Wednesday, October 7, 2015

EUA devolvem ao Iraque antiguidades roubadas em operação contra EI

Por  em 

Artefatos recuperados são exibidos no Museu Nacional de Bagdá

Artefatos recuperados são exibidos no Museu Nacional de Bagdá

O governo dos Estados Unidos devolveu ao Iraque nesta quarta-feira antiguidades que disse ter apreendido em um ataque a combatentes do Estado Islâmico na Síria, e afirmou que as obras são a prova de que os militantes estão financiando sua guerra com o contrabando de tesouros antigos.
As relíquias iraquianas foram tomadas pelas forças especiais norte-americanas em uma operação em maio contra um comandante do Estado Islâmico conhecido como Abu Sayyaf. Elas abrangem selos cilíndricos antigos, cerâmicas, braceletes metálicos e outras joias, e cacos do que parecia ser um vaso colorido. As peças também incluem moedas islâmicas.
O Estado Islâmico, grupo sunita radical, saqueou alguns dos maiores sítios arqueológicos no norte do Iraque e postou vídeos de combatentes destruindo monumentos pré-islâmicos, que eles desprezam por considerarem que são objetos de adoração.
As autoridades iraquianas têm sido incapazes de verificar a extensão dos danos nos locais sob controle do Estado Islâmico, mas disseram que as imagens da destruição foram divulgadas em parte para desviar a atenção do fato de que o Estado Islâmico está contrabandeando antiguidades para levantar dinheiro.
– Esta é a primeira evidência tangível de que o Daesh está vendendo artefatos para financiar suas atividades – afirmou o embaixador norte-americano Stuart Jones, referindo-se ao Estado Islâmico por seu acrônimo em árabe. “Seu objetivo é vender essas antiguidades no mercado negro mundial”, disse ele a jornalistas no Museu Nacional de Bagdá, onde os itens foram entregues.
O comandante do Estado Islâmico Abu Sayyaf, que morreu no ataque, foi descrito por autoridades dos EUA na época como o responsável do grupo pela venda de petróleo e gás. Ele foi morto a sudeste da cidade de Deir al-Zor, perto dos principais campos de petróleo da Síria, e a cerca de 100 quilômetros da fronteira Síria-Iraque, território que o Estado Islâmico declarou ser seu “califado”.

No comments: