Wednesday, October 7, 2015

Se Nyusi deixasse claro o objecto de sua agenda, seria 'fixe'.

Uma coisa me precipita a pensar que Nyusi, o empregado do povo de coração grande, esse que na cabeça dele só cabe a PAZ PAZ PAZ, está em mãos lençóis, acho:
CHISSANO, o pacificador, geriu 2 mandatos presidenciais divididos claramente entre 3 objectos: PAZ, RECONCILIAÇÃO e DEMOCRACIA (entenda-se emergente). No período de seu reinado, se viveu essa paz ah nossa maneira, com 'buracos aqui e acolá, mas nada que um café e conta bancária não resolvesse. Foi assim que no mundo éramos referenciados, o povo da paz. Mas ninguém queria saber de nós, 'a excepção daqueles 'malucos' da mozal e dos lodges pelas belas praias deste indico. Na mesma altura, o país andava prenhe da auto estima de pobre: POBRE MAS FELIZ. Aqui ficou a grande nódoa de Chissano, pensar que a paz era tudo para um país. Instituições de Estado iam ruindo, infra-estruturas públicas quase fora da agenda. Tudo era mesmo a "txova-xita-duma", o tal deixa-andar. Continuamos tão 'ninguens' que até Zimbabwe no seu pior estava melhor.
GUEBUZA, o homem da mão na massa, resumiu os seus 2 mandatos e forçou tudo num objecto: DESENVOLVIMENTO. Para ele, essa de "pobre mas feliz" não cabia em si. E cá por mim o homem tinha razão, e continua tendo. O país se construiu a boa velocidade, que só nega quem mesmo não quer saber de coerência consigo mesmo. Guebuza se impôs muita coisa a si próprio, incluindo combater as 'mazelas' do seu antecessor e pôr a máquina a funcionar. Problema é que como moçambicano de gema, só falou mas não sabia como fazer: reduziu um pouquinhooooo o deixa-andar, mas aumentou muitoooooo a corrupção, o camaradismo. Nessa, ignorou que desenvolvimento implica vários factores, e envolve vários actores. Mandou manguito para os outros e só olhava para a sua máquina, e resultado está aí: deixou o país numa encruzilhada de tiros. Mas o país cresceu, cresceu, cresceu e o deixou acrescer.
NYUSI, o homem que se supunha de viragem no paradigma,ainda não deixou claro o seu objecto de trabalho. Até cá parece mais preso em liberdade condicional. Virou todas as palavras, da poesia de guerra de Guebuza ele vem com uma poesia mais romântica, tão romântica que o patrão virou empregado. Mas, para além desse romantismo de Nyusi, o que preocupa é que me parece que a agenda de desenvolvimento e construção do país vai perdendo espaço, e o que se vai colocar no seu lugar não está ainda claro. Por falta dessa clareza, me parece que vai o seu colectivo se aproveitando da situação actual para centrar o seu discurso e extasiar a mente das pessoas: tudo agora gira em torno de PAZ, aliás, PAZ PAZ PAZ. Estaremos a voltar para a década de Chissano, quando tudo que nos interessava era jogar o puzzle dessa palavra, ou estamos simplesmente sem a bússola do norte? A paz é um bem irrevogável, que o PR devia sim se sentir mal se continuar a deixa-la com esses 'buracos', mas pendurar a agenda de desenvolvimento sem mais nem menos, não me parece o melhor presente para este país.
Neste dia da PAZ, se o PR pudesse deixar o romantismo e deixar claro o objecto de sua agenda, seria 'fixe'.
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(não me esqueci de Samora, nem do lider)

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    • Elias Castro   óptima colocação ..... Sobre Samora não sei o que dizer mas sobre o "Rider" esse daí trata-se do desafio perene de derrubar desde que Nyusi era Ministro da Defesa quando atacou os muros de Satungira. Me espanta agora não estar a falar a difidência e do ódio, e sonhar na promoção de uma cultura de reconciliação e solidariedade. De facto, eu acho que o rider enquanto export nas arte do possível, pois a sua diplomacia me parece estar a ter espaço a cada um dos governo citados por ti incluindo o de Nyusi por basear-se agora numa convicção firme e perseverante de que a paz pode ser melhor alcançada pelo diálogo e a escuta atenta e discreta, do que com recriminações recíprocas, críticas inúteis e demonstrações de força.
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    • Lindo A. Mondlane Excelente... Pobre mas felizes e em paz... Esquecemos da desordem e o caos q estava feitoa aquela republica dos 18 anos
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    • Dickson Paulo We are so far way to achieve the real PEACE. What we have got, in my point of view is that our Country has NO, underline, HAS NO a leader who is capable of seeing things in different ways. A Real Leader LIKE SAMORA M MACHEL, A Great LEADER with a powerful leadership. What we have got here is ONLY, underline ONLY a lier. FULL STOP
    • Fidelina Mondlane Essa PAZ PAZ PAZ que o nosso PR tanto fala, interessa nos a todos, e como bem disseste é um bem irrevogável, mas o PR precisa ser mais pragmático quando o assunto é esse. Sinceramente falando, a mim parece não haver vontade politica para resolver este assunto que é indispensável para levar avante o tao aclamado DESENVOLVIMENTO, foram cerca de 20 pessoas mortas e sabe se lá quantas mais por ai, e os que deveriam resolver só aparecem a lamentar, se eles lamentam, nós o POVO lamentamos, as famílias das vitimas lamentam, quem vai resolver??? Quem vai tomar uma ATITUDE com vista a evitar cenários futuros???
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    • Sarmento Julio Armando Disseste alguma coisa digna de nota!... Parabéns!
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    • Andre Uandela Saudades do Guebas, hem Ser Huo? O "velho" tinha ideias e parece ainda tê-las. Sempre que aparece deixa no ar a sua visão de Moçambique: um país forte, desenvolvido, em que as pessoas (o indivíduo) são donas do seu destino. Sem eufemismos nem paternalismos baratos.
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    • Ser - Huo Ontem quando escrevi este posto estava na terra daquele King que 'Mswata' as donzelas para escolher a sua próxima "pita" oficial, foi que não voltei mais ao fb. De tudo, queria sublinhar o que a Fidelina Mondlanediz, é preocupante que eu, da população em geral apareça a lamentar a instabilidade do país, a morte de compatriotas, e aqueles que devem garantir a estabilidade do país, a segurança das pessoas, também aparecem em coros de lamentações. E a questão é mesmo essa: "estamos a ser donos das palavras, mas primos da pratica". O maior medo que tenho é como disse Dhlakama, "aparecer outro malandro pior" para resolver este problema, aí a coisa pode ficar em cinzas.

      Dickson Paulo, was Samora a great leader? Bring your assumptions under the table man.

      Andre Uandela, não estou com saudades de Guebuza, estou com saudades de amanhã, porque o hoje está tremido, muito tremido. Me parece que estamos cada vez mais num vazio de liderança; e quando isso acontece, é normal recorrermos a exemplos recentes, e aí é certo que AEG sabia com aquele confiança meio arrogante dele pôr as ideias e coisas claras, embora nem sempre certas. O que está a acontecer agora é que parece parece nem sabemos para onde vamos. 

      Sarmento Julio Armando , gostei dessa, "disseste alguma coisa digna". Hehehhhh, um dia ainda digo coisas dignas.
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    • Sergio Vieira Niuaia A história de PAZ tem descontinuidades próprias de percurso. As vezes seu progresso alavanca-se a partir da sua própria instabilidade. Importa que novos dirigentes dominem as habilidades da condução dos processos de PAZ, de forma a contrariar suas tendências de entropia. 
      É preciso que as lideranças tenham um olhar PANOPTICO dos problemas de gestão da PAZ. 
      Em qualquer país que tenha passado por guerra interna, a PAZ já não é mais natural, ela deve ser cultivada, mantida, assegurada e garantida para continuidade. 
      A gestão dessa componente de governação parece depender das políticas dos governos, mas ainda é muito influenciada pelo carácter de seus representantes. 
      Na atualidade, está sendo provado que seus gestores devem assumir posições mais contingências em sua gestão, e precisam fazê-la com muita prudência. 
      Um dos principais de desafios das lideranças atuais é a capacidade de manutenção da PAZ. 
      Usem quaisquer que forem as estratégias, mas garantam a PAZ, senão...
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