Tecnicamente são assuntos "inconjugáveis". Mas uma análise mais conjuntural pode uni-los. Em Moçambique monta-se uma gráfica (rotativa de impressão de jornal) não para fazer negócio. Para fazer política. No lugar de as gráficas atraírem os principais jornais da praça, querem ver os principais jornais da praça longe delas ou mesmo na melhor das hipóteses falidos. Nos países normais, as gráficas lutam para imprimir os principais jornais. No nosso País, as gráficas lutam para não imprimir os principais jornais. O mesmo acontece com um jovem moçambicano chamado Fred Jossias. Fred Jossias é o pai da audiência em Moçambique em matéria de entretenimento e "Star Behavior"! Naquilo que o Fred faz e para o seu público alvo maioritariamente composto por pessoas de baixa instrução ou de agenda de entretenimento, ele é simplesmente o melhor neste País. Não há outro. Fred Jossias é um fenómeno de audiências. A qualidade em termos de instrução social dos seus programas é outro assunto. Estamos apenas a falar de audiências, que é o corebusiness das Tvs. Em Países normais as cadeias de televisão estariam a lutar para ter o passe de Fred Jossias e com isso o "boom" de anunciantes o que se traduz num bom encaixe financeiro para as contas das TVs. Mas não! Aqui, um apresentador como Fred Jossias até fica desempregado com possibilidade de trabalhar para Tvs de segunda linha. Razão: os que estão à frente das Tvs, não têm a visão comercial da Tv. Têm a visão politiqueira da Tv. E um grande "enterteiner" como como Fred está aí subaproveitado. Fred Jossias é vítima de uma sociedade sem competitividade e com visão de mercado muito bairrista. Os principais jornais também!— com Egidio Vaz e 8 outras pessoas.
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