Friday, January 9, 2015

Irmãos Kouachi preferem morrer como "mártires".

Operação final estará iminente

Decorrem as negociações das autoridades francesas com os dois suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Hebdo". Dupla está fortemente armada e mantém um refém de 27 anos em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris. Primeiro-ministro francês admite a necessidade de novas medidas contra o terrorismo.
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 Última atualização há 59 minutos
Cerca de 90 mil polícias estão mobilizados na operação de caça aos dois terroristas
Cerca de 90 mil polícias estão mobilizados na operação de caça aos dois terroristas /  Christian Hartmann/Reuters
Os irmaõs Saïd Kouachi e Chérif Kouachi, presumíveis autores do ataque à redação "Charlie Hebdo", terão declarado esta sexta-feira que preferem "morrer como mártires" a entregar-se às autoridades, avança a imprensa francesa. Nesta altura, os agentes preparam a operação final, podendo essa intervenção acontecer a qualquer momento. Os terroristas estão fortemente armados e mantêm um refém de 27 anos, funcionário da gráfica em que estão barricadas, em Dammartin-en-Goële, nos subúrbios da capital francesa.
Entretanto, os cinco helicópteros deixaram de sobrevoar o local com vista a acalmar os irmãos franceses de origem argelina. Testemunhas relatam um clima de silêncio e um forte dispositivo policial. Alguns elementos das forças de segurança encontram-se neste momento no topo do armazém, onde estão refugiados os criminosos. Os hospitais de Meaux e Marne-la-Vallée já estão em pré-alerta PARA receberem potenciais vítimas, de acordo com o jornal "Le Figaro"

Os dois indivíduos encontram-se barricados numa pequena gráfica na vila de Dammartin-en-Goële, situada numa zona industrial nos arredores de Paris, próximo do aeroporto Roissy, após terem sido identificados quando roubaram uma viatura esta manhã em Montagny Sainte-Félicité.

Durante a perseguição dos suspeitos até ao local foi registada uma intensa troca de tiros em Dammartin-en-Goële, na Estrada Nacional 2.

Entretanto, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, prestou uma declaração, elogiando a "resposta rápida" das autoridades e revelando que o indivíduo que perpetrou o tiroteio de Montrouge - onde uma mulher-polícia foi morta na manhã de quinta-feira - pertencia ao mesmo ramo jihadista dos irmãos Kouachi, a fileira de Buttes-Chaumont.

Além disso, o governante assegurou que as quatro pessoas gravemente feridas no atentado estão "fora de perigo", apesar de ainda inspirarem cuidados.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, admitiu entretanto que poderá ser necessário adotar novas medidas contra o terrorismo. "Estamos numa guerra contra o terrorismo. Não é uma guerra contra a religião ou contra a civilização", declarou o primeiro-ministro, durante uma reunião com o Presidente francês e os autarcas de Paris.

François Hollande mostrou-se "preocupado" com a situação, apelando à necessidade de o país continuar "unido" na luta contra o terrorismo.  
Na megaoperação de caça aos dois suspeitos do ataque à sede da publicação "Charlie Hebdo" estão mobilizados cerca de 90 mil polícias.  
Saïd Kouachi e Chérif Kouachi, cidadãos franceses com origem argelina, já contavam com antecedentes criminais, tendo estado a a treinar técnicas de combate no Iémen.
[Atualizada às 11h45]


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