Sexta, 06 Novembro 2015
O NOVO Presidente da Tanzania tomou posse ontem, dia 5, numa grande pompa, num estádio de Dar-es-Salaam, na presença de vários chefes de Estado vizinhos, entre os quais o Presidente moçambicano Filipe Nyusi.
No seu discurso, John Magufuli aludiu brevemente a controvérsia sobre a sua eleição contestada pelo seu principal adversário Edward Lowassa e sobre Zanzibar, onde a votação foi anulada.
Os tradicionais tiros de canhão soaram no grande estádio de Dar es Salaam para esta grande cerimônia marcada por desfiles militares, passagem de aviões caças, sessões de oração e demonstrações de dança.
Na tribuna oficial estavam chefes de Estado e de Governo como Filipe Nyusi, de Moçambique, Jacob Zuma, da África do Sul, Robert Mugabe, do Zimbabwe, Paul Kagame, do Ruanda, Joseph Kabila, da RDCongo, Uhuru Kenyatta, do Quénia, Yoweri Museveni, do Uganda, entre outros.
John Pombe Magufuli encerrou a cerimónia com um discurso, onde fez uma breve alusão ao tema quente do momento no país: o arquipélago semi-autónomo de Zanzibar, onde a eleição presidencial local foi anulada por alegadas fraudes.
"Agradeço ao Senhor por nos ter permitido adoptar uma atitude de paciência e tolerância. Saúdo os nossos irmãos de Zanzibar que vivem uma provação. Que o Senhor nos dê sabedoria para chegar ao final deste teste em paz ".
E depois o novo Presidente quis pôr um fim às reivindicações do seu adversário na corrida à chefia do Estado, o ex-primeiro-ministro Edward Lowassa que alega ter ganhado. "Eu sou o Presidente da Tanzânia: John Pombe Joseph Magufuli e vamos começar a trabalhar ", disse.
"Agora é hora de nos unirmos e pôr as nossas diferenças ideológicas de lado," disse, conciliador, Magufuli, 56 anos, aos milhares de simpatizantes que enchiam o estádio, debaixo de chuva.
"Vou trabalhar para todos os tanzanianos independentemente das suas filiações tribais, religiosas ou ideológicas", afirmou o novo Presidente, que assume os destinos do país em substituição de Jakaya Kikwete, que serviu dois mandatos.
Os líderes da oposição do continente, bem como o da ilha de Zanzibar, não estiveram na cerimônia. (RFI/Reuters)
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