Se há matéria e domínio onde se impunha que a UE e os seus vizinhos concertassem uma política comum, o combate ao terrorismo afirma-se como o campo por excelência dessa luta sem quartel.
2016 começou, infelizmente, com mais um trágico registo para o negro livro dos atentados que têm varrido a Europa e as suas zonas envolventes, protagonizados pelo Daesh, empenhado em (re)constituir o Califado a partir de um pretenso Estado Islâmico em construção.
Foi mais uma manifestação sanguinária, repulsiva e condenável que desta vez teve por palco outro estado islâmico: essa Turquia cada vez menos previsível, em acelerada transmutação que, pese embora seja a única bandeira muçulmana içada ao lado das demais bandeiras dos estados da Aliança Atlântica e continue a proclamar a sua intenção de se juntar à União Europeia, não escapa à acusação de manter uma posição dúbia na guerra sem quartel que a coligação ocidental - estruturada principalmente em torno dos EUA, da França, da Rússia e do próprio Reino Unido - tem dirigido contra as bases de direcção política e os campos de treino que o Daesh mantém, sobretudo no território que outrora integrava a Síria e em zonas cada vez mais extensas do Iraque.
Oscilando entre a condenação do Estado Islâmico e o terror que tem levado aos curdos – que continuam a ser aliados ocidentais na guerra contra os extremistas, apesar desse mesmo Ocidente nunca se ter empenhado em dar-lhes a pátria que a nação curda reclama –, a Turquia foi a vítima mais recente da barbárie hedionda e demoníaca. O que nos veio recordar, se preciso fosse, que o terrorismo que mata em nome de um deus qualquer está dentro e nas imediações desta União Europeia que, por vezes, dá mostras de caminhar aceleradamente num processo de desconstrução e de regressão.
E se há matéria e domínio onde se impunha que a União Europeia e os seus vizinhos concertassem uma efectiva política comum e de parceria, o combate ao terrorismo afirma-se como o campo por excelência dessa luta sem quartel. Não só por ser o território onde nenhum Estado isoladamente consegue afirmar a sua superioridade como, sobretudo, por ser o plano onde se cruza uma opção fundamental que a cada dia que passa se afigura mais inevitável: a opção entre os valores da liberdade e da segurança. Dito de outra forma: é cada vez mais evidente que teremos de escolher o ‘quantum’ de liberdade que queremos, ou estamos dispostos a abdicar, para garantia da nossa segurança. Mas essa escolha, para ser consequente e eficaz, apenas pode ser feita no quadro duma entidade supranacional, dotada de efectivas competências, meios e determinação política para encetar o combate que é necessário travar. Se os acontecimentos não se encarregarem de destruir o que resta da União Europeia, esta será a escolha que os governantes de turno, mais tarde ou mais cedo, serão chamados a efectuar. Veremos se a tanto chegará a coragem e a vontade políticas.
Foi mais uma manifestação sanguinária, repulsiva e condenável que desta vez teve por palco outro estado islâmico: essa Turquia cada vez menos previsível, em acelerada transmutação que, pese embora seja a única bandeira muçulmana içada ao lado das demais bandeiras dos estados da Aliança Atlântica e continue a proclamar a sua intenção de se juntar à União Europeia, não escapa à acusação de manter uma posição dúbia na guerra sem quartel que a coligação ocidental - estruturada principalmente em torno dos EUA, da França, da Rússia e do próprio Reino Unido - tem dirigido contra as bases de direcção política e os campos de treino que o Daesh mantém, sobretudo no território que outrora integrava a Síria e em zonas cada vez mais extensas do Iraque.
Oscilando entre a condenação do Estado Islâmico e o terror que tem levado aos curdos – que continuam a ser aliados ocidentais na guerra contra os extremistas, apesar desse mesmo Ocidente nunca se ter empenhado em dar-lhes a pátria que a nação curda reclama –, a Turquia foi a vítima mais recente da barbárie hedionda e demoníaca. O que nos veio recordar, se preciso fosse, que o terrorismo que mata em nome de um deus qualquer está dentro e nas imediações desta União Europeia que, por vezes, dá mostras de caminhar aceleradamente num processo de desconstrução e de regressão.
E se há matéria e domínio onde se impunha que a União Europeia e os seus vizinhos concertassem uma efectiva política comum e de parceria, o combate ao terrorismo afirma-se como o campo por excelência dessa luta sem quartel. Não só por ser o território onde nenhum Estado isoladamente consegue afirmar a sua superioridade como, sobretudo, por ser o plano onde se cruza uma opção fundamental que a cada dia que passa se afigura mais inevitável: a opção entre os valores da liberdade e da segurança. Dito de outra forma: é cada vez mais evidente que teremos de escolher o ‘quantum’ de liberdade que queremos, ou estamos dispostos a abdicar, para garantia da nossa segurança. Mas essa escolha, para ser consequente e eficaz, apenas pode ser feita no quadro duma entidade supranacional, dotada de efectivas competências, meios e determinação política para encetar o combate que é necessário travar. Se os acontecimentos não se encarregarem de destruir o que resta da União Europeia, esta será a escolha que os governantes de turno, mais tarde ou mais cedo, serão chamados a efectuar. Veremos se a tanto chegará a coragem e a vontade políticas.
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