Julião João Cumbane adicionou uma foto nova.
Pondo os pontos nos ís (XIV-B)
-----------------------------------------------------
Teodato Hunguana foi mal interpretado
-----------------------------------------------------
Teodato Hunguana foi mal interpretado
-----------------------------------------------------
Afinal o Teodato Hunguana (TH) nem disse o que dizem que ele disse. Interpretaram-lhe mal, e creio que deliberadamente, para manipular a opinião. E quem o fez são pessoas que têm simpatias pela oposição. Ter oposição é bom, mas uma oposição que sempre procura manipular a opinião pública é vil e não deve merecer a confiança dos cidadãos como alternativa para governar Moçambique. Quem gosta de manipular é igualmente facilmente manipulável. Se chegar ao poder, pode facilmente hipotecar as nossas conquistas, das quais a mais importante é a nossa nacionalidade. Sejamos vigilantes!
Manuel J. P. Sumbana, a recente entrevista que o TH concedeu à STV não tem «tufa» contra a Frelimo ou sua liderança, tem sim uma crítica—até construtiva—àqueles que querem banalizar a Assembleia da República (AR), impondo, sob ameaças, que este órgão de soberania se prepare para aprovar uma proposta de lei que não respeita a história do processo de autarcização e de consolidação da democracia no nosso país. É o que eu disse: o Gilles Cistac foi deliberadamente desonesto e irresponsável, quando apareceu na esfera pública a interpretar tendenciosamente uma disposição constitucional cuja história ele não conhece ou preferiu ignorar. Agora está ai! Ao contrário do que se diz nos espaços da opisição, TH não apoiou os pronunciamentos do Gilles Cistac. Criticou.
Marcelo Mosse, o teu resumo da entrevista concedida por TH à STV em cinco (5) pontos está parcialmente viciado.
Para todos os meus amigos e visitantes, reitero o meu desacordo com o argumento de que a soberania do Presidente da República (PR) só pode ser garantida se ele for também presidente do partido que lhe fez ser eleito para o cargo. Este argumento já não procede nem com suporte na tradição nem na lei, uma vez que também já há história de sucesso de separação de poderes do Estado e do partido no poder nos níveis inferiores de organização territorial, e a Constituição da República de Moçambique (CRM) interdita o desempenho pelo PR de quaisquer outras funções não expressamente indicadas por lei [Artigo 149, CRM]. E também não concordo que a Frelimo devia esperar ter conhecimento do conteúdo da proposta da Renamo antes de ir ao campo fazer o seu trabalho político. Aliás, o conteúdo da tal proposta já é previsível: a Renamo pretende a criação de autarquias de escalão territorial de nível provincial; e quer isto agora porque perdeu as eleições, o que é politicamente desonesto e, por isso, inaceitável. Para dizer isto ao eleitorado, não é preciso conhecer no detalhe a tal proposta da Renamo. Em poítica isto é absolutamente aceitável. Aliás, a própria Renamo já está no terreno há mais tempo, fazendo o seu trabalho política a favor de tal proposta ainda em elaboração. Não se compreende, pois, por que a Frelimo tinha que esperar por tal proposta para também fazer o seu trabalho. Exigir isso é favorecer indevidamente a Renamo. De facto, o que a Frelimo está a fazer até tem cobertura legal [vede alíneas e), f), g) e h) do Artigo 3 da Lei no. 7/91, de 23 de Janeiro]. Já a Renamo viola estas disposições por usar um discurso carregado da ameaça de tornar o país ingovernável, caso a sua pretensão não seja aceite pela maioria dos representantes do povo na Assembleia da República. Isto não só é ilegal, como também é desonesto, pois visa impor a vontade da Renamo ao eleitorado, recorrendo à intimidação.
Enfim, temos que continuar sem vacilar com o processo de despartidarização efectiva do aparelho do Estado, para assegurarmos a consolidação e profissionalização das instituições do Estado. Só quando a despartidarização do aparelho do Estado estiver efectivada é que será óptimo criar autarquias de nível territorial superior ao das cidades. Antes disso, corre-se o risco de fazer recuar o processo de consolidação e profissionalização das instituições do Estado de Direito Democrático que estamos a edificar. Assim compreende-se que a Frelimo é, de facto, a força da mudança.
Abaixo o medo da mudança!
Sem comentários:
Enviar um comentário