domingo, 25 de outubro de 2015

O chigevenge e as armas

Recolhidos os cacos de uma tormenta aparentemente passageira, e seus destroços, temos todos o dever dentro do interesse nacional, ajudar o nosso timoneiro presidente Filipe Nyusi, a fazer chegar o barco a bom porto.
Em primeiro de tudo há que considerar que não há uma disputa de poder nem de legitimidade, sendo necessário o estabelecimento de consensos, e a criar condições de governabilidade, que não alimente crises políticas.Sabemos a quem o povo atribuiu o poder, quem são os deputados do parlamento nacional e provincial, os tribunais e orgãos de soberania, a funcionar dentro do enquadramento legal necessário. O estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia das normas, da separação dos poderes, e dos direitos fundamentais.Em outras palavras, o estado de direito é aquele no qual os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis promulgadas.Atenção que uma revisão da constituição não é um maquinismo para satisfação de interesses individuais ou de grupos, mas de interesse nacional.
Em relação à questão do desarmamento,concordo com a asseveração do Ministro do Interior Basílio Monteiro, assim como o Ministro de Defesa Salvador Mtumuke, de que apenas as autoridades políciais e militares devem ter armas,bem como a asserção de D.Dinis Sengulane, quando este afirma que havia muitas armas em mãos erradas. Efectivamente as armas não podem estar nas mãos de chigevenges, mas nas mãos de autoridades.O chigevenge na posse de uma arma, o seu interesse é matar,são malahitas.A posse de arma para ele significa deter o poder de intranquilizar, e manter refém do medo a sociedade no seu todo; deter o poder de matar o sonho dos jovens e crianças, assim como desassossegar o governo , o descanso e sono dos anciãos e de Deus,..Porque os malahitas (assassinos) com uma arma são um desafio a Deus.Será que o anjo mau que foi expulso, poderia algum dia penitenciar-se, ou esta condenado para sempre às profundezas do inferno?
Desarmar a Renamo antes de qualque diálogo, deve ser também a postura de todos os mediadores, para que finalmente possamos ter esperança, que os encontros produzam resultados tangíveis, sabendo o que queremos atingir, partindo de um pressuposto sério, de respeito pelo poder constituído.Queremos de imediato que a Renamo produza sem dealongas a lista dos seus homens a integrar nas FDS.Os mediadores são humanos, não seres acéfalos ou descerebrados, são pontes para um possível entendimento ou ruptura.Mas para que um diálogo seja honesto, há que se respeitar o poder constituído, ou melhor reconhecer a sua legitimidade, e as FADM como o único exército nacional e o corpo de polícia de Moçambique, o único instrumento de manter a lei e ordem pública.
Passamos grande parte do tempo tentando recolher os cacos, e destroços da devastação, produzida por um Dlhakama, senhor de personalidade irreverente, e violência espantosa, como uma bactéria viral, mas que não compra pão a ninguém,nem constrói escolas, nem hopitais,casas de habitação, estradas etc, pelo contrário, quer destruir tudo,...  Cuja acção caso não fosse travada, seríamos incapazes de antecipar o grau de intensidade e dimensão do estrago a seu alcance.De entre as incongruências habituais, pretendeu subverter a ordem constitucional, e foi desalinhando, à custa do incitamento, a violência,o odio tribal,  e espalhar o separatismo,usando o argumento das armas de fogo, ignorando o compromisso politico, de que o poder conquista-se pelos votos.
Alguns bateram palmas, e essas palmas tiveram eco num certo sector da sociedade portuguesa com passado colonial,  e anuência de um e outro membro da elite, da direita neoliberal, que governa miseravelmente Portugal.O pasquin Canalmoz tem aplaudido,no entanto sabemos que o jornaleco é produto de financiamento sombrio, com apoios dos denominados retornados, assim como acontece com um certo blog reacionário, do cidadão português e ex-PIDE-DGS e Dinfo, Fernando Gil.Épor isso que alguns se perguntam, onde afinal ficam os escritórios  da União Europeia?Lisboa, Maputo ou Bruxelas? Pergunto, o que temos nós a ver com retornados Portugueses?
Nós somos moçambicanos, com identidade própria,passaporte nacional, e uma bandeira.
Afinal a quem interessa a instabilidade social e política?A nós moçambicanos, não com certeza.O governo deve actuar firme, e ser implacável, contra aqueles que põem em causa a segurança do estado , mas magnânimo solidário, e benfeitor com os mais frágeis e desfavorecidos.
E por mais que naveguemos em tormentas assustadoras, não abandonamos o leme,e nem sucumbiremos a chantagem.Não descansaremos enquanto não desembarcarmos em bom porto, cientes do bom desempenho, para que os moçambicanos tenham serviços de saúde, educação,transporte,casas electrificadas decentes, e um pedaço de bom terreno, para se plantar  o sonho.O que nos distingue dos outros é que apenas se passaram 40 anos, julgando alguns dos nossos inimigos, que ainda estão a tempo de contrariar a vontade dos moçambicanos e da história.O legado político de Eduardo  Mondlane, Samora Machel, Chissano,Armando Guebuza, que nos permitiram erguer a nossa república e a moçambicanidade, continuam fonte de inspiração a  Filipe Nyusi, a classe dirigente, e para a maioria de todos nós,como uma arma contra contínuos escolhos maçadores; continuaremos a abraçar a democracia, reforçar alianças saudáveis, e a formar o homem,para que este  cresça de forma hamonizada, dotando-o não somente de conhecimentos técnicos e cientificos, mas  de valores como a unidade nacional ,solidariedade e civismo.
Unidade Nacional, Paz e Progresso
PS. Como autor do texto reservo-me no direito de não permitir que o texto seja reproduzido na rede social, na ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.
Ps.O partido Liberal Canadiano , do centro esquerda, obteve uma maoiria absoluta, pondo fim dia 20 de Outubro a uma decada de dominio do partido Conservador,e  trouxe um nome famoso a ribalta da politica canadense.Refiro-me a Justin Trudeau, filho de Pieere Trudeau que foi primeiro ministro do candada de 1968 a 1979 e de novo 190 a 1984
Inacio Natividade

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