sábado, 21 de fevereiro de 2015

Para que servem os acordos de cessar de fogo?


A verdade é que Moscovo ainda não cumpriu o seu programa máximo, o controlo da Ucrânia. Uma crise política no país vizinho poderá ser uma boa ajuda para o Kremlin, a derrota de Debaltsevo o seu início

Tópicos


Debaltsevo, uma localidade do Leste da Ucrânia até há pouco tempo desconhecida, vai entrar na história como mais uma prova de que os acordos de paz, mesmo que assinados na velha Europa, com grandes tradições democráticas, para nada servem face à força militar e que o Kremlin só parará quando tiver cumprido o seu programa máximo: o controlo da Ucrânia.

Não que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, não tivesse avisado. No dia em que foram assinados os Acordos de Minsk, onde se encontra também a sua assinatura, ele “aconselhou” os cerca de 6 a 8 mil militares ucranianos que defendiam Debaltsevo a deporem as armas e a entregarem essa estratégica localidade aos separatistas.

Desse modo, os separatistas pró-russos conseguiriam juntar as duas “repúblicas populares” por eles auto-proclamadas: Donetsk e Lugansk, o que será uma boa base para a formação de mais um estado fantoche controlado pela Rússia.

François Hollande e Angela Merkel, talvez já cansados de 16 horas de conversações e temendo que os acordos não fossem assinados, deixaram esse problema por resolver, ou melhor, entregaram a sua solução ao destino, embora este fosse mais do que previsível. Assim, ainda a tinta no papel não tinha secado e já os dirigentes separatistas anunciavam que o cessar de fogo não dizia respeito a Debaltzevo.

Os resultados estão à vista: dezenas ou centenas (se não milhares) de civis e militares perderam a vida no assalto lançado pelos separatistas pró-russos contra as tropas ucranianas. Desconhece-se o número dos que ficaram prisioneiros.

Alguns poderão considerar que, agora, a situação acalmará e as coisas, a pouco e pouco, voltarão à normalidade. Trata-se de um cenário possível, mas temporário: o Kremlin já cumpriu o seu programa mínimo ao controlar uma zona que a qualquer momento poderá servir-lhe para desestabilizar a situação em toda a Ucrânia. Por isso, agora, o conflito até poderá parecer congelado através de conversações eternas sobre pormenores como o estatuto de Lugansk e Donetsk, o “nível de autonomia” desses territórios, etc., etc. A OSCE será o intermediário (ou o “idiota útil”) desse longo processo, tal como já acontece num território muito próximo da zona rebelde: a Transdnístria.

No entanto, a verdade é que Moscovo ainda não cumpriu o seu programa máximo, que consiste no controlo da Ucrânia. E aqui uma crise política interna no país vizinho poderá ser uma boa ajuda para o Kremlin. A derrota de Debaltsevo poderá ser o início.

Quanto ao envio de armamentos militares norte-americanos para a Ucrânia, não sei se irá ajudar a resolver o problema. As forças armadas da Ucrânia ainda se encontram numa fase de formação, pois o que Victor Ianukovitch, antigo Presidente ucraniano que se encontra actualmente a residir numa vivenda de luxo perto de Moscovo, deixou foi um corpo castrense desorganizado e corrupto, incapaz de realizar qualquer operação militar. Por isso, duvido que entre as tropas ucranianas haja quadros suficientes capazes de manobrar armamentos modernos.

Além disso, esse passo irá elevar o conflito a um novo nível, que poderia exigir mesmo o envio de militares de países da União Europeia e dos Estados Unidos para a Ucrânia. Acontece porém que o chamado Ocidente não parece muito inclinado a um confronto directo com a Rússia, e Putin sabe muito bem disso.

Uma coisa é certa: o conflito na Ucrânia está longe do fim, sendo difícil adivinhar de que forma se irá desenvolver.

P.S. Recomendo vivamente a leitura da opinião de Rui Ramos “Qual é o maior problema da Europa?”, publicada aqui no Observador, principalmente aos mais distraídos. 
Partilhe

27 COMENTÁRIOS

O homem, a Ucrânia esta em crise política desde que proclamou a independência!

Ora nem mais…

Isto pode justificar a agressão da Rússia?

Gostaria de saber qual a opinião que tem o José Milhazes sobre as conversações entre a Hungria e a Rússia realizadas à poucos dias e sem notícias na comunicação social europeia. Viktor Orban 1º ministro húngaro e líder de um partido que pertence ao PPE não pauta a sua politica pelo modelo democrático ocidental, sobressaindo politicas xenófobas e racistas, atropelos ao estado de direito (caso dos juizes do Tribunal Constitucional etc.). é claro que ser do PPE dá uma margem de atropelo aos principios democráticos bastante larga, senão à quanto tempo a Hungria estava isolada na UE mas não, para a UE tudo está bem , demonstrando uma dualidade de critérios politicamente e moralmente reprováveis. A Grécia recebeu o embaixador russo e o MNE grego fez uma visita a Moscovo e cai o carmo e a trindade , o Viktor Orbán tem uma cimeira com o Putin e está tudo normal. Como diria Scolari ” e o burro sou eu”.

Órban foi democráticamente eleito, foi diversas vezes sofragado e lá se vai mantendo. Em si ele é fruto de governos anteriores corruptos e profundamente vassalos dos ditames da cúpula de Bruxelas. Na Hungria, República Checa, Eslováquia e lentamente na Bulgária também, há um descontentamento face às promessas do Europeísmo. Em dez anos houve pouco crescimento e o nível de vida não se teve melhorias significativas. A propaganda anti-Órban que vem sendo alissersada com acusações que caem em saco ôco [pois se fossem verdade a Hungria já teria sido condenada pelo tribunal europeu]. Em larga medida porque Órban fez frente à máfia bancária que levou quase metade da população hungara à falência. Máfia bancária constituida por bancos austriacos, alemães e ingleses. A leitura deve ser feita da seguinte maneira: para a Hungria, Grécia, Eslováquia, Republica Checa e em breve Bulgária a Rússia significa um contraponto de poder que tradicionalmente sempre tem garantido a independência destas nações. Não existe nada de contranatura, assim como não existe nada de contranatura Portugal situar-se com aliados atlânticos face à competição de poder espanhol.

“…Recomendo vivamente a leitura da opinião de Rui Ramos “Qual é o maior problema da Europa?”, publicada aqui no Observador, principalmente aos mais distraídos…”

Começo já por aqui,

Uma opinião onde se defende o envio de armas e envolvimento da NATO é de loucos. Se o caminho escolhido fôr esse, então a Ucrânia irá transforma-se num autêntico matadouro, muito semelhante à da Síria. Qualquer envio de armas seja de que tipo fôr, irá encontrar o equivalente e em maiores quantidades vindo da Rússia.

Este tipo de solução, só é interessante para quem quer apagar a Ucrânia do mapa ou estiver interessado no máximo de problemas entre a Europa e Rússia.

Se calhar, não é por acaso, que os EUA não estiveram em Minsk, eles não fazem parte da solução, continuam a ser o problema e é uma vez mais uma guerra longe das fronteiras deles, é para o lado que eles dormem melhor. Ou a Ucrânia passa para a esfera Ocidental e para a NATO, ou faz-se política de terra queimada, prejudicando ao máximo a Rússia.

Os interessados na resolução deste imbróglio, são os europeus, os russos, os ucranianos. Mais armas só irá piorar a situação.

Já não falo na insensatez sequer pensar em envio de tropas da NATO. Não sei como é que alguém poderá pensar em tal coisa. isto não é um jogo de futebol, onde cada um torce pela a sua equipa de qualquer maneira. Aqui MORRE-SE.

