Já faz tempo que está mais do que claro que o Afonso Dhlakama e a Renamo (AD&R) não querem paz em Moçambique. Mais um sinal disso é que ontem (07/04/2015) voltaram a quebrar o protocolo do Estado, ignorando a cerimónia oficial de lançamento da «chama da unidade»... Minimizaram o evento. Eu não fiquei espantado. Creio que ninguém ficou. Eles foram sempre assim: auto-excluem-se e depois reclamam de «exclusão».
A cerimónia de lançamento da «chama da unida» de ocorreu na sede da localidade de Namatil, Posto Administrativo de Ngapa, Distrito de Mueda, Província de Cabo Delgado, e foi dirigida pro Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique. Todo o mundo esteve lá representado menos AD&R. Em declarções aos órgão de comunicação social, Afonso Dhlakama (AD) e o seu porta-voz, António Muchanga, classificaram o lançamento da «chama da unidade» como um acto do partidário da Frelimo, razão pela—eles se justificam—AD&R não participaram. Ora, isto que eles disseram é apenas mais uma das suas falácias. A verdade é que AD&R têm falta de sentido de Estado, razão pela qual não respeitam a Constituição e as instituições do Estado. Era de lei que AD estivesse presente naquela cerimónia, não estando objectivamente impossibilitado. Gazetou. A este respeito. noutro momento eu teria indicado que gazetar as cerimónias de Estado faz parte da vil estratégia de AD&R para chamar atenção e granjear fama. Na verdade, trata-se uma estratégia que eles (AD&R) acabaram adoptando para se escaparem da vergonha de enfrentar o protocolo de Estado, sendo eles uns bandidos no verdaeiro sentido da palavra.
Face a este comportamento de AD&R, as seguintes perguntas não se calam:
1. Por que será que o Governo tem que permitir que o povo conviva com malfeitores que estão clara e objectivamente identificados?
2. Por que será que o Governo protela a tomada de medidas previstas na lei para pôr termo definitivo aos desmandos de AD&R?
Compatriotas, não estejamos equivocados! Protelar medidas enérgicas contra a indisciplina praticada por AD&R só abre mais espaço para mais acções indisciplinadas, e inviabiliza a paz. Há muito que ficou claro que o AD&R não têm nenhum projecto político. Tudo o que fazem é fingir que estão a fazer política. O que eles querem, no fundo, é viver à custa da guerra.
De facto, AD já está a comandar uma guerra dissimulada contra o Estado moçambicano. Trata-se de uma nova forma de guerra, que vem decorrendo desde o fim da campanha eleitoral para as eleições havidas no dia 15/10/2014. Ele financia esta guerra com o dinheiro que ganho dos impostos do povo, através das verbas atribuídas à Renamo pela sua participação na Assembleia da República.
Nesta forma de guerra, o que eles (AD&R) fazem é ocupar as populações com comícios, de modo a que não possam produzir para o seu auto-sustento. Mais tarde, quando os ciclos de comícios terminarem, aquelas populações estarão dependentes do apoio do Governo para sobreviver. No que eles devem estar a pensar, ninguém se vai lembrar que AD&R paralisaram a produção com comícios, nas mesmas regiões onde outrora paralisaram a produção com força das armas. Portanto, a estratégia de luta é a mesma: paralisar a produção para pôr as populações a passarem fome, de modo a ficarem descontentes e contra o Governo. O tipo arma que usam é que mudou: ontem eram armas de fogo, hoje são comícios. E parece que estão a conseguir o efeito desejado: instigar o descontentamento das populações em relação ao Governo.
Até quando o Governo vai permitir que se assista isto a acontecer a olhos vistos, para depois ser o culpado e arcar com as consequências? Eu confesso que não compreendo este masoquismo... É bom que não haja mais ilusões: AD não quer nem a paz nem governar, só quer instabilidade para poder continuar a viver sem oficial, mas de bandigaem, como vem vivendo desde 1976/7. Esta situação tem que ser parada sem mais contemplações. Basta de negociar com AD&R! Eles estão a divertir-se à custa de todos nós os outros. O Governo pode fazer o seguinte, para acabar com isto:
i. Interditar a paralisação de actividades produtivas da população pelos comícios de AD&R; e
ii. Convidar AD&R a desarmarem-se pacificamente; e se não acatarem, desarmá-los à força. A lei prevê mecanismos para isso.
Tem que ficar claro que a paz em Moçambique não é propriedade de AD&R. É um bem colectivo que eles usurparam do povo, quando o Governo de então permitiu que eles continuassem a manter homens armados fora do control do Estado, mesmo depois de terminado o processo de implementação do Acordo Geral da Paz. Foi um erro que urge corrigir sem mais delongas. Os paços mais rápidos a dar para efectivar são os dois propostos acima. Não me parece haver variantes desta opção. É mesmo a última.
Queremos a paz de volta, sem mais estórias!
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