quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Se os moçambicanos não o dizem com palavras, então referem-se a eles como se o fossem. É comum ouvir-se frases do género: "Esses tugas estão em todo o sitio!", "Vai ao restaurante piri-piri e vais encontrar tugas sentados lá o dia todo a beber café", "Veio ao meu serviço a procura de emprego e sem marcação pediu para falar com a minha boss que é portuguesa". E assim segue. A expressão facial dos moçambicanos é mais reveladora do que as palavras que proferem.
A crise económica que atinge Portugal e a recente descoberta de recursos minerais em Moçambique, alvo de grandes investimentos, está a atrair portugueses para o país. A esperança de uma oportunidade de emprego ou de negócios é o que muitos trazem na mala. Alguns levam de volta na bagagem decepções, afinal Moçambique não é exactamente o que estavam a espera.
A grande preocupação é avaliar as consequências da entrada massiva de portugueses, e saber se o governo está a tomar medidas preventivas para que os moçambicanos não se sintam prejudicados com este imigração. Não tenho nada contra a imigração, pelo contrário, mas sim sou contra lesar os nacionais ao se favorecer estrangeiros.
Moçambicanos em primeiro lugar
E muitos exemplos e situações podem ser listadas, por exemplo, o português obtém o visto de entrada nos aeroportos do Moçambique, enquanto que o moçambicano para entrar em Portugal tem de passar por um processo burocrático tão longo como se quisesse ir a lua. Quando o governo moçambicano vai acabar com esta desigualdade? Quem verifica se os portugueses tem condições financeiras para estarem no país? Se tem acomodação? Se passagem tem dois "vês"? Como se vai sustentar? Quem o convidou? etc
Em termos de absorção de mão de obra, a lógica deveria ser privilegiar os nacionais. Já sei que existe uma lei sobre isso, mas consegue-se fazer valer na prática? Absorver o que não temos, é justo, mas que não se adquira o que a casa já tem.
"Pés de fada" sobre escadas moçambicanas
Antigamente, há sensivelmente 15 anos, não era comum ver se portugueses a conviverem com os moçambicanos. Havia uma espécie de "Apartheid". Hoje isso mudou. É verdade que a mentalidade de muitos portugueses e moçambicanos mudou, é gente jovem e esclarecida. Em Maputo vê-se alguns portugueses em grandes conversas com os nacionais em cafés, ao que tudo indica o tema é negócios. Sabe-se que para que um estrangeiro se dê bem a esse nível tem de se associar a um nacional. Isso leva-me a duvidar que essas situações sejam movidas ou ditadas por algum esclarecimento sobre igualdade, humanidade, ou fraternidade entre povos... Os moçambicanos podem estar "a servir de escadas" para os portugueses, como diz um amigo meu. Só que escadas que não são pisadas descaradamente como antigamente...
(Do livro: “Vidas, Lugares e Tempos” (2010)– de Joaquim Alberto Chissano”, págs.200,201):
“…O racismo em Moçambique, nos anos quarenta e cinquenta, era, quanto a mim, pior que o Apartheid na África do Sul. A lei dizia que não havia segregação. Portugal era uno e indivisível, era inter-racial, et. Mas tudo estava bem separado.
Bairros de caniço para preto, bairros indígenas chamados mesmo assim desta maneira, “Bairro Indígena”, caderneta indígena diferente do Bilhete de Identidade de branco, escola primária para preto, acesso ao ensino secundário dificultado para o preto e ingresso quase impossível ao Liceu até 1951. Acesso a posições bem remuneradas no funcionalismo público, onde era difícil encontrar um contínuo negro. O preto era servente. O branco era contínuo. Um vestia farda branca e outro vestia farda de caqui. Um mandava varrer e o outro varria ou limpava o chão e os vidros. Um mandava carregar e o outro carregava o fardo.
Quando os portugueses se defendiam, diziam que não havia racismo, o que havia era diferenças de instrução. Eram diferenças económicas. Os pretos é que eram preguiçosos.
Na África do Sul, Apartheid significava desenvolvimento separado. Mas havia desenvolvimento. Não muito, mas havia. Havia escolas primárias e secundárias para pretos, universidades para pretos, clubes, cinemas e teatros para pretos, universidades para pretos. Havia negros iniciados em comércio. Igrejas com pastores negros. O nível era inferior ao das instituições de brancos, mas havia instituições que funcionavam e criaram os líderes negros como Albert Lithuli, Cotana, J B Max, Goven Mbeki, Nelson Mandela, Oliver Tambo, Walter Sisulo, Duma Nokwe, Bispo Desmond Tuto e outros grandes líderes com alta formação académica.
Recordo-me de excursões que alunos e professores negros de escola secundárias de negros realizavam para Lourenço Marques onde passavam uma semana ou duas de férias. Vinham todos os alunos com uniformes escolares de meter inveja. Tocavam as suas flautas, as músicas negras da África do Sul do momento os “Sokikianes” e os “Jaivings”. Exibiam a sua cultura e falavam as suas línguas que eles aprendiam a escrever na escola, além do inglês.
Em Moçambique todos éramos iguais perante a Lei, mas havia tribunais para uns e para outros, o administrador é que o tribunal. Deportação para São Tomé e Príncipe era só para indígena, o trabalho forçado era feito só para o indígena.
Durante o tempo em que vivi no Xai-Xai, vi muita gente a trabalhar na contribuição braçal ou gente de Xibalu a arranjar estradas, a puxar o “Ndhindhasi”, (a grande roda de betão que compactava as estradas).
Todos eram negros. Os “contratados”, homens de “xibalu” que eu via nas plantações de semente de cana-de-açúcar, no Xinavane eram todos negros. A distribuição de semente de arroz e de algodão para a sua cultura forçada era feita só aos indígenas. E o indígena tinha de apresentar e vender obrigatoriamente por cada medida de semente distribuída umas tantas múltiplas medidas predeterminadas de arroz ou algodão colhidas. Não importava considerar se houve praga, seca ou chuva a mais. Se não apresentasse arroz suficiente, era punido com palmatória para que confessasse onde teria escondido o resto para a sua alimentação. A alimentação do indígena era secundária. Ele tinha de vender primeiro do Instituto do Arroz e só tinha o direito de comer o excedente comprovado. Mas também não podia recusar-se a cultivar arroz ou algodão. Tinha de receber a semente. Um crédito forçado.”
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Meu comentario: Lendo o que Chissano escreveu aqui e comparando com os preconceitos actuais de alguns portugueses que retornam a Moçambique, dá para entender que muitos dentre eles ainda mantêm a matriz colonial bem gravada nos seus subconscientes , e cada vez que vêm um preto por perto, ressuscitam todos aqueles preconceitos próprios de um colonialismo retrógrado.
Em relação aos portugueses, como sabe, é um fenómeno novo e por isso tratadoe falado com muita frequência. Acredito que desta forma também se pode evitar uma repetição do fenómeno "monhé".
- Senhor! Donde foi tirar tal ideia TOTALMENTE FALSA?
- De que mundo o senhor vem?
Falando ainda sobre a volta dos portugueses a Moçambique talvez seja primeiro pertinente perguntar: Por que saíram de Moçambique? Mas, parece que a melhor resposta, mais do que ninguém, só pode ser dada por eles próprios. Mas o que importa aqui realçar, é que não foi racismo dos pretos moçambicanos contra os brancos portugueses que os obrigou a saírem daqui. Porque se assim fosse, como se explica a seguinte situação relatada por Mariano Matsinha (alto quadro da Frelimo e do Governo moçambicano), no seu livro recentemente publicado?
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(Do livro: “Um Homem, mil exemplos: A Vida e a Luta de Mariano A. Matsinha” – p.17 par. 3,4,):
A (entrevistador).: A dada altura no executivo moçambicano só existiam dois negros: Joaquim Chissano e Graça Machel. Que comentário?
MM (Mariano Matsinha).: É verdade! Isso ninguém pode negar! Uma vez critiquei isso em foro próprio, mas aparentemente não fui compreendido. O que eu defendi foi que existisse um certo equilíbrio em termos de representatividade. É certo que os camaradas de raça branca e mestiços tinham tido a possibilidade de se formarem. Todavia, isso não devia impedir que se desse oportunidade aos camaradas de raça negra. Disse aparentemente porque, apesar de ter sido vaiado num encontro a que me referi acima pelos camaradas, os mesmos camaradas, finda a reunião, comentavam que eu tinha razão. Enfim…” (Fim da citação)
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Na sua última edição o Jornal Sul-Africano “Rand Daily Mail” publicou uma entrevista de Samora Machel para aquele jornal. Algures nessa entrevista Samora elogiava os brancos boers sul-africanos por terem sempre optado pela africanidade. Eles, os boers, se assumem como africanos, daí chamarem a si mesmos de afrikaaners e a sua língua de afrikaans. Mas no que diz respeito aos portugueses são muito poucos os que assumiram a sua africanidade (dentre eles, muitos nasceram, cresceram e viveram aqui até à independência, portanto são naturalmente moçambicanos brancos africanos.). Ser africano não significa necessariamente ser preto (há brancos africanos e pretos africanos).
O governo anti-racista de Samora não podia, de maneira nenhuma, expulsá-los numa base racial, afinal de contas, como Mariano Matsinha diz na citação acima mencionada, numa dada altura muitos brancos estavam no governo como: Ministros, directores nacionais, altos dirigentes nas diversas instituições do novo estado moçambicano (não confundir com o governo de transição antes da independência).
Independentemente de que razões pessoais os portugueses evoquem como motivo para a sua saída massiva, o que fica claro é que na sua maioria foi por pura precipitação. Uma parte deles, pura e simplesmente, não estava preparada psicologicamente para conviver com um governo dirigido por negros, embora esse mesmo governo tivesse muitos altos dirigentes brancos moçambicanos (e outros portugueses brancos que continuaram a trabalhar em Moçambique como “cooperantes” no âmbito de cooperação com o governo português). O colonialismo fascista português não lhes tinha preparado para essa realidade, e assim se “mandaram” – não aceitaram ser africanos (embora muitos na realidade o fossem. Daí a superioridade dos boers em relação aos portugueses neste ponto).
O facto de descender também de indianos não significa que não os possa criticar se estiverem errados. Outra coisa; gente má existe em todos os lugares e se assim quisermos definir, em todas as raças, grupos étnicos, etc. Também é verdade que não podemos generalizar. Mas no caso dos indianos em Moçambique é muito comum assistirmos a cenas degradantes quando se trata de respeito aos negros. Acho que tapar o sol com a peneira não é o ideal...
ja vi que temos opiniões completamente diferentes em relacão aos indianos em moçambique. De salientar que ja saí de moçambique a mais de 14 anos por isso não sei qual é a situação actual, mas tb sempre fomos chamados nomes feios em moçambique.
Ouvi isto hoje, dia 28 de Janeiro de 2013, de Portugal e da boca de um português da “SOS RACISMO” através da RTP-África – numa conversa sobre o “racismo” em Portugal. Se tivesse ouvido isso a partir de um meio de comunicação moçambicano ou brasileiro talvez não me tivesse impressionado bastante – mas ouvir isso da boca de um português dizer: que os portugueses na Itália são vítimas de racismo ao ponto de a palavra “PORTUGUÊS SER SINÓNIMO DE LADRÃO”, me deixou muito estupefacto – quase não acreditava que no que ouvia, isto é, a existência de tais manifestações de racismo crasso entre os próprios europeus brancos e ainda, por cima, todos latinos.
Não foi agradável ouvir isso assim como não é agradável, para mim, ouvir ALGUNS portugueses rotularem os moçambicanos de “preguiçosos, LADRÕES, ignorantes, etc., etc. etc.,. Ao ouvir isso até me pareceu que ALGUNS desses portugueses por sofrerem tais manifestações de racismo nesses países europeus, quando chegam em África encontram um campo propício para “descarregarem” as suas frustrações de vítimas de racismo.
Abaixo TODO O TIPO DE RACISMO!
(Não importa de quem procede ou para quem é direccionado!)
Miguel
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Citação¨
“No banquete de Estado na Ponta Vermelha, os militares de ambos os lados confraternizaram e como acontece com que viveu a guerra, trocavam impressões sobre ela. Na minha mesa, próxima da Mesa de Honra estava comigo o general Sousa Meneses, militar brioso que nos combatera, respeitando no possível, o “Código de Honra”. Como chefe das operações e ainda coronel, servira sob Kaúla a quem abominava.
Samora e Eanes conversavam acerca de operação de resgate do Mataca detido pelos portugueses na base Tenente Valadim, Mavago. Na época comandava a base Ramalho Eanes, ainda tenente, creio. Samora disfarçado de muçulmano, entrou na base como indo para as orações na mesquita. A prisão onde se encontrava o Mataca fazia paredes-meias com a mesquita. Cavou-se um buraco na parede, vestiu-se o Mataca e saiu-se da base. Durante a conversa Samora perguntou-me algo, já não me recordo o quê, relacionado com a operação e respondi.
Nesse momento um alto dirigente civil (deliberadamente omito o nome), IGNORANDO O AMBIENTE, A DELICADEZA E O OBJECTIVO DA VISITA, diz em VOZ BEM ALTA que se ouviu em toda a Sala das Índias, onde decorria o BANQUETE: “”CONVERSA DE CARNEIROS””.
A SALA ficou GELADA. OS DOIS PRESIDENTES LEVANTARAM-SE E SAÍRAM.
Um coronel português diz-me: “”DEVIAM ENFIAR UMA BAIONETA PELO… DESSE GAJO! “”
Dias depois Eanes retribui o BANQUETE, desta feita no Polana.
O mesmo personagem, quando discursava o Presidente Eanes, começou a FAZER COMENTÁRIOS DESAGRADÁVEIS, à oração do seu Chefe de Estado. Samora não pôde conter-se e disse-lhe: “”CALE-SE!” Calou-se.
Terminado o BANQUETE e estando alguns de nós numa saleta atinente para tomar o café, ele dirigiu-se ao Presidente Samora e perguntou-lhe: “”O QUE FARIA SE NÃO ME CALASSE?””
Samora respondeu: “”MANDAVA-O PRENDER PARA LOGO O EXPULSAR do meu país. AQUI RESPEITAMOS UM HÓSPEDE, SOBRETUDO QUANDO CHEFE DE ESTADO EM VISITA A MOÇAMBIQUE. SE QUER DESRESPEITAR O SEU PRESIDENTE, FAÇA-O NA SUA TERRA.”” …
Por aqui ficou o incidente. … Já várias vezes me encontrei com essa personalidade e com quem mantenho relações amistosas, visitamo-nos em casa.” – Fim da citação
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(do livro: “Participei, Por Isso Testemunho”- de Sérgio Vieira” – págs. 540, 541)
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Comentário:
- Não foi uma CRASSA FALTA DE EDUCAÇÃO deste alto dirigente português num AMBIENTE daqueles?
- Não foi EMBARAÇOSO E VERGONHOSO para o Chefe de Estado Português ter na sua delegação oficial um MAL-EDUCADO DE TAMANHA ENVERGADURA?
- É esta a “CIVILIZAÇÃO” que vieram ensinar aos “pretos atrasados” de África?
- Se em pleno Séc. XX um alto dirigente político se comportou desta maneira DESEDUCADA E VERGONHOSA, atropelando as normas mais rudimentares de CIVILIZAÇÃO - num AMBIENTE TÃO SOLENE E FORMAL, como se comportavam os seus antepassados “CIVILIZADORES” da África em séculos que já lá vão, em ambientes nada solenes e nem formais? Daí podemos concluir que espécie de “CIVILIZADOS” eles produziram nesses “longos” séculos de dominação colonial. Então, por que se irritam hoje ao voltarem e encontrarem os seus “alunos” aplicando bem as lições de “CIVILIZAÇÃO” que aprenderam deles? (A mesma estrangeira acrescentou: “…depois de séculos de dominação, a subjugá-los, humilhá-los e dar a eles maus exemplos.”)
Portanto, os portugueses que vêm a Moçambique e se irritam com a FALTA DE EDUCAÇÃO DOS MOÇAMBICANOS parece que têm um outro problema - talvez sofram daquilo que um português (O CEO da Newshold, Mário RamireS), lá mesmo em Portugal disse: “…PORTUGAL SOFRE DE UM “COMPLEXO EX-COLONIALISTA” - (http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=65465)
Felizmente, sabemos que há muitos portugueses honrados e muito bem educados, mas INFELIZMENTE também sabemos, que há MUITOS portugueses MUITO MAL-EDUCADOS que não honram o bom nome do DIGNÍSSIMO POVO PORTUGUÊS.
Nao sei o que é pior, se é ter complexo ex-colonialista ou continuar a vestir a capa de paternalimo...
POBREZA – UMA DAS CAUSAS DE PRECONCEITOS RACIAIS…
Óscar Monteiro falando de preconceitos raciais de CERTOS PORTUGUESES no tempo colonial, na então Lourenço Marques, diz:
“Os brancos mais difíceis eram os da Malhangalene: pedreiros, polícias e carpinteiros, cujos filhos nos atiravam pedras e nos chamavam nomes. Este fenómeno do RACISMO EXACERBADO DOS BRANCOS POBRES está hoje mais que identificado. Eu vim a conhecê-lo , pela história da Argélia, o RACISMO VIRULENTO dos “petits blancs”, dos BRANCOS POBRES.”
(do livro: “De todos se faz um País”, 1ª. Edição Nov/2012 – pág. 21, paragrafo 2 – de Óscar Monteiro)
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MEU COMENTÁRIO:
Será que Óscar Monteiro era vítima de preconceitos raciais de COLONOS PORTUGUESES porque era intelectualmente “inferior” aos brancos? De maneira nenhuma! Diz ele:
“A regra era entrar na escola com 7 anos ou no ano em que se fazia sete anos, o que era o meu caso. Entrei, pois, com seis anos. Mas, logo nos primeiros dias, a professora se apercebeu de eu estava adiantado e propôs um mecanismo especial de exame de passagem, antes do Natal. Assim, aos seis anos, encontro-me na segunda classe, maldição que me acompanha toda a vida: aos 9 anos no liceu, aos 16 anos na Universidade, aos 20 anos no quinto ano de Direito…”
Sendo assim tão INTELIGENTE, por que era racialmente discriminado? A causa era a sua cor da pele:
“Além do mais eu era atípico – um indiano ESCURO com cabelo liso – “”Eu já vi muitos pretos””, disse-me uma menina no Porto, “”mas nunca vi um preto com cabelos lisos””, o que passou a ser uma forma de chamamento e brincadeira entre nós: o preto de cabelos lisos.”
Então fica bem claro que uma das causas de preconceitos raciais que ALGUNS DESSES PORTUGUESES – que fogem da CRISE (ou POBREZA) lá na Europa e vêm para Moçambique – é a POBREZA que lhes intimida e para se protegerem do medo que eles têm da POBREZA refugiam-se nos PRECONCEITOS RACIAIS.
"Moçambicano vai chefiar Fundo da ONU para Agricultura e Alimentação em Portugal"
Qui, 21 de Março de 2013 00:12 - (RM-Mocambique)
"O moçambicano Hélder Muteia foi indicado para chefiar o escritório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em Portugal, após ter ocupado o cargo de representante da agremiação nos últimos dois anos e meio no Brasil.
Com um currículo que reúne passagens por cargos como o de ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, de vice-ministro das Pescas e de chefe do Departamento Técnico de Avicultura e deputado do Parlamento, em Maputo, Muteia reconhece que terá um novo desafio a partir de agora, com atribuições diferentes das que assumiu no Brasil e na representação da Nigéria, anos antes.
Ele prometeu desenvolver um trabalho conjunto com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), revelando que os países que integram a comunidade vão criar uma plataforma de cooperação para actuarem, conjuntamente, no combate à fome nessas regiões, segundo a Agência do Brasil. (RM-Moçambique)
http://www.rm.co.mz/index.php?option=com_content&view=article&id=8184:mocambicano-vai-chefiar-fundo-da-onu-para-agricultura-e-alimentacao-em-portugal&catid=3:breves&Itemid=370
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Uns comentaristas, pelos vistos uns racistas “velados” de Portugal da categoria dos que dizem: “OS BRANCOS É QUE PENSAM e os PRETOS É QUE SÃO OS BRAÇAIS”- comentaram o seguinte:
João Calado Antunes • Quem mais comentou • Quarteira, Faro, Portugal
esta noticia não esta certa alguma coisa esta a falhar.
Arlindocaminho Caminho • Lisboa
O que é que está a falhar?
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Meu comentário:
Só espero que OS PORTUGUESES preparem UMA ENXADA, UMA CHARRUA, TALVEZ UMA JUNTA DE BOIS, UMA PÁ, UMA PICARETA, etc. para o “BRAÇAL” PRETO AFRICANO MOÇAMBICANO Hélder Muteia que “vai CHEFIAR o escritório da Organização da Nações para Agricultura e Alimentação (FAO) em Portugal”; pois vai mesmo precisar dessa ferramenta toda, senão como irá fazer o seu trabalho “BRAÇAL” como PRETO que é destinado a ser “BRAÇAL”?
Uma coisa é certa, como disse um rei sábio da antiguidade: “HÁ UM TEMPO DETERMINADO PARA TUDO DEBAIXO DO SOL…”.
- Houve tempo dos “imperialismos” continentais – passou
- Houve tempo das “monarquias absolutas”- passou (aqui e acolá ainda há pequenos resquícios)
- Houve tempo das “ditaduras” políticas e militares (fascistas, socialistas, comunistas, etc. – passou (um e outro talvez ainda persista, mas muito enfraquecidos)
- Houve tempo da ESCRAVATURA directa, extremamente DESUMANA e DEGRADANTE – passou (talvez ainda persistam outros tipos de ESCRATURA “VELADA”.
- Houve o tempo dos RACISMOS LEGAIS – “Discriminação legal nas Américas, no APARTHEID, nas colónias africanas, etc. (O último bastião do RACISMO DIRECTO E LEGAL – o APARTHEID caiu na África do sul).
- Os tempos dos “COLONIALISMOS” Europeus pelo mundo fora também terminou.
AINDA FALTA, AINDA FALTA, AINDA FALTA O FIM DOS RACISMOS “VELADOS”. O FIM DOS RACISMOS TIPO: “BRANCO PENSANTE E O PRETO BRAÇAL” TAMBÉM ESTÁ A SER COMBATIDO EM TODO O MUNDO.
– E AGORA ESTÁ ENFRAQUECIDO, POR ISSO QUE É UM “RACISMO VELADO”, UM “RACISMO ENVERGONHADO” – TEM VERGONHA DE SE EXPOR DIRECTAMENTE e se manifesta nos “compartimentos” fechados dos grupos sociais racistas.
- AINDA HÁ UNS RACISTAS “KU KLUX KLAN ENCAPUZADOS” mas com a sua acção muito limitada. É por isso que UM “PRETO BRAÇAL” de um pais ex- colónia Portuguesa vai CHEFIAR um escritório muito importante lá mesmo dentro do país do antigo colonizador – PORTUGAL. E os racistas estão em alvoroço e dizem: “ALGO ESTÁ A FALHAR”. Eu concordo com eles “ALGO ESTÁ A FALHAR NAS CABEÇAS DELES” e não querem reconhecer isso para poderem ir ao médico para serem tratados, eles sofrem duma doença “MENTAL” de difícil cura porque eles não querem admitir que estão “MENTALMENTE DOENTES”.
Sem dúvida tinha razão, esse sábio da antiguidade: “HÁ UM TEMPO DETERMINADO PARA TUDO DEBAIXO DO SOL…” (Rei Salomão – Eclesiastes 3: 1-9)
2. Que DESENVOLVIMENTO tinham os Pretos durante a Colonização Portuguesa
Para responder ao nosso querido interlocutor vou citar um episódio que se deu durante a visita de Samora Machel a Portugal, em 1985:
Samora, juntamente com outras altas entidades portuguesas, estava numa das Avenidas principais de Lisboa cumprimentando e sendo também efusivamente cumprimentado pelos Portugueses “Genuínos” (portugueses europeus), quando um grupo de AFRICANOS BRANCOS, de etnia portuguesa, se aglomeraram e começaram a vaiar a Samora. Samora Machel, no seu estilo característico de frontalidade, aproximou-se do grupo e lhes disse: “VOCÊS SE TIVEREM ALGUM PROBLEMA, VOLTEM PARA ÁFRICA E VAMOS FALAR LÁ EM ÁFRICA! VOLTEM PARA ÁFRICA E FALAREMOS EM ÁFRICA!
Os portugueses “genuínos” (europeus) gostaram das palavras de Samora e bateram palmas em apoio, dizendo: “SIM! É ISSO MESMO SAMORA, LEVE-OS DE VOLTA PARA A ÁFRICA. ISSO SAMORA! LEVE-OS DE VOLTA PARA ÁFRICA!
Africano pode ser branco, preto, indiano, chinês, mulato, etc. O que é certo é que muitos AFRICANOS BRANCOS de etnia portuguesa têm imensas dificuldades psicológicas (devido a complexos que centenas de anos inculcou nas suas psiques) – complexos que lhes impedem de assumir e aceitar a sua AFRICANIDADE. Neste sentido OS BOERES SUL-AFRICANOS SÃO SUPERIORES, pois eles não tiveram VERGONHA de assumir a sua AFRICANIDADE, daí que se chamam de AFRICANDERS ou AFRIKANERS e sua de AFRIKAANS. Agora, os nossos irmãos AFRICANOS “ALBINOS” de etnia portuguesa – esses, lamentavelmente, são muito poucos os que assumem a sua AFRICANIDADE – daí a sua ambiguidade de identidade – em Portugal não se sentem confortáveis, em África não se sentem confortáveis, etc. – é uma situação deveras penosa! Tudo isso porque não querem assumir a sua identidade AFRICANA.
O nosso prezado interlocutor diz que os portugueses desenvolverem Moçambique – ISSO É UMA VERDADE INQUESTIONÁVEL. Mas que Moçambique? O Moçambique dos Brancos ou o Moçambique dos Pretos? Estas perguntas são pertinentes porque enquanto que dum lado os BRANCOS tinham um nível de vida altíssimo nas cidades urbanizadas, os OS PRETOS (100%) viviam nos Bairros Fedorentos e Desorganizados do Caniço, defecando em baldes, que à noite eram manuseados pelo pessoal preto da Câmara Municipal. Sei que poucos brancos tinham consciência dessa dura realidade da vida dos pretos, excepto, alguns cantineiros brancos que tinham as suas cantinas nos subúrbios de caniço das cidades. A pergunta é: são aqueles bairros suburbanos FEDORENTOS e SUJOS do caniço o TAL MOÇAMBIQUE DESENVOLVIDO construído pelos portugueses? Os pretos defecando em baldes – é esse o tal DESENVOLVIMENTO? O Chibalo é esse o tal DESENVOLVIMENTO? O “NTCHANGALE” e o “KOI” (refeição dos trabalhadores de Chibalo nas plantações) - é esse o tal DESENVOLVIMENTO? 90% da População Negra Analfabeta na altura da independência – é esse o DESENVOLVIMENTO depois de séculos de colonização portuguesa?
O nosso interlocutor fala do Brasil… Dizimaram os índios… Dizimaram os índios e agora reivindicam o Brasil, terra nativa dos índios… Afinidades de portugueses com os indios!?... No Brasil... onde agora algumas tribos índias são obrigadas a viver em RESERVAS…viverem em RESERVAS…viverem em RESERVAS na sua própria terra. Em África RESERVAS são para animais e não para pessoas…
Dom, 28 de Abril de 2013 00:05
http://www.rm.co.mz/index.php?option=com_content&view=article&id=8998:cecile-kyenge-e-a-primeira-mulher-negra-a-integrar-governo-italiano&catid=81:internacional&Itemid=198
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O DESCONHECIMENTO OU A IGNORÂNCIA QUE ALGUNS PORTUGUESES TÊM DA REALIDADE MOÇAMBICANA OU AFRICANA - É DEVERAS ESTARRECEDOR, PERIGOSO E VENENOSO (pode envenenar desnecessariamente relações desses portugueses com os povos desses países)
Vejamos alguns exemplos que demonstram esse DESCONHECIMENTO “PERIGOSO” por parte de certos portugueses – (comentários à volta da nomeação de uma negra de origem africana no governo italiano):
Orlando Nogueira • Quem mais comentou
Será que poderiamos ver o mesmo em Africa???? Enquando houver o complexo de inferioridade não haverá confiança...e complexo de inferioridade é o que ha em terras africanas. Deixem o complexo de inferioridade, o tempo da colonização ja foi. Não se esqueçam que escravatura também houve na europa...na america do sul...na Ásia...
Responder • 1 • Curtir • Seguir publicação • Domingo às 12:05
Orlando Nogueira • Quem mais comentou
Eu espero que os Moçambicanos tambem sigam o exemplo de Itália. Para sua informação os italianos são os mais racistas da europa.
Responder • 1 • Curtir • Domingo às 11:58
Orlando Nogueira • Quem mais comentou
Venha a Portugal ver as oportunidades que todos tem, sem cor ou religião.....e deixe de ter complexo de inferioridade e dê um passo em frente. Se não deixar de ter complexo de inferioridade nunca mais será feliz amigo.
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Meu comentário:
No caso de Moçambique: HÉLDER MARTINS, JACINTO VELOSO, ARANDA DA SILVA, JOÃO FERREIRA, JOSÉ CABAÇO, etc. – TODOS esses e outros são BRANCOS de etnia portuguesa, que foram ministros e vice-ministros, etc. no governo moçambicano pós independência.
PRAKASH RATILAL, MAGID OSMAN, etc. – Esses de etnia indiana que foram também foram ministros. Mesmo hoje ainda há brancos e indianos ministros e em outros altos de governação.
Uma pergunta é pertinente: Não será esse DESCONHECIMENTO ou IGNORÂNCIA da parte de muitos portugueses da realidade moçambicana e africana uma das causas que geram MAL-ENTENDIDOS e consequentemente atiça “XENOFOBIAS reais ou imaginárias” entre esses portugueses e africanos?
http://www.rm.co.mz/index.php?option=com_content&view=article&id=8998:cecile-kyenge-e-a-primeira-mulher-negra-a-integrar-governo-italiano&catid=81:internacional&Itemid=198
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Meu prezado Sr. R.M.Soares, por favor, pode me ajudar em me explicar: Como é que alguém na Itália chega a ser deputado no Parlamento sem ser eleito?
Miguel
Mas conheco também alguns europeus despidos desse espirito colonialista e paternalista.
Também é compreensivel que uma ferida feita durante séculos (colonialismo) nao se cure em cerca de 50 anos. Pessoalmente considero os africanos, no geral, pessoas muito abertas e com com espirito conciliador. Alias, a sabedoria africana os tem ajudado bastante, por isso a sua receptividade, e porque nao mesmo dizer o seu perdao?
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- (pais da minha avo MATERNA), uma Moçambicana filha de um Angolano e Moçambicana, todos de cor negra.
- (Pais do meu avo MATERNO) um português e uma senhora descendente de alemão, todos de cor branca.
A minha mãe não podia ser nada mais que filha de uma negra Moçambicana e de um português branco.
Origens do meus avos PATERNOS:
- ( minha avo PATERNA era filha de Moçambicanos, única Moçambicana totalmente de origens Moçambicanas a 100% como se diz na gíria popular, ainda que eu não concorde com esta ideia).
- ( meu avo PATERNO, era filho e uma Goesa de Salcete India, e de um português).
Pergunto-me, de onde eu sou? quais as minhas origens?
És mulato é o que dizem...
Mas:
vejo um branco, e sinto que vejo o meu avo branco;
Vejo um indiano e lá esta a minha bisavo,
vejo um negro e estou a ver a minha avo negra.
Sinceramente, não consigo estar nem dum lado, nem do outro, consigo apenas perceber que as pessoas que tratam as outras porque tem o sentido da superioridade das cores devem estar equivocadas por completo, o genes é o mesmo.
A não ser assim, não estariam a ler isto, nos hospitais não exigem sangue azul, amarelo ou sangue negro.
Quando for pra doar um rim ou fígado, não exigem que seja rim de um branco de um mulato ou negro, exigem que seja de um ser humano.
Só para concluir, esta questão de raças é uma grande invenção, tal e qual a invenção do papai noel, simplesmente não existem raças, existem cores mais escuras ou mais claras, que se misturam, tenho irmãos clarinhos, outros escurinhos, mas somos irmãos.
Quanto a questão de ser 100 por cento natural daquele sitio onde os avos nasceram e cresceram, a história tem outro relato, os povos foram, são e serão sempre influenciados com os movimentos migratórios de outros povos, tanto é que em Moçambique (a titulo de exemplo), havia um povo que se considera nómada, os ''Khoisan'', que eram indivíduos de cor clara e orelhas enrugadas,(khoisan)http://pt.wikipedia.org/wiki/Khoisan ostentavam uma altura baixa e eram raquíticos na fisionomia, por via disso foram depois sendo dominados pelos Hotentotes também de pele clara, (negros claros como se diz na gíria popular), tinham uma robustez física mais desenvolvida que os (khoisan), eram mais fortes, e com a emigração do povo dito ''Bantu'' eram empurrados e esmagados por este povo de pele mais escura que, teve inicio do seu núcleo bantu nas grandes florestas congolesas, expandiram facilmente seu domínio, por conhecerem o fabrico do ferro e dominarem a agricultura, tornaram-se mais fortes e escravizaram os primeiros, os segundos e, consequentemente chegaram a Moçambique, e se juntaram com estes povos que já ali existiam, havendo uma miscigenação destes povos, (onde o povo dito batu escravizava os outros povos por considera-los inferiores).
Quero apenas demostrar com isso que a minha avo não pode ser 100% de origem Moçambicana, e sou consciente que o mesmo sucede com os outros avos de outros continentes.
Também quero deixar aqui claro que, não há raças puras, e arrisco a dizer que não há raças, há cores mais claras e escuras.
A ciência explica que não há raças puras, o genes que seja tipicamente duma única ''raça'' num individuo não existe, há sempre uma mistura de vários genes, o que se conclui que todos os genes são genes humanos, os genes de toda a raça humana é uma mistura...
A ladainha de que tu és português porque és branco, hoje perdeu-se e so sobrevive na cabeça de pessoas que ou são mal informadas, ignorantes, pessoas que não se dão ao trabalho de investigar.
A nossa avo, a que eu chamo de avo de pele escura ou ''negra'' como quiserem, ela tem netos de ''cores diferentes'', tem netos que são negros, e netos que são brancos, ou ''mulatos'' como é o meu caso.
Se conhecer apenas o neto branco da minha avo ''negra'', jamais saberá que ele é neto de uma ''africana negra''.
O meu avo de cor clara ou ''branco'' como quiserem chamar, ele tem netos que são negros com a pele escura. Se conheceres apenas o neto dele jamais saberás que ele é neto de um branco.
O ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso tinha uma tetravó escrava, de origem negra africana, se ele não confirmasse, quem saberia que ele era descendente de africanos? se não mesmo por um teste de ADN... Digo ele como tantos outros que andam por ai com manias de que são superiores aos outros por serem branquinhos ou escurinhos...
Convido a estes, a fazerem um teste de DNA, e dai concluam a vossa superioridade em relação a aqueles de que tanto discriminam.
Quanto a questão da nacionalidade, vou falar de Moçambique de onde sou nacional, e começo já por dizer que sou a favor da atribuição de nacionalidades em resultado do ius solo ou ius sanguíneo, defendido pela constituição Moçambicana.
Se a pessoa for filho de um cidadão de nacionalidade Moçambicana ou estrangeira que venha a ter um filho em Moçambique é logo tido como Moçambicano, pelo principio do ius solo (terra onde nasceu por via de jurisdição), exceto se os pais não forem Moçambicanos e queiram que o filho ganhe a sua nacionalidade se os pais estiverem ao serviço do Estado da sua nacionalidade.
O outro principio é do uis sanguíneo, o exemplo é de um Moçambicano que vai ter seu filho em Portugal ou noutro País qualquer, o filho pode ter a nacionalidade Moçambicana por via consanguínea do pai ou da mãe.
discordo das formas de atribuição de nacionalidades feitas pelos Estados Europeus, um menino que nasça em Portugal não pode ter a nacionalidade portuguesa porque o pai é cidadão de nacionalidade moçambicana, e para que venha a ter a nacionalidade portuguesa tem uns requisitos que chateia a paciência de qualquer um... estive a ver as directivas que norteiam os Estados membros da Europa sobre estas matérias, conclui que são complexas para quem não entende muito de áreas jurídicas, mas facilmente entendo estas reservas, é a dificuldade que se impõe a que certos indivíduos de outros continentes, adquiram a cidadania europeia, nada mais do que isso, e os europeus defendem isso com a retorica que defendem uma europa mais estável, segura, e que são sempre os outros povos de outros continentes que poderão desestabilizar, pergunto-me: estará a europa hoje estabilizada? não é um Estado federado, fala-se numa constituição europeia que não existe, pra mim é fictícia, e tudo provem sempre de convénios, diretivas e tratados, onde alguns violam e nada se lhes é imposto, a Alemanha não quero falar mal, mas é o que a realidade mostra, esta pouco se importando com outros países em decadência, inventaram a Troica, o FMI não ajuda nem agrada ninguém consciente, onde é que irão parar estes Estados assim? certamente que já mais do que degradantes estarão também a asfixiar os outros continentes e países como é o caso de Moçambique onde as cotas de trabalho para emigrantes portugueses tem vindo a crescer, e pergunto-me: Há emprego em Portugal para Moçambicanos? Não conheço nenhum Ministro ''negro de origem africana'' a execer funções em Portugal, não-me venhem aqui com a velha historia do António Costa, não tenho nada contra até porque temos uma descendência comum, Mas como estou neste trencho a falar da questão de nacionalidade, este tem origens asiáticas. Numa época em que os dirigentes aqui em Portugal não conseguem fazer face a aquilo que o povo deseja, coloquem um português de cor negra e origens africanas, há muitos por aqui, nascidos e crescidos aqui e com escola, e nunca conheceram africa se não mesmo pelo mapa, seria uma forma de mostrarem que o pensamento colonialista era um pensamento errado.(os estados unidos tem a fama de serem um pais racista principalmente os estados do sul, mas Obama está ainda lá a fazer diferença, já é bom, demostra que começam a ser civilizados).
Pelo menos já vi isso a acontecer em Moçambique, ministro Moçambicano de cor branca, ou mulato, isso demostra claramente que o africano negro, não consegue ver diferença pela cor, é um cidadão do mundo.
J. C.