A Rússia está a jogar em casa, junto à sua fronteira. A NATO é uma organização defensiva. A NATO se mete ali os pés, temos uma guerra na Europa e seria um àpice em que todas as armas disponíveis fossem utilizadas.

Portanto conversa haverá muita, mas não passará disso.

Não se pode pensar em nada. É preciso legitimar a agressão russa e do seu ditador anão!!´Veremos!! Deixem a coisa “virar” nos EUA.

“…Deixem a coisa “virar” nos EUA….”

Não há nada que possa “virar”, que mude o comportamento dos americanos, quanto a colocar tropas americanas contra tropas russas.

“…François Hollande e Angela Merkel, talvez já cansados de 16 horas de conversações e temendo que os acordos não fossem assinados, deixaram esse problema por resolver, ou melhor, entregaram a sua solução ao destino, embora este fosse mais do que previsível…”

Isto é muito engraçado.

Você no conflito da Geórgia, diz que os europeus se esqueceram de algo nas negociações.

Aqui você sugere que estavam cansados.

Ou seja, como você está a ver que as coisas não correm como você acha que deveriam correr, tem umas interpretações muito curiosas sobre a realidade.

Meu caro a realidade não existe para se adaptar à sua vontade, você é que tem que se adaptar à realidade.

Hollande e Merkel não estavam cansados. O que nitidamente aconteceu foi que Poroshenko não aceitou, o recuo nesta zona. Não aceitou, porque politicamente não podia recuar.

E como se está a ver, a situação era insustentável naquela zona, os ucranianos não conseguiram manter a cidade.

Agora é que temos que ver como a coisa vai ficar, com a cidade nas mãos dos separatistas, vamos ter cessar fogo?

Possivelmente vamos.

Temos que dar força ao czar anão!!

“…a verdade é que Moscovo ainda não cumpriu o seu programa máximo, que consiste no controlo da Ucrânia…”

Agora até já sabe qual é o programa máximo de Moscovo. Você que nem quer ver a realidade como ela é.

Quanto ao que Moscovo cumpriu:

– Entrada da NATO na Ucrânia, está fora de questão.
– Ao anexar a Crimeia, alterou o panorama do Mar Negro.
– A Ucrânia CONTINUA dependente da Rússia, importa gás, electricidade e carvão.
– O Acordo de gás “favorável” à Ucrânia, acaba em Março.
– A Ucrânia tem dívidas para pagar à Rússia.
– As “despesas” ucranianas vão começar a ser partilhadas, a Europa vai começar a pagar e bem.
– A Ucrânia no futuro vai deixar de receber dinheiro pela passagem de gás para a Europa.

A Ucrânia (ou o que resta dela) AINDA está dependente da Rússia. E qualquer coisa que seja negociada, terá que ser sempre entre europeus e russos.

A grande diferença, será descobrir quanto é que os europeus vão ter que começar a pagar por mês aos ucranianos, porque estes faliram.

E ainda falam em enviar armas para o país… eles vão comer balas concerteza.

Isso não são favas contadas amigo!!! O último a rir, ri melhor!! É preciso dar força ao imperialismo do anão.

A Ucrânia nunca poderá decidir o seu destino porque geográficamente fica perto do grande império corrupto e falido (isto é o que vai na cabecinha dos iluminados).

Anos e anos de dependência Ucraniana da rússia levaram a um progresso sem limites… está à vista de todos.

O czar anão devia era preocupar-se em desenvolver e modernizar a rússia, um país cujo PIB per capita (corrigido pelo poder de compra) ronda os 60% do Português!!

“A Ucrânia nunca poderá decidir o seu destino porque geográficamente fica perto do grande império corrupto e falido ”

Errado.

A Ucrânia não pode decidir o seu destino, se depende financeiramente da Rússia. Por muito “pobrezinha” que esta seja, está a anos-luz da Ucrânia.

Realmente ainda lhes falta um longo caminho para terem o nível de vida de Portugal ou da Grécia,e só foi pena não terem sido tocadas pela mão Americana,aquela que melhorou o nível de vida de iraquianos,sírios ou líbios.E que agora está a apostar forte na Ucrânia.

