Da Força da Mudança, Mudança Controlada, ao Fracasso da Política, como outros apelidaram, Moçambique transformou-se no Reinado de Guebuza. Pela presidência que muitas vezes foi questionada, levando alguns analistas e público em geral a olhar para Guebuza como presidente de défice de popularidade. Outros foram ao seio do Partido Frelimo como arrogante e da ala dura do Partido Frelimo. Uma presidência com baixa popularidade, muitos apelidos que afluindo da opinião pública, de académicos, e com apenas buraco constitucional para a punição democrática de Guebuza, preferi atribuir à República de Moçambique de Guebuzistão. Finalmente tudo foi desaguar num aparente humilhante colapso do Guebuzistão. Razões por detrás desta nota são incomensuráveis, mas pretendo piscar o olho ao público para não se iludir com este colapso.
A mudança de designação da República Popular de Moçambique para República de Moçambique não mudou o rumo da política, mas do comportamento dos actores. O aparente colapso do regime guebuzistiano não deve iludir o cidadão à mudança político-democrática como dado adquirido. Foi através da eleições que a Alemanha tornou plantou o Nazismo, da mesma forma que o voto atribuiu Fascismo à Itália de Mussolini. Este colapso rememora a queda da União Soviética e o fim da Guerra Fria. Talvez fosse inadequado equiparar as chamadas alas dura e ala moderada do Partido Frelimo ao fim da Guerra Fria, porém me parece necessário olhar para o “pagamento do preço à banda que fez o espectáculo.”
A economia a escala democrática nacionais foram afectados pela dita arrogância. Moçambique (1) continuou na escala de país parcialmente livre (democrático) nos dados da Freedom House; (2) o produto interno público estagnou, (3) o engraxamento do sapato agravou-se (como alguns estudos mostraram); (4) as aulas pararam nas zonas directamente afectadas pela guerra dos 16 meses (5) indescritíveis foram os cancelamentos de passagens de turistas nacionais e internacionais que pretendiam usufruir da beleza da pérola do Índico. Mas que pérola do Índico? O Guebuzistão permitiu que da guerra dos 16 anos, resvalássemos na guerra dos 16 meses. Mais do que os dados que apresento acima, são as vidas de moçambicanos civis e das forças armadas do Guebuzistão, para além dos homens da segurança do “pai da democracia em parte incerta.” A pérola do Índico transformou-se em Índico do sangue. Quem paga o preço?
Pagar o preço num país bem equipado para proteger os heróis da libertação nacional parece impossível. Porém, nada de nos iludirmos da queda do Guebuzistão com a revolução no seio da Frelimo. Nada evidencia que a arrogância viesse somente de Guebuza, senão a aparente queda do Reinado Guebuziano. Nada nos evidencia o posicionamento de Nyusi nas alas da Frelimo. A enaltecida coragem da Alcinda de Abreu que circulou na imprensa nacional e internacional não deve ser confundida com o fim dos conflitos nas alas da Frelimo. A mudança apenas será avaliada com dos resultados tangíveis e intangíveis da Presidência de Nyusi. É tarefa de Nyusi limpar o Índico do sangue, voltar à pérola do Índico. Parar de investir nos helicópteros da presidência aberta e investir na melhoria da vida dos Moçambicanos e não na palhotização.
A bandeira nacional continua com a arma e a enxada e nada indica o fim do domínio da arma sobre a enxada, como antes escrevi. O Acordo Geral de Paz estabelece a revisão do Hino e Bandeira Nacionais. Porquê a manutenção da actual bandeira? Mesmo com canção da agricultura como fonte de rendimento, o orçamento tende à militarização a menos que Nyusi e sua equipa mudem de agenda e reduzam a agricultura de subsistência em agricultura de rendimento. Onde vai cair Moçambique com o fracasso do “café da Joaquim Chissano” que dura incontáveis rondas? E o assassinato de Cistac? O que significa o fracasso do Acordo Dlhakama-Nyusi? O que significa a palhotização – como Chambote apelidou – no início governação de Nyusi? Quem nos garante que.... <<falta texto>>
por: Nhantumbo
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