Segunda, 21 Setembro 2015
ONZE oficiais da Polícia da República de Moçambique (PRM) passaram à reserva na sexta-feira, volvidos 40 anos ao serviço da corporação.
Na mesma cerimónia, que teve lugar em Maputo, foram distinguidos outros 10 oficiais com medalhas de honra como reconhecimento pelo seu zelo e dedicação no exercício da actividade policial.
Xavier Tocoli, da Ordem e Tranquilidade Pública, louvou, na ocasião, o desempenho dos oficiais ao longo das diferentes etapas de crescimento do país e da corporação.
“Estes oficiais que hoje passam à reserva desde a sua mocidade acompanharam o progresso da Polícia e participaram em todos os processos do seu crescimento. Na altura os mesmos deixaram de se dedicar à família, aos convívios, para abraçar a causa da nação”, disse.
Tocoli exortou ainda aos reservistas a não abandonarem a Polícia, mas para que continuem a prestar o seu apoio através da sua experiência para fortalecer cada vez mais a actuação da corporação.
Um dos oficiais que passou à reserva, Campião Faduco, manifestou a sua satisfação pela trajectória do grupo na corporação, tendo destacado, acima de tudo, a perseverança e o patriotismo no cumprimento da missão.
“Sentimo-nos comprometidos com a causa da nação. O caminho trilhado até esta parte mostra o nosso total empenho para com os ideais da Polícia, pelo que esperamos ser um exemplo para as gerações vindouras”, disse Faduco, falando em nome do grupo.
“Sigam as palavras do nosso saudoso herói da pátria, Samora Moisés Machel (primeiro Presidente de Moçambique independente), não vendam o país”, concluiu na sua mensagem às novas gerações.
As FADM devem manter acesa a chama da liberdade – exorta Salvador Ntumuke
Sábado, 19 Setembro 2015
O MINISTRO da Defesa Nacional, Salvador Ntumuke, disse ontem, em Tete, que os desafios das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) passam pela contínua formação e capacitação do seu capital humano, para lhes permitir desenvolver as competências necessárias para interpretarem a ciência e a arte militar, tendo em vista o acompanhamento permanente às profundas e difusas ameaças e às rápidas transformações que ocorrem no planeta.
O titular da pasta de Defesa Nacional, que falava na abertura da semana comemorativa do 51.º aniversário das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, a acontecer no próximo dia 25 de Setembro, afirmou que as FADM têm como agenda a defesa da Independência Nacional.
“As FADM têm uma grande responsabilidade de manter acesa a chama da liberdade, garantir a integridade territorial, a defesa e soberania nacional, como fiéis continuadoras da Geração do 25 de Setembro”, disse Salvador Ntumuke.
Ainda no seu discurso, o governante lembrou que o 25 de Setembro é, para todos os moçambicanos, uma data única no calendário da História colectiva do povo, pois marca o início da longa caminhada para a libertação da terra e dos homens e da construção da nação moçambicana.
“Felicitamos as Forças Armadas de Defesa de Moçambique pelo seu aniversário, e exortamo-las para uma permanente vigilância e actuação proactiva nas diferentes frentes”, declarou o general Ntumuke.
Acrescentou que o aniversário das FADM comemora-se este ano sob o lema “Forças Armadas de Defesa de Moçambique, 51 anos defendendo com firmeza a Unidade Nacional, a Soberania e a Paz”.
Trata-se, conforme disse, de um lema que nos remete para a confiança de que a Pátria Amada é e será sempre indivisível, soberana e pacífica, condições essenciais para o seu desenvolvimento socioeconómico, processo em que estamos todos empenhados.
“Foi há 51 anos que os filhos desta terra, no apogeu da sua juventude, decidiram abdicar dos seus sonhos, no interesse mais nobre de libertar o povo moçambicano do jugo colonial e conquistar a Independência nacional” –afirmou o ministro da Defesa Nacional.
A semana comemorativa dos 51 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique será caracterizada por diversas actividades político-culturais e sócio-recreativas, que incluem palestras, feiras da saúde, exposições fotográficas, retratando a história e o percurso das FADM, para além de programas desportivos e recreativos.
Bernardo Carlos
HISTÓRIA DA LUTA DE LIBERTAÇÃO: Lambo apela à massificação da pesquisa
Sábado, 19 Setembro 2015
O MINISTRO dos Combatentes, Eusébio Lambo, desafiou ontem o Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional (CPHLLN), aos investigadores e estudantes do curso de História no sentido de massificarem a pesquisa e divulgação da epopeia libertadora do país do jugo colonial português.
O desafio foi lançado no final do seminário científico sobre a pesquisa da história da luta de libertação nacional que, durante três dias, vinha decorrendo na capital do país sob o lema “Desafios de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional na Actualidade”.
Segundo Eusébio Lambo, essa massificação e divulgação deve ser feita através da recolha e sistematização das fontes orais como ferramenta importante na pesquisa da história mais recente de Moçambique, registo, sistematização e divulgação dos conteúdos das palestras para que sirvam de fontes de pesquisa, divulgação da história dos heróis nacionais, aperfeiçoamento dos currículos escolares para que contemplem capítulos sobre a história da luta de libertação nacional nas classes básicas de ensino, preservação, valorização e divulgação da história da luta de libertação nacional como património inalienável do povo moçambicano e valorização da data da independência nacional como a data mais nobre na história dos moçambicanos.
O encontro contou com a participação de académicos, pesquisadores da história da luta de libertação nacional ligados a diversas instituições do Ensino Superior no país, combatentes da luta de libertação nacional que tiveram protagonismo directo e indirecto no processo, estudantes do curso de História de algumas universidades, pesquisadores da história da luta de libertação nacional provenientes da Rússia e Alemanha, convidados da Associação dos Deficientes das Forças Armadas de Portugal e do Museu português da Guerra Colonial, bem como de alguns países da África Austral como são os casos da África do Sul, Zimbabwe e Angola.
Entretanto, alguns combatentes que intervieram no evento apelaram aos pesquisadores da história da luta de libertação nacional, sobretudo aos mais jovens, para que aproveitem as fontes orais ainda vivas para o enriquecimento do seu trabalho, devendo privilegiar pesquisas nas aldeias dos combatentes e não somente nas cidades.
Nesse processo de pesquisa, disseram, a história da luta de libertação nacional não deverá ser distorcida, sob pretexto algum.
“Há pessoas que viveram os momentos marcantes da nossa história de libertação. Não podemos aceitar distorções ou branqueamentos da nossa história. A nossa história tem de ser autêntica”, disse Carlos Silyia, director-geral do CPHLLN, numa das suas intervenções.
Foram apontados como desafios para a pesquisa a valorização da história da luta de libertação nacional como parte integrante da vida do povo e fonte de inspiração para as presentes e futuras gerações, o aperfeiçoamento das metodologias de investigação científica da história do país, a melhoria nos métodos e na forma de análise das fontes para escrever a história do massacre de Mueda, permitindo o cruzamento das existentes em Moçambique e Portugal, a necessidade duma comunicação contínua entre as diversas instituições ligadas à pesquisa da história, tanto a nível nacional como no estrangeiro, a valorização das fontes orais anónimas na pesquisa, formação de mais investigadores das ciências sociais, em particular na área de história, a necessidade de se escrever uma história conjunta da luta de libertação nacional entre Moçambique e Portugal, entre outros.
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