Força Milhazes, é preciso denunciar o anão corrupto!!

Para entreter europeus ,que não têm poder e alegrar o dançarino de Washington,que onde se mete, só tem saído asneira.Ao contrário de Putin,cuja agenda e sucesso têm sido bem claros.O homem tem gás ,oh Milhazes…

O que eu acho muito curioso é que a história da integração europeia é muito semelhante à da unificação alemã. Começa com uma zollverein e acaba com uma guerra Franco-Prussiana, em que os estados alemães passaram de uma confederação solta para um Estado-nação federal. Distraído é quem não vê a necessidade de um inimigo externo para justificar a UE…

Mas se o José Milhases quer discutir o verdadeiro problema da Europa, se calhar era melhor olhar para o Maio de 68 e a sua relação com a natalidade. Não pode haver Europa sem europeus. Veja-se o que disse Francisco Contreras sobre o assunto:

“No es sólo el descenso de la natalidad. Cabe hablar de toda una constelación de índices sociales que se disparan hacia arriba al unísono –ahora que han transcurrido varias décadas, es posible estudiar las curvas- a partir de mediados de los 60: tasa de divorcialidad, porcentaje de nacimientos fuera del matrimonio, abortos, delincuencia juvenil, fracaso escolar, drogadicción, cohabitación extramatrimonial …. Todos estos fenómenos han crecido sin cesar en Occidente –en evidente interacción- desde hace cuatro decenios. He ahí los frutos de 1968.

En el mundo anglosajón se llama “estadísticas morales” a este tipo de índices. Es significativo que en Europa se guarde un casi impenetrable silencio –ideológicamente condicionado, por supuesto- sobre tales datos. Pues se da la circunstancia de que arrojan una acusación formidable contra la ideología progresista-sesentayochista, mediante la mera constatación empírica de sus resultados sociales. ” Francisco Contreras (ver p. 58 XXX Persona y Derecho 62 (2010) 101-151)

Mas se pensa que ele – conservador – está sozinho nesta análise, veja-se por exemplo o que diz o Berlin
Institute, sobre o assunto:

“The declining birth rates reported in the course of the past decades are closely linked with the changing role of women in society. Since the 1960s women have had equal access to education, and in many countries women today are better qualified than their male contemporaries. These women are interested in pursuing careers and earning incomes of their own; and they have appreciable numbers of children only in countries that enable both parents to reconcile job and family.” (Ver p. 9 do prospecto XXX )

Portanto o problema não se resolve com mais europa, ou menos europa, com mais politicas, ou menos politicas, mas sim com a resolução do problema demográfico e da falta de cohesão social.

Outro assunto muito importante. Enquanto os meninos andam entretidos com a Grécia e a Ucrânia coisas muito interessantes estão a ocorrer no Reino Unido.

Uma figura importante do Partido Trabalhista Britânico, Harriet Yeo, abandonou o partido e declarou o seu apoio ao UKIP devido à questão europeia. Isto foi o que ela disse:

“Once in a generation there is a pivotal moment in a country’s history. I believe we have reached that moment. It is time to decide whether we remain in the EU. The only party I trust to offer us that choice is UKIP.
(…)
UKIP is not anti immigration. Indeed, UKIP is not anti anybody. Nigel Farage’s party simply wants to give Britain the ability to control its own borders – and its destiny. We are a unique nation. I do not believe our proud history or our future is best served as a disempowered member state of an expanding federal Europe.” — Harriet Yeo XXX

O Daniel Hannan, eurodeputado, e uma das principais figuras euroscepticas britânicas voltou à carga, fazendo pela milionésima quinta vez o seu caso pela saída do Reino Unido da UE, dizendo que a única forma de se conseguir uma simples relação comercial e não política com a UE é abandonando-a, pois se ficarem, serão forçados a fazer parte de uma federação europeia:

“Most British people, if the polls are to be believed, want a relationship with the EU based on economic co-operation rather than political integration. It’s now clear that such a deal isn’t being sought through renegotiation. It can still be secured, but now only from the outside, in the manner of Switzerland or Guernsey.

The way to get a free-trade relationship with the EU is to leave. The way to leave is through a referendum. The way to get a referendum to put enough Conservative MPs into the Commons to deliver one. It’s clear that the Prime Minister and I will be on opposite sides when that referendum comes; but he remains our best chance of getting it.” — Daniel Hannan

Parece que a Inglaterra vai mesmo abandonar a UE.

Penso que é altura para pensarmos seriamente qual é o nosso desejo para o nosso futuro político. Temos de decidir se queremos ficar no euro ( XXX ) e se queremos ficar na UE ( XXX ).

Quando a Dinamarca e a Suécia já usam as suas moedas para proteger as suas economias ( XXX ), qunado a Islândia, depois da crise, muda de ideias e já não quer a UE ( XXX ), quando os países do grupo de Visegrad começam a adiar a entrada na eurozona ( XXX ), fará sentido sermos nós os únicos totós no mundo a sofrer sobre uma moeda estrangeira?

Não estaríamos melhor fora da UE com os nossos amigos da EFTA, como nos bons velhos tempos dos “outer seven”?

O problema demográfico está a ser resolvido,todos os dias chegam barcos de subsaarianos a Europa.Até os vão buscar as praias líbias se for necessário.

“Temos de decidir se queremos ficar no euro ( XXX ) e se queremos ficar na UE ( XXX ).”
O Putin pode decidir que queremos ficar na Russia como Crmeia fica.

Meus caros,
Por vezes este chorrilho de disparates que nada tem a haver com jornalismo isento, penso que tenha apenas por motivação gerar buzz e animação nas redes sociais.
Sim sr milhazes um estado fantoche como os americanos deixaram no Afeganistão, granada, Iraque, Kosovo e muitos outros.
Se fizesse os comentários q faz em ny já tinha sido expulso há muito tempo dos usa.

“Moscovo ainda não cumpriu o seu programa máximo, que consiste no controlo da Ucrânia”. Este tipo de ideias é que descredibiliza o autor. Moscovo ficava a contas com uma população não-russa, pró-europeia, hostil, e com uma gorda fatura anual a pagar? É obvio que não.

Senhor José Milhazes; não é a Ucrânia que representa o maior problema para a Europa, como quer dar a entender e como escreveu erradamente o seu colega jornalista Rui Ramos. Nada disso. O problema para a Europa é o ISIS e o terrorismo denominado islâmico já aqui defronte nas praias Líbias a poucas milhas da costa sul da Sicília. É mais seguro saber a Ucrânia sob controlo Russo, onde sempre esteve ligada, do que um dia acordar e ver uma bandeira negra do ISIS em Tarifa ou ainda pior aqui na margem esquerda do Tejo como por exemplo em Almada. Deixe essa aversão a Putin. Já começa a tresandar.

O ISIS tem arma atómica?
O ISIS ameaça incinerar o mundo?…

Enquanto a Europa se fragmenta cada vez mais, lutando em todas as frentes entre si, o Islão avança determinado e imparável.

Colocam-nos no euro sem discussão publica e referendo, colocam-nos numa federação europeia sem discussão e referendo. Não nos deixam fazer um referendo para decidir o nosso futuro, e nem já se pode deixar um mísero comentário mo observador?

Que a direita portuguesa se tornou germanófila e neoliberal já sabia… só não sabia é que já se tinha tornado salazarenta…

Os Ingleses vão-se embora: tinyurl.com/nrjj5fa

Está a haver uma conferência de Brexit hoje e a pressão para sair da UE já está a aumentar.

Inglaterra ou Alemanha? O que escolhemos?

England off course! Any doubts?

Sem comentários: