quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Purga na polícia moçambicana questionada por analistas

Notícias / Moçambique

O comandante-geral da policia disse que a corporação vai apostar, este ano, na "purificação" das suas fileiras.
Foto de arquivo
Foto de arquivo
Alguns analistas moçambicanos dizem que a purga nas fileiras policiais anunciada pelo respectivo comandante-geral, Jorge Khalau, poderá ser uma miragem se não for acompanhada por melhorias de condições, sobretudo salariais, dos agentes.
Purga na polícia moçambicana questionada por analistas 2:45
O comandante-geral da policia disse, segunda-feira, que a corporação vai apostar, este ano, na purificação de fileiras.
"Vamos continuar atentos à actuação dos nossos polícias. Chamo a atenção dos nossos polícias indisciplinados, que colaboram com criminosos, alugando armas, que vamos purificar as fileiras," advertiu Khalau.
Não foi a primeira vez que Khalau falou sobre a purga das fileiras da policia, dado o sentimento quase generalizado de desconforto relativamente á actuação de agentes policiais, muitos dos quais se associam a criminosos.
O próprio Presidente da República, Filipe Nyusi, reconheceu este mal-estar no seio da sociedade moçambicana, afirmando que "nos tiram sono as notícias de agentes policiais que engrossam as fileiras dos criminosos".
Para o analista Argnoldo Nhampossa, as condições salariais e de trabalho não são das melhores. Para além disso, há casos de jovens que integram a polícia, porque não têm alternativa de trabalho, sendo por isso que o seu desempenho como agente deixa muito a desejar.
O sociólogo Francisco Matsinhe acha que a purificação de fileiras é quase impossível.
Para o académico, "é um sonho irrealizável, uma coisa quase que absurda, tendo em conta o salário que é pago aos agentes, sobretudo os de protecção".

PRM ALERTA: JANEIRO PROPENSO A ROUBOS E FURTOS

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PRM alerta: Janeiro propenso a roubos e furtos
A Polícia da República de Moçambique, PRM, chama atenção aos cidadãos para que cuidem dos seus bens e propriedades, pelo facto de o mês de Janeiro ser um período de escassez e, por isso, propenso à acção dos malfeitores.
O porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, diz que tem sido o apanágio dos criminosos nesta época praticar roubos e furtos para repor os gastos efectuados na quadra festiva, daí a necessidade de reforço de medidas de segurança.
“É um período propenso à apropriação de bens alheios, pois a nossa experiência mostra que estes furtos e roubos têm aumentado logo após a passagem das festas. É necessário redobrar a segurança das viaturas, residências, entre outros” - alertou Dina.
Falando no habitual breafing semanal, esta terça-feira em Maputo, Dina disse ainda que este tem sido o período fértil dos burladores, que desenham esquemas ardilosos para subtrair valores monetários dos cidadãos incautos e menos precavidos. (RM)

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