Vakitheeee
A questão da Diplomacia ocidental ou, se quisermos ser mais concretos, há qualquer coisa por ser melhor esclarecida em Moçambique em relação a UNIÃO EUROPEIA.
A Renamo organizou muitos comícios ameaçando retornar a Guerra, exibindo musculatura bélica e muito mais, não houve comunicado.
A Renamo, há meses, executou alguns cidadãos em Muxungué, não houve comunicado.
A Renamo, há poucos meses, emboscou e assumiu o ataque, uma brigada das FDS - Forças de Defesa e Segurança, em Moatize, não houve comunicado.
A Renamo, na pessoa do seu Líder, neste corrente mês de Setembro, mandou sequestrar um Administrador Distrital e um Secretário de um Partido Político, tendo dando ordens para que fossem inclusivamente amarrados, não houve comunicado.
A Renamo, em Amatongas, Província de Manica, assassinou um motorista de transporte semi-colectivo, curiosamente pai de uma atleta nacional, aterrorizando as populações, não houve comunicado. Na seqüência desse acontecimento, as FDS deslocaram-se a Amatongas para repor a ordem. Os homens da Renamo atacaram as FDS e estas reagiram, tendo resultado a morte de 23 guardas pessoais do líder da Renamo - aqui houve,
TUDO - COMUNICADOS e REUNIÕES com a RENAMO.
Vamos por partes:
1. Comunicados:
A) será normal, aquela entidade diplomática, sob o prisma da nossa soberania, emitir comunicados que de forma inequivocamente unilateral, demonstram maior protecionismo ao partido da oposição que agride o Estado e não ao Governo que gere o Estado?
B) será correcto, sob ponto de vista técnico-diplomático que uma representação diplomática, ao emitir os seus comunicados, inste o nosso governo LEGITIMO com linguagens como:...o governo deve..., o governo deverá...? Pode fazer isso? Não é afinal forma correcta de comunicar diplomaticamente, dizer:... Nós somos de opinião de que...apelamos para que...seria de bom tom que... Etc etc etc? Não seria o caso?
2.Reuniões.
Após ocorrências em Amatongas, em relação as quais a UE entendeu que devia se manifestar, porquê prioritariamente reunir com a Renamo e não com o Governo para obter informações oficiais, independentemente de depois depositar crédito nelas ou não e a seguir ir reunir com quem quiser?
Qual é esta diplomacia? É a da ingerência ?
Será que os diplomatas da UE chegaram todos a Maputo no dia 26 de Setembro de 2015 e não sabem nada do que aconteceu antes, perpetrado pela Renamo?
Será que em Africa, a actuação da UE, enquanto parceiro estratégico nomeadamente para o financiamento dos Orçamentos Gerais dos Estados, tem necessariamente de ser de tipo intrometido, metido, impositivo, impostor, mandante?
E se supusermos ou se corresponder à verdade o que se tem dito, sobre eventuais reuniões sobre o 26 de Setembro, envolvendo a UE e diplomatas do Canadá e Estados Unidos da América, já fora do simples âmbito da UE, o que devemos entender?o que visa essa concertação diplomática? Apoiar na estabilização do Estado moçambicano? Se sim, como sem ouvir primeiro o governo que gere o Estado? Qual a sensação que fica para os moçambicanos de bem quando a UE e outros parceiros mais parece actuar para o lado de quem desestabiliza o Estado?
Porque razão não parece haver do lado da UE, preocupação nenhuma com o facto de ela poder ser conotada como sendo um dos rostos da nossa desestabilização? Não há nenhum problema diplomático na sua actuação?
Não será uma tese de um nível acadêmico, por esta altura, perceber, QUID JURIS em relação à atuação da União Europeia em Africa e da UNIAO AFRICANA no ocidente sobre conflitos armados ou desinteligência políticas interna dos estados,?
Ja falei.
Seria suposto este post ser comentado por quem tem a mínima compreensão da hermenêutica dos conflitos em territórios africanos nos periodos pos-colonias.
Vakitheeeee
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