candidato, prometo no momento certo apoiar publicamente o candidato que eu achar que melhor pode servir o futebol da Guiné Bissau.
Justa homenagem à selecção nacional, ao corpo técnico e jogadores pelas brilhantes vitórias.
Catio Baldé
Empresário de futebol
quarta-feira, 30 de março de 2016
Convenção entre os ministérios da Economia e Finanças e da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Os Ministérios da Economia e Finanças (MEF) e da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR), na pessoa dos seus titulares assinaram hoje uma convenção de apoio ao sector agrícola, através da abertura de uma linha de crédito, cujo montante não foi revelado.
A convenção assinada e válida por um período de três (3) anos e renovável tem por objetivo facilitar o acesso ao crédito para financiamento dos projectos de investimentos geradores de rendimento e de empregos promovidos pelas associações profissionais das áreas do comércio e transformação dos produtos locais.
Numa das suas cláusulas, a convenção diz, entre outros, priorizar a profissionalizaçao dos actores do sector, através da organização e promoção de acções de formação nas áreas de técnicas agrícolas e gestão das respectivas cooperativas e associativas ou associações e projectos.
O contrato obriga ao MADR a mobilizar e a pôr à disposição do MEF materiais e equipamentos agrícolas que serão cedidos aos beneficiários através das instituições financeiras, no âmbito do crédito a conceder. Da sua parte, o Ministério da Economia e Finanças velará para que haja uma gestão eficaz, eficiente e criteriosa dos apoios disponibilizados e apresentará relatórios semestrais sobre a gestão desses apoios.
O acordo exige as partes a criarem uma comissão, da qual farão parte os representantes do MADR e do MEF através da Agencia de Promoção de Actividades de Microcrédito enquanto serviços competentes para dar o devido acompanhamento a persente convenção através da promoção de atividades agrícolas.
Após a assinatura do acordo, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Aníbal Pereira afirmou que o referido acordo marca uma nova forma de apoiar a massa camponesa com um conjunto de materiais, nomeadamente moto-bombas descascadoras e moto-cultivadores através da Agencia de Promoção de Crédito.
“É uma nova forma que queremos implementar com o objetivo de levar as organizações camponesas a angariação de investimentos para as suas atividades”, afirmou. Este responsável disse que os equipamentos serão dados de forma subvencionada num custo de 40 por cento com uma possibilidade de serem amortizados em quatro anos.
Anibal Pereira sublinhou que são valores irrisórios, mas que tem a intenção de mostrar ao camponês o valor do material que está sendo colocado a sua disposição. “O segundo objetivo é tentar, através deste mecanismo, criar uma “revolving found” de forma a poder, através dos bancos, conseguir fundos para repormos outra vez os mesmos equipamentos ao pequeno agricultor de forma mais durável”, disse. ANG
Que grande disparate!!!
Quem quer que tenha encharcado a jornalista do Expresso com uma bebida para dar esta notícia, prestou um mau serviço ao jornalismo...começa com Guiné-Equatorial, mas depois caiu na Guiné-Bissau. Um perfeito disparate jornalístico.AQUI
Apresentados supostos assaltantes de banco comercial em Bissau
A polícia da Guiné-Bissau apresentou hoje publicamente cinco jovens como sendo os alegados assaltantes de um banco comercial (Orabank) em Bissau do qual levaram cerca de 14 mil euros em dinheiro.
Fernando Jorge Ribeiro, subdiretor da Policia Judiciaria e Armando Nhaga, comissário-geral da Polícia de Ordem Pública, apresentaram à imprensa os cinco jovens, todos de nacionalidade guineense, como sendo os alegados autores do assalto no passado dia 13 deste mês, em plena luz do dia.
A polícia diz que o dinheiro roubado, cerca de 14 mil euros, não foi encontrado na posse dos supostos assaltantes que vão ser entregues ao Ministério Público.
"Já foram apanhados em operações no passado, quando assaltaram bombas de gasolina, supermercados, lojas e um outro banco, lamentavelmente essas mesmas pessoas voltam a estar envolvidas em operações de assalto" à mão armada, disse Fernando Jorge Ribeiro.
O comissário da Policia de Ordem Pública, coronel Armando Nhaga, diz que só lhe resta lamentar que "a justiça não esteja a punir convenientemente" os autores do assalto à mão armada.
A polícia diz ter capturado os cinco assaltantes na posse de armas de guerra, armas brancas e outros materiais perigosos e considerou os cinco assaltantes como sendo "dos mais perigosos" a aturar no país. Lusa
Construção da Guiné-Bissau é tema de palestra no CFCH
O Seminário de Sociologia do mês de abril vai abordar, na sexta-feira (dia 1), o tema “Construindo a nação ‘por baixo’ na África: o caso da Guiné-Bissau”, com o professor-visitante do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE (Pernambuco/Brasil) Christoph Kohl.
Aberto ao público, o evento correrá às 9h30, na sala de seminários do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, no 12º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).
terça-feira, 29 de março de 2016
PM guineense visita Portugal em abril para discutir compromissos bilaterais
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia, anunciou hoje que vai visitar Portugal nos dias 06 e 07 de abril, estando previsto um encontro com o homologo português, António Costa.
"Com o novo governo [português] vamos certamente renovar nossos compromissos bilaterais de cooperação" e "analisar a situação atual [da Guiné-Bissau] e estabelecer novas metas", afirmou o primeiro-ministro guineense.
Naquela que é a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que assumiu, pela quarta vez, a chefia do Governo guineense, Carlos Correia, deverá visitar o Senegal, a Venezuela e Portugal.
Carlos Correia, de 82 anos, que se faz acompanhar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Artur Silva e o ministro da Comunicação Social, Agnelo Regalla, adiantou que vai abordar "certamente" a situação política prevalecente na Guiné-Bissau, onde reina um período de incerteza política e ainda estabelecer novas metas.
No Senegal, o chefe do Governo guineense irá abordar aspetos ligados ao processo de renovação do acordo de exploração conjunto de recursos haliêuticos e hidrocarbonetos que se acreditam existir no mar que liga os dois países.
O acordo em questão, que cuja vigência era de 20 anos, expirou em finais de 2015 e as autoridades dos dois países concordaram em renova-lo. Com o Governo da Venezuela, Carlos Correia pretende desenvolver a cooperação nos domínios da educação, saúde e formação profissionais de jovens guineenses.
O Governo de Caracas prometeu oferecer à Guiné-Bissau um hospital de hemodiálise, um processo que, garantiram fontes do executivo de Bissau, o primeiro-ministro irá tentar desbloquear. Lusa
Guiné-Bissau acolhe fórum de empresários da China/CPLP
A Guiné-Bissau vai acolher em Abril próximo o encontro de empresários da China e da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), confirmou na semana finda o embaixador da China na Guiné-Bissau.
“Constatamos com satisfação que dentro de dias terá lugar um encontro entre empresários chineses, incluindo os que virão de Macau, com outros dos países de língua portuguesa para encontrar formas de fomentar a nossa cooperação”, sublinhou o embaixador Huang Hua à saída de uma audiência com o primeiro-ministro guineense, Carlos Correia.
Estarão presentes no encontro de Bissau, previsto para os dias 9 a 11 de Abril próximo, as delegações oficiais e de empresários de Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Em Novembro próximo decorre em Macau a V conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Oficial Portuguesa.
segunda-feira, 28 de março de 2016
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