XENOFOBIA :ZUMA PEDE DESCULPAS AOS MOÇAMBICANOS
O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu hoje, em Maputo, desculpas ao povo moçambicano pelos actos xenófobos perpetrados pelos cidadãos do seu país que culminaram com a morte de três moçambicanos.
Zuma, que está de visita de Estado de dois dias a Moçambique, pronunciou-se nesses termos durante a reunião que manteve com o Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
É importante pedir desculpa, em nome duma pequena minoria de sul-africanos, que protagonizou estes actos macabros, pois temos em conta que os povos da África do Sul e Moçambique estão juntos desde há seculos e nunca tiveram problemas, disse Zuma, acrescentando que esse acto chocou-nos bastante.
Acrescentou que estar aqui, pela primeira vez, depois do incidente, obriga-me a dizer que lutamos bastante para mitigar este acto macabro. Trabalhamos duro para que este acto não se repita, nunca mais.
Por isso, Zuma sublinhou que precisamos discutir alguns pontos sobre este acontecimento. Quero encorajar às famílias vitimadas de modo a se recuperarem rapidamente.
Ambos os países são irmãos, concluiu.
Falando durante uma conferência de imprensa, no fim do encontro entre os dois líderes, a ministra sul-africana das Relações Internacionais e Cooperação, Maite Nkgna Mashabane, questionada sobre quantas vezes a África do Sul vai desculpar-se pelos actos xenófobos que se repetem, disse que não haverá o número de vezes para pedir desculpas.
O que devemos fazer é olhar para quão determinados estamos para resolver este problema.
Mashabane acrescentou que temos que garantir a eliminação de maus elementos e também que essas pessoas, que não representam o nosso governo, sejam erradicadas.
Sobre a operação Swiela, a ministra disse que está apenas direccionada a estrangeiros envolvidos no submundo do crime.
A operação lida com elementos criminosos alguns dos quais presos. Não está a ter em conta os estrangeiros que contribuem para o desenvolvimento da nossa economia, disse.
Durante o encontro, Zuma admitiu que não haverá deportação forçada de moçambicanos ou outros cidadãos para os seus países, acrescentou.
Segundo a ministra, Moçambique permanece o maior parceiro comercial da Africa do Sul, porém sublinha que fomos chamados a redobrar os nossos esforços para fortificar as relações entre os nossos países.
O comércio duplicou desde a última vez que revimos esta área, disse a ministra.
Enquanto isso, o ministro dos negócios estrangeiros e cooperação, Oldemiro Baloi, disse, ainda sobre xenofobia e a operação Swiela, que os dois governos devem se comunicar frequentemente, em jeito de prevenção.
Falamos da necessidade de nos reunir com maior frequência, pois isso há-de funcionar como um factor de prevenção, disse Baloi, acrescentando que há um fluxo de crescimento nas relações comerciais entre os dois países, sem avançar detalhes.
(AIM)
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