sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Sampaio da Nóvoa defende "políticas de natalidade fortes"


O candidato a Presidente da República visitou a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Sampaio da Nóvoa: “Há 40 anos nasciam mais de 180 mil crianças em Portugal. Hoje em dia nascem pouco mais de 80 mil"MIGUEL MANSO
O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa visitou, esta sexta-feira, a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, onde defendeu políticas de natalidade fortes, que passem sempre por um país onde seja possível viver e construir projectos de vida.
O antigo reitor percorreu alguns dos corredores da instituição, tendo confidenciado que a visão de tantos bebés lhe dava saudade, ao mesmo tempo que se inteirava do trabalho, em alguns casos único, que é desenvolvido na MAC.
Na área da neonatologia, Sampaio da Nóvoa pode observar os cuidados intensivos prestados a recém-nascidos que nasceram muito antes do tempo de gestação completo, bem como conhecer algumas das histórias de vários sobreviventes.
No final da visita, o candidato explicou aos jornalistas que, com esta visita à MAC, no primeiro dia do ano, quis dar “um sinal de renovação”. E explicou: “O início do ano é um sinal de renovação, que deve ser feito com esperança e confiança no futuro e nada melhor como vir a um lugar onde nascem tantas crianças, como a MAC.”,
Escusando-se a comentar polémicas em torno do passado recente da maternidade, como a ameaça do seu fecho, Sampaio da Nóvoa disse que com esta visita pretendeu chamar a atenção para “a crise de natalidade” que tem afectado Portugal. “Há 40 anos nasciam mais de 180 mil crianças em Portugal. Hoje em dia nascem pouco mais de 80 mil. Sem crianças, sem pessoas, não há país, não há futuro”, afirmou.
Para o antigo reitor, “estas crises são previsíveis. Podia ter sido antecipada, dado origem a políticas informadas, continuadas, planificadas. Infelizmente não tem sido o caso”. Sampaio da Nóvoa defendeu “políticas de natalidade fortes, que passem sempre por um país onde seja possível viver e construir projectos de vida e isso implica um país de oportunidades, onde haja emprego para as pessoas, trabalho digno, onde as pessoas possam construir os seus projectos de vida pessoais e familiares”.
“Quando articulamos a crise de natalidade com o fenómeno da emigração que se passou nos últimos anos temos um problema grave para resolver em Portugal e é o mais importante para Portugal. Por isso, no primeiro dia do ano quis chamar a atenção para isto: em Portugal, o importante são as pessoas”.
Sobre o sector da Saúde, Sampaio da Nóvoa disse desejar que “os serviços públicos sejam reforçados no quadro do Serviço Nacional da Saúde (SNS)”. “Há um problema grave em Portugal que é o problema da confiança, nas instituições, na justiça, no sistema político. Temos que construir confiança, porque não há um novo tempo se não houver uma nova confiança nesse tempo”, disse.

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