segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

OS DILEMAS DO PRESIDENTE FILIPE JACINTO NYUSI

Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com ) 

“ A política está cheia de idiossincrasias e, de tempos a tempos, chegam ao poder ministros e presidentes decididos a realizar reformas. Contudo, estes indivíduos têm muita dificuldade em implementar a mudança, porque herdaram uma administração pública que constitui um obstáculo, em vez de ser um instrumento. Trata-se de uma instituição hostil à mudança, porque cada um dos funcionários públicos beneficia do emaranhado confuso de regulamentos e despesas que coordenam.” Paul Collier (2010) - “Os milhões da Pobreza”, Alfragide, Casa das Letras, pp. 144 – 145. 
Os ventos de mudança poderão conduzir Moçambique a bom porto, em virtude da anunciada reunião extraordinária do Comité Central do partido Frelimo, a ter lugar no dia 05 de Fevereiro do ano em curso, na Escola Central da FRELIMO, na cidade da Matola, província de Maputo. Faço parte daqueles que não lançam o foguete antes da hora exacta e, incrédulo que também sou, espero ver para acreditar nas mudanças que há muito aguardo com enorme “tesão” de expectativa. Porquê, então, a abordagem sobre o cepticismo nas decisões do conclave que se avizinha? A razão é simples: Porque os cargos políticos são exercidos com base na confiança partidária e nos serviços de secretária (contrapartidas), poucas ou raras vezes é feita pela via da competência pública. A queda de um “camarada chefe” significaria a peregrinação ao deserto, passando a enfrentar longos e prolongados períodos de jejum, o que na prática traduz-se na perda de refeição e do estatuto social que até então ostentava no seio familiar, do partido e da sociedade em geral. 
A razia que se propala vir a acontecer na reunião de 05 de Fevereiro só pode estar na cabeça dos seus mentores, porque a Frelimo jamais deitou fora os seus quadros, incluindo aqueles que no exercício das suas funções revelaram-se ase-lhas, são protegidos por constituírem uma memória institucional que o partido do “batuque e da maçaroca” conservam e preservam implacavelmente. Os casos de descomunhão e abandono verificam-se quando o aselha, por qualquer motivo, ousa desafiar a Comissão Política, desobedecendo regras e princípios plasmados na epístola da Frelimo. A propósito escreveu o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, o seguinte: “Em Moçambique, desafiar uma decisão do Comité Central da Frelimo ainda se pode tolerar, mas desafiar a posição da Comissão Política do partido mor é no mínimo heresia, e as heresias pagam-se caro!”.

Enquanto o foco da mudança for a preocupação com os nomes “das moscas” e não “a lixeira” (o sistema), o país continuará a “pingar como uma carne na assadeira”, isto é, a sofrer. Neste sentido, o aselha que deixa de ser chefe ou director na “instituição X”, passa a ser presidente do conselho de administração ou ministro na “instituição Z”, mantendo-se assim um ciclo de vicioso de incompetência e ignorância. Por conseguinte, por muito que o presidente da República queira alterar a velha ordem ideológica e institucional, será debalde porque encontrará um bando de aselhas que se empenharão no acicate das suas políticas. O presidente Guebuza quando assumiu o poder em 2005 alterou em amiúde algumas “pedras” do partido e tentou mudar o sistema, mas acabou ele mesmo mudado e até fustigado (manifestações populares, sequestros, ataques inconvenientes contra a Renamo, EMATUM, etc.) pelos camaradas. 
Eu gostaria de estar enganado. Estou a esforçar-me bastante para um exercício da imaginação diante de uma realidade nua e crua. A verdade é que vai ser mais uma reunião em que os actuais novos chefes (“bons”) serão ovacionados e os antigos chefes (“maus”) serão purificados espiritualmente, como acontece quando alguém é lavado numa pia batismal, tornando-se “Homem novo”. O modo de governação em Moçambique merece uma reflexão mais profunda que esta centelha não pode fazer em duas, três ou quatro páginas. 
Neste momento, por exemplo, o país caminha em duas direcções antagónicas. Por um lado, temos o presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, que se autodeclarou empregado do povo - “o povo é o meu patrão”, cujas políticas e acção governativas dependem inteiramente da anuência do partido Frelimo e, por outro, um Filipe Jacinto Nyusi que é claramente uma espécie de presidente não executivo de um dos partidos mais complexos do mundo, onde alguns “dinossauros” (fundadores) reclamam a paternidade do Estado moçambicano. Este é o PRIMEIRO dilema do presidente Nyusi: acabar com os intocáveis na Frelimo e restituir um partido em que todos são por um e um por todos, num espírito patriótico e de defesa dos superiores interesses nacionais. 
Acontece porém que os discursos do presidente da República são ofuscados pelos interesses muitas vezes inconfessáveis do seu partido. É com preocupação que se assiste a uma governação em que o presidente da República diz uma coisa, como por exemplo, “vamos agir para combater a pobreza extrema e a corrupção que carcoma o desenvolvimento do país”, e a bancada da Frelimo na Assembleia da República (AR) diz outra “nós aqui não acatamos ordens nem de dentro nem de fora” dos interesses da Nação. 
Concordo em parte com os que dizem que os partidos políticos devem chancelar os programas dos governos, mas não condicionar a governação dos seus líderes. Sou de opinião que os programas partidários devem ser chancelados e fiscalizados pelo povo, numa democracia participativa e inclusiva, porquanto o presidente da República é o empregado do povo. 
Governar é tomar decisões, sejam elas boas ou más. O presidente da República não deve ter receio de agir a margem do Comité Central, pois foi para isso que recebeu o martelo do poder. Foi o que disse o então primeiro-ministro português que tanto admiro José Sócrates: “Todas as lideranças políticas cometem erros – e eu certamente cometi alguns –, mas nunca cometi o erro de não agir e decidir” (citação de memória). 
O SEGUNDO dilema é acabar com a fome. 

APELA PARLAMENTAR DA RENAMO “FDS - ABSTENHAM-SE DE DEFENDER INTERESSES DE UM PUNHADO DE INDIVÍDUOS CORRUPTOS”

Numa altura em que o governo de Moçambique tentava “sacudir o capote”na tentativa de mentir aos moçambicanos e a comunidade internacional que não estava envolvido nos atentados contra a vida do líder da RENAMO, hoje está confirmadíssimo que este governo a mando do Comité Central do partido Frelimo está envolvido até ao pescoço nos escândalos das emboscadas e atentados contra a vida do Presidente da RENAMO Afonso Macacho Marceta Dhlakama. A confirmação da morte em combate do famoso capitão Ngungunhane, só deixa a nu toda a manobra deste partido, que pode ser considerado uma “cáfila” de incapazes, que resolvem seus problemas recorrendo a lei da bala para silenciar os seus adversários. São sanguinários inveterados! Vamos recordar a intervenção da Deputada Glória Salvador durante a sessão de perguntas ao governo na Casa do Povo, entre os dias 4 e 5 de Novembro do ano transacto sobre a situação do país. Para aclararmos as mentes dos leitores e conferirmos legitimidade, transcrevemos o discurso na íntegra. Senhora Presidente da Assembleia da República Senhores Deputados meus Pares Distintos Convidados Minhas Senhoras e meus Senhores Permitam-me que antes e através deste meio, saúde a todos moçambicanos, com maior enfoque para a população de Nampula meu Círculo Eleitoral, pela sua pujança na luta pela democracia efectiva. Saúdo igualmente a Sua Excelência, maior figura política da história de Moçambique, o Herói Nacional vivo que o País possui. Refiro-me ao General Afonso Macacho Marceta Dhlakama. Digníssimos Deputados meus pares, servindo-me desta oportunidade associo a minha voz as demais vozes do pacato povoado de Napuco, Distrito de Murrupula, província de Nampula que nos finais de Setembro passado viveu momentos de terror, tudo porque o Governo da Frelimo usando e abusando do seu poder policial e militar mandou capturar e assassinar dois militantes da RENAMO a sangue frio naquele local. Queremos dizer que Murrupula, onde o antigo Chefe do Estado o Senhor Armando Guebuza diz ser natural, virou local de esquadrões de morte desde 2014 e nós, a Bancada da RENAMO repudiamos essas acções macabras. Quanto às questões em debate e que preocupam a RENAMO, meu Partido, relativamente às tentativas de assassinato de Sua Excelência Presidente da RENAMO e Líder do povo moçambicano que de uma e de outra maneira soube dar uma necessária resposta à Frelimo temos a lembrar o seguinte: •A luta dos 16 anos que teve como corolário do Acordo Geral de Paz e que entrou no ordenamento jurídico nacional através da Lei n° 13/92 de 14 de Outubro, não foi até aqui revogada, mas infelizmente o mesmo instrumento não foi comprido integralmente, razão pela qual surgem várias discórdias entre os moçambicanos. •Os pronunciamentos públicos de certos dirigentes da Frelimo, segundo os quais o Acordo Geral de Paz já acabou surpreendem pela negativa os moçambicanos. É exactamente o incumprimento do Acordo Geral de Paz que gera os conflitos entre a RENAMO e a Frelimo. •É igualmente recorrente ouvir a Frelimo insinuando o desarmamento imediato e incondicional da RENAMO. Senhores Deputados meus Pares Se a Frelimo tivesse respeitado o AGP (Acordo Geral de Paz), nos termos do número 8 do Protocolo V que diz e passo a citar “ A RENAMO será responsável pela segurança pessoal imediata dos seus mais altos dirigentes. O governo da República de Moçambique concederá o estatuto policial aos elementos da RENAMO encarregados de garantir a segurança”. Fim de citação. Hoje, não estaríamos a falar destes assuntos e mais… Se mais recentemente, o governo tivesse implementado o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares que prevê a reintegração e integração da forca residual da RENAMO na Polícia da República de Moçambique e nas Forças da Defesa e Segurança de Moçambique com objectivo de ter no País um exército republicano, hoje a questão do desarmamento estaria ultrapassada e não estaríamos a regredir para um Estado totalitário. Posto isto, a Bancada da RENAMO questiona: 1. Com que legitimidade o partido Frelimo representado pelos membros da Comissão política exige o ridículo e forçado desarmamento da RENAMO, sabido que a própria Frelimo está armada até aos dentes? 2. Quando a Frelimo recorre ao uso abusivo das armas de todo calibre para desarmar a RENAMO incluindo assassinato do seu Líder, não estará a querer fazer esquecer os grandes escândalos por si promovidos? Quer com a guerra apagar os dossiers de grande corrupção, distraindo a opinião pública sobre os verdadeiros problemas da má governação? Digníssimos Deputados meus Pares Uma vez representando o povo, somos chamados a olhar com estranheza este apetite, esta vontade que a Frelimo tem por detrás dessas tentativas de empurrar a RENAMO para guerra, aliás, quer sim quer não, ela só vem confirmar e reconfirmar que Sua Excelência Presidente do Partido RENAMO, o Marechal Afonso Macacho Marceta Dhlakama é mesmo o General de 4 Estrelas se avaliarmos pela forma táctica, inteligente, ponderada e corajosa como agiu nas tentativas fracassadas dos dias 12 de Setembro, em Zimpinga e 25 de Setembro, em Gondola ambas na Província de Manica e muito recentemente no dia 9 de Outubro, na Cidade da Beira, Província de Sofala. Excelências O povo não é distraído e sabe que a Frelimo quer a todo custo forçar uma guerra para justificar a humilhante posição no doing business, a derrapagem do metical, a escassez de divisas, falta de liquidez mesmo em metical, a subida do preço do pão, falta de transporte de passageiros e o pouco que existe é efectuado em my loves. Para todo este descalabro de governação, a Frelimo precisaria de uma guerra para justificar e é por isso que por um lado, constantemente fala de paz e por outro provoca a guerra. A terminar, digníssimos Deputados, deixo um apelo às Forças de Defesa e Segurança de Moçambique: - Não defendam interesses económicos de um punhado de indivíduos corruptos, defendam sim interesses de todo o País, sem olhar pela cor partidária. Mais não disse. Muito obrigado.

É TEMPO DA FRELIMO MUDAR OU SERÁ FORÇADA A MUDAR! Começou o ano de 2016. Um ano cheio de perspectivas, mas também de desafios e, que se pretende que seja da consolidação da Paz. Um ano em que tal como referiu o Presidente Afonso Dhlakama, devemos dizer basta aos abusos e implantar uma nova ordem política, social e económica. Tal como no passado, hoje, cabe a nós dizer basta a todo tipo de abusos. Esperamos que o novo ano renove as esperanças dos moçambicanos na luta pelos seus objectivos. Uma luta que de resto pode vir a ser difícil mas possível de ser vencida. Tal como referiu o Presidente Afonso Dhlakama, 2016 será um ano de concretizar sonhos. Mas isso só será possível se quebrarmos o nosso silêncio cúmplice perante estes predadores compulsivos e sem escrúpulos. As ameaças e aos cercos, as emboscadas e prisões arbitrárias, aos baleamentos e sequestros policiais, a arrogância e o desprezo. Somos chamados a dizer de viva voz: basta a corrupção e o nepotismo, a crise de transporte e dos preços. Como dissemos anteriormente, apesar de reconhecermos as dificuldades que esperamos, temos a certeza de que neste novo ano nada será como dantes. Porque a nossa luta é justa e a nova ordem política se impõe que seja realidade nas seis províncias onde ganhámos as eleições de 2014, acreditamos que a vitória será certa. Tal como referiu o Presidente Afonso Dhlakama, 2016 será um ano para concretizar sonhos. Mas isso só será possível se todos quebrarmos o silêncio cúmplice perante estes predadores compulsivos e sem escrúpulos que nos fazem de seus moleques e não seus patrões como nos prometeram. Mas ainda esperamos que a Frelimo que convocou para breve o seu congresso extraordinário, aproveite a ocasião para reflectir o que realmente pretende para o país, sob o risco de ser obrigada a mudar ou a abdicar definitivamente de tudo que apoderou a força. É tempo da Frelimo pôr o dedo na consciência e ficar a saber que não é somente ela que no país tem força de qualquer natureza. Deve ficar a saber que a sua força e arrogância, não supera a força do povo. Esperamos do que vai sair do referido congresso, se será a continuação de todo o mal que foi cometendo ou se pretende introduzir alguma mudança a beneficiar o povo ou a si própria. Nós como povo temos a responsabilidade de pôr abaixo toda a intolerância, tamanha aldrabice, mentira, incompreensão, inconsistência, incoerência e guerra que nos são movidos por interesses particulares. Não podemos continuar calados e sem acção perante o aumento de preços e manobras de diversão da Frelimo. Não existe mais espaço para negociar com esta Frelimo, como disse o presidente Dhlakama. É já em Março que o povo deve tomar conta do poder e dizer basta. Mas antes, estamos para ver se a Frelimo muda ou será obrigada a mudar e a abdicar de tudo. 

A palavra reconciliação é tão familiar e agradável para todos. Agradável no falar e no ouvir. Quem não gosta desta palavra? Até os vigaristas gostam. Embora lhes faltem alicerces para concretiza-la, eles gostam. Esta palavra é tão compreensível em nós quando tratamos de aspectos que mexem com o relacionamento interpessoal. Muitos de nós pessoalmente já passamos por experiências que chamam a reconciliação no meio de nossos relacionamentos. Provavelmente falamos ou fazemos algo aborrecido que magoa ou prejudica alguém das nossas rela- ções ou não. Pode ser até com um desconhecido. Mas no lugar de admitirmos e pedirmos perdão pela nossa acção incorrecta, o orgulho ou o medo, influenciados pelo ego, fecham as portas a qualquer tipo de aproximação. Assim ficamos voltados para dentro de nós mesmos e inventamos mentiras contra a outra pessoa. E nos zangamos sem motivo, fazendo muitas contra acusações à pessoa a quem devíamos aproximar para pedirmos perdão e até buscarmos entendimento. E quando pensamos que as pessoas presentes que presenciaram o acontecimento não nos são favoráveis, então retiramo-nos do lugar amuados, murmurando, acusando e até agredindo a pessoa a quem nós ofendemos. Com isso, inicia-se um longo período de afastamento, distanciamento, alienação e até de silêncio. Durante esse tempo, se alguém inocentemente elogia a pessoa a quem ofendemos, amiúde, ficamos ciumentos e ressentidos. Como é hábito, nós apresentamos o nosso lado, claro, destorcido dos factos na tentativa de denegrir o carácter da pessoa a quem ofendemos, e assim, justificar a nossa hostilidade para com ela. É assim como tentamos legitimar todo o tipo de atitudes que para os outros parecem injustificadas, mas para nós são consideradas legítimas. É isso que temos estado a assistir na nossa bela República de Moçambique, onde os “manda chuvas”da Frelimo fazem e desfazem. E volta e meia acusam as suas vítimas. E como todas as instituições estão debaixo das suas ordens, o ofendido sem motivo, vê movido contra si um processo judicial. É acusado por problemas que deviam pesar sobre gente graúda que se encontra impune nas esferas do poder. Na verdade acontece no nosso país é que o regime ditatorial da Frelimo nunca foi desmantelado, por isso, aquele regime militar ainda continua intacto nas mentes de alguns graúdos trazedores da independência. Eles esqueceram-se que na verdade a independência nacional foi conquistada pelo povo e não por um punhado de chefes burocrata em Nachingueya. Conquistada a independência nacional, abocanharam tudo e continuaram a sanha assassina iniciada na Tanzânia com Mondlane como vítima. Foi assim que a ditadura deixou vestígios na nossa sociedade e isso leva a que os velhos desmandos políticos com uso da ala militar ressuscitem sempre que a nomenclatura se sentir ameaçada. Alguém interesseiro ou desprevenido, pode tentar dizer que o regime que governa Moçambique não é ditatorial. Isso é falso. O nosso país está sendo governado por ditadores que deixaram cair completamente a máscara nos dez anos de Armando Guebuza e tal continua até hoje, a não ser que o próximo congresso extraordinário possa mudar de direc- ção. Uma das provas de que somos governados por uma ditadura está na eliminação física dos incómodos ao regime. Essa tem sido uma das artimanhas das ditaduras, que têm como marca registada a política de extermínio de opositores e também abocanham toda a vida económica do país, roubando tudo para seus bolsos e das suas famílias. As ditaduras perderam ou aliás nunca confiaram no povo. Elas precisam do povo para dar vivas e mais nada! Incrementam a cada dia uma cultura de impunidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que actuam sem freio, promovendo violência contra aquelas pessoas que questionam. Eles são assim e por isso, perdem completamente o apoio popular, que vão continuar a perder até a agonia total. Ninguém pode esperar outra coisa com a Frelimo. Ela já acabou, já era! O recurso as Forças Armadas, Policias especiais e segurança de Estado, só piora a situação de sua popularidade. Andam enganando-se a si próprios criando legiões de comentadores mentirosos que nem sequer sabem o pensamento do povo e andam a mentir-se a si próprios dizendo que está tudo bem e que têm apoio do povo, quando sabem que não têm. Pensam que isso muda alguma coisa quando na verdade nada muda. Nós já dissemos aqui neste Boletim que quem com a história não aprende está sujeito a perder. É preciso aprender com a história e evitar acontecimentos trágicos a semelhança do que foi o famoso verão que a África viveu a bem pouco tempo. É preciso que se lembrem disso senhores governantes e mudem. Mudem por favor porque quando menos esperam, estarão abandonados e escondidos numa toca fugindo da fúria popular. Mudem, compatriotas enquanto ainda podemos alcançar a Paz. Vamos aproveitar os ventos que sopram a favor da reconciliação. Abandonem a violência e a corrupção. O presidente Dhlakama é símbolo de paciência, tolerância, reconcilia- ção e Paz. Aproximem-se desse talento e enterrem o ódio, ciúme e inveja e vamos para frente.

Ivone Soares aproveitou a ocasião para dar a conhecer aos membros sobre o desempenho da sua bancada na assembleia da República, tendo afirmado: “A nível da Assembleia da República fizemos de tudo que estava ao nosso alcance. Lutámos, tivemos uma guerra renhida”. Explicou sobre as propostas apresentadas pelo partido RENAMO sobretudo a das Autarquias provinciais, tendo explicado: “Apresentamos a proposta das autarquias provinciais, como meio-termo para engolir os ‘sapos’, gozaram connosco e reprovaram”. A chefe da Bancada renamista esclareceu que a sua bancada não se cansou e nem baixou a cabeça. “Escrevemos outro projecto de Lei de revisão pontual da Constituição da Republica, tudo isso para acomodarmos a vontade do povo”. Disse aquela parlamentar. Num outro desenvolvimento, Ivone Soares afirmou: “O nosso Presidente já demonstrou que o importante para ele é o bem-estar de todos nós. Por isso ele agora está em sandjundjira e de lá não vai sair de mãos abanando”. A chefe da Bancada da RENAMO encorajou os membros a continuarem na luta pela causa, dizendo que todos devem continuar a ser resistentes, pois não seja com gás lacrimogéneo que se deve desistir. “Temos que ser persistentes, resistentes de verdade e não podemos vacilar, jovens, mulheres e homens, desmobilizados de guerra, ninguém deve vacilar, mas sim devemos chegar onde nós queremos”. A Chefe da brigada parlamentar para encerrar a reunião, chamou a consciência os membros do partido para lembrarem que o seu partido a RENAMO é muito forte por isso ninguém deve esconder sua identidade.

A RENAMO na província de Maputo está a revitalizar as suas bases. Depois de termos noticiado semana passada que a delegada política provincial deste partido, Clementina Bomba concedeu posse e procedeu a inaugurações de delegações em alguns distritos daquela provincia, chegam-nos informações de que a instrução por ela deixada no terreno, está sendo cumprida. O correspondente do Boletim a Perdiz na província de Maputo, reportou- -nos a partir do Posto Administrativo da Matola Sede, da inauguração pela delegação política do distrito municipal n° 8, no passado dia 19 de Dezembro corrente,  da delegação política do bairro da Matola “A”, Quarteirão n°1, vulgarmente conhecido por Mathangueni. A cerimónia foi bastante concorrida e teve como ponto mais alto o acto de posse do elenco político dirigente do Bairro e o içar da Bandeira do Partido RENAMO naquele ponto da província de Maputo. Refira-se que a cerimónia foi encabeçada pelo Delegado Politico da Cidade da Matola, Romualdo Rui Fernando, tendo contado com a participação do Delegado político do distrito municipal n°8, Senhor Félix Nhenganhenga, contou ainda com a presença dos representantes da Delegação política provincial. No seu discurso de abertura, o delegado político da cidade da Matola Romualdo Rui Fernando encorajou os membros a continuarem a apoiar o partido RENAMO na divulgação dos seus ideais, suas Políticas de Governação e na angariação de mais membros para o Partido, tendo enaltecido: “ …só com o desempenho de cada um iremos alcançar os objectivos desejados”. Na sequência, a Senhora Nely Nelson Matenja, representante da Comissão Política Provincial exortou o Delegado Politico do Bairro da Matola “A”, a fazer o uso devido das novas Instalações para o engrandecimento do partido RENAMO e instou-o a multiplicar a participação da Mulher, dos Jovens em particular e dos membros em geral na prossecução das acções poli ticas do Partido. Os membros manifestaram satisfa- ção pelo facto de o partido estar mais próximo no seu local de residência, tendo garantido maior disponibilidade em colaborar com a estrutura montada.

Membros da Assembleia Provincial pela parte da RENAMO, nomeadamente Samuel Eugênio Mandlate- -Chefe da Bancada e Mateus Muchacuare Tomo afecto na Mesa da Assembleia Provincial de Maputo, deslocaram-se no dia 22 de Dezembro corrente, ao terminal de combustíveis da Matola, para se inteirarem com os gestores portuários acerca do incêndio que deflagrou nas torres de cereais (plataforma de carregamento ou descarregamento de cereais), da Empresa STEMA (Silos e Terminal Graneleiro da Matola, SA.), e o sistema de abastecimento de combustíveis. STEMA é uma empresa vocacionada na compra e venda de cerais para o mercado nacional e internacional. Estes membros da Assembleia Provincial de Maputo foram informado, pelo responsável dos CFM que não se tratou de um incidente de trabalho nas instalações da terminal dos combustíveis, mas de um incêndio provocado por pessoas que se introduziram no local para roubarem combustível. A fonte assegura que há pessoas detidas em conexão com o crime, entre elas estão os guardas que garantiam a segurança e alguns trabalhadores da empresa para averiguações. Acrescenta ainda que os homens fizeram- -se ao local usando a via oficial, por onde os camiões cisternas passam e param para transportar combustíveis, o que leva a concluir, por um lado, que se trata de crime organizado ou sindicato de criminosos que tem vindo a desestabilizar o bem-estar do povo e da nossa economia em particular. Por outro, mostra a capitulação do Estado diante dos grupos de criminosos, que até certo ponto controlam e manipulam quem tem o papel de garantir a ordem, segurança e tranquilidade pú- blica. Refira-se que o incêndio causado pelos criminosos, teria sido evitado se existisse controlo da costa marítima e patrulhamento em terra firme de quem de direito. Aliado ao desleixo no controlo das instituições públicas e privadas, está a falta de motiva- ção para com os trabalhadores.

as duas partes? E se houve, quais foram? Resposta: Nós quando fomos contactados pela RENAMO a primeira coisa que solicitamos é que essa operação fosse dirigida pelo Estado, essa foi a condição que colocamos, e a RENAMO concordou. Naturalmente a RENAMO sempre teve espaço para falar com o Governo. Nós não colocamos como indivíduos. E não é pela primeira vez, desde que iniciamos com esse processo nunca colocamos condicionalismos para o nosso envolvimento. Nós tínhamos consciência dos riscos, mas nós tivemos a confiança das partes, porque acreditamos que ao longo de todo processo da mesma forma que trabalhávamos haveríamos de continuar. Pergunta: O Presidente da Repú- blica disse que os intermediários não transmitem fielmente a mensagem e a RENAMO também dispensou os mediadores e até agradeceu, qual é o vosso posicionamento ou o que pode ter acontecido para que as duas partes desistissem de vós como mediadores? Resposta: Obrigado. Vamos colocar como os termos devem ser, somos chamados de observadores/ mediadores e não intermediários, eu penso que o Presidente da República foi bastante claro...ele não falou de mediadores e nem observadores. Nós não nos revemos naquilo. Não sentimos que aquela mensagem era para nós por um lado. Mas por outro, como nós dissemos que recebemos um convite oficial pela RENAMO o encontro que tivemos com a RENAMO foi a pedido dos mediadores e eles manifestaram, foi um pronunciamento e nós não sabemos qual o real alcance que aquilo teve embora tenha sido um pronunciamento pú- blico. Então nós fomos convidado de forma oficial e então se uma das partes é signatária de alguns entendimentos com outra parte não sei qual é, e até aqui, por aquilo que sabemos não houve nenhum pronunciamento nesse sentido. Pergunta: Então quem são os intermediários referidos, se nós sabemos que são vocês que testemunhamos pelas imagens? Resposta: É importante nós sabermos que é esta interpretação que as redes sociais, mas todo mundo sabe que para além de nós que estão envolvido principalmente no processo de diálogo, há muitas outras pessoas, grupos, que têm estado a movimentar-se a volta dessa questão da paz. Portanto como o Nyusi não falou de mediadores e nem de observadores, naturalmente nós não nos revemos nessa pele de sermos intermediários, e temos indicações que esses pronunciamentos não eram para nós. Cada um de nós recebeu um convite subscrito pelo Presidente da RENAMO e o Presidente da República na altura Guebuza a convidar-nos pessoalmente para fazer parte deste grupo, portanto nós não somos dispensados pela conferência de imprensa, portanto nós estamos a espera que o lí- der da RENAMO nos escreva a dizer que não precisa de nós. Pergunta: Será que tudo que estão a dizer nesta conferência de imprensa tem como resposta a tudo aquilo que a RENAMO disse e não tem nada a ver com o que presidente Nyusi disse? Resposta: Quem falou abertamente dos mediadores foi a RENAMO (seu porta voz, sr Muchanga) que falou que nós éramos aprendizes e que precisavam de outros mediadores e que nós estamos dispensados. Nós estamos a aguardar calmamente que recebamos por escrito essa dispensa.

Foi assim que falou António Muchanga dirigindo-se à imprensa na sequência dos pronunciamentos dos mediadores que acabamos de reportar: Senhores Jornalistas, Queremos esclarecer ao povo mo- çambicano que os ex. Mediadores do Diálogo faltaram à verdade porque não esclareceram o que Dom Dinis fez em Gorongosa no local onde encontramos o Presidente Dhlakama. Ele orou para o atacante do Presidente Dhlakama o Reverendo Chembeze e o Sheik Abibo, ignoraram esse facto que religiosamente é relevante. Omitiram as declarações do Dr. Rosá- rio no jornal Savana onde este encorajava os generais da Renamo a abandonarem o líder Afonso Dhlakama. O Dom Dinis Sengulane não só orou para o atacante matador como também no fim de semana seguinte esteve em Xai-Xai na Igreja Anglicana onde se pronunciou publicamente sobre o desarmamento da Renamo, pelo que não constituem verdade as declarações segundo as quais eles andaram no silêncio por dois meses, aliás esta preocupação deles foi manifestada no encontro de há um mês e meio no hotel Cardoso onde o porta voz foi Dom Dinis e Sheik Abibo, onde António Muchanga deu os devidos esclarecimentos. Lamentavelmente os nossos clérigos não dizem o que o padre Couto disse no encontro do Hotel Cardoso, pelo que o nosso apelo é: cada pessoa assumir as suas responsabilidades aliás há uma máxima religiosa que nos ensina que os pecadores devem se redimir dos seus pecados, lamentavelmente o Reverendo Chembeze esqueceu desse adágio eclesiástico o mesmo aconteceu com Dom Dinis Sengulane e o Sheik Abibo pelo que não temos mais nada a não apelar ao povo moçambicano a reflectir sobre o objectivo desses nossos concidadãos mas a verdade é uma eles já não são Mediadores do Diálogo entre o Governo e a Renamo e se o problema deles é a carta a mesma pessoa que os endereçou a carta vai o fazer. Muito Obrigado. Boas Festas.

O Delegado Político da RENAMO na Cidade de Maputo, Arlindo Bila dirigiu uma reunião de quadros a este nível, onde considerou o ano político 2015 como tendo sido de pouca produtividade e exigiu aos seus quadros, mais trabalho e melhores resultados no ano 2016. Falando na hora do balanço das actividades do ano político que está prestes a terminar, aquele dirigente da cidade capital fez menção às actividades que ele e a sua comitiva fizeram, desde a revitalização das bases convista a imprimir uma melhor dinâmica, trabalhos de mobilização e recrutamento de novos membros que culminou com a entrega de mais de dois mil cartões aos novos membros. Arlindo Bila disse que o ano político 2015 foi pouco produtivo, pois não atingiu as expectativas. Mas, por outro lado agradeceu aos quadros que lhe apoiaram em todo ano, dentre a comissão política, as ligas da Juventude e Feminina além das delegações distritais representadas pelos respectivos delegados. Refira-se que Arlindo Bila quer que o ano político de 2016 seja de mais trabalhos e de melhores resultados superando o 2015. E mais, exigiu que todos quadros e membros estejam cada vez mais envolvidos em todos programas do partido e do seu Líder. E pediu aos membros e simpatizantes da Renamo e aos citadinos de Maputo um apoio incondicional à Sua Excelência Presidente Afonso Dhlakama.

 

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