Em véspera de final de ano, Moçambique recebeu uma autêntica bomba. Isto aconteceu por volta das zero horas do dia 31 de Dezembro de 2015, quando um jornal chamado “Capital” explodiu a tal “bomba”.
Era uma notícia relacionada com o regresso de Danish Satar a Maputo. Embora o jornal tenha publicado a tal notícia na noite de final de ano, às primeiras horas da manhã, isto é, no dia 1 de Janeiro de 2016, a mesma notícia já circulava nas redes sociais a uma velocidade jamais vista. Eu, por exemplo, no meu inbox devo ter recebido quase mil mensagens sobre o mesmo assunto.
Quer dizer, as pessoas se esqueceram de mandar WhasApp a desejarem-se boas entradas e tais, coisas típicas quando começa um novo ano, e falaram de Danish Satar. Tudo isto porque o Danish Satar é sobrinho de Nini Satar. Já perceberam o quanto sou importante?
Aos meus amigos do facebook tenho dito sempre que muitos dos jornalistas moçambicanos, para não dizer todos, são como prostitutas da Rua do Araújo. Vejamos o que diz o tal de “Capital” que só circula nas redes sociais:
- Danish Satar indiciado pela justiça moçambicana de raptos.
- Danish foi detido pela polícia internacional (Interpol).
- A detenção de Danish, segundo dados apurados pelo “notícias”, ocorreu há cerca de três meses.
- Danish é indiciado pelo crime de sequestro sendo que o crime pelo qual é acusado está a ser tramitado a nível da administração da justiça.
Desmascarando os mentirosos
O tal jornal na verdade atrela-se nas mentiras do “notícias” e diz que Danish foi preso pela Interpol. Isto é uma grosseira mentira.
É também mentira de que Danish foi preso há cerca de três meses na Itália. No início dizem que ele é indiciado e o seu processo está a ser tramitado pela administração da justiça. Quer dizer, faltou-lhes o bolo para o final de ano e viram na figura de Danish a pessoa exacta para transformar nesse mesmo bolo.
Meteram no bolo Danish todo o tipo de ingredientes e no lugar de açúcar para adoçar o bolo puseram sal. Saiu mal o bolo. Fiquei desagradavelmente surpreendido quando a própria TVM, paga pelo bolso do pobre cidadão, difundiu essa notícia prenhe de erros típicos do jornalismo moçambicano.
A TVM teve a coragem única de abrir o noticiário com o assunto sobre Danish e não se esqueceu de ressalvar que é sobrinho de Nini. Tudo isto para atingir o Nini Satar. Só que o mais caricato de tudo isto é que a mesma TVM, em nota de rodapé que circulou quase quarenta vezes, dizia que Danish tem processo no Ministério Público, na Procuradoria, no Tribunal e na PIC.
Fiquei boquiaberto quando li isto, enviado gentilmente por um amigo meu. O que é afinal o Ministério Público e a Procuradoria? Quer dizer, por falta de argumentos a TVM até comete este tipo de erros? Isto vai gratuitamente: o Ministério Público e a Procuradoria são a mesma entidade. Não havia razões de a TVM repetir isto. Que burrice. Isto escandaliza-me mais porque a TVM é paga pelo bolso popular. Há que seleccionar melhor os seus pseudo-jornalistas. Isto faz-me um nó no estômago. Não tem esta televisão um departamento jurídico para sanar esse tipo de incongruências? E isto acontece em pleno século XXI e há pessoas que ainda se gabam de ser jornalistas. Burrice ultrajante.
Ainda ontem o jornal “A Verdade ”, que só circula nas redes sociais porque o impresso faliu, voltou a fazer copy and past das mentiras do “Capital”. Há um outro o “Mozmassoko” que aparece, em grandes parangonas, a dizer que Danish é acusado de raptos. Mais para o interior do texto diz que é indiciado.
Meus caros amigos, não estamos a deixar o Camões com uma indisposição indescritível? Será que é tão difícil assim escrever em português? Então, vamos começar de zero. Vamos fechar todas as empresas jornalísticas porque o cidadão merecer ser informado e formado com qualidade. É inconcebível que, de pessoas que se dizem jornalistas, haja tamanha aberração. Excesso de erros. Manipulação dos factos para agradas a agendas inconfessáveis.
Danish não foi preso pela Interpol e não é acusado em nenhum processo de raptos. Danish está muito bem de saúde e está, sim, em Moçambique. ele foi detido na Itália porque havia um mandado de captura contra si desde 2012, relacionado com o crime de desobediência. Foi o próprio Danish, que quando detido na Itália, pediu para regressar a Moçambique para esclarecer tudo.
E estou muito aborrecido com o jornal “notícias”, não por ter publicado a notícia sobre Danish, mas pelos erros. São inadmissíveis para um jornal de maior circulação no país. O jornal diz que Danish é acusado e depois diz que é indiciado. Para piorar diz que foi acompanhado por um contingente forte até à cadeia da BO, contudo na legenda da foto da notícia coloca as instalações do Comando. Que incongruência! O erro foi do burro do fotojornalista ou do burro jornalista que escreveu a notícia? Que se mordam entre sim. Para mim eles ainda têm muita farinha por comer para escrever com precisão. São burros sim.
Não me vou alongar muito por hoje. Estou ainda à espera do que dirão as prostitutas do “Canal de Moçambique”, na quarta-feira, e do “Savana”. Volto em breve com mais detalhes sobre a detenção de Danish Satar.
Nini Satar
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