sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Verdades que devem ser ditas e repetidas

Sexta, 27 Fevereiro 2015 00:00 

SERÁ incrível ingenuidade ou advento de um espírito masoquista colectivo ou social se a sociedade moçambicana continuar a olhar para as diabruras de Dhlakama com a mesma passividade e indiferença por vezes cúmplices e considerá-las assuntos de Nyusi, do seu Governo, ou mesmo do seu partido, como em tempos e durante a governação de Guebuza, muitas vozes, consciente ou inconscientemente, pretenderam posicionar-se.

Dhlakama, tal como no passado, efectivamente, foi, é e continuará a ser um agente do mal, concebido e programado para manter refém a vida dos moçambicanos e do seu Estado.

De todas as eleições que tiveram lugar neste país, Afonso Dhlakama habituou-nos já a ver nele um péssimo jogador em campo, que quando bem entende levanta tempestades em copo de água exigindo a mudança das balizas em pleno decurso do jogo ou então a considerar a vitória do adversário nula, com invenção de fraudes ao longo do jogo, que ninguém, incluindo o corpo de juízes, onde tem lá representantes seus, viu.

Não constitui novidade vê-lo hoje a multiplicar-se em comícios e numa suprema petulância a proferir discursos incendiários.

Indivisível tornou-se bandeira das suas lucubrações. Dhlakama é o Judas eleito por aqueles que, não tendo até aqui podido reeditar do mesmo jeito os hediondos massacres a todo o pretexto perpetrados sobre os povos irmãos no Iraque e na Líbia, isto apenas para mencionar alguns, para nesta parte do nosso continente e em Moçambique em particular, desencadear ondas de violência e desobediência civil que desemboquem em algo que depois apelidarão de ventos das fatídicas, arquitectadas e criminosas “Primaveras Árabes”, e onde, num verdadeiro genocídio, os moçambicanos matar-se-ão uns aos outros, enquanto os seus recursos, como o gás, em particular, são impiedosa e desenfreadamente pilhados, que o digam os iraquianos e os líbios que estão sumamente “autorizados a matarem-se” mas religiosamente proibidos a promover acções que ponham em causa a normal exploração e produção do petróleo que a natureza lhes deu.

Dhlakama poderá sentar-se tantas vezes na mesa de conversações com a Direcção deste Estado moçambicano e assinar igual número de acordos, mas jamais será capaz de suster e honrar nenhum desses acordos.

Quando alguns senhores embaixadores, petulosa e descaradamente, sem um pingo de decência nem vergonha, e num total desprezo às regras democráticas universalmente estabelecidas e contrariando a vontade expressa pelo povo moçambicano nas eleições de 15 de Outubro de 2014, se colocam em defesa das vontades de Dhlakama, é caso para perguntar onde fica a democracia de que tanto apregoam e como se atinge a estabilidade de um país, quando por um lado se faz um apelo aberto à insubordinação, à indiciplina e ao desprezo pelos órgãos legalmente instituídos?

Ou será um claro aviso de que, enquanto não saia das eleições gerais moçambicanas um presidente que logo de partida mostre claro que na sua governação terá todos os interesses dos seus países bem “acautelados e garantidos”, coisa que não podem esperar nem de Nyusi nem de nenhum dos seus camaradas que naturalmente serão sempre candidatos da FRELIMO, em Moçambique jamais haverá paz nem estabilidade?

Algo muito importante deve ser sublinhado aqui: o problema não é Nyusi, não foi nem é Guebuza e nem Chissano. O problema é a FRELIMO que deve ser combatida e enfraquecida a todo o custo.

Infelizmente, como sempre, alguns de nós, consciente ou inconscientemente, continuamos a disparar contra os próprios pés.

É bastante sintomática a onda de artigos e entrevistas que começam a ocupar algumas páginas dos nossos jornais, onde o tema central é o dito “agudizar” do fosso entre o Governo e o seu partido Frelimo ou mais propriamente da convivência entre dois centros de decisão! Será?

Alguns articulistas, são mais directos e interrogam sobre quem manda mais entre Nyusi e Guebuza. Será que estes dois dirigentes estão mesmo preocupados com o sobre quem manda mais entre eles? Ou então é uma táctica adotada para distraí-los e desviá-los do prioritário?

A quem interessa mesmo que Nyusi e Guebuza se tornem inimigos?

Ou então, a quem interessa a badalada ideia de dois centros de decisão?

Aos moçambicanos que no dia-a-dia lutam pelo desenvolvimento deste país e pelo melhoramento das suas vidas? Ou estamos em presença do recrudescer da política de destruição da FRELIMO por dentro? O verdadeiro problema que ameaça o país chama-se Dhlakama, não só pelo facto de ser o rosto da violência, do luto, da dor, da miséria e da divisão, mas também por ser a janela mais escancarada por onde entram os feiticeiros na casa moçambicana que insistem em pretender espezinhar e explorar este povo já sofrido.

Dialogar é importante e é necessário como característica dos amantes da paz. Mas quando se está perante um useiro e vezeiro abusador da boa-fé dos pacíficos, isso levanta outros valores mais altos, pois assume a categoria de DEVER, a necessidade de todos nós combatê-lo.

Bento Matavate



A FRELIMO está alinhada com o seu Camarada Presidente da República
A Renamo, depois do pleito eleitoral onde se atestou a sua derrota, saiu numa campanha virulenta cujo objectivo assentava em quatro pontos: 


1. Descredibilização dos órgãos eleitorais e consequentemente de todo o processo; 
2. Dividir a opinião pública moçambicana assente na ideia de que foi o vencedor do processo mas que tal não se efectivou porque roubado pela FRELIMO; 
3. Esvaziar a legitimidade do Governo eleito chamando a si o protagonismo de todo o processo; 
4. Dividir os moçambicanos criando-lhes a ideia de que podem viver melhor num cenário de autonomia com o sul, que aparentemente os subjuga; 

É preciso notar que o périplo de Dhlakama foi relâmpago e as escolhas dos locais a escalar feita de forma aleatória e secreta, o que propiciava uma situação de nunca saber onde este estaria à seguir depois de escalar um local em concreto. O que deixa claro que a FRELIMO, se quisesse lançar-se numa campanha similar a que ocorreu por via de brigadas estaria a entrar numa situação de iminente confronto entre os seus militantes e os da Renamo que certamente saldariam em mortes e feridos. 

De facto, desconhecida a agenda da Renamo e os locais a escalar poderia suceder, tal como acontece até em pleitos eleitorais, um cruzamento entre brigadas e/ou sobreposição de agendas o que poderia, de acordo com a história recente, configurar uma base para o confronto entre simpatizantes. 

A FRELIMO creio, consequente e tendo como princípio a salvaguarda dos interesses superiores da Nação e da defesa da integridade física dos seus cidadãos deu espaço a Renamo para que em Paz e tranquilidade públicas passasse a sua mensagem. Mas este silêncio, como se nota, não significava que a FRELIMO estava de acordo com o discurso odioso que era difundido em cada comício, aguardando - presumo - por uma oportunidade para diligentemente fazer-se ao terreno e esclarecer a população que o discurso do líder da Renamo não era salutar aos esforços da construção de Nação que estamos a empreender. 

Facto é que logo que o líder da Renamo suspendeu as suas movimentações e as brigadas da FRELIMO entraram em cena num exercício normal e rotineiro, mesmo porque o silêncio ante um discurso tão virulento e contrário aos desígnios dos moçambicanos tal como é defendido pelo presidente da Renamo seria interpretado, pela maioria da população, como uma forma de consentimento. As brigadas não foram, portanto, para combater o Presidente que eles mesmo escolheram como se pretende fazer avançar em alguns círculos, tendo como propósito único tentar confundir a opinião pública e muito menos ao Presidente da República porque este já deu demonstrações bastantes de concentração acima da média. 

Basta lembrar que aquando da sua eleição num processo interno transparente e credível, surgiram reiteradamente vozes que o colocavam como sendo marionete de Presidente Guebuza. Facto é que o Presidente Nyusi quando se deveria delongar a tentar responder esta provocação nunca em nenhum período da pré-campanha, da campanha ou posterior, dedicou minutos do seu tempo para se pronunciar sobre esta matéria, preferindo responder exclusivamente com o trabalho e somente este. Mostrava assim que estava focalizado com os seus objectivos, que não ser distrair; mesma postura que assume hoje quando o tentam colocar em confronto com o seu partido do coração. 

Poder-se-á discutir a questão da oportunidade ou não da saída das brigadas e do tipo do discurso projectado tendo em conta o encontro entre o Presidente da República e o presidente da Renamo. Porém, é um erro pensar que a FRELIMO se deve calar ante a ameaça que o discurso do Presidente da Renamo representa para o grande projecto de Unidade e Paz dos moçambicanos. Aquele discurso não faz parte dos que podemos afiançar que vai morrer sozinho, que a população escutou mas logo vai esquecer, não é um discurso a desvalorizar pelo que merece sim toda a atenção e permanente acompanhamento e esclarecimento porque doutra forma estaremos a permitir que o que construímos e custou-nos sacrifícios vá abaixo em tão pouco tempo. 


A FRELIMO congratula-se com todos os actos dirigidos em prol da Paz e diálogo, sobretudo pela comprovação de que o projecto de mudança geracional está a produzir a dinâmica que mereceu a sua aposta no Presidente Nyusi. É o seu estilo, a sua natureza, a sua dinâmica e juventude que nos foi mostrando durante a pré-campanha que revimos na sua deslocação ao Kaya Kwanga, num fim-de-semana, para dialogar com o presidente da Renamo e foram estas as razões que fizeram com que merecesse a escolha dentro do Partido e depois a tarefa honrosa destes militantes para convencer aos moçambicanos, hoje já rendidos (até os mais cépticos) que ele era a escolha acertada. O Presidente Nyusi está a imprimir a sua própria marca sim, mas ao mesmo tempo, a marca que fez de si a preferência dos militantes da FRELIMO dentre os seus pares.
 — com Frelimo Aveiro PortugalJornal MakholoZacarias Filipe Para Cuamba e59 outras pessoas.

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ENTRE ASPAS: Renamo - a chantagem continua!
Sexta, 27 Fevereiro 2015 00:00 | | Acessos: 303
“SE o projecto (da criação das regiões autónomas) não for aprovado no Parlamento, quem vai ter problemas é o meu irmão, o Presidente Nyusi que não vai conseguir governar, porque aquelas multidões que viram nos meus comícios vão fazer manifestações”, in Afonso Dhlakama instantes depois do último encontro com o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.

“Se a Frelimo (deputados) não aprovarem o nosso projecto da criação das regiões autónomas, não nos restará mais nada senão expulsarmos a Polícia, os procuradores, os militares e nomearmos o primeiro-ministro para aquelas regiões”, in António Muchanga, na Televisão Miramar.

Dois discursos, um do “pai” da democracia e outro do “irmão” da democracia em Moçambique. São pronunciamentos que não deixam margem para dúvidas quanto ao conceito de democracia para estas figuras. Discursos que não são mais do que a manifestação do desejo de aceder ao poder a qualquer preço. Estamos, portanto, perante a reedição dos discursos incongruentes e incendiários de dois dos principais “parladores” das hostes renamistas. Estamos, uma vez mais, perante discursos de dois profissionais de chantagem política.

Os discursos destas duas figuras parecem indicar que os mentores do famoso projecto sobre as tais de “regiões autónomas” – que já é famoso antes mesmo de existir, sabem que será chumbando. E, numa tentativa de evitar tal chumbo, desdobram-se em pronunciamentos que são na verdade facas apontadas às gargantas dos deputados da bancada maioritária.

Já muitos disseram (eu incluso) que a vitória em eleições gerais é nacional. Não é local. Não é distrital. Não é provincial. Já muitos disseram que tal é assim porque o nosso sistema eleitoral o definiu. Tal é assim também porque a nossa lei-mãe, a Constituição da República, o estabelece. Compreendo que haja vontade de mudar. É um direito que assiste a qualquer um. Porém, tal mudança não pode resultar especialmente de um processo eleitoral acabado de realizar.

As sociedades evoluem como resultado natural das pretensões das suas gentes. Não necessariamente porque este ou aquele outro ganhou ou perdeu uma eleição. Quero dizer com isto que uma proposta do tipo de que a Renamo pretende apresentar pode vir do Governo do dia, dos partidos políticos, da sociedade civil e/ou de outros actores que representem uma considerável faixa da população de Moçambique, podendo ser apresentada em situações “normais”. Em momentos que não resultem de crises políticas nascidas imediatamente a seguir a um processo eleitoral.

Gostaria de chamar a atenção de quem me “lê” para o seguinte: se compulsarmos os resultados eleitorais encontraremos situações em que a Frelimo ganhou no distrito “y” e no distrito “z”, da província “ganha” pela Renamo. Será que, seguindo a lógica renamista a Frelimo deveria propor a criação da “sua região autónoma” dentro da “região autónoma” da Renamo. Outro exemplo hipotético: imaginemos que o MDM ganhava, em termos totais, a província de Inhambane, mas Frelimo ganhava em quatro distritos (em termos totais). Como ficávamos, seguindo a lógica da Renamo?

UNIDADE NACIONAL POSTA EM CAUSA

Uma das principais batalhas da Frelimo, primeiro como movimento guerrilheiro e depois como partido político, após a proclamação da independência nacional, foi a promoção e defesa da unidade nacional. Uma visão de importância vital para o país definida e defendida com o objectivo de contrapor a estratégia do colonizador, que consistia em dividir para reinar. Quem não se lembra da filosofia (do colonizador), que fez história de que, por exemplo, os matswas eram considerados inferiores em relação aos vatsongas, os senas eram considerados inferiores em relação aos ndaus, os varongas eram considerados superiores em relação aos vatchangas, os macondes eram considerados inferiores em relação aos emakwas, etc. Moçambique, sendo um país único com vários grupos étnico, não se pode “dar ao luxo” de criar condições para que entre esses grupos étnicos haja os superiores e os inferiores.

Ainda que não conheça a essência do projecto das famosas “regiões autónomas” da Renamo, tenho receio de que a sua criação, na verdade a divisão do país, irá promover o ressurgimento do tribalismo. Aliás, a promoção do tribalismo foi nota dominante durante a última campanha eleitoral, tendo como protagonistas os partidos Renamo e o MDM.

marcelinosilva57@gmail.com

Marcelino Silva
  • Manuel Carlos Zacarias Esse tal cruzamento só iria confirmar a derrota da frelimo, com sérios riscos das tais brigadas da frelimo entrar em briga com a população com risco de levarem porrada com o povo
  • Mablinga Shikhani Só "porrada" só. Não sabe argumentar sem violência mano Manuel Carlos Zacarias? Parece um Benfiquista djô!!!
  • Manuel Carlos Zacarias A porrada leva-se de várias maneiras mano Mablinga, o psico também está vulnerável a agressão. Quanto ao argumento eu acho que foi suficiente dizer que uma pessoa que foi derrotada no terreno com vitória forçada na secretaria dificilmente poderá ter acesso simpático com o povo,
  • Doca Manhiça Camarada Calado Calachinicov, nós temos Presidente. Temos connosco um individuo inteligente e jovem que mostrou a sua capacidade de dialogo para com todos. Cada individuo devia para e analisar o que está a acontecer nas outras provincias. Como resultado de experiencia de dialogo que o Presidente Nyusi tem, nalgimas provincias "lideradas" por outros partidos já vemos trabalho em relacao por exemplo ao "lixo". Hoje, nalgumas provincias, os "lideres" ja exoneram e nomeiam aqueles que eles acham ter capacidade para ajudar a resolver o problema e isso é graças a quem? Ao nosso Presidente que os convidou para um pequeno dialogo sobre "Liderença". Presidente Nyusi está a orientar os diversos individuos envolvidos neste processo politico com linhas de liderança pacifica e inteligente para manter e conservar o estado de PAZ que vivemos.
  • Manuel Carlos Zacarias Por isso rejeito a ideia dum possível cruzamento ou agenda ou sei lá o que fôr, pois a frelimo sabe que não terá aceitação, como prova disso está a recente deslocação de Nyusi às províncias e as deslocações das brigadas de mentirosos que se desdobraram sem sucesso às províncias. Uma vergonha, uma lástima,
  • Mablinga Shikhani Até pode ter razão mano Manuel Carlos Zacarias, não conheço a sua experiência de vida. Mas sugiro que experimente outros argumentos sem a violência ou procurar dar razoabilidade àquela. Fale de escolas, pontes, hospitais, maternidades, jardins, de como evitar mortes por cólera e como evitar as cheias. Custa? Só porrada só? E se um dia aparecer alguém de ta dê como aqui grita?
  • Dinis Chembene Me deixa perplexo que as pessoas tolerem o discurso "chantagista" de Dhlakama, mesmo depois dos encontros do PR e estes terem acordado o envio da proposta para as regiões autonomas ao parlamento, o presidente da Renamo continua com seu discurso inflamatório e quase que a impor que tal lei passe por bem o por mal. Assim não dá.
  • Manuel Carlos Zacarias Para estas questões de escolas, hospitais, etc, ja falei tanto, que ja nem tenho espaço para comentar porque para marxistas é indiferente.
  • Manuel Carlos Zacarias Mablinga, conheces beirense tu, de tanto argumentar e o outro não querer entender dá-lhe porrada e verás que a coisa fica ultrapassada, exemplo satungira e muxúngue
    há 8 minutos · Gosto · 1

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