quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Apostar na formação para garantir a continuidade

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Ao ataque!
A reactivação das escolas de patinagem vem dar uma lufada de ar fresco ao hóquei em patins, única modalidade colectiva no país que já conquistou um campeonato do Mundo (grupo B, em 2006, em Montevideu, Uruguai) e alcançou o quarto lugar num Mundial do grupo “A”, em 2011, em San Juan, Argentina. 
Primeiro, porque a área de formação é o garante do futuro e continuidade em qualquer modalidade. Segundo, porque o hóquei em patins vive um cenário em que grande parte dos seus praticantes atingiu uma idade que começa a pesar e os reflexos não são os de ontem! Dito de outro modo: muitos praticantes do hóquei em patins poderão, a qualquer momento, retirar-se!
 É aqui onde o trabalho ao nível da formação se revela importante para a promoção de novos valores que amanhã irão alimentar a alta competição, bem como a selecção nacional, garantindo, desta forma, a passagem de testemunho! Mais: num quadro competitivo em que apenas quatro equipas alimentam a modalidade (Ferroviário de Maputo, Estrela Vermelha, Académica e Desportivo de Maputo), a aposta em novos valores tem a vantagem de forjar novas equipas e aumentar o número de praticantes.
É neste sentido que é preciso enaltecer o acordo assinado entre a Federação Moçambicana de Patinagem (FMP) e a Escola Superior de Educação Física e Desportos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) para a criação da escola nacional de patinagem, que movimenta cerca de 150 crianças.
Mas mais do que colocar as crianças a treinar, este projecto tem a sua continuidade com a promoção de torneios nos quais as crianças colocam em prática o que têm estado a aprender.
Positivo, igualmente, o facto de Quelimane e Nampula estarem igualmente na órbita das escolas de patinagem! É igualmente de louvar os esforços de Estrela Vermelha e Desportivo de Maputo, que estão a fazer o seu papel na área de formação, com a reactivação das respectivas escolas de patinagem! Foi, aliás, destes torneios que se forjaram atletas como o falecido Arsénio Esculudes (Senito), melhor jogador e marcador de todos tempos do país; Bruno Pimentel, Elídio Canda, Afonso Quinze, Wilson Sigalete, Fidélio Mdinga, Rui Pimentel, entre outros.
É também importante salientar o facto de, ano passado, terem sido integrados na selecção nacional de hóquei em patins novos valores, sendo que três seguiram para Angola, onde se disputou a 41ª edição do Campeonato do Mundo do grupo “A”. Trata-se de Filipe “Filipinho” Nabais, Mohamed “Dino” Buanar e Kevin Pimentel. Por isso, há que encorajar esta ousadia da Federação Moçambicana de Patinagem de apostar na formação e revitalização da alta competição! Porque, diga-se, o futuro urge!

 

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