domingo, 10 de janeiro de 2016

Congresso da OMM é já em Fevereiro

O VI Congresso da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) que primeiramente esteve agendado para Dezembro último será realizado entre os dias 10 a 13 de Fevereiro próximo, num encontro a ter lugar na Escola Central do Partido Frelimo, na Matola, província de Maputo.
O adiamento da reunião daquela agremiação deve-se há vários motivos, dentre os quais, a sobreposição da agenda da maioria dos membros, para além da coincidência com as festas do Natal e final do ano.
O Congresso poderá juntar mais de 1200 participantes, sendo 827 delegadas que foram eleitas recentemente nos diferentes pontos do país e o restante são convidados, desde nacionais e estrangeiros.
De entre os convidados estrangeiros estarão as representantes das ligas femininas dos partidos dos movimentos de libertação do continente africano, assim como as de outros continentes com tradicional com a OMM.
Neste momento os gabinetes centrais, provinciais e distritais estão a intensificar os trabalhos de divulgação e recolha de subsídios a nível dos seus membros e da sociedade civil para garantir debates acesos em torno dos problemas da sociedade moçambicana.
Acredita-se, por outro lado, que o adiamento visava permitir o aprofundamento dos trabalhos de divulgação e recolha de subsídios nas comunidades.  
A porta-voz do IV Congresso, Xarzada Selemane Orá, disse que os gabinetes estão a trabalhar nas comunidades de forma a recolher as propostas e melhores  estratégias que levem a OMM  a um exercicio  que lhes possibilite enfrentar os grandes males que ainda dificultam o crescimento do país, entre eles, os casamentos prematuros, a violência doméstica e o empoderamento da mulher.
A iniciativa vem pelo facto de aquela organização reconhecer que ainda existem famílias na sociedade moçambicana que não se libertaram dos preconceitos que dificultam a libertação da mulher.
Xarzada Selemane Orá citou ainda o tratamento desigual da rapariga e o rapaz e o trafico da mulher e da criança, os quais considera que são males que dificultam a possibilidade da mulher adquirir capacidades para a sua plena participação no crescimento do país.
Outro ponto que está a merecer maior aprofundamento nos encontros nas comunidades, segundo a fonte, tem a ver com a revisão dos estatutos da organização, cujo objectivo é inserir algumas matérias que se acredita serem pertinentes neste momento. Os estatutos são revisitados cinco em cinco anos.
Não teremos algo de novo na agenda para além do que estava programado, mas esse tempo vai nos permitir preparar até ao detalhe o nosso congresso. Isso quer dizer que os debates serão aprofundados sobre as questões que já vínhamos discutindo. Vai possibilitar para que a OMM possa recolher mais subsídios, ideias e contribuição para a implementação do programa que a OMM leva, disse.
Contudo, no IV congresso cujo seu lema é "Mulher moçambicana pela Unidade Nacional, Paz e Progresso" será proclamada a nova presidente da organização e analisado e aprovado o programa de actividade para os próximos cinco anos, eleição dos membros do Conselho nacional, entre outros.
Actualmente a OMM conta com novas secretárias provinciais de Niassa, Nampula, Tete e cidade de Maputo. A agremiação estima em mais de três mil e 700 membros, a nível nacional.  

Sem comentários: