segunda-feira, 23 de março de 2015

G 39 = G 40 = G 43: ARLINDO LANGA, A CHAVE DO PUZZLE!


Um dos argumentos que tem sido usado pelos elementos do G 40 para provar que eles não existem, que eles são um “mito urbano”, um produto da “imaginação popular”, é o de que a lista infame foi inventada por Fernando Lima e publicada no SAVANA, argumento este que cai por terra quando já dois integrantes da lista, nomeadamente Tomás Viera Mário e António Boene, apareceram publicamente a confirmar que os seus nomes fazem parte dessa lista. Enquanto Tomás Viera Mário admite ter sido incluído no grupo, embora se tenha retirado da reunião em que se congeminou a lista do G 40 por entender que a mesma era contra os seus princípios, que a acção consubstanciava uma interferência grosseira na gestão editorial dos órgãos públicos de comunicação social, atentando contra a liberdade de expressão, de imprensa, o direito à informação, o respeito pelo pluralismo de expressão, de opinião, ideológico, político e atentando, em linha directa, contra o Estado de Direito e Democrático, já António Boene considera um “orgulho” fazer parte do G 40. Já o disse antes, mas nada importa repetir: esse argumento de ser um “orgulho” ser membro do G 40 é próprio de quem, já não tendo como negar perante as evidências apresentadas, procura justificar a sua acção maléfica como tendo sido em nome de um alto interesse do Estado. Essa desculpa só encontra terreno fértil nas pessoas que gostam de ser enganadas. Nós não gostamos de ser enganados. Passemos para frente. O outro argumento que foi usado para fundamentar a tese segundo a qual a lista foi inventada por Fernando Lima, que é também tese de Gustavo Mavie, é o de que a tal lista, a que toda a gente chama G 40, integra os nomes de 39 pessoas e não 40. Eles dizem que um dos nomes que aparece na lista está repetido. É o nome de Arlindo Langa. Esses tipos são mesmo tacanhos. Para que fique registado nos anais da história, existem dois cidadãos com o nome de Arlindo Langa. Um que sempre foi um homem da comunicação social, que chegou a ser Presidente do Conselho de Administração da Televisão de Moçambique. Ele é que entregou o Prémio da CNN ao jornalista Arsénio Henriques, lembram-se? Eu mesmo sempre pensei que o da lista fosse este. Vai dai que o outro Arlindo Langa é um economista, com quem tive o privilégio de debater sobre as redes sociais na Televisão Independente de Moçambique, onde me foi apresentado. O que eu defendi na TIM é que as redes sociais são um tubo de escape que os cidadãos encontram para exercerem a sua liberdade de expressão face ao centralismo que se assiste nas estações públicas de rádio e televisão, tese esta que é melhor aprofundada em certos estudos de Egídio Vaz, não sendo propriamente o Facebook uma “fábrica de sonhos inalcansáveis” como aludiu o poeta Armando Guebuza. Como os outros, este Langa também negou a existência do G 40, tendo dito que se tratava de uma “invenção de Fernando Lima”. Na semana passada, quando Egídio Vaz denunciava as acções patuscas do G 40 no “Grande Debate” na nossa televisão, o mesmo Arlindo Langa veio insistir que o G 40 não existe, que é uma pura invenção. É natural que ele reaja assim, que negue. Muitos deles fazem isso. Eles negam. É natural que eles neguem, porque são juizes em causa própria. Ou réus que se julgam a si próprios. De qualquer forma, conhecer este novo Arlindo Langa, que é economista e agora começa a aparecer no debate público, foi bastante útil para o trabalho que temos vindo a desenvolver no âmbito do desmantelamento deste esquema. Ele era a peça chave que nos faltava para completarmos o puzzle. Com ele, verificarmos que eles são 40, de facto, e não 39, como pretendem nos fazer crer. Temos Arlindo Langa em dose dupla. Embora a grande parte dos integrantes da lista é dos que aparecem com indicação das entidades para as quais trabalham – instituições de ensino superior e outras organizações –, no caso dos dois Arlindos Langa não há indicação das suas respectivas entidades. Resta-nos dizer que existe um Arlindo Langa G 40 nr. 015 e um Arlindo Langa G 40 Nr. 038. Eu até acho que eles são 43, se quisermos ser mais rigorosos. Se fores ameaçado por um grupo de pessoas que são cerca de 40, podendo ser 39 ou 43, como é que lhes chamarias? G....40, pronto. Estes G 40 são mesmo uns tristes comediantes. Nada mais patusco!
Major-General Henry Miller
Gosto ·  · 

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