PRM investiga sequestro de dirigentes da Frelimo
Postado 2016/01/14
A polícia moçambicana em Sofala, centro de Moçambique, continua a investigar a denúncia da Frelimo relativa ao sequestro de dirigentes seus em vários distritos daquela província, disse nesta quarta-feira à Lusa fonte policial.
Segundo o porta-voz do comando provincial da polícia, Daniel Macuaca, as autoridades receberam uma denúncia do comité provincial da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) em Sofala, acusando a Renamo de estar a sequestrar e a intimidar os seus dirigentes nos distritos de Gorongosa, Maríngue, Cheringoma, Chemba, Muanza, Nhamatanda e Chibabava.
"Há um trabalho que está a acontecer, e daqui a dias a Polícia vai convocar uma conferência de imprensa que é para se tratar exaustivamente desse assunto, explicando cada situação", disse Daniel Macuacua.
Na semana passada, a secretária para a Mobilização e Propaganda da Frelimo em Sofala, Fátima Batalhão, denunciou em conferência de imprensa na Beira que a 11 de Dezembro o primeiro secretário do partido em Muanza foi sequestrado, desconhecendo-se até agora o seu paradeiro.
Outros dois dirigentes da Frelimo foram igualmente sequestrados a 25 de Dezembro em Tica, no distrito de Nhamatanda, mas foram libertados dias depois, em circunstâncias ainda por esclarecer.
O caso mais recente, continuou aquela dirigente provincial da Frelimo, ocorreu no passado dia 05, quando o primeiro secretário de Bebedo, também no distrito de Nhamatanda foi igualmente sequestrado.
A vítima foi também libertada dias depois, apresentando sinais de tortura.
A Renamo rejeita as acusações que lhe são dirigidas pela Frelimo.
Moçambique vive uma crise política e militar desde 2013, que se manteve com a recusa da Renamo em reconhecer a derrota nas eleições gerais de Outubro de 2014, e insiste na criação de seis províncias autónomas no centro e norte do país, onde reivindica vitória eleitoral e elegeu 81 dos 89 deputados para o parlamento.
Afonso Dhlakama, líder do maior partido da oposição moçambicana, já ameaçou que a partir de Março governará, se necessário pela força, essas seis províncias.
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