terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Meu apoio a todas as manifestações pacificas


Porque cidadão, de um pais que, formalmente, eh um Estado de Direito Democrático, apoio todas as manifestações pacificas, concordando ou nao com elas.
Porque cidadão, de um pais que, formalmente, eh um Estado de Dureito Democrático, nao acho "absurdo democrático" que um partido que diz que as eleicoes foram uma farsa, nao tome posse nos fóruns para os quais os seus foram eleitos, concordando ou nao.
De resto, a negociação eh um ciência, termos em que certas manifestações aparentemente absurdas podem ter a sua lógica. Enquanto estratégia de pressão! Depois de relevantes cedências, que ate já sao habituais, 'business as usual'.
Já agora:
- Sera razoavel um sistema politico no qual quem perde em certo circulo eleitoral nomeia, nele, governador?
- Eu, particularmente, acho que uma reforma ao nosso sistema político, com base numa reforma constitucional, deve ser pensada. Quem nao gostaria de ter governadores eleitos? O cabeça de lista do partido que ganhar o pleito em cada província/circulo eleitoral seria confirmado governador provincial;
- A Africa do Sul, sem ser federação e sem ter regiões autônomas, faz isso há anos. E eh considerada como tendo uma das melhores constituições do mundo;
- Tal como a constituição de 1990 foi revista, basicamente para eliminar a idade máxima para candidatura a PR - sem isso, Armando Guebuza nao teria sido elegível em 2009, pois já tinha mais de 65 anos - eu acho que temos, como irmãos, como cidadãos, como compatriotas, de repensar urgentemente o nosso modelo, por via de uma revisão, ou talvez reforma, constitucional.

Apenas cogitações, a coberto da constituição, que consagra a liberdade de expressão e de pensamento. Parece ser muito cômodo chamar nomes a Afonso Dhlakama....
  • Luis Nhachote Em pleno uso das minhas faculdades mentais, assino por baixo esse apoio, nos moldes dispostos!
    3 hrs · 4
  • Julio Lilito Boene Como democracia, ainda precisamos crescer e pensar em outros tipos de governação. O exemplo sul-africano, é interessante.
    3 hrs · 2
  • Geraldo Obra Alegriao E tempo de pensarmos seriamente num modelo que se adapte com o nosso pais. Caro Ericino de Salema so faltou a imagem de marca Ga famba......
    3 hrs · 2
  • Noe Nhantumbo nao há nada acabado. tudo se pode discutir a bem da nacao em construção...
  • Danilo da Silva Engraçado e hoje eu perguntava..se temos AP eleitas, por que temos governadores nomeados?
    3 hrs · 3
  • José Jaime Macuane A legitimidade democrática e o mandato popular não estão a sofrer atentados apenas porque o Dhlakama e a Renamo decidiram não assumir os seus assentos na AR ou porque quando lhes convém na sua estratégia política recorrem às armas. Danos maiores estão a ser feitos pela reluctância em construir instituições democráticas legítimas. E essa responsabilidade pode ser atribuída às elites dos dois (ou seria dos três) lados da trincheira, que se colocam como defensores da democracia quando este discurso convém aos seus estreitos interesses. Não é preciso fazer muito esforço para ver como as elites deste pais usam o estado de forma particularista e contribuem para a sua baixa legitimidade junto aos cidadãos. Desde o fenómeno dos linchamentos, passando pela forma pouco respeitosa como vemos a nossa polícia, até a defesa, à luz do dia, da legitimidade do uso da força por instituições não estatais, vemos como essa legitimidade vai sofrendo erosão. Em algum momento temos que deixar do "faz de conta" no discurso sobre a nossa democracia e o nosso estado e decidirmos se queremos ou não construír um Estado de Direito Democrático. Mas parece que até aqui as elites políticas ainda não têm muitos incentivos para tal.
    3 hrs · Edited · 8
  • Sergio Tivane É uma proposta interessante e merece a consideração de todos, sobretudo dos actores políticos e dos órgãos com poderes legislativos, cujo círculo de influências é bastante decisório. 
    Não podemos nos limitar, de forma estática, aos modelos importados das chamadas democracias ocidentais. Os africanos, moçambicanos em particular, tem a sua própria forma de estar (...) e é preciso que os modelos políticos adoptados reflictam a vontade do povo, e não sejam confinados à inflexibilidade dos que pretendem, digamos, perpetuar o seu poder.
  • Manuel J. P. Sumbana Super post. Fiz um ontem nesta linha. Mas este é muito melhor, Salema. Vou partilhar porque acho importante .